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Universidade Federal de Sergipe

Departamento de Arquitetura e Urbanismo


# DAUUFS #

Conforto Térmico (Slide 2)

Laboratório de Conforto Ambiental - ARQUI0053


Prof. Italo César Montalvão Guedes
E-mail: italomontalvao@yahoo.com.br

Laranjeiras, 2018.2
1. Aspectos gerais

O Homem – Homeotérmico: Temperatura


interna do corpo tende a permanecer
constante independentemente das
condições do clima. Com o uso do
oxigênio, o organismo promove a queima
das calorias existentes nos alimentos
(metabolismo), transformando-as em
energia, gerando o calor interno do corpo.

Porém, sempre existem trocas térmicas


entre o corpo humano e o meio.

Fonte: ALLEN, 2011

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2. Conforto térmico - Definição
“... o estado de espírito que expressa satisfação com o
ambiente térmico que envolve a pessoa”.
ASHRAE
(American Society of Heating, refrigerating and Air-conditioning
Engeneering)

Fonte: LAMBERTS et al, 2011 Fonte: ALLEN, 2011

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3. Trocas de calor entre o homem e o ambiente

M–W±R±C–E=Q

M: Taxa metabólica
W: parte do metabolismo transformada
em trabalho mecânico.
R: Taxa de trocas de calor por radiação
C: Taxa de trocas de calor por convecção Fonte: LAMBERTS et al, 2011
E: Taxa de perda de calor por evaporação
Q: Taxa de variação de calor no organismo

Balanço Térmico = Conforto térmico Q=0

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Obs.: Os valores de R, C e E do balanço térmico dependem :
1. Das condições do ambiente (temperatura do ar, umidade relativa, velocidade do ar e
temperatura radiante média)
2. Dos fatores do organismo (temperatura interna e pele).

3. Trocas de calor entre o homem e o ambiente

Fonte: LAMBERTS et al, 2011

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3. Trocas de calor entre o homem e o ambiente
MECANISMOS TERMOREGULADORES!

Reação ao frio
Com o frio existem as dificuldades para
manter o calor devido a baixa
temperatura do meio. Desta forma
origina-se a vasoconstrição. Esta
provoca a diminuição do volume de
sangue e do ritmo cardíaco. O arrepio
provoca atividade, gerando calor.

Fonte: LAMBERTS et al, 2014

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3. Trocas de calor entre o homem e o ambiente
MECANISMOS TERMOREGULADORES!

Reação ao calor:
Com o verão existem dificuldades para
eliminar o calor devido a alta temperatura
do meio. Desta forma, origina-se a
vasodilatação. Esta aumenta o volume de
sangue, acelerando o ritmo cardíaco e
provocando a transpiração.

Fonte: LAMBERTS et al, 2014

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4. Fatores que influenciam o conforto térmico
 Fatores ambientais
a. Temperatura do Ar (Ta): Determinada
principalmente pela taxa de aquecimento e
resfriamento da superfície da terra, que resulta
numa taxa de aquecimento e resfriamento do
ambiente.
Fonte: LAMBERTS et al, 2014
b. Temperatura Radiante Média (TRM)

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4. Fatores que influenciam o conforto térmico
c. Umidade relativa do ar : Indica a quantidade de vapor de água no
ar.
Obs.: Inferior a 30%: pode provocar ressecamento das vias respiratórias.
Ponto de vista do conforto: a umidade pode ser maior no inverno do que no
verão, pois temperatura e umidade elevadas dificultam a evaporação do suor.

d. Velocidade do ar

Velocidades baixas do ar: o conforto térmico é tão sensível à


temperatura radiante quanto à temperatura do ar.
Velocidades mais altas : a temperatura do ar determina a percepção do
conforto

Conforto térmico em construções bem ventiladas, a temperatura do ar pode ser


considerada um parâmetro determinante!!!

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4. Fatores que influenciam o conforto térmico
d. Velocidade do ar
A velocidade máxima do ar considerada como aceitável pode variar entre
0.5 e 2.5 m/s, de acordo com diferentes autores.

O limite máximo tem sido


definido com base em
problemas práticos. Por
exemplo: vôo de papéis sobre a
mesa e desarranjo de penteados,
ao invés de exigências
fisiológicas de conforto. Fonte: BITTENCOURT & CÂNDIDO, 2010

Em climas quentes e úmidos, é provável que o poder refrescante provocado por uma
maior velocidade do ar possa compensar essas desvantagens.

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4. Fatores que influenciam o conforto térmico
 Fatores individuais (pessoais ou humanas):
Atividade Física
a. Atividades desenvolvidas
(descanso, leve ou pesada) -
met

A depender da atividade desenvolvida


pela pessoa, a taxa de produção de calor
metabólico afetará mais ou menos o
equilíbrio térmico do homem com o
ambiente.

Fonte: LAMBERTS et al, 2011


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4. Fatores que influenciam o conforto térmico
 Fatores individuais (pessoais ou humanas):

b. Vestimenta (Resistência térmica da roupa) – clo (clothing)

Fonte: LAMBERTS et al, 2011

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4. Fatores que influenciam o conforto térmico

Fonte: CORBELLA, 2009

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5. Avaliação de conforto térmico – Índices de conforto

- Deve-se considerar o efeito combinado dos fatores


ambientais e individuais correspondentes aos ocupantes do
ambiente sobre as respostas fisiológicas e sensoriais do corpo
humano.

Índice de conforto: expressa uma combinação de algumas ou todas as


variáveis intervenientes das condições de conforto térmico por meio de
um único parâmetro.

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5. Avaliação de conforto térmico – Índices de conforto
a. Temperatura efetiva (Anos
de 1920): correlação entre as
sensações de conforto e as
condições de temperatura,
umidade e velocidade do ar
por meio de nomograma.

Obs. Temperatura efetiva corrigida


(consideração da radiação térmica)

Fonte: BITTENCOURT & CÂNDIDO, 2010

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5. Avaliação de conforto térmico – Índices de conforto
b. Método de Fanger ou
Voto Médio Estimado
(VME): Considerado o mais
completo dos índices de conforto,
pois analisa a sensação de conforto
em função das 06 variáveis, fazendo
uma relação com o voto médio
predito (PMV – Predicted Mean
Vote) deste com a porcentagem de
Fonte: LAMBERTS et al, 1997
pessoas insatisfeitas (PPD –
Predicted Percentage of
Dissatisfied).
Um ambiente é considerado
termicamente aceitável quando PPD <
Obs. É o método usado na ISO 7730! 10%, ou seja, - 0,5 < PMV < + 0,5.

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5. Avaliação de conforto térmico – Índices de conforto

b. Método de Fanger ou Voto Médio Estimado (VME):

Anemômetro de hélice
Fonte: LAMBERTS, 2005

Interface-Software Analysis CST Resultados da Avaliação Térmica


Fonte: LAMBERTS et al, 2011 Interface-Software Analysis CST
Fonte: LAMBERTS et al, 2011

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6. Avaliação de conforto térmico

Termômetro de Globo Anemômetro de hélice Psicrômetro giratório


Fonte: LAMBERTS et al, 2011 Fonte: LAMBERTS et al,
Fonte: LAMBERTS et al,
2011
2011

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Referências
ALLEN, Edward. Como os edifícios funcionam: a ordem natural da
arquitetura. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011.

BITTENCOURT, Leonardo & CÂNDIDO, Christina. Ventilação Natural em


Edificações. Rio de Janeiro. 2010.
CORBELLA, Oscar. Em busca de uma arquitetura sustentável para os trópicos:
conforto ambiental/ Oscar Corbella, Simos Yannas. 2. ed. Ver. Ampl. Rio de
Janeiro: Revan, 2009.

LAMBERTS, R.; GHISI , E.; PAPST, A.L.; CARLO, J.C.; BATISTA, J. O.;
MARINOSKI, D. L. ; NARANJO, A. Desempenho Térmico de Edificações
(apostila). 6ª edição, 2011. Disponível em www.labeee.ufsc.br.

LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F. O. R. Eficiência energética


na arquitetura. 3ª edição, 2014. Disponível em:
www.labeee.ufsc/publicacoes/livros

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