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TÉCNICA ISO/TS
17665-2
Primeira edição
18.10.2013
Válida a partir de
18.11.2013
Número de referência
ABNT ISO/TS 17665-2:2013
52 páginas
© ISO 2009
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT, único representante da ISO no território brasileiro.
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Anexos
Anexo A (informativo) Avaliaç ã o de um processo de esterilizaç ã o baseado principalmente na
mediç ã o de parâ metros físicos .......................................................................................23
A.1 Introduç ã o .........................................................................................................................23
Figura
Figura A.1 — Dobradura de cada campo ........................................................................................25
Tabelas
Tabela 1 – Exemplos de temperaturas e tempos mínimos estabelecidos
para níveis adequados de letalidade microbioló gica em processos de
esterilizaç ã o ........................................................................................................................3
Tabela A.1 – Contaminantes no condensado, medidos na entrada de vapor
para o esterilizador a ser considerado em relaç ã o à corrosã o de materiais..............28
Tabela A.2 — Contaminantes do vapor condensado usado pelo esterilizador a ser
considerado em relaç ã o à contaminaç ã o da carga ......................................................28
Tabela A.3 – Exemplo de cronograma de ensaios para validaç ã o e ensaios perió dicos ...........30
Tabela C.1 – Temperatura e pressã o de vapor saturado para uso em esterilizaç ã o por vapor .35
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser
considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.
Esta Especificação Técnica é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação,
à ISO 17665-2:2009, que foi elaborada pelo Technical Committee Sterilization of Health Care Products
(ISO/TC 198), conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005.
A ABNT NBR ISO 17665, sob o título geral “Esterilização de produtos para saúde – Vapor”,
tem previsão de conter as seguintes partes:
Scope
This Technical Specification provides general guidance on the development, validation and routine
control of moist heat sterilization processes and is intended to explain the requirements set forth
in ABNT NBR ISO 17665-1. The guidance given in this Technical Specification is provided to promote
good practice related to moist heat sterilization processes and to assist those developing and validating
a moist heat sterilization process according to ABNT NBR ISO 17665-1.
NOTE 1 The structure of the main body of this ISO Technical Specification (Clauses 1 to 12)
corresponds to the structure of ABNT NBR ISO 17665-1, so that the guidance given under a
particular clause or subclause of this part of ABNT NBR ISO 17665 applies to the requirements given
in the corresponding clause or subclause of ABNT NBR ISO 17665-1. For example, guidance for
subclause 5.2 of ABNT NBR ISO 17665-1:2010 is given in 5.2. This guidance is provided in addition
to the guidance given in ABNT NBR ISO 17665-1:2010, Annex A. See also Annexe E.
NOTE 2 Special considerations specific to sterilization processes performed in health care facilities
are given in Annex D.
Introduç ã o
A orientação apresentada nesta Especificação Técnica não tem a intenção de ser um checklist
para verificação do atendimento da ABNT NBR ISO 17665-1. Esta orientação pretende auxiliar
na obtenção de um entendimento uniforme e na implementação da ABNT NBR ISO 17665-1,
fornecendo explicações e métodos adequados para o atendimento dos requisitos especificados.
Ele destaca aspectos importantes e fornece exemplos. Outros métodos além dos fornecidos nesta
orientação podem ser utilizados. Entretanto, o uso de métodos alternativos temque ser demonstrado
sua eficácia no atendimento da ABNT NBR ISO 17665-1.
Produtos para saúde reprocessados em estabelecimentos de assistência à saúde incluem uma grande
variedade de produtos com níveis variados de carga microbiana. A limpeza apropriada e completa
e, quando necessário para o manuseio seguro, os processos de descontaminação são essenciais
antes da disponibilização do produto para esterilização. Cargas mistas de produtos são comuns
em estabelecimentos de assistência à saúde com processamento de volumes ditados por demanda
histórica e previsível para produtos estéreis.
Caso múltiplos ciclos de esterilização possam gerar degradação e limitar a vida útil de um produto para
saúde, o fabricante especificará o número de ciclos de reprocessamento que podem ser normalmente
tolerados.
