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CONTROLE E INTEGRAÇÃO DOS PROCESSOS

TERMORREGULATÓRIOS

O balanço de calor dos animais:

M + G = L + G

O animal pode mudar sua taxa metabólica na tentativa de alcançar o


conforto calórico.

Mecanismos de Controle

Termorreceptores: a fase aferente.

Receptores para calor e frio.

Localizações

Os termorreceptores podem ser classificados por suas


localizações no corpo do animal, a saber:

 no hipotálamo: termorreceptores nervosos centrais


 no interior do corpo extrahipotalâmico
 na medula espinhal
 nas paredes das principais veias
 nas paredes do trato gastrointestinal e outras estruturas
 na superfície da pele: termorreceptores periféricos
Todos os termorreceptores estão ligados ao hipotálamo por
neurônios aferentes.

Centro Termorregulador do Hipotálamo

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TEORIA DE HAMMEL

O hipotálamo possui um ponto fixo de temperatura fixa


ajustado de acordo com as necessidades.

Os termorreceptores extrahipotalâmicos são responsáveis pelo


ajuste fino do controle de temperatura.

TEORIA DE DOIS RAMOS DE TERMORREGULAÇÃO


DE BLIGH

Controle fino: variações de temperatura de um grau ou menos


Controle grosseiro: utilizado para temperaturas próximas à crítica.

Controle Nervoso ou Hormonal: a fase eferente.

CONTROLE DA TERMORREGULAÇÃO FÍSICA.

Isolamento dos Tecidos: vasoconstrição e vasodilatação

reações dos vasos controladas por nervos simpáticos que se


originam dos Bulbos raquidianos.
A circulação de catecolaminas também aumentam o sinal
vasoconstritor.

Cobertura Isolante: a piloereção e a plumoereção são controladas


pelo nervo simpático.

Sudorese: O controle da sudorese é feita pela epinefrina e


noraepinefrina.

Ofegação: é um aumento na taxa de evaporação por via pulmonar.

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CONTROLE DA TERMORREGULAÇÃO QUÍMICA

Duas respostas:

→ contato do músculo esquelético (reação termogênica de tremor,


reação ao frio).
→ aumento da taxa metabólica em todos os tecidos do corpo
(resposta sem tremor).

CONTROLE DA TERMORREGULAÇÃO
COMPORTAMENTAL

→ Agrupar-se para diminuir a dissipação de calor para o ambiente


→ Alterar a sua postura diante do vento
→ Aumentar a produção de calor aumentando a atividade do
músculo esquelético.

Integrações de reações para o frio

Há interação de processos físicos, químicos e


comportamentais para evitar a dissipação de calor do corpo do
animal para o ambiente.

Existem vários níveis ou zonas de temperatura em que o animal está


dissipando calor:
 zona de conforto térmico.
 zona de frio: quando a temperatura efetiva cai abaixo do limite
inferior da zona de conforto térmico. O animal se utiliza de
reações físicas para o controle da temperatura corporal.
 zona de frio intenso: a temperatura cai abaixo do nível crítico
inferior da zona de frio. Além de reações físicas o animal aumenta
sua taxa de produção metabólica.
 zona de frio intolerável: está abaixo da zona de frio intenso. Sua
temperatura crítica inferior é também denominada de limite de
frio para a homeotermia, abaixo dela há o falecimento do animal.

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Termorregulação física na zona de frio

Resposta de isolamento:

Isolamento de cobertura: piloereção e plumoereção.


Tecidos de isolamento: vasoconstrição que é uma reação imediata e
aumento da camada de gordura que é uma reação mais demorada.

Termorregulação química na zona de frio

Um animal pode aumentar sua taxa de produção de calor de


três maneiras:
 aumentando voluntariamente a atividade do músculo esquelético.
 contração involuntária da musculatura esquelética.
 taxa metabólica geral.

Integrações de Reações para o Calor:

Como no frio o animal possui uma integração de reações


físicas, químicas e comportamentais para aumentar a dissipação de
calor corporal para o ambiente.

Também existem níveis de calor ambiental:


 zona de conforto térmico
 zona quente: quando a TAE eleva-se acima do limite superior da
ZCT. O animal diminui o isolamento dos tecidos pela
vasodilatação e faz mudanças na postura.
 zona de calor intenso: quando a temperatura ambiental efetiva
ultrapassa os limites superiores da zona quente. O animal deve
demandar de mecanismos internos de controle de temperatura
como a sudorese e a ofegação. Há um limite onde o animal pode
reduzir a atividade corpórea para um mínimo, na tentativa de
diminuir a produção de calor.

 zona de calor intolerável: acima da zona de calor intenso. Se o


animal permanecer por um certo tempo nessa temperatura o
organismo não suportará e o animal morre.

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Balanço de Água, Eletrólitos e de Nitrogênio

Balanço hídrico:

Economia de água:
Turnover hídrico: é a quantidade de água que passa pelo animal por
unidade de tempo.
Algumas espécies variam a economia de água.
Em ambientes quentes ovelhas tendem a ter uma taxa de turnover
hídrico de somente 100 ml/kg/dia,
Bovinos: 150 em bovinos
Suínos: 200 ml/kg/dia.

Controle é feito, principalmente, pela redução no volume de urina.

Osmorregulação: as mudanças nos fluidos extracelulares


monitoradas pelos receptores no átrio direito do coração e
osmorreceptores do hipotálamo.

Essas informações vão controlar a troca de fluidos no rim que será


controlada pelos hormônios vasopressina e aldosterona.

A aldosterona é secretada pelo córtex da adrenal e a vasopressina é


secretada pelo núcleo supraótico do hipotálamo.

Balanço eletrolítico:

O suor e a saliva possuem minerais e outros componentes que são


perdidos junto com a água.

Composição do suor: o suor de ruminantes contém mais potássio do


que sódio (mais de 5 mg/l contra menos de 1).

O carbonato e o bicarbonato são os principais ânions do suor dos


ruminantes, assim a perda de cloro durante a sudorese não é
problema para os ruminantes e sim para os humanos.

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Composição da saliva: a saliva perdida por bovinos durante a
ofegação contém aproximadamente 1 g de K e Na por litro.

Balanço de nitrogênio:

Suor do gado zebu:


→ quase 5 mg/l de nitrogênio protéico
→ 3 g de nitrogênio não protéico

Balanço ácido-base:

A ofegação térmica → excreção CO2 pelos pulmões.


A super ventilação pode conduzir a alcalose respiratória

Alcalose: aumento anormal do pH do sangue – (CO 2 participa do


sistema bicarbonato tampão).

Produção de Calor Durante o Estresse por Calor:

Taxa metabólica geral:

Mudanças Hormonais e Influências:


→ hormônio da tireóide
→ glucocorticóides
→ catecolaminas
→ hormônio de crescimento

todos aumentam a taxa metabólica do animal.

Aclimatação e Aclimação ao Estresse por Calor:

Ocorrem quando o animal desenvolve características estruturais,


funcionais e comportamentais que aumentam a habilidade para
viver em ambientes quentes sem problemas.
Somente em casos de prolongadas exposições a esses ambientes
quentes.

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