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Carga Térmica de Ar Condicionado (Conforto - Verão)


Função básica de uma instalação de ar condicionado para
conforto térmico: Uma instalação de ar condicionado para conforto
térmico deve ser capaz de manter as condições de conforto térmico
(temperatura, umidade relativa e velocidade do ar) e também a
qualidade do ar no interior do recinto climatizado em valores
aceitáveis (ou exigidos por normas). Para cumprir essa finalidade, de
forma básica, a instalação de ar condicionado deve ser capaz de rejeitar a
carga térmica, gerada no recinto climatizado e na própria instalação
(ex.: dutos e tubulações em áreas não climatizadas), para o meio
ambiente, além de controlar os níveis de ruído e poluentes no ambiente
climatizado.

Etapa fundamental do projeto de uma instalação de ar


condicionado para conforto térmico: Estimar, com a maior exatidão
possível, a carga térmica do recinto a ser climatizado.
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Informações básicas a serem levantadas, organizadas e analisadas
para estimativa da carga térmica e concepção preliminar da própria
instalação de ar condicionado:
• Condições de conforto térmico;
• Nível exigido de qualidade do ar de interiores;
• Caracterização do recinto a ser climatizado:
• Localização e posicionamento geográfico;
• Dados climáticos locais;
• Projeto arquitetônico e tipo de construção;
• Tipo de atividade e regime de ocupação/operação;
• Tipo e quantidade de luminárias, equipamentos, etc.;
• Concepção preliminar da própria instalação de ar condicionado.
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Conforto térmico: Determinar
limites de temperatura, umidade e
velocidade do ar dentro dos quais
as pessoas se sintam confortáveis
e fora deles desconfortável é tarefa
muito difícil em face da grande
quantidade de variáveis que, de
forma combinada, influenciam na
sensação de conforto térmico.
Dentro da zona de conforto
térmico o sistema termo-regulador
é capaz de manter a temperatura
do corpo humano sem esforço.
Condição de conforto típica para
verão: Tbs=24 ºC, UR= 50 % e V=
0,5 m/s.
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Fatores que afetam o conforto: Embora nem todos os fatores que
afetam o conforto sejam completamente entendidos, sabe-se que o
conforto é diretamente afetado pelos seguintes fatores:
• Temperatura;
• Umidade;
• Circulação (velocidade) do ar;
• Radiação de superfícies (quentes ou frias) vizinhas;
• Vestimentas, atividade (metabolismo), idade, saúde;
• Odores;
• Poeira;
• Ruído.
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Geração e eliminação de calor no corpo humano: O corpo humano
converte a energia dos alimentos em calor e trabalho através do
processo denominado metabolismo a taxas variadas (120 W para
atividades sedentárias até 440 W para atividades intensas).

A energia total produzida no interior do corpo é dissipada da seguinte


maneira:
• Trabalho externo realizado pelos músculos;
• Calor sensível trocado por convecção e radiação através da pele
(exposta e sob roupas);
• Calor latente trocado por transpiração e difusão de umidade na pele;
• Calor sensível e latente trocado pela respiração.
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Diagrama bioclimático
de Olgyay:
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Diagrama de
temperatura efetiva
de Houghton e
Yaglou:
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Diagrama de zona
de conforto térmico
conforme norma
ASHRAE 55:
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As equações de Fanger para predizer
condições de conforto térmico a partir
de 7 parâmetros (temperatura de
bulbo seco e radiante média, umidade
relativa, velocidade do ar, taxa
metabólica por atividade, resistência
térmica da roupa e eficiência
mecânica) foram normatizadas na
norma ISO-7730 e reconhecidas pela
ASHRAE para avaliação de condições
de conforto térmico.

VEM – Voto estimado médio, PPI – Percentual de pessoas insatisfeitas.


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Resultados da aplicação
das equações de Fanger
para avaliar o
desempenho de projetos
de climatização de
edifícios no Brasil
(edifícios de escritório
em São Paulo).

VEM – Voto estimado médio, PPI – Percentual de pessoas insatisfeitas.