Quando da seleção de produtos para saúde, convém que seja dada prioridade a propriedades como
facilidade de limpeza e desmontagem.
Orientação adicional específica para assistência à saúde é dada no Anexo D desta Especificação
Técnica.
1 Escopo
Esta Especificação Técnica fornece uma orientação geral para o desenvolvimento, validação
e controle de rotina de processos de esterilização por vapor, e tem a intenção de explicar os requisitos
que são definidos na ABNT NBR ISO 17665-1. A orientação dada nesta Especificação Técnica
é fornecida para promover boas práticas relacionadas a processos de esterilização por vapor
e auxiliar o desenvolvimento e validação de um processo de esterilização por vapor de acordo
com a ABNT NBR ISO 17665-1.
NOTA 1 A estrutura do corpo principal desta Especificação Técnica da ISO (Seções 1 a 12) corresponde
à estrutura da ABNT NBR ISO 17665-1, portanto a orientação dada em uma seção ou subseção
em particular desta parte da ABNT NBR ISO 17665 aplica-se aos requisitos dados na seção
ou subseção correspondentes da ABNT NBR ISO 17665-1. Por exemplo, a orientação para a subseção 5.2
da ABNT NBR ISO 17665-1:2010 é dada em 5.2. Esta orientação é fornecida adicionalmente à orientação
dada na ABNT NBR ISO 17665-1:2010, Anexo A. Ver também o Anexo E.
ABNT NBR ISO 17665-1:2010, Esterilização de produtos para saúde – Vapor – Parte 1: Requisitos
para o desenvolvimento, validação e controle de rotina nos processos de esterilização de produtos
para saúde
A ABNT NBR ISO 17665-1 especifica um número de métodos e procedimentos que podem ser
utilizados para monitorar processos de esterilização. O equipamento requerido estará normalmente
disponível comercialmente. Algumas referências normativas citadas descrevem as especificações
e métodos de ensaio utilizados por fornecedores comerciais para qualificar seus produtos.
Convém que o usuário destes produtos assegure que os produtos adquiridos cumprem com estas
normas, mas não necessitam normalmente fazer referências a estas normas.
A ABNT NBR ISO 17665-1 especifica o uso de sistema de barreira estéril em conformidade
com as ISO 11607-1 e ISO 11607-2. Convém que estabelecimentos de assistência à saúde adquiram
sistema de barreira estéril em conformidade com estas Normas.
Um método de validação de processo especificado na ABNT NBR ISO 17665-1 está baseado
na determinação de carga microbiana. A série ISO 11737[6][7]especifica um número de métodos
microbiológicos utilizados durante este processo. Estabelecimentos de assistência à saúde
normalmente não utilizariam esta abordagem para validação de processos.
3 Termos e definiç õ es
3.1
ensaios para esterilidade
operação técnica definida na farmacopeia, usada em produtos que sejam expostos a um processo
de esterilização
5 Caracterizaç ã o do agenteesterilizante
5.1 Agente esterilizante
5.1.1 Vapor é água a temperaturas elevadas. O vapor pode ser fornecido como vapor saturado
ou pode ser gerado in loco através da aplicação de energia térmica à água já presente no produto.
A umidade atua como um meio de transferência de energia térmica aos micro-organismos.
Para o propósito da esterilização por vapor, existe um número de combinações aceitáveis de tempo
e temperatura, reconhecidas por algumas farmacopeias. Estas combinações incluem, mas não são
limitadas, aquelas listadas na Tabela 1. Todas as combinações listadas estão baseadas no conceito
de morte microbiana com um fator de segurança que foi estabelecido para vapor saturado ou água
em contato com o micro-organismo. Vapor superaquecido comporta-se mais como um gás seco
e tem uma baixa efetividade microbicida, comparado com o vapor saturado. Vapor superaquecido
pode ser resultado de uma redução de pressão ou compressão termodinâmica do vapor saturado.
