17-Especificação Do Sistema de Ar Condicionado PDF

Eletrotécnica Predial
UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso

FAET – Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia
DENE – Departamento de Engenharia Elétrica
Especificação do sistema de ar
condicionado
Prof. Me. Rodolfo Quadros
Cuiabá, 04 de Dezembro de 2017

Dimensionamento de ar condicionado unitário

A NBR 16401 estabelece os parâmetros básicos e os requisitos
mínimos de projeto para sistemas de ar-condicionado centrais e
unitários.
Condicionamento de ar:
Processo que objetiva controlar simultaneamente a temperatura, a
umidade, a movimentação, a renovação e a qualidade do ar de um
ambiente. Em certas aplicações controla também o nível de pressão
interna do ambiente em relação aos ambientes vizinhos.
2

Refrigeração: consiste no processo de retirar calor de um corpo ou
espaço para reduzir sua temperatura e transferir este calor para um
outro espaço ou corpo.
Arrefecimento: Abaixamento da temperatura de um corpo até a

temperatura ambiente.
Resfriamento: Abaixamento da temperatura de um corpo da

temperatura ambiente até sua temperatura de congelamento.
Congelamento: Abaixamento da temperatura de um corpo aquém da

sua temperatura de congelamento.
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Isolamento térmico: O espaço refrigerado se encontra a temperatura
abaixo do ambiente que o envolve. Para limitar o fluxo de calor para
o interior do espaço refrigerado a um mínimo prático, é necessário
isolar o espaço refrigerado utilizando um bom isolante térmico.
Agente refrigerante: É o corpo empregado como absorvedor de calor

ou agente de resfriamento do espaço refrigerado. Exs.: Gelo, gelo
seco (dióxido de carbono) e refrigerantes líquidos.
Refrigeração com gelo: Nos refrigeradores com gelo, a pedra de gelo

é colocada na parte superior e o calor é absorvido do ar. O ar, devido
as correntes de convecção, resfria todo o espaço interno do
refrigerador.
4
Termodinâmica
A primeira lei da termodinâmica estabelece que, durante um
processo cíclico qualquer, percorrido por um sistema, a integral
cíclica, do calor é proporcional à integral cíclica do trabalho. Portanto
em um sistema de refrigeração, parte de um estado inicial, passa por
certo número de mudança de estados ou processos e finalmente
retorna ao estado inicial, o sistema executa um ciclo termodinâmico.
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Termodinâmica
A primeira lei da termodinâmica estabelece que, durante um
processo cíclico qualquer, percorrido por um sistema, a integral
cíclica, do calor é proporcional à integral cíclica do trabalho. Portanto
em um sistema de refrigeração, parte de um estado inicial, passa por
certo número de mudança de estados ou processos e finalmente
retorna ao estado inicial, o sistema executa um ciclo termodinâmico.
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Termodinâmica
A segunda lei da termodinâmica é que ela estabelece a direção na
qual ocorre um determinado processo. Além disso, define o motor
térmico, o refrigerador e a temperatura termodinâmica.
A primeira lei da termodinâmica não impõe a direção do processo,

apenas estabelece que em um processo cíclico o calor é igual ao
trabalho.
7
Termodinâmica
Escalas de temperatura
A escala de temperatura nos termômetros foi construída
comparando-a com um termômetro padrão ou com pontos físicos
fixos de determinadas substâncias(ex: mercúrio).
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Termodinâmica
Processos de transferência de calor
O calor produzio pelo movimento aleatório das partículas pode ser
transferido de um local para o outro por:
Condução: Quanto mais quente, as partículas estão mais energia se
tem e com esta vibração cada partícula transmite energia para a
partícula vizinha e assim sucessivamente. Não há transporte das
partículas, apenas da energia e ocorrem em sólidos, líquidos e gases.
9
Termodinâmica
Convecção: A energia térmica é propagada mediante o transporte de
matéria, havendo portanto, deslocamento de partículas. Somente
ocorre em líquidos e gases (fluidos). Consiste na transferência de
calor dentro de um fluído através de movimentos do próprio fluído.
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Termodinâmica
Radiação: Não necessita de meio material para transmitir a energia
térmica. A transferência de calor por radiação ocorre na forma de
ondas eletromagnéticas e geralmente na faixa do espectro
infravermelho (IV). Todos os corpos aquecidos emitem radiações
térmicas que, ao serem absorvidas por um outro corpo, provocam,
nele, uma elevação de temperatura.
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Conforto térmico
Segundo a ASHRAE Standard 55 conforto térmico é definido como:
“A condição da mente que expressa satisfação com o ambiente
térmico”.
Fatores que influenciam:

Físicos: trocas de calor do corpo com o meio físico
Fisiológicos: resposta fisiológica do organismo
Psicológicos: diferenças na percepção e na resposta a estímulos
sensoriais
12
Conforto térmico
Na parte 2 da ABNT NBR 16401 estipula os parâmetros ambientais
suscetíveis de produzir sensação aceitável de conforto térmico em 80
% ou mais das pessoas.
Verão (roupa típica 0,5 clo)
Temperatura operativa e umidade relativa dentro da zona delimitada
por:
• 22,5 °C a 25,5 °C e umidade relativa de 65 %;
• 23,0 °C a 26,0 °C e umidade relativa de 35 %.
A velocidade média do ar (não direcional) na zona de ocupação não
deve ultrapassar:
• 0,20 m/s para distribuição de ar convencional (grau de turbulência
30 % a 50 %);
• 0,25 m/s para distribuição de ar por sistema de fluxo de
deslocamento (grau de turbulência inferior a 10% ).
13
Conforto térmico
Na parte 2 da ABNT NBR 16401 estipula os parâmetros ambientais
suscetíveis de produzir sensação aceitável de conforto térmico em 80
% ou mais das pessoas.
Inverno (roupa típica 0,9 clo)
Temperatura operativa e umidade relativa dentro da zona delimitada
por:
• 21,0 °C a 23,5 °C e umidade relativa de 60 %;
• 21,5 °C a 24,0 °C e umidade relativa de 30 %.
A velocidade média do ar (não direcional) na zona de ocupação não
deve ultrapassar:
• 0,15 m/s para distribuição de ar convencional (grau de turbulência
30 % a 50 %);
• 0,20 m/s para distribuição de ar por sistema de fluxo de
deslocamento (grau de turbulência inferior a 10% ).
14
Carta Psicrométrica
Temperatura de saturação (°C)
Temperatura de bulbo úmido (°C)
Umidade relativa (°C)
Umidade absoluta (°C)
Entalpia (kj/kg)
Volume especifico (m³/kg)
15
Estratégias de condicionamento térmico para Cuiabá
As estratégias de condicionamento para a cidade de Cuiabá
segundo a NBR 15220 são: F, H, I, J, K
16
segundo a NBR 15220 são:
F: As sensações térmicas são melhoradas através da

desumidificação dos ambientes. Esta estratégia pode ser obtida
através da renovação do ar interno por ar externo através da
ventilação dos ambientes.
H: Em regiões quentes e secas, a sensação térmica no período de

verão pode ser amenizada através da evaporação da água. O
resfriamento evaporativo pode ser obtido através do uso de
vegetação, fontes de água ou outros recursos que permitam a
evaporação da água diretamente no ambiente que se deseja resfriar
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I: Temperaturas internas mais agradáveis também podem ser

obtidas através do uso de paredes (externas e internas) e
coberturas com maior massa térmica, de forma que o calor
armazenado em seu interior durante o dia seja devolvido ao
exterior durante a noite, quando as temperaturas externas
diminuem.
18
J: A ventilação cruzada é obtida através da circulação de ar pelos

ambientes da edificação. Isto significa que se o ambiente tem
janelas em apenas uma fachada, a porta deveria ser mantida aberta
para permitir a ventilação cruzada. Também deve-se atentar para os
ventos predominantes da região e para o entorno, pois o entorno
pode alterar significativamente a direção dos ventos.
K: O uso de resfriamento artificial será necessário para amenizar a

eventual sensação de desconforto térmico por calor.
19
Carta Psicrométrica de Cuiabá