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As zonas de conforto térmico de Givoni são regiões demarcadas
na carta psicrométrica a partir de um índice proposto (IFT –
Índice de Fadiga Térmica):
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Importância dos índices de conforto térmico: Os índices de
conforto térmico são muito importantes pois fornecem os parâmetros
para elaboração dos projetos de climatização. Tais índices baseiam-se em
avaliações comportamentais e níveis de satisfação de usuários
entrevistados em vários países. No Brasil, atualmente, os índices de
conforto térmico usados na concepção dos projetos de climatização não
são considerados adequados, pois baseiam-se em populações não
aclimatadas às condições climáticas brasileiras.
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Qualidade do ar interno (“IAQ – Indoor Air Quality”): Um
ambiente climatizado pode ser termicamente confortável mas não ser
saudável. Portanto, os critérios de qualidade do ar interno, isto é, um
ambiente limpo, saudável e sem odores, devem ser considerados e
atendidos, juntamente com as condições de conforto térmico, no projeto
de sistemas de condicionamento de ar.
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Qualidade do ar interno (IAQ – Indoor Air Quality): As fontes de
contaminação do ar interno podem ser agrupadas como:
• Contaminação interior: Pessoas, plantas e animais; liberação de
contaminantes pela mobília e acessórios domésticos; produtos de
limpeza; tabagismo; ozônio de motores elétricos, copiadoras, etc.
• Contaminação exterior: Gases e materiais particulados poluentes
introduzidos no ambiente climatizado juntamente com o ar externo de
renovação.
• Contaminação oriunda do sistema de condicionamento de ar: Poeira,
fungos, bactérias, algas e outros microorganismos que se desenvolvem
nos dutos de ar e bandejas de condensado.
• Deficiências do projeto do sistema de condicionamento de ar:
Renovação de ar insuficiente, distribuição insatisfatória do ar interno,
operação incorreta do equipamento, modificações inadequadas do
edifício, etc.
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Qualidade do ar interno (IAQ – Indoor Air Quality): Os
contaminantes mais comuns do ar interno são:
Dióxido de carbono: Provém da respiração e sua concentração indica o
nível de ventilação do ambiente.
Monóxido de carbono: Provém de combustão incompleta, fumaça de
cigarros e tomada de ar externo próximo a locais com transito intenso.
Óxidos de enxofre: Provém de combustíveis contendo enxofre e
penetram no edifício através de tomadas de ar externo.
Óxidos de nitrogênio: Provém de combustão a alta temperatura e
penetram no edifício através de tomadas de ar externo.
Radônio: Gás radioativo natural.
Compostos orgânicos voláteis (COV): Solventes, produtos de limpeza, etc
Material particulado: Fuligem, pólen, fumaça, bactérias, fungos, etc.
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Qualidade do ar interno (IAQ – Indoor Air Quality):
Síndrome do edifício doente (“Sick Building Syndrome”): Termo
utilizado para designar prédios onde uma porcentagem atípica de
ocupantes (≥ 20 %) apresenta problemas de saúde tais como irritação
dos olhos, garganta seca, dores de cabeça, fadiga, sinusite e falta de ar.
Portaria nº 3.523, de 28 de agosto de 1998, do Ministério da
Saúde: Em vista da evidente correlação entre a qualidade do ar interno
e a saúde das pessoas e suas produtividades, determina a elaboração de
regulamentos técnicos sobre medidas específicas referentes a padrões
de qualidade do ar interno em ambientes climatizados.