Isso pode também ocorrer pela absorção de umidade por partes da carga de esterilização,
particularmente aquelas partes que contêm fibras naturais. Condições de vapor superaquecido podem
ser minimizadas pela engenharia do sistema de fornecimento de vapor, por exemplo:
a) tendo uma série de estágios de redução de pressão, desde a tubulação de fornecimento até
a câmara do esterilizador e assegurando-se que a taxa de redução de pressão para cada estágio
não exceda 2:1;
Temperatura Tempo
°C mín
121 15
126 10
134 3
Os efeitos nos materiais são geralmente limitados à deformação e fratura, causadas pelas temperaturas
e pressões do agente esterilizante.
6.1 Processo
6.1.1 Geral
Convém que um processo de esterilização seja especificado para cada família de produtos
ou configuração de carga, submetida à esterilização.
Convém que parâmetros de processo sejam aplicados ao equipamento utilizado. Convém que eles
sejam otimizados para assegurar que, para famílias de produtos definidas, condições específicas
de exposição serão rotineira e completamente obtidas na câmara do esterilizador, e as máximas
temperaturas e taxa de variação das variáveis do processo (por exemplo, temperatura e pressão)
não causarão danos ou degradação ao produto.
Convém que sejam tomadas providências para o registro de dados para avaliação da efetividade
e adequação de um processo de esterilização de rotina. Convém que aexatidão da medição esteja
relacionada com as tolerâncias dos parâmetros de processo.
Caso seja proposto o uso de um processo de esterilização existente para um novo produto para
saúde, convém que o processo de esterilização existente seja detalhado e contenha informações
e dados suficientes para habilitar a definição do processo (ver Seção 8) para ser aplicado no novo
produto para saúde ou configuração de carga. Convém que o desafio identificado para o novo produto
para saúde ou condição de carga seja menor ou igual ao(s) desafio(s) da(s) carga(s) de esterilização
existente(s). Para algumas famílias de produto, somente se o tamanho da carga de esterilização e sua
configuração tiverem sido claramente definidos, poderá ser assegurada a reprodução das condições
de exposição.
Se indicadores biológicos e químicos forem utilizados,convém que eles não substituam a monitoração
de rotina, medição das variáveis de processo e alguns ensaios periódicos.
Convém que seja avaliada a compatibilidade de um novo produto para saúde com as condições
menos favoráveis do processo de esterilização. Convém que cada avaliação inclua as tolerâncias
dos parâmetros do processo, incertezas de medição associados com parâmetros do processo
e a qualidade dos serviços (ver Anexo A).
Convém que seja conhecida a relação entre a temperatura medida no ponto de medição de referência
e a temperatura medida na carga de esterilização, para cada família de produto.
O desempenho de um produto para saúde pode ser afetado por contaminantes em sua superfície.
Convém que os contaminantes e a concentração máxima aceitável contida em cada fluido que entra
em contato com o produto para saúdesejam definidos e incluídos nas especificações do processo
de esterilização. Alguns dos contaminantes e seus níveis máximos, os quais precisam ser considerados,
estão identificados no Anexo A.
O vapor pode ser gerado ou introduzido em uma câmara de esterilização a partir de uma fonte
externa. O ar contido na câmara de esterilização será gradualmente removido pelo deslocamento
por gravidade, fluxo ativo ou por evacuação forçada. A presença de vapor saturado será obtida no
lugar de medição, por exemplo, a câmara de descarga, quando a temperatura medida for coincidente
com a temperatura do vapor saturado calculada a partir da pressão (ver Anexo C). Temperatura e
pressão são variáveis do processo, e o ponto de medição da temperatura é definido como ponto
de referência para medida.
