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Arq. Msc.

Alessandra Migliorini Saldanha


Agosto de 2013.
Conhecer e conceber
Conforto Ambiental,

assim como as técnicas referentes ao


estabelecimento de condições para a
Concepção, Organização e Construção dos
Espaços envolvendo as condições Térmicas
e Luminícas.
Clima e Ambiente Construído: Conceitos, Materiais e Técnicas.
Geometria da Insolação;
Fundamentos de Ventilação;
Cálculos para Conforto Térmico em Ambiente Construído e
Ambiente Urbano;
Conservação de Energia (Arquitetura Bioclimática);
Natureza e propagação da luz;
Iluminação e fotometria;
Necessidades básicas e relação Níveis de Iluminação/Atividade.
UE I – Relação entre física e arquitetura - 10 horas
Conteúdo - Ergonomia
Conteúdo - Equilíbrio térmico entre o homem e o meio
Conteúdo - Relação entre Física e Arquitetura
Conteúdo - Ciclo Hidrológico
Conteúdo - Organização dos elementos climáticos e sua aplicação em
Urbanismo em Edifícios

UE II- Fenômenos físicos - 10 horas


Conteúdo - Carta Solar Estereográfica - uso e aplicação
Conteúdo - Sombra Projetada - em Edifícios - Relógios Solares
Conteúdo - Manchas solares em aposentos
Conteúdo - Cálculo da Carga Enérgética sobre Fachadas
Conteúdo - Redução da Carga Térmica
UE III - Natureza e propagação da luz - 10 horas
Conteúdo - Estudo do controle da luz com ênfase no estudo da luz natural
Conteúdo - Conservação de Energia – ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA

UE IV- Iluminação e fotometria - 10 horas


Conteúdo - Normas de Conforto Luminíco
Conteúdo - Tipos de Lâmpadas (vantagens e desvantagens de uso de cada uma
delas)
Conteúdo - Necessidades básicas e relação Níveis de Iluminação/Atividade

UE V- Projetos e aplicação prética - 10 horas


Conteúdo - Uso de Técnicas e Equipamentos (Conceitos, Materiais e Técnicas)

Conteúdo - Iluminação e energia aplicadas ao conforto de ambientes


Conteúdo - Projetos referentes à iluminação dos ambientes construídos.
1º BIMESTRE =
Avaliação Oficial 1 (70%) + Atividades Parciais (30%)
2º BIMESTRE =
Avaliação Oficial 2 (70%) + Atividades Parciais (30%)

Avaliação Oficial 1 = Prova Escrita do conteúdo ministrado em sala


de aula
Avaliação Oficial 2 = Prova Escrita ou Trabalho prático a ser
desenvolvido no 2º bimestre
Atividades Parciais = Somatória das atividades desenvolvidas em
sala de aula + Prova Parcial
PROVA PARCIAL I – prova escrita 19/08/13 e 23/08/13

PROVA OFICIAL II – prova escrita 16/09/13 e 20/09/13

PROVA PARCIAL II – prova escrita 07/10/13 e 11/10/13

PROVA OFICIAL III – prova escrita ou apresentação do trabalho


prático 02/12/13 e 06/12/13

2ª CHAMADA – 09/12/13 e 13/12/13

EXAME FINAL – 16/12/13 e 20/12/13

* Algumas datas do 2ª bimestre poderão sofrer alterações.


Ao longo do tempo o organismo humano desenvolveu uma série
de mecanismos que permitem a sua adaptação ao meio com o
objetivo de obter o bem-estar.

Quando se trata de satisfação com as condições térmicas de um


ambiente, então está-se tratando do
CONFORTO TÉRMICO
A preocupação científica do homem com o seu conforto
térmico é muito antiga, um exemplo disso é a obra escrita por
Walter Bernan e publicada em 1845:
"History and Art of Warming and Ventilation Rooms and
Buildings",
Os primeiros esforços organizados para o estabelecimento de
critérios de conforto térmico foram realizados no período de
1913 a 1923.

Pesquisas desenvolvidas no período de 1970 a 1986,


comprovaram que o conforto térmico está estritamente
relacionado com o equilíbrio térmico do corpo humano e que esse
equilíbrio é influenciado por fatores ambientais e pessoais.
“Estado que expressa satisfação com o ambiente
térmico”
ISO 7730
“ O estado de espírito que reflete a satisfação do
ambiente térmico que envolve a pessoa”
ASHRAE – American Society of Heating
Refrigeration and Air Conditioning Engineers
“Satisfação psicofisiológica de um indivíduo com
as condições térmicas do ambiente”
Projeto de Norma 02.135.07-001 –
Desempenho Térmico de edificações – Parte 1
As sensações são subjetivas, isto é, dependem das pessoas.

Portanto, entende-se como condições ambientais de conforto


aquelas que propiciam bem-estar ao maior número possível de
pessoas.
ISO-7730, estabelece um critério de avaliação de
conforto térmico

ISO-7243, define nível de desconforto do ambiente


(aplica-se quando não é possível aplicar a ISO-7730)

ISO-7726, define as grandezas e os instrumentos a


utilizar nas medições

RCCTE, Regulamenta das Características de


Comportamento Térmico dos Edifícios

RCESE, Regulamenta os Sistemas Energéticos de


Climatização em Edifícios
A satisfação do homem ou seu bem estar em se
sentir termicamente confortável;

A performance humana – melhor rendimento

A conservação de energia
encontra-se em situação de neutralidade térmica;

“ É a condição na qual a pessoa não prefira nem mais calor


nem mais frio no ambiente ao seu redor”
FANGER (1970)

“Estado físico, no qual todo o calor gerado pelo organismo


através do metabolismo, seja trocado em igual proporção
com o ambiente ao redor, não havendo nem acúmulo de
calor, nem perda excessiva do mesmo, mantendo a
temperatura corporal constante.”
LAMBERTS (2008)
tem a temperatura da sua pele e a taxa de transpiração dentro de
limites aceitáveis, função de características fisiológicas
particulares e;

não esta sujeita a nenhum tipo de desconforto térmico


localizado, tais como corrente de ar indesejável, contato com
pisos aquecidos ou resfriados, radiação térmica assimétrica e
diferenças de temperatura do ar.
Homem → HEMOTÉRMICO .

Homem → MÁQUINA TÉRMICA

Podemos entender por


“máquina térmica”, àquela que
necessita certa quantidade de
calor para seu funcionamento
O funcionamento do corpo
humano é a condição na qual o
mesmo se encontra para que
esteja apto a desempenhar suas
atividades, que podem ser
subdivididas em 2 categorias:

Atividades basais, internas;

Atividades externas.
Para ter condições de desempenhar
qualquer uma das atividades citadas, nosso
organismo necessita de calor, o qual é
oriundo do metabolismo dos alimentos
ingeridos e esse calor, também pode ser
subdividido em 2 categorias:

Metabolismo basal;

Metabolismo devido
às atividades externas.
O corpo humano é um sistema termodinâmico que
produz calor e interage termicamente com o meio que o
circunda.

Os limites de temperatura interna do corpo são entre


36,1 e 37,2°C, sendo 32°C o limite inferior e 42°C o limite
superior para sobrevivência em estado de enfermidade.

Segundo GUYTON (1992), a sensação de quente ou frio


é determinada por sensores localizados respectivamente no
hipotálamo para quando a temperatura excede 37ºC e na
pele para quando cai para 34ºC
MECANISMO DE
TERMORREGULAÇÃO
O conforto e balanço térmico do corpo humano estão
relacionados, na medida em que a sensação de bem-estar
térmico depende do grau de atuação do sistema
termorregulador na manutenção do
EQUILÍBRIO TÉRMICO DO CORPO HUMANO.

O controle da temperatura corporal é realizado por meio


da:

Vasodilatação;

Vasoconstrição.
FRIO X CALOR
FRIO: Evitar perdas térmicas do corpo e aumentar a
produção interna de calor.

CALOR: Incrementar as perdas térmicas do corpo e reduzir a


produção interna de calor.
Com o frio existem as dificuldades para manter o calor
necessário ao corpo, devido a baixa temperatura do meio.

A redução de trocas térmicas entre o individuo e o


ambiente se faz através do aumento da resistência térmica
da pele por meio da:
AUMENTO DO METABOLISMO

O aumento das combustões internas – termogênese – se dá


através do sistema glandular endócrino.
Quando as perdas de calor são inferiores às necessárias
para a manutenção de sua temperatura interna constante, o
organismo reage por meio de seus mecanismos automáticos
— sistema nervoso simpático — proporcionando condições
de troca de calor mais intensa entre o organismo e o
ambiente e reduzindo as combustões internas.

O incremento das perdas de calor para o ambiente


ocorre por meio da:
VASODILATAÇÃO PERIFÉRICA
O sistema termorregulador atua também sobre as
glândulas sudoríparas, aumentando ou diminuindo a
produção de suor em função da necessidade de perda de calor
do corpo por evaporação do suor.
REDUÇÃO DO METABOLISMO

A redução das combustões internas — termólise — se faz


através do sistema glandular endócrino.
É o principal órgão termorregulador do organismo.

O processo fisiológico de maior relevância e mais


utilizado para controlar a temperatura do corpo é a
regulação da vazão de sangue pela pele.

Quando as temperaturas internas se elevam acima


de uma temperatura de referência, uma proporção
maior de sangue é direcionada para a pele.
Basicamente são três os mecanismos de troca
térmica do corpo humano com o ambiente:

Convecção;

Condução;

Radiação e;

Evaporação.
É o processo de remoção de calor por
convecção ocorre quando o ar apresenta
temperatura inferior à do corpo e o corpo
transfere calor pelo contato com o ar frio
circundante.

Ocorre o Ciclo de Convecção.

Para haver convecção é preciso que haja


diferença de temperatura entre o corpo e o
meio.
É o processo de transferência de calor que
ocorre quando dois corpos sólidos ou fluídos, que
não estão em movimento e se encontram
submetidos a diferentes temperaturas, são
colocados em contato.

Ocorre a propagação de calor sem transporte da


substância.
É o processo pelo qual a energia radiante é
transmitida da superfície quente para a fria por meio
de ondas eletromagnéticas que, ao atingirem a
superfície fria, transformam-se em calor.

A radiação térmica não depende do ar ou de


qualquer outro meio para se propagar, e a quantidade
de energia radiante emitida por um corpo depende de
sua temperatura superficial.
EVAPORAÇÃO

Quando as condições ambientais fazem com que


as perdas de calor do corpo humano por convecção
e radiação não sejam suficientes para regular a sua
temperatura interna, o organismo intensifica a
atividade das glândulas sudoríparas e perde calor
pela evaporação da umidade (suor) que se forma na
pele.

É um fenômeno endotérmico, isto é, para ocorrer


precisa de calor cedido pelo corpo.
BIBLIOGRAFIA

FUNDACENTRO – Ministério do Trabalho e Emprego (1999) - Conforto


Térmico nos ambientes de Trabalho.
FROTA, A. B.; SCHIFER, S. R. (2003) – Manual de conforto térmico. 5º
Ed. São Paulo: Stúdio Nobel, 2003
LAMBERTS, R.; DUTRA, L. PEREIRA, F. O. R. – Eficiência energética na
arquitetura. São Paulo: PW editores, 1997.
LAMBERTS, R.; GHISI, E.; ABREU, A. L. P.; CARLO, J. C.; BATISTA, J. O.
(2006) – Desempenho térmico de edificações. Florianópolis: Apostila –
Universidade Federal de Santa Catarina, 2006.
LAMBERTS, R.; XAVIER, A. A. P.; GOULART, S.(2008) – Conforto e
Stress Térmico. Florianópolis - Universidade Federal de Santa Catarina,
2008.
NETO, A. S.; Regulamentação de desempenho térmico e energético de
edificações. São Paulo, 2003. Dissertação de Mestrado em Engenharia
Civil. Universidade de São Paulo, 2003.
PARA A PRÓXIMA AULA...

Leitura do texto:

“Conforto Térmico das Habitações” –


ABIFibro

Elaborar um resumo a mão, que deverá ser entregue


no inicio da próxima aula.

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