• Definição de parâmetros físicos e composição química do ar interno;
• Identificação de poluentes de natureza física, química e biológica,
suas tolerâncias e métodos de controle;
• Pré-requisitos de projeto, instalação, operação e manutenção de
sistemas de climatização.
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Qualidade do ar interno (IAQ – Indoor Air Quality):
Métodos básicos para manutenção da qualidade do ar interno:
Eliminação ou modificação da fonte de contaminantes: Método mais
eficiente para se reduzir a concentração de contaminantes não gerados
diretamente pelos ocupantes ou pelas atividades indispensáveis no
interior do edifício;
Distribuição do ar interno: Remoção de contaminantes gerados por
fontes localizadas antes que se espalhem pelo ambiente climatizado;
Uso de ar externo: Necessário para manter uma porcentagem adequada
de oxigênio no ar interno e ao mesmo tempo diluir a concentração de
contaminantes, apresentando grande influência na carga térmica (obs.:
Reduzir a vazão de ar externo para conservação de energia determina a
instalação de sistema de limpeza do ar de recirculação);
Limpeza do ar: Passo final de um projeto de condicionamento de ar para
assegurar um ambiente limpo e saudável.
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Qualidade do ar interno (IAQ – Indoor Air Quality):
Determinação da vazão de ar (externo) para controlar o nível de
contaminante abaixo de um valor limite de tolerância: O balanço
de massa (ar/contaminante) em um ambiente climatizado, considerando:
Operação em regime permanente, mistura completa ar/contaminante,
taxa constante de geração de contaminante no ambiente, densidade
constante e concentração uniforme do contaminante no espaço
climatizado e no ar que entra.
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Qualidade do ar interno (IAQ – Indoor Air Quality): Sistema de
condicionamento de ar típico mostrando os diversos fluxos de ar.
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Estimativa da carga térmica: Definir as condições de conforto
térmico, as condições externas e caracterizar a construção (arquitetura,
materiais, localização, ocupação, regime de funcionamento, etc.).
Ganhos de calor:
• Transmissão de
calor (paredes,
piso, telhado,
janelas);
• Insolação (paredes
externas, telhado,
vidros);
• Pessoas;
• Iluminação;
• Equipamentos;
• Ar externo;
• Sistema de
condicionamento
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Levantamento e organização de dados/informações básicas
para estimativa da carga térmica:
• Condição interna (para conforme térmico);
• Condições climáticas externas (mês e hora do dia típico);
• Localização, posicionamento e arquitetura da construção (latitude,
longitude, altitude, direção das paredes, plantas, tipos de paredes,
telhados e pisos, tipos de janelas/vidros e portas, cores de paredes,
sombreamento, superfícies refletoras, áreas adjacentes condicionadas
e não condicionadas, etc);
• Tipo de uso do recinto (sala de aula, banco, boate, etc), regime de
funcionamento/ocupação (número de pessoas, permanência e
natureza da atividade) e necessidade de renovação de ar (ar externo);
• Iluminação (tipo de lâmpadas e potência instalada);
• Tipo, quantidade e potência térmica de equipamentos (motores, etc).
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Estimativa da carga térmica: Antes mesmo de estimar a carga
térmica cabe comentar, como exemplo, algumas maneiras de reduzir a
carga térmica de condicionamento de ar, pois pode proporcionar redução
da capacidade a ser instalada e redução no consumo de energia.