Se variações nos parâmetros do processo e/ou a quantidade de gás não condensável remanescente
na câmara de esterilização ao fim da remoção do ar puderem resultar em processo ineficaz,
— os limites superior e inferior para cada parâmetro do processo e o método utilizado para a remoção
do ar;
A remoção do ar da câmara de esterilização, seja por fluxo ativo ou deslocamento por gravidade,
somente é aplicável para produtos para saúde sólidos simples. A remoção do ar por fluxo ativo ou
deslocamento por gravidade não é aplicável aosprodutos para saúde, como instrumentos contendo
lúmens, massas sólidas pesadas e instrumentos e tecidos contidos no interior de seu invólucro
primário. Para tais produtos para saúde, convém que seja utilizado um ciclo operacional que empregue
a remoção de ar forçada ou dinâmica. Um exemplo é aquele que emprega um número de pulsos
de vácuo ou vapor para diluir em série o ar da câmara de esterilização e dos produtos para saúde.
Durante cada pulso, o vapor se movimentará para dentro e para fora dosprodutos para saúde e o vapor
condensado se reevaporará e causará uma “purga” dinâmica do ar residual contido em invólucros,
fendas e lúmens. O número de pulsos, as pressões máximas e mínimas associadas a cada pulso,
a taxa de alteração de pressão e temperatura e o intervalo de tempo entre cada alteração são variáveis
do processo e representarão um componente à efetivação da remoção do ar. Quando da avaliação
da conveniência de se submeter uma família de produtos a um processo de esterilização, convém que
a combinação das alterações de pressão e temperatura, a taxa de alteração e o intervalo de tempo de
cada alteração sejam considerados.
Sempre que a temperatura medida exceder a temperatura teórica calculada a partir da pressão
medida conforme descrito no Anexo C, vapor superaquecido pode estar presente. A presença de vapor
superaquecido pode ser prejudicial ao produto para saúdeou ao seu invólucro e pode comprometer
o processo de esterilização.
A efetiva remoção do ar dos lúmens, cargas porosas e outras formas complexas, incluindo espaços
interiores,é difícil. As condições físicas requeridas para a efetiva remoção do ar são influenciadas
pelo comprimento, largura e forma do lúmen, espessura de paredes, material do produto, massa,
densidade, sistema de barreira estéril e outros itens no mesmo sistema de barreira estéril. Um processo
de esterilização que remova o ar de uma câmara de esterilização a um nível baixo pode falhar em
remover ar suficiente de um lúmen para permitir a penetração do vapor. A lei de Dalton estabelece que
a pressão total em um espaço restrito seja igual à soma das pressões parciais dos gases individuais
presentes. Em teoria, a temperatura em uma câmara de esterilização contendo uma mistura de vapor
e ar residual será inferior à temperatura calculada derivada da pressão em conformidade com a tabela
de valores de vapor (ver Anexo C).
Contudo, há evidências para mostrar que uma quantidade de ar residual suficiente para causar
uma falha no processo de esterilização de uma carga pode apenas reduzir a temperatura do vapor
em algo como 0,01 °C. Como consequência, as diferenças entre a temperatura medida no ponto de
medição de temperatura e a temperatura calculada a partir da pressão da câmara de esterilização
utilizando a tabela de valores de vapor (ver Anexo C) podem não ser adequadas para detectar
os pequenos volumes de ar concentrados em lúmens ou em espaços interiores, e impedir a penetração
de vapor. Sob tais circunstâncias, convém que a remoção adequada do ar e a penetração do vapor
sejam previstas a partir de dados obtidos de um ensaio de penetração de vapor ou de um dispositivo
de monitoração do processo.
Um ensaio de penetração de vapor é projetado para uma família(s) de produtos específico(s) e é utilizado
para checar se a quantidade de gás não condensável remanescente na câmara de esterilização,
no começo do período do patamar, não obstruirá a presença de vapor saturado na superfície do
produto para saúde pela duração do tempo de esterilização. A eficiência do sistema de remoção de
ar, vazamentos de ar no interior da câmara de esterilização e gases não condensáveis carregados
pelo vapor contribuem para essa quantidade. Vazamentos de ar no interior da câmara de esterilização
e gases não condensáveis carregados pelo vapor podem ser determinados através de ensaios
(ver, por exemplo, Anexo A e EN 285[25]). A presença total de gás não condensável é monitorada
através do ensaio de penetração de vapor.
Uma carga de referência pode consistir em um único tipo de produto para saúde, produtos para saúde
de diferentes famílias de produtos ou produtos para saúde correspondentes a diferentes famílias de
produtos, mas colocados em um único invólucro. Para qualquer produto de referência ou produto para
saúde, não convém que a dificuldade na remoção do ar e o desafio do processo de esterilização sejam
inferiores àqueles para qualquer produto para saúde na(s) família(s) de produtos correspondente
ao processo de esterilização (ver também Anexo A e Anexo B).
Um produto pode ser aquecido em um ciclo de imersão em água, um ciclo por chuveiro de água, um
ciclo com mistura de ar e vapor, um ciclo com vapor e deslocamento da gravidade ou um ciclo com
remoção de ar forçada. As misturas de ar e vapor são geralmente utilizadas para prevenir a deformação
ou ruptura do invólucro esterilizado causada pela pressão interna gerada pelo aquecimento da solução
aquosa e ar em qualquer invólucro selado.
A energia requerida para aquecer uma carga de esterilização até a temperatura de esterilização
definida depende da família de produtos, do tamanho da carga de esterilização e de sua temperatura
inicial. A transferência do calor dependerá do aquecimento do meio, do contato com o invólucro
do produto contido, do material do invólucro e do seu sistema de suporte e da diferença da temperatura
na transferência de calor latente. O tipo de família de produtos e a configuração da carga terão uma
grande influência nas diferenças de temperaturas entre invólucros. Essas diferenças podem ser
minimizadas pelo incremento do fluxo e distribuição do calor do meio através da circulação forçada.
O fluxo de massa e homogeneidade do calor do meio através da câmara de esterilização pode ser
verificado pelas variáveis do processo, como velocidade do ventilador, pressão de circulação e fluxo.
Convém que a temperatura, na saída do meio de transferência do calor, seja identificada como uma
variável do processo. Se o vapor for utilizado, a temperatura do vapor neste meio será também tomada
como uma variável do processo. Considerar a necessidade de garantir que o meio de transferência
de calor esteja livre de pirogênio e livre de impurezas químicas que causem danos aos invólucros.
Além disso, o meio de transferência de calor pode estar estéril durante o resfriamento e no período do
ciclo de operação no qual a letalidade é requerida.
Durante o processo de esterilização, convém que sejam identificadas as posições dos invólucros de
produtos exibindo as temperaturas mais altas e as mais baixas durante a fase de aquecimento e as
mais altas e as mais baixas temperaturas durante a fase de esfriamento na carga de esterilização.
Convém que as temperaturas medidas nesses locais sejam tratadas como variáveis do processo;
contudo, se ambas as localizações não puderem ser reproduzidas, é indicada uma abordagem
estatística para a certificação de que a letalidade especificada é atingida consistentemente,
mantendo-se a integridade do produto.
6.2 Equipamento
6.2.2 Convém que a especificação para o equipamento inclua informação suficiente para a definição
de um processo para um novo produto ou configuração de carga (ver Seção 8).
Regulamentos locais para o meio ambiente podem orientar a descarga de efluentes em alta temperatura
da câmara de esterilização para o sistema público de esgotos, o vazamento dos materiais utilizados
para a geração do agente esterilizador, as partículas liberadas do produto ou embalagem durante
a esterilização e o volume de água utilizado durante o processo.
A segurança faz parte do projeto do equipamento e de sua operação. Convém que referências sejam feitas
na IEC 61010-2-040[24] e regulamentos nacionais.
6.2.4 Convém que sistemas como contêineres, prateleiras, suportes e transportadores projetados
para carregar ou conter o produto para saúde não restrinjam indevidamente a distribuição uniforme de
vapor, circulação do meio de transferência de calor, remoção do ar residual, drenagem da condensa-
ção ou drenagem de água. Convém que o sistema também previna danos aosprodutos para saúdeou
à sua embalagem e manter a integridade da carga de esterilização.