ZC: Zona de conforto, ZV: Ventilação, MTR: massa, térmica resfriamento,
MTA: massa térmica/aquecimento, RE: resfriamento evaporativo, ASP:
aquecimento solar passivo, AA: aquecimento artificial, CA:
condicionamento articial, U: umindificação
20
Carta Psicrométrica de Cuiabá
21
Tipos de compressor utilizados em ar-condicionado

Compressor Rotativo: o gás refrigerante é comprimido em espirais
internas do equipamento, este tipo de compressor é usado nos
modelos tipo janela e split de até 30.000 BTUs.
22

Compressor Rotativo: o gás refrigerante é comprimido em espirais
internas do equipamento, este tipo de compressor é usado nos
modelos tipo janela e split de até 30.000 BTUs.
23

Compressor Alternativo: atua com um sistema com um de pistão
para comprimir o gás refrigerante. É usado nos modelos janela e Split
de até 30.000 BTUs.
24

Compressor Scroll: compressor tem duas partes separadas de
espiral, onde uma permanece fixa, enquanto a outra gira contra ela
comprimindo o gás refrigerante. É usado em equipamentos a partir
de 24.000 BTUs.
25

Compressor Scroll: compressor tem duas partes separadas de
espiral, onde uma permanece fixa, enquanto a outra gira contra ela
comprimindo o gás refrigerante. É usado em equipamentos a partir
de 24.000 BTUs.
Cassete Piso-teto
26

Compressor Parafuso: possui dois eixos em formato de parafuso
interligados que giram em direções opostas comprimido o gás
refrigerante. É usado em equipamentos entre 100 e 750 TRs.
1TR= 12000 BTUs
27

Compressor Centrífugo: compressor contém um propulsor de alta
velocidade, com muitas pás, que giram criando fluxo de ar, sem que
mude a rotação. Ele ainda age como coletor acumulando o ar
pressurizado. É usado em equipamentos entre 100 e 1000 TRs.
28

Refrigerantes líquidos: a base dos sistemas mecânicos de
refrigeração é a elevada capacidade que os líquidos tem de absorver
calor quando vaporizam.
Os Refrigerantes mais importantes são:

• Amônia (R717);
• Tricloromonofluormetano (Freon-11 ou R-11);
• Diclorodifluormetano (Freon-12 ou R-12);
• Monoclorodifluormetano (Freon-22 ou R-22);
• Tetracloretodecarbono (R-10) e outros.
29

Sistema de ar-condicionado central
• Central de água gelada: sistema central em que uma ou mais
unidades de tratamento de ar, cada uma operada e controlada
independentemente das demais, são supridas com água gelada
(ou outro fluido térmico) produzida numa central frigorígena
constituída por um ou mais grupos resfriadores de água e
distribuída por bombas, em circuito fechado.
30

• Central multi-split VRV (vazão de refrigerante variável) sistema
central em que um conjunto de unidades de tratamento de ar de
expansão direta, geralmente instaladas dentro do ambiente a que
servem (designadas unidades internas), cada uma operada e
controlada independentemente das demais, é suprido em fluido
refrigerante líquido em vazão variável (VRV) por uma unidade
condensadora central, instalada externamente (designada
unidade externa).
31

Flecha de ar evaporadora tipo HI-WALL
Velocidade do ar
32

Flecha de ar evaporadora tipo HI-WALL
Temperatura
33

Flecha de ar evaporadora tipo cassete
Velocidade do ar
34

Flecha de ar evaporadora tipo cassete
Temperatura
35

• Central multi-split VRV (vazão de refrigerante variável) sistema
central em que um conjunto de unidades de tratamento de ar de
expansão direta, geralmente instaladas dentro do ambiente a que
servem (designadas unidades internas), cada uma operada e
controlada independentemente das demais, é suprido em fluido
refrigerante líquido em vazão variável (VRV) por uma unidade
condensadora central, instalada externamente (designada
unidade externa).
36

• Central multi-split VRV (vazão de refrigerante variável)
37

Sistema de ar-condicionado unitário: é um sistema constituído por
um ou mais condicionadores autônomos de qualquer tipo e
capacidade, servindo a um recinto isolado ou a um grupo de recintos,
constituindo uma fração autônoma da edificação.
Compacto (self contained): unidade com capacidade nominal

geralmente superior a 17 kW, montada em fábrica, comportando
uma unidade de tratamento de ar com serpentinas de resfriamento
de expansão direta conjugada a uma unidade condensadora,
resfriada a ar ou a água, incorporada ao gabinete da unidade. O
condicionador é previsto para insuflação do ar por dutos. O
condensador a ar pode ser desmembrado da unidade para instalação
à distância. O condicionador pode também ser apresentado dividido,
para instalação à distância da unidade condensadora
38

Rooftop: condicionador compacto, projetado para ser instalado ao

tempo, sobre a cobertura.
Mini-split: condicionador constituído por uma unidade de
tratamento de ar de expansão direta, de pequena capacidade
(geralmente inferior a 10 kW), instalada dentro do ambiente a que
serve (designada unidade interna), geralmente projetada para
insuflação do ar por difusor incorporado ao gabinete, sem dutos,
suprida em fluido refrigerante líquido por uma unidade
condensadora, instalada externamente (designada unidade externa).
39

De janela: unidade de pequena capacidade (geralmente inferior a 10

kW), montada em fábrica, comportando uma unidade de tratamento
de ar com serpentina de resfriamento de expansão direta, conjugada
a uma unidade condensadora resfriada a ar, montados em gabinete
projetado para ser instalado no ambiente, em janela ou em abertura
na parede externa, com insuflação do ar por difusor incorporado ao
gabinete.
40

Etapas do projeto:
a) análise conjunta entre o projetista, empreendedor e escritórios de
arquitetura sobre os impactos das soluções envolvendo o consumo
de energia da edificação e os aspectos ambientais;
b) análise junto ao empreendedor da diretriz de enquadramento
desejada por ele para a obtenção de etiquetagem de eficiência
energética do respectivo empreendimento;
c) coleta de informações sobre as condições locais que possam ter
influência na concepção das instalações, tais como o atendimento
pelos serviços públicos de água, esgoto, gás combustível e energia
elétrica, topografia, incidência solar, edificações na vizinhança,
condições do meio externo, tipo de ocupação, etapas de implantação
do empreendimento, exigências específicas das autoridades legais
etc.
41

Etapas do projeto:
d) coleta de dados preliminares de requisitos de tratamento de ar,
parâmetros para os cálculos de carga térmica e especificações dos
detalhes arquitetônicos da edificação tais como: condições
específicas de temperatura, umidade relativa, pressão interna,
renovação de ar e classe de filtragem requerida, leiaute e dissipação
térmica de equipamentos, altura de entre forros, tipos de vidro e
materiais e revestimentos de coberturas e paredes, dispositivos de
sombreamento etc;
e) análise comparativa de sistemas viáveis de serem aplicados, a
partir de um levantamento preliminar de carga térmica;
f) indicação preliminar das necessidades de áreas e espaços técnicos,
com estimativa de carga estática e consumo elétrico dos
equipamentos.
42

Cálculo de carga térmica interna dos recintos
As cargas térmicas devem ser expressas em watts e as vazões de ar

em litros por segundo de ar padrão e corrigidas para a massa
especifica efetiva do ar em cada fase do processo (ABNT 16401-1).
Também devem ser calculadas em quantas horas do dia de projeto
forem necessárias para determinar a carga máxima de cada zona.
O calor contribuído pela envoltória resulta da diferença de

temperatura externa e interna somada à radiação solar incidente,
direta e difusa.
As fontes internas de calor e umidade: pessoas, iluminação,

equipamentos elétricos e outras fontes de calor.
43

44
Dados climáticos de um dia mais quente e mais frio do ano
Sendo:
Pr atm: Pressão atmosférica padrão no local (kPa)
Período: Período das observações meteorológicas (ano inicial/ano final}
Extrem. Anuais: Media das temperaturas extremas anuais e desvio-padrão (s)
Mês> Q: Mês no período com a maior média das temperaturas máximas
ΔTmd: Variação média da temperatura diária no mês mais quente
Mês> F: Mês no período com a menor média das temperaturas mínimas
Frequência anual: Porcentagem do total das horas do ano em que as temperaturas de projeto
indicadas serão provavelmente ultrapassadas
TBS,TBU,TPO: Temperaturas (máx. ou mín.) de projeto, de bulbo seco, bulbo úmido e ponto de
orvalho
TBSc,TBUc: Temperaturas de projeto coincidentes, de bulbo seco, bulbo úmido
w: Umidade absoluta (g/kg de ar seco)
45
Dados climáticos de um dia mais quente e mais frio do ano
Sendo:
Pr atm: Pressão atmosférica padrão no local (kPa)
Período: Período das observações meteorológicas (ano inicial/ano final}
Extrem. Anuais: Media das temperaturas extremas anuais e desvio-padrão (s)
Mês> Q: Mês no período com a maior média das temperaturas máximas
ΔTmd: Variação média da temperatura diária no mês mais quente
Mês> F: Mês no período com a menor média das temperaturas mínimas
Frequência anual: Porcentagem do total das horas do ano em que as temperaturas de projeto
indicadas serão provavelmente ultrapassadas
TBS,TBU,TPO: Temperaturas (máx. ou mín.) de projeto, de bulbo seco, bulbo úmido e ponto de
orvalho
TBSc,TBUc: Temperaturas de projeto coincidentes, de bulbo seco, bulbo úmido
w: Umidade absoluta (g/kg de ar seco)
46
Taxas típicas de calor liberado por pessoas
47
Taxas típicas de dissipação de calor pela iluminação
48
Taxas típicas de dissipação de calor pela iluminação
49
Taxas típicas de dissipação de calor de equipamentos de

escritório
50

escritório
51

escritório
52
Densidade típica de carga de equipamentos para diversos

tipos de escritórios
53
Taxas típicas de dissipação de calor de motores elétricos
54

As cargas térmicas devem ser calculadas em quantas horas do dia de

projeto forem necessárias para determinar a carga máxima de cada
zona e as cargas máximas simultâneas de cada unidade de
tratamento de ar e do conjunto do sistema, bem como as épocas de
suas respectivas ocorrências.
Deve ainda ser considerado o efeito dinâmico da massa da edificação
sobre a carga térmica.
Este cálculo, exceto para sistemas muito simples, é inviável sem o
auxílio de um programa de computador. O programa deve ser
baseado nos métodos da ASHRAE (TFM - Transfer Function Method
ou preferive/mente RTS - Radiant Time Series Method).
55

Existem diversos programas disponíveis, como os programas livres

publicados pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos
(EnergyPlus), ou programas desenvolvidos e registrados pelos
principais fabricantes de equipamentos.
Na utilização destes programas cabe ao projetista reavaliar os valores

já predefinidos para os coeficientes de transmissão global de calor da
edificação. Os valores devem ser adaptados aos parâmetros reais de
projeto da edificação.
56

Cálculo simplificado de carga térmica interna dos recintos
• A envoltória (orientação solar; paredes, cobertura, janelas, tetos,

pisos)
• Fontes internas de calor (pessoas, iluminação, equipamentos de

escritório motores elétricos, outras fontes de calor, infiltrações)
• Tratamento de ar (renovação de ar, filtros)
57

Planilha de carga térmica

1 – Janelas: insolação
Deve-se determinar as áreas das janelas de cada parede e preencher
na respectiva localização. Os fatores são dividido em: sem proteção,
com proteção interna (persianas, cortinas) e com proteção externa
(toldos, brises ou anteparos capazes de proteger da incidência direta
dos raios solares)
2 – Janelas : transmissão
Deve-se somar as áreas de todas as janelas envidraçadas do recinto
em análise do levantamento da carga térmica.
58


3 – Paredes: externas/internas
Deve-se determinar a área das paredes externas na orientação sul
menos as áreas da janelas na respectiva orientação. Deve-se também
determinar as áreas das demais paredes nas demais orientações e
descontando as áreas das respectivas janelas. As portas devem ser
consideradas como parte da parede e as janelas não.
Considera-se construção leve as edificações que tenham paredes
com espessuras inferior a 15 cm e construção pesada as edificações
que tenham paredes com espessuras superior a 15 cm.
As áreas da paredes internas devem ser determinadas e
considerando as portas contida nelas como área da parede.
59


4 – Teto: lage, entre andares, telhado
Determinar o tipo de teto bem como o tipo de exposição na qual ela
se encontra (lage exposta ao sol, entre andares, sob telhado com
isolação ou sem insolação)
5 – Piso
Deve-se verificar se o contato do piso com o solo e se houver contato
direto deve-se desconsiderar do cálculo. Não havendo contato do
piso com o solo deve-se determinar a área do piso.
60


6 – Número de pessoas
Deve-se determinar o numero de pessoas que normalmente ocupam
o ambiente bem como o nível de atividade desenvolvida ( atividade
normal, repouso, forte atividade)
7 – Outras fontes de calor: motor, iluminação

Deve-se determinar a potência em watts dos aparelhos de
iluminação de demais aparelhos elétricos que irradiem calor para o
ambiente
61


8 – Portas ou vãos continuamente abertos
Deve-se determinar as áreas das portas e vãos que permaneçam
constantemente abertos para ambientes não condicionados. Para
largura ou vão com medidas superior a 1,5 m o ambiente adjacente
deve ser considerado no cálculo da carga térmica
9 – Subtotal
Deve-se somar todas as contribuições da carga térmica para que
possa ser aplicado o fator de correção geográfico
62


10 – Fator Geográfico
Deve-se verificar no mapa o coeficiente de correção para posterior
aplicação ao valor da carga térmica levantada
11 – Carga térmica total:

O valor da carga térmica pode ser expresso por: kcal/h; BTU/h; TR;
kW
63
64

Exemplo:
Dimensionamento de ar condicionado por meio de cálculo
simplificado segundo a NBR 16401 para um escritório comercial
localizado no município de Cuiabá (fator geográfico 1) onde
trabalham 20 pessoas em atividade normal, cada funcionário possui
um microcomputador de 250W, o escritório conta com três
impressoras de 500W e uma cafeteira de 300W, a iluminação é
composta por 25 luminárias do tipo fluorescentes de 72W cada. A
edificação tem pé direito de 3,2 m, com teto de laje exposta ao sol,
as janelas são de vidro comum sem proteção, o piso é sobre o solo,
paredes classificadas com construção leve e a porta permanece
fechada.
65
Exemplo de dimensionamento de ar condicionado unitário
66

Exemplo:
Janelas: J1 = 1,2 m² e J2 = 4,43 m²
Porta: P1 1,68 m²
Parede orientação sul: 47,43 m²
Parede orientação norte: 43,48 m²
Parede orientação leste: 30,90 m²
Parede orientação oeste: 30,90 m²
Área da laje: 167,89 m²
Potência total da Iluminação: 1800 W
Potência total dos PC e impressoras: 6500 W
Potência da cafeteira: 300 W
67
68
69
70
71

Exemplo:
Carga térmica: 105.858,86 BTU/h
Buscando índices de eficiência energética recomenda-se utilizar

unidades com etiqueta nacional de conservação de energia (ENCE)
classe A.
Neste exemplo os condicionadores de ar são tipo Split Hi-Wall com
capacidade de refrigeração nominal de 18.000 BTU/h para que o
flecha de ar fique mais uniforme possível no ambiente ou seja
evitando ponto quentes e frios.
105.858,86
Maq =  5,88  6 unidades
18.000
72

Exemplo:
73

Exemplo:
74

Exemplo:
Observação:
Pela tabela do procel a máquina de 18.000 BTU/h tem potência

elétrica de 1590 W em 220 V, logo as seis unidades tem potência
elétrica total de 9,54 kW.
Na planilha de cálculo simplificado da NBR 16401 a carga térmica

também é expressa em watts no caso 31,2 kW, este valor não deve
ser confundido com a potência elétrica do ar condicionado localizada
na tabela do procel.
75
Próxima Aula (19)
Especificação de elevador, portão eletrônico
76

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UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso

Prof. Me. Rodolfo Quadros

Cuiabá, 04 de Dezembro de 2017

Dimensionamento de ar condicionado unitário

Dimensionamento de ar condicionado unitário

Arrefecimento: Abaixamento da temperatura de um corpo até a

Resfriamento: Abaixamento da temperatura de um corpo da

Congelamento: Abaixamento da temperatura de um corpo aquém da

Dimensionamento de ar condicionado unitário

Agente refrigerante: É o corpo empregado como absorvedor de calor

Refrigeração com gelo: Nos refrigeradores com gelo, a pedra de gelo

A primeira lei da termodinâmica não impõe a direção do processo,

Fatores que influenciam:

F: As sensações térmicas são melhoradas através da

H: Em regiões quentes e secas, a sensação térmica no período de

I: Temperaturas internas mais agradáveis também podem ser

J: A ventilação cruzada é obtida através da circulação de ar pelos

K: O uso de resfriamento artificial será necessário para amenizar a

Carta Psicrométrica de Cuiabá

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Tipos de compressor utilizados em ar-condicionado

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Dimensionamento de ar condicionado unitário

Os Refrigerantes mais importantes são:

Dimensionamento de ar condicionado unitário

Dimensionamento de ar condicionado unitário

Dimensionamento de ar condicionado unitário

Dimensionamento de ar condicionado unitário

Dimensionamento de ar condicionado unitário

Dimensionamento de ar condicionado unitário

Dimensionamento de ar condicionado unitário

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Compacto (self contained): unidade com capacidade nominal

Dimensionamento de ar condicionado unitário

Rooftop: condicionador compacto, projetado para ser instalado ao

Dimensionamento de ar condicionado unitário

De janela: unidade de pequena capacidade (geralmente inferior a 10

Dimensionamento de ar condicionado unitário

Dimensionamento de ar condicionado unitário

Dimensionamento de ar condicionado unitário

As cargas térmicas devem ser expressas em watts e as vazões de ar

O calor contribuído pela envoltória resulta da diferença de

As fontes internas de calor e umidade: pessoas, iluminação,

Dimensionamento de ar condicionado unitário

Dados climáticos de um dia mais quente e mais frio do ano

Dados climáticos de um dia mais quente e mais frio do ano

Taxas típicas de calor liberado por pessoas

Taxas típicas de dissipação de calor pela iluminação

Taxas típicas de dissipação de calor pela iluminação

Taxas típicas de dissipação de calor de equipamentos de

Taxas típicas de dissipação de calor de equipamentos de

Taxas típicas de dissipação de calor de equipamentos de

Densidade típica de carga de equipamentos para diversos

Taxas típicas de dissipação de calor de motores elétricos

Dimensionamento de ar condicionado unitário

As cargas térmicas devem ser calculadas em quantas horas do dia de