• Usar condições internas e externas de projeto corretas;


• Usar isolante térmico no teto e nas paredes;
• A arquitetura da construção deve diminuir os efeitos da radiação
solar (áreas envidraçadas, sombreamento, cores de paredes, etc.) e
aproveitar a ventilação natural;
• Material de construção e tipos de paredes, tetos e pisos;
• Adotar vazão de ar externo (renovação de ar) adequada;
• Adotar tipo e intensidade de iluminação adequados;
• Usar equipamentos eficientes (que geram baixa carga térmica);
• Simultaneidade de cargas térmicas em instalações multi-zonas;
• Caracterizar o perfil da carga térmica, o que pode viabilizar o uso de
termoacumulação e desligamento do sistema no horário de ponta.
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Como exemplo: Estimativa da carga térmica: A carga térmica
estimada é de 939,2 TR (1 TR = 12000 Btu/h = 3,52 kW).
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Como exemplo: Estimativa da carga térmica: Uma redução de
29,5% na carga térmica, inicialmente estimada em 939,2 TR, pode
ser obtida adotando-se proteção solar externa (“brise soleil”).
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Dados climáticos de projeto (usados na estimativa da carga
térmica): Considerando dimensionamento de sistemas de
condicionamento de ar para resfriamento e desumidificação, nos quais
se admite ultrapassar em 2 % do tempo as condições internas de
temperatura e umidade relativa previstas no projeto, conforme dados
apresentados na norma ABNT NBR 16401-1, para Vitória-ES, deve-se
adotar os seguintes dados de projeto: Tbs= 32,2 ºC e Tbuc= 25,0 ºC.
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Dados climáticos de projeto (usados na estimativa da carga
térmica): Entendendo os dados climáticos apresentados na norma
ABNT NBR 16401-1.
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Dados climáticos de projeto (usados na estimativa da carga
térmica): A variação de temperatura, conforme a norma ABNT NBR
16401-1, pode ser estimada.
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Dados climáticos de projeto (usados na estimativa da carga
térmica): Condições externas para verão, conforme dados
apresentados na norma ABNT NBR 6401, para Vitória-ES: Tbs= 33,0 ºC e
Tbuc= 28,0 ºC.
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Condições termoigrométricas internas de projeto para conforto
térmico (usados na estimativa da carga térmica): A condição
interna de verão, conforme a norma ABNT NBR 6401, será: Tbs= 24 ºC
e UR= 50 %. Também é necessário atender parâmetros de
movimentação do ar, grau de pureza do ar, nível de ruído admissível e
porcentagem ou volume de renovação de ar.
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Condições internas de
projeto para conforto
térmico (usados na
estimativa da carga
térmica): A condição interna
de verão típica a ser adotada é
Tbs= 24 ºC e UR= 50 %.
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Estimativa da carga térmica devido à insolação (radiação solar)
em área envidraçadas de janelas, paredes externas e telhados:
A intensidade da radiação solar depende do mês, hora do dia, localização
(latitude norte/sul, altitude), poluição atmosférica, outros fatores.
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Estimativa da carga térmica devido à insolação (radiação solar)
em área envidraçadas de janelas, paredes externas e telhados:
Sombras reduzem somente a radiação direta. Mostra-se abaixo esquema
para determinar sombreamento proporcionado por superfície lateral.
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Estimativa da carga térmica devido à insolação (radiação solar)
em área envidraçadas de janelas, paredes externas e telhados:
Somente parte da radiação solar incidindo nos vidros, que depende da
localização (latitude), mês, hora do dia e direção, penetra no ambiente