6.2.6 Convém que o projeto de um programa seja estruturado. Orientações são fornecidas
nas Boas Práticas de Fabricação Automatizada de Produtos, Guia para Validação de Sistemas Auto-
matizados em Indústria Farmacêutica (GAMP4)[39].
7 Definiç ã o do produto
NOTA Para considerações adicionais específicas a estabelecimentos de assistência à saúde,
ver Seção D.4.
7.1 Durante o projeto do produto, é recomendado que sejam fornecidas considerações para os pro-
cedimentos de desmontagem (se apropriado), limpeza, desinfecção, inspeção e esterilização.
7.2 A maior função de uma embalagem é assegurar que o produto para saúde permaneça estéril
até ser aberta para uso. É recomendado que a embalagem resista aos esforços que ocorrem duran-
te um processo de esterilização, permaneça segura e não tenha um efeito negativo na qualidade de
um produto para saúde (por exemplo, pela geração de partículas). É recomendado que a embala-
gem deprodutos para saúde esterilizados por vapor saturado atendaaos requisitos da ISO 11607[8][9].
Para sistemas de barreira estéril não permeáveis (por exemplo, frascos, ampolas, bolsas),
é recomendado que seu material e projeto permitam transferência de calor para o produto e, se um fecho
for colocado, que ele permaneça seguro e selado.
7.4 Um produto para saúde que está para ser esterilizado pode ser caracterizado por sua forma,
massa, material de construção, partes móveis e embalagem. Um produto contido será caracterizado
por sua formulação, volume e viscosidade. O seu contêinerpode ser caracterizado por tamanho,
material e fecho.
É recomendado que um estudo seja executado para designar um produto a uma família de produtos.
A extensão desse estudo pode ser reduzida pela revisão dos parâmetros do processo já estabelecidos
por um processo de esterilização existente, pelo emprego de um processo de limpeza validado
(se aplicável) e pela comparação do novo produto com aqueles produtos já designados ao processo
de esterilização.
7.6 Não é recomendada a exposição de um produto para saúde a um agente esterilizante, de for-
ma a exceder os valores máximos e mínimos permissíveis definidos nos parâmetros de projeto, para
cada material utilizado na sua fabricação. Na medida em que a temperatura aumenta, materiais en-
fraquecem e são mais suscetíveis a esforços físicos ou forças mecânicas. A expansão diferenciada
em função de materiais de baixa condutividade de calor, ou a expansão e contração de materiais
não similares em contato um com o outro, pode causar um aumento na fadiga do material
e nas suas junções.
7.8 A sensibilidade de um produto líquido ao calor pode ditar o volume máximo de enchimento,
material e tamanho do recipiente que pode ser utilizado. É recomendado que a estabilidade e este-
rilidade do líquido sejam avaliadas a partir de estudos de mapeamento de temperatura, efetuados no
recipiente proposto, quando o líquido é exposto no mínimo aos limites superiores do perfil do ciclo de
esterilização proposto.
Produtos para saúde que estão para ser reprocessados podem sofrer alterações acumulativas
como trincamento da superfície causada pela expansão diferenciada através de um material grosso,
fragmentação ou delaminação. Fendas e lúmens podem reter contaminantes orgânicos, químicos
e biológicos que poderiam causar reações no material ou ser imprevisivelmente removidos durante o
uso. Muitos materiais que são submetidos a repetidas esterilizações por vapor têm um longo histórico
de uso seguro e são conhecidos por serem adequados e por terem longevidade (por exemplo,
aço inoxidável). Outros materiais, contudo, poderiam ter vida útil limitada e requerem estudo adicional.
É recomendado que sejam feitas referências às ABNT NBR ISO 10993-1[1], ISO 10993-17[2],
ISO 17664[23]e ABNT NBR ISO 14971[17].
7.9 É recomendado que uma avaliação, depois do processamento, estabeleça que um produto
para saúde se comportará conforme o pretendido e estará seguro para uso. É recomendado que
a avaliação considere propriedades mecânicas, químicas, elétricas, toxicológicas, físicas, biológicas
e morfológicas. É recomendado que os aditivos intencionalmente utilizados, contaminantes e resíduos
do processo, substâncias decorrentes da lixívia e produtos da degradação sejam considerados pela
sua relevância para a segurança do dispositivo e de sua embalagem. Em alguns materiais, a corrosão
pode ocorrer se o vapor for gerado a partir de água de baixo pH, ou se a água contiver um contaminan-
te, como cloretos e silicatos. Por exemplo, borracha pode se oxidar na presença de ar residual, a altas
temperaturas de vapor. Materiais de celulose desidratada podem reidratar-se durante a esterilização
a vapor, causando superaquecimento exotérmico no material e nas proximidades do material.
8 Definiç ã o do processo
NOTA Para considerações adicionais específicas a estabelecimentos de assistência à saúde,
ver Seção D.5.
8.1 O propósito desta atividade é proporcionar o nível de garantia de esterilidade requerido para
cada parte da carga de esterilização, através da certeza de que micro-organismos contaminan-
tes sejam mantidos em contato com vapor úmido, a uma temperatura especificada, por um tempo
especificado.
Para alguns produtos para saúde, a medição das condições físicas (como a temperatura)
não é possível dentro de sistemas de barreira estéril. É recomendado para tais produtos para saúde
que o atendimento reprodutível do nível definido de garantia da esterilidade seja verificado em ponto(s)
de referência de medição, por exemplo, o dreno para medição da temperatura de esterilização.
No caso de um processo de vapor saturado, as evidências que estabelecem a reprodutibilidade
do processo de esterilização podem ser geradas a partir de:
d) tempo de exposição;
f) qualidade do vapor.
8.2 Um processo de esterilização baseado nas recomendações para uma temperatura e tempo
de esterilização especificados em farmacopeias nacionais e regionais é escolhido algumas vezes para
processar um produto(s) fabricado(s) nas indústrias farmacêuticas e médicas.
Quando forem utilizados indicadores biológicos para confirmar a letalidade em locais determinados,
convém sempre que os parâmetros físicos medidos durante o processo de esterilização sejam
utilizados para verificar se o processo de esterilização definido foi realizado.
8.8 Um indicador químico (ver ISO 11140-1[54]) pode ser utilizado como um elemento na definição
do processo de esterilização. Ele é utilizado para demonstrar que os parâmetros do processo, no local
onde foi colocado, foram atendidos.
Indicadores químicos mostram exposição através de mudanças físicas ou químicas e são projetados
para reagirem a um ou mais parâmetros do processo de esterilização, como tempo de exposição,
temperatura e presença de umidade. Convém que o fabricante do indicador químico defina
as condições de exposição que levem o indicador químico a atingir o seu ponto de virada.
Convém que o alcance do ponto de virada do indicador químico não seja entendido como uma indicação
do alcance de um nível de garantia de esterilização aceitável, mas sim como um de muitos fatores
que convém que sejam levados em consideração quando do julgamento da aceitabilidade de um processo
de esterilização. Convém que a falha de um indicador químico em alcançar o seu ponto de virada,
seja vista como evidência da falha de um processo de esterilização e seja investigada. Orientações
sobre o uso de indicadores químicos são encontradas na ABNT NBR ISO 15882[18].
8.9 Dados gerados a partir de um produto de referência como um dispositivo de desafio do proces-
so, ou um produto de referência projetado para simular os atributos de um produto ou de uma família
de produtos, podem ser utilizados no desenvolvimento do processo. Para processos de vapor satura-
do, fatores que poderiam requerer considerações são:
— materiais de construção;
— massa;
— absorção de umidade;
— condutividadetérmica;
Estes fatores podem usualmente ser avaliados pela medição da temperatura em combinação com
o uso de indicadores químicos ou indicadores biológicos.
Para produtos embalados, convém que o produto de referência simule o perfil da temperatura
na posição mais desfavorável.
8.10 Se um produto tiver sido atribuído a uma família de produtos para a qual o processo de este-
rilização foi definido e este processo de esterilização estiver baseado em uma relação estabelecida
de tempo/temperatura, uma avaliação biológica adicional é geralmente desnecessária.
8.12 Um processo de esterilização de materiais biológicos com base na carga microbiana em seu
estado natural ou combinada com indicadores biológicos requer extensos estudos biológicos seguidos
de frequente acompanhamento biológico de produto e do meio ambiente. Este método é geralmente
utilizado nas indústrias farmacêuticas e de produtos para saúde. Ele é escolhido se algum atributo
do produto ou equipamento tiver demonstrado, durante a definição do produto, ser sensível ao pro-
cesso de esterilização por vapor. Neste caso, um processo mínimo é utilizado para atender as con-
dições que irão permitir ao produto ser designado “estéril” sem o comprometimento da qualidade ou
função do produto (ver Anexo B e Anexo C da ABNT NBR ISO 17665-1:2010). Convém que um ensaio
para indicar a presença de micro-organismos viáveis seja realizado nos carreadores esterilizados
que tenham sido contaminados com uma população conhecida de micro-organismos, de resistência
conhecida.
9 Validaç ã o
9.1 Geral
9.1.1 Convém que um novo esterilizador seja fornecido e instalado em conformidade com seus pro-
jetos e especificações.
Poderia ser aceitável mover elementos de validação entre a qualificação da instalação, qualificação
operacional e qualificação de desempenhocaso,durante o planejamento de uma validação específica,
se conclua o mais prático a ser feito.
Convém que o plano documentado de validação seja acordado e aprovado pelas partes responsáveis
antes do começo do estudo da validação. Convém que os documentos de validação sejam
submetidos aos procedimentos de documentação histórica e controle de mudanças (ver 9.1.3
da ABNT NBR ISO 17665-1:2010).
9.1.4 Convém que uma cadeia de medições de temperatura seja verificada utilizando uma referên-
cia de calibração e um padrão de trabalho. Um exemplo é um banho de óleo com umatemperatura
estável conhecida, rastreável a um padrão de referência de temperatura. Sempre que uma quantida-
de de sensores for imersa junto no banho de óleo, diferenças (por exemplo, erros nas temperaturas
medidas entre sensores) podem ser identificadas.
Sempre que diferenças entre temperaturas medidas forem utilizadas para julgar os resultados de um
processo de esterilização, convém que o erro em cada medição seja conhecido à temperatura na qual
a comparação é feita.
A qualificação da instalação será necessária sempre que um novo local de esterilização estiver
pronto para entrar em operação ou quando um esterilizador existente for substituído ou realocado.
A qualificação de instalação de alguns elementos será necessária quando houver mudanças
em um esterilizador existente, as quais possam afetar a efetividade do processo de esterilização,
como a troca da vedação da porta, modificações no sistema de suprimento de vapor, substituição ou
reforma da bomba de vácuo.
Convém que um plano de qualificação de instalação, o qual pode fazer parte de um plano-mestre
de validação, inclua procedimentos que proporcionem evidências documentadas de que o esterilizador
e a documentação estão em conformidade com a especificação.
9.2.2 Instalaç ã o
Convém que o plano de qualificação inclua procedimentos que proporcionem evidências documentadas
de que serviços conectados ao esterilizador estão em conformidade com a especificação e de que
o ciclo operacional está como o especificado pelo fabricante do esterilizador.
9.2.3 Funç ã o
Convém que o fornecimento e a função dos sistemas de segurança, como exigido pela
IEC 61010-2-40[24], sejam estabelecidos após a instalação.
Convém que o plano de qualificação inclua procedimentos que proporcionem evidências documenta-
das de que, durante um ciclo operacional, não existem evidências de defeitos ou vazamentos, e que,
durante demanda máxima, o suprimento de pressão para cada utilidade esteja acima da pressão
mínima especificada pelo fabricante do esterilizador.
Convém que seja verificado o desempenho dos sistemas de reconhecimento de falhas providos
pelo fabricante do esterilizador.
9.3.1 Convém que um plano de qualificação operacional, o qual pