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Unidade Parque Shopping - Belém

Curso de Medicina Veterinária


Período: 3º Semestre
Disciplina de Zootecnia e Produção Animal

Por: Juliane da Silva Costa

BELÉM – PA
2024.1
 Qual a importância dos elementos climáticos: TºC, UR, Velocidade do vento
e Radiação solar?

TºC + UR + VELOCIDADE DO VENTO + RADIAÇÃO SOLAR = SENSAÇÃO TÉRMICA

TºC UR VELOCIDADE DO VENTO É a temperatura aparente


(o que é sentido na prática)
TºC UR VELOCIDADE DO VENTO
 Qual a importância dos elementos climáticos: TºC, UR, Velocidade do vento
e Radiação solar?

TºC + UR + VELOCIDADE DO VENTO + RADIAÇÃO SOLAR = SENSAÇÃO TÉRMICA

É a temperatura aparente
(o que é sentido na prática)

Radiações Radiações
de de
Calor Luz
 Qual a importância dos elementos climáticos: TºC, UR, Velocidade do vento
e Radiação solar?

Índice de Conforto Térmico

Índice de Temperatura de Globo e Umidade (ITGU)

ITGU = tgn + 0,36 * tpo - 330,08

A temperatura do ponto de orvalho é aquela


O termômetro de globo negro indica, por em que há condensação do vapor d'água,
meio do valor lido de temperatura, os formando o orvalho, e ela pode ser obtida
efeitos combinados da energia radiante, através do uso de aparelhos comerciais ou
temperatura e velocidade do ar. através da estação meteorológica.
 Qual a importância dos elementos climáticos: TºC, UR, Velocidade do vento
e Radiação solar?

Índice de Conforto Térmico

Índice de Temperatura de Globo e Umidade (ITGU)

ITGU = tgn + 0,36 * tpo - 330,08

• ITGU até 74 definem situação de conforto;


• de 74 a 78, situação de alerta;
• de 79 a 84, situação perigosa, e acima de 84, emergência (Baêta, 1985).
 Qual a importância dos elementos climáticos: TºC, UR, Velocidade do vento
e Radiação solar?

Índice de Conforto Térmico

Índice de temperatura e umidade (ITU)

ITU = Ts + 0,36 * Tpo + 41,2

• Ts = temperatura do termômetro de bulbo seco (temperatura do ar), ºC;


• Tpo = temperatura do ponto de orvalho, ºC.

Outros fatores ambientais estressantes


como a umidade relativa do ambiente,
velocidade do vento e a radiação solar.
 Qual a importância dos elementos climáticos: TºC, UR, Velocidade do vento
e Radiação solar?
 DEFINIÇÃO:

O estresse pode ser definido como um esforço de adaptação do


organismo para enfrentar situações ameaçadoras a sua vida e ao seu
equilíbrio interno.
A produção animal é reduzida pelo estresse imposto ao animal através de
fatores patológicos, nutricionais, ambientais entre outros.

 Condição fisiológica que provoca profundas adaptações no organismo animal,


proveniente de tensões (agentes estressores).
Parasita
Ausência de alimento
Homem
Clima e etc.

 Resposta gradual do animal em relação ao fator adverso na tentativa de


aumentar sua taxa de sobrevivência.
• Estresse agudo

Estresse de intensidade elevada


e repentina, por curto intervalo
de tempo.

Exemplo: uma hora sem


energia em galpões avícolas.
• Estresse crônico

Estresse de intensidade elevada e constante, por longo


período de tempo.

Exemplo: temperatura elevada durante semanas de verão.


FRIO CALOR

Campânula
Escamoteador
Um ambiente é considerado confortável quando o animal
está em equilíbrio térmico com ele.

É possível quando...

O calor produzido (TERMOGÊNESE) pelo metabolismo animal é perdido


(TERMÓLISE) para o meio ambiente sem prejuízo apreciável ao seu rendimento.

 Produção de calor - TERMOGÊNESE


BALANÇO DE CALOR
 Dissipação de calor - TERMÓLISE
 Ganho de calor:

PRODUÇÃO DE CALOR AQUISIÇÃO DE CALOR

(Termogênese) (Ambiental)

 Funções orgânicas basais  Temperatura ambiental elevada


(respiração, circulação sanguínea, etc.)

 Atividade muscular • T3 e T4 – tireoide


• Adrenalina - suprarrenal
 Hormônios calorigênicos • GH - pituitária

 Digestão de alimentos

 Funções produtivas e reprodutivas


 Ganho de calor:

RESUMINDO

Ganho de calor = calor metabólico + calor adquirido

 Deve ser perdido para manter a homeostase.


 Perda de calor (Termólise):

MÉTODOS SENSÍVEIS MÉTODOS LATENTES

1º processo de fluxo Processo de fluxo de


de calor em situação Não evaporativos Evaporativos calor mais eficiente
de estresse (quando em situação de alto
moderado). estresse.
1. Condução 1. Evaporação
(sudorese e ofegação)
2. Convecção

3. Radiação (ondas eletromagnéticas)


 Método de perda de calor com aumento da temperatura:

Fonte: VIGODERIS, 2007.


Fonte: NÃÃS, 1993.
 Hipotálamo:
Na base do cérebro e funciona da seguinte maneira:

• As terminações nervosas da pele recebem as sensações de calor ou frio


e as transmitem ao hipotálamo que atua sobre outras partes do cérebro.

Determinando uma resposta:

• Vasodilatações ou vasoconstrições, sudação, aceleração do ritmo


respiratório, queda ou aumento do apetite, maior ou menor ingestão de
água, maior ou menor intensidade do metabolismo, acamamento ou
eriçamento dos pelos, maior ou menor Termogênese ou Termólise.
 Hipotálamo:

SUPERFÍCIE DA PELE

RECEPTORES DE SENSAÇÃO TÉRMICA


(SNC)
SENSAÇÃO DE CALOR SENSAÇÃO DE FRIO

HIPOTÁLAMO HIPOTÁLAMO
ANTERIOR POSTERIOR
 Hipotálamo:
 Hipotálamo:

CENTRO
PASSO AFERENTE PASSO EFERENTE
TERMORREGULADOR
(Termorreceptores) (Resposta do Corpo)
(Hipotálamo)

 Recebimento das Informações


 Pele

 Medula
 Tomada de Decisão
Espinhal  Produção de calor

 Hipotálamo
 Envio de Informações
 Perda de calor
 Homeotermia:

Capacidade de manter relativamente


constante (faixa estreita de temperatura)
a temperatura do núcleo corporal onde
residem os órgãos vitais.
• Zona de Conforto Térmico: Produção é máxima. Não há gasto de energia para dissipação do
calor.

• Zona Fresca (A  B) e Zona Morna (A’  B’): Ajustes comportamentais e fisiológicos de


resposta rápida. Zona de termoneutralidade

• Temperaturas Críticas Máxima e Mínima (B e B’): temperaturas a partir das quais há maior
gasto de energia para manutenção da homeotermia. Demarcam a zona de termoneutralidade.

• Estresse por Frio (B  C) e Estresse por Calor (B’  C’): Gasto energético para manutenção
da homeotermia, aumentando a produção de calor e aumentando o gasto de energia para
dissipação, respectivamente.

• Perda da capacidade homeotérmica (C  D e C’  D’): Hipotermia e Hipertermia,


respectivamente.
Ajustes
TENSÃO ANIMAL Comportamentais

Qualquer reação
funcional, estrutural ou
Ajuste
comportamental a um HOMEOSTASE
Fisiológico/Rápida
estímulo ambiental.

Ajuste
Fisiológico/Lenta
EXAUSTÃO / MORTE
 Ajustes comportamentais:

NO CALOR

 Buscam sombra

 Buscam lugares molhados

 Buscam expor-se ao vento

 Buscam pisos frios

 Aumentam consumo de água

 Reduzem consumo de alimentos


 Ajustes comportamentais:
NO FRIO

 Buscam o sol

 Buscam lugares secos

 Refugiam-se do vento

 Buscam pisos quentes

 Diminuem consumo de água

 Aumentam consumo de alimentos


 Ajustes funcionais de resposta rápida:

NO CALOR

 Vasodilatação

 Pêlos normais

 Sudoração

 Taquipnéia (↑ Freq. Respiratória)


 Ajustes funcionais de resposta rápida:

NO FRIO

 Vasoconstrição

 Pêlos eriçados, tremor muscular

 Não suam

 Bradipnéia (↓ Freq. Respiratória)


 Ajustes funcionais de resposta lenta (escala temporal):

NO CALOR

 Redução da Cobertura de Pêlos

 Redução da Espessura da Pele

 Redução da Gordura Subcutânea

 Redução da Produção de Tiroxina (T3)


 Ajustes funcionais de resposta lenta (escala temporal):

NO FRIO

 Aumento da Cobertura de Pêlos

 Aumento da Espessura da Pele

 Aumento da Gordura Subcutânea

 Aumento da Produção de Tiroxina (T3)


 Fatores que alteram a zona de conforto térmico:

 Espécie Animal

 Fase de Crescimento

 Taxa metabólica

 Isolamentos (pelos/pele)

 Nutrição

 Variabilidade Individual
 Definição:

É energia térmica em trânsito que flui entre os corpos em


razão da diferença de temperatura entre eles.
 Gradiente térmico:
Fluxo de calor só ocorre entre dois corpos de temperaturas diferentes.

Mais Menos
quente quente

=
 Gradiente térmico (Transferência espontânea de energia térmica):

1. Núcleo corporal (vísceras e SNC) > T°C

2. Periferia (extremidades) < T°C

Fonte: CUNNINGHAM, 2004


 Isolamento térmico (tipos):

Núcleo corporal

Isolamento de tecido

Isolamento de cobertura

Isolamento da camada limite


Todo processo de vida envolve perda e ganho de energia (calor).

 Formas de fluxo de calor:

1. Calor sensível: Provoca apenas variação na temperatura do corpo sem que


aconteça mudança em seu estado de agregação (estado físico), ou seja, se o
corpo é sólido, continuará sólido.

CONDUÇÃO – CONVECÇÃO - RADIAÇÃO

2. Calor latente: Quando fornecemos energia térmica (calor) a um corpo, a sua


temperatura não varia, mas seu estado de agregação modifica-se.

EVAPORAÇÃO
 Processos sensíveis de fluxo de calor:

CONDUÇÃO

• Transferência de energia cinética molecular entre


dois corpos ou entre partes de um mesmo corpo.

• Exige contato entre moléculas ou superfícies com


temperaturas diferentes.

• A condução envolve núcleo corporal, pele, cobertura,


pelos ou penas, e camada limite (camada delgada de
ar).

• Tem a menor contribuição na perda de calor.


 Processos sensíveis de fluxo de calor:

CONVECÇÃO (só ocorre em líquidos e gases)

Ocorre quando uma corrente de fluído líquido ou gasoso, que absorve energia térmica
em um dado local se desloca para outro local.

O ar aquecido pelo contato com o corpo fica menos denso, ocasionando correntes
próximas da superfície.
 Processos sensíveis de fluxo de calor:

RADIAÇÃO

Transferência de energia de um corpo para outro através de ondas eletromagnéticas.

EMISSOR RECEPTOR
Passagem das ondas através do espaço

Conversão do Reconversão das ondas


calor em ondas eletromagnéticas em
eletromagnéticas energia térmica
 Processo latente de fluxo de calor:

EVAPORAÇÃO

1. Nos climas quentes é o principal processo de eliminação do excesso do


calor corporal.

2. Ela é prejudicada pela umidade do ar elevada e favorecida pelos ventos.

3. Processa-se principalmente na superfície do corpo, mas ocorre também


no seu interior, na intimidade do aparelho respiratório.
 Processo latente de fluxo de calor:

EVAPORAÇÃO

A umidade que se evapora na superfície do corpo pode ser:

1. Proveniente das glândulas sudoríparas:

• A produção de suor decorre da excitação, pelo hipotálamo, dos centros


sudoríferos que por intermédio do nervos correspondentes chega até as
glândulas sudoríparas;

• A produção de suor é muito influenciada pelo tamanho, quantidade por área da


superfície do corpo e atividade destas glândulas.
 Processo latente de fluxo de calor:

EVAPORAÇÃO

2. Proveniente da difusão, através da pele, e dos fluidos orgânicos:

• Nos animais que não suam é de onde provém a maior parte da umidade que se
evapora na superfície do corpo;

• A dilatação dos vasos sanguíneos da pele, na temperatura ambiente elevada,


aumentando o volume de sangue nesses vasos, favorece essa difusão.
 Processo latente de fluxo de calor:

EVAPORAÇÃO

2. Proveniente da difusão, através da pele, e dos fluidos orgânicos:

• A grande atividade das glândulas salivares com grande produção de saliva, nos
taurinos, em temperatura ambiente elevada, parece estar associada à deficiência
de suar;

• Acarreta grande perda de minerais, principalmente fósforo, cálcio, sódio e potássio.


 Processo latente de fluxo de calor:

EVAPORAÇÃO

2. Proveniente da difusão, através da pele, e dos fluidos orgânicos:


 Processo latente de fluxo de calor:

EVAPORAÇÃO

3. Proveniente de origem externa (como imersão em lagos e rios ou banhos de


qualquer natureza):
 Processo latente de fluxo de calor:

EVAPORAÇÃO

A umidade que se evapora pelo aparelho respiratório :

• O ar inspirado, em contato com a umidade dos alvéolos pulmonares e das


paredes dos condutos respiratórios, acarreta a sua evaporação.

• O ar expelido é quase saturado de vapor d’ água, o que contribui para a perda de


calor.

• Para aumentar essa evaporação o animal acelera o ritmo respiratório.


 Processo latente de fluxo de calor:

EVAPORAÇÃO

A umidade que se evapora pelo aparelho respiratório :

• A aceleração do ritmo respiratório acarreta vários efeitos indesejáveis, como:

• A taxa elevada de movimento respiratório implica em grande atividade muscular


do animal, a qual, aumentando consequentemente a sua produção de calor,
acarretando em um verdadeiro ciclo vicioso.
 Processo latente de fluxo de calor:

EVAPORAÇÃO

A umidade que se evapora pelo aparelho respiratório :

• Alcalose respiratória.
 Processo latente de fluxo de calor:

EVAPORAÇÃO

A perda de calor por sudorese é mais eficiente que a perda pela


evapotranspiração das vias respiratórias, e requer um menor
gasto de energia.

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