interno climatizado. Mostra-se abaixo valores para vidro simples e limpo.
Deve-se fazer as devidas correções, em relação aos valores tabelados,
para condições diferentes (esquadria de alumínio, vidro duplo, etc.).
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Estimativa da carga térmica devido à insolação (radiação solar)
em área envidraçadas de janelas, paredes externas e telhados:
A radiação solar que penetra no ambiente interno climatizado é em parte
armazenada pela estrutura (paredes, piso, teto, móveis), dependendo do
tipo de construção. Corrigir com o fator de armazenamento (a).
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Estimativa da carga térmica devido à insolação (radiação solar)
em área envidraçadas de janelas, paredes externas e telhados:
A carga térmica sensível real devido à radiação solar em áreas
envidraçadas deve considerar a intensidade de radiação devidamente
corrigida (sombreamento, tipo de janela, etc.), fator de redução (tipo de
vidro) e a fator de armazenamento (tipo de construção, hora do dia,
latitude, direção etc.).
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Estimativa da carga térmica devido à insolação (radiação solar)
em área envidraçadas de janelas, paredes externas e telhados:
O efeito da radiação solar no ganho de calor através de paredes
externas e telhados (teto externo) é levado em conta usando-se a
diferença de temperatura equivalente (ΔTeq), que considera
simultaneamente a insolação e a transmissão de calor, ao invés de se
usar simplesmente a diferença entre temperaturas externa e
interna (Text – Tint) no cálculo da transmissão de calor. A diferença de
temperatura equivalente depende da latitude, direção da parede, mês,
hora do dia, peso de parede, cor da parede, amplitude diária de
temperatura e (Text – Tint).
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Carga Térmica de Ar Condicionado (Conforto - Verão)
Estimativa da carga térmica devido a transmissão de calor em
paredes e tetos internos, pisos e vidros: O ganho de calor sensível
ocorre através da transmissão de calor por convecção e condução
através de paredes, pisos e vidros em função da diferença entre
temperaturas externa (área adjacente não condicionada) e interna (Text
– Tint). Para áreas adjacentes condicionadas e pisos sobre o solo deve-se
desprezar o ganho de calor.
Ganho de calor sensível por transmissão de calor em vidros externos:
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Estimativa da carga térmica devido a transmissão de calor em
paredes internas, pisos e vidros:
Ganho de calor sensível por transmissão de calor em vidros internos:
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Estimativa da carga térmica devido a transmissão de calor em
paredes internas, pisos e vidros:
Ganho de calor sensível por transmissão de calor em paredes internas:
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Estimativa da carga térmica devido a transmissão de calor em
paredes internas, pisos e vidros:
Ganho de calor sensível por transmissão de calor em tetos internos e
pisos:
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Carga Térmica de Ar Condicionado (Conforto - Verão)
Estimativa da carga térmica devido às pessoas: As pessoas
presentes no ambiente climatizado, dependendo do grau de atividade e
da temperatura de bulbo seco, dissipam diferentes taxas de calor
sensível e latente. Conforme norma ABNT NBR 6401 (em kcal/h-pessoa).
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Estimativa da carga térmica devido às pessoas: A ocupação
(número de pessoas presentes) do ambiente climatizado pode ser
estimado por tipo de ambiente, conforme norma ABNT NBR 6401.
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Estimativa da carga térmica devido à iluminação:
Ganho de calor sensível (em kcal/h) com lâmpadas
incandescentes:

Ganho de calor sensível (em kcal/h) com lâmpadas


fluorescentes:
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Estimativa da carga térmica devido à iluminação: A potência
dissipada com iluminação do ambiente climatizado pode ser estimada
por tipo de ambiente e de luminárias, conforme norma ABNT NBR 6401.
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Estimativa da carga térmica devido a equipamentos: Os
equipamentos em funcionamento no ambiente climatizado, dependendo
da potência, tipo e rendimento, podem gerar calor sensível e latente a
diferentes taxas.
Ganho de calor sensível (em kcal/h) com motor elétrico:

Motor e máquina acionada


no ambiente climatizado:

Máquina acionada no
ambiente climatizado:

Motor no ambiente
climatizado:
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Estimativa da carga térmica devido a equipamentos: Taxas de
dissipação de calor sensível e latente para vários tipos de equipamentos.
conforme norma ABNT NBR 6401.
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Estimativa da carga térmica do próprio sistema de
condicionamento de ar: Dutos de ar e tubulações de água gelada em
ambientes não condicionados sofrem ganho de calor sensível por
transmissão de calor através do isolamento térmico. No entanto, a
determinação exata desta carga térmica depende do pré-
dimensionamento do próprio sistema de condicionamento de ar, podem,
em caráter preliminar, ser estimada como uma porcentagem típica da
carga térmica do recinto a ser climatizado. Também pode haver
necessidade de incluir sistema de aquecimento para fechar o ciclo de
condicionamento de ar.
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Carga Térmica de Ar Condicionado (Conforto - Verão)
Estimativa da carga térmica devido ao ar exterior (infiltração ou
renovação de ar): Quando ocorre infiltração de ar externo no ambiente
climatizado, através de frestas de janelas e portas e aberturas de portas,
ocorre um ganho de calor sensível e latente, pois a temperatura de
bulbo seco e a umidade absoluta do ar externo é maior que esses
parâmetro nas condições internas. Neste caso, o ganho de calor constitui
carga térmica do recinto, influindo no fator de calor sensível do recinto.
Métodos para estimar a infiltração (não controlada) de ar:
• Método da troca de ar: O número de trocas de ar é estimado em
função do tipo, quantidade e localização de portas e janelas, sendo
então multiplicado pelo volume interno do ambiente climatizado.
• Método das frestas em portas e janelas: Norma ABNT NBR 6401.
Taxa de renovação de ar: Quando a vazão de renovação de ar é
maior que a infiltração, deve-se usar somente a renovação de ar, pois o
recinto fica pressurizado. Neste caso a carga térmica não é do recinto.
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Estimativa da carga térmica devido ao ar exterior (infiltração ou
renovação de ar): Ganho de calor sensível e latente referente à vazão
de ar exterior.
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Carga Térmica de Ar Condicionado (Conforto - Verão)
Estimativa da carga térmica devido ao ar exterior (infiltração ou
renovação de ar): Infiltração de ar (norma ABNT NBR 6401).
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Estimativa da carga térmica devido ao ar exterior (infiltração ou
renovação de ar): Infiltração de ar (norma ABNT NBR 6401).
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Estimativa da carga térmica devido ao ar exterior (infiltração ou
renovação de ar): Renovação de ar (norma ABNT NBR 6401).
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Fator de Calor Sensível (FCS) do ambiente climatizado: Relação
entre a carga térmica sensível do ambiente (recinto) climatizado e a
carga térmica total (sensível + latente). O fator de calor sensível,
juntamente com a condição interna de conforto térmico, permite traçar,
na carta psicrométrica, a linha do recinto. A linha do recinto une os
pontos de insuflamento (condição de insuflamento) e do recinto
(condição de conforto térmico adotada), refletindo o processo
psicrométrico de aquecimento e umidificação sofrido pelo ar insuflado no
interior do recinto.
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Fator de Calor Sensível (FCS) do ambiente climatizado:
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Carga Térmica de Ar Condicionado (Conforto - Verão)
Determinação da vazão de ar de insuflamento: O ar insuflado no
ambiente (recinto) climatizado, nas condições de insuflamento e na
ausência de infiltrações, deve combater a carga térmica (sensível e
latente) do recinto, sofrendo um processo psicrométrico de aquecimento
e umidificação, até atingir a condição do recinto (condição de conforto
térmico adotada).
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Carga Térmica de Ar Condicionado (Conforto - Verão)
Zoneamento e simultaneidade na estimativa da carga térmica e
concepção do sistema de condicionamento de ar: Os diversos
recintos ou conjunto de recintos em uma edificação podem apresentar
variações distintas na carga térmica, devendo-se fazer o zoneamento.
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Questão 1– Estimar a carga térmica de ar condicionado de uma academia
de ginástica, em Btu/h, referente somente às pessoas. A condição de
conforto térmico do recinto é Tbs = 24 ºC e UR = 50 %. Considerar 180
pessoas em atividade física intensa. Pede-se também para determinar o
Fator de Calor Sensível (FCS) do recinto e traçar a linha do recinto na carta
psicrométrica, determinando seu ponto de interseção com a linha de
saturação (Tbs).
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Questão 2– Considerando ar escoando através de uma serpentina de
resfriamento e desumidificação, com temperatura média da superfície
externa de 5 ºC, a uma taxa de 0,75 m3/s. Sendo a condição do ar na
entrada da serpentina dada por: Tbs = 28,5 ºC e Tbu = 23 ºC, e na saída a
Tbs = 13 ºC, pede-se-se para determinar:
a) O Fator de By-Pass da serpentina;
b) A taxa de remoção de calor latente do ar, em Btu/h;
c) A taxa de remoção de calor sensível do ar, em Btu/h;
d) A taxa de desumidificação do ar, em kg/h.
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Questão 3– Considerando ar insuflado em um recinto, a uma taxa de 0,75
m3/s, na condição dada por: Tbs = 16,0 ºC e Tbu = 12,5 ºC. Sendo a
condição do recinto dada por: Tbs = 24 ºC e UR = 50 %, pede-se para
determinar:
a) O ponto de interseção das linhas do recinto e de saturação;
b) O Fator de Calor Sensível (FCS) do recinto;
c) A taxa de adição de calor latente do ar, em Btu/h;
d) A taxa de adição de calor sensível do ar, em Btu/h;
e) A taxa de umidificação do ar, em kg/h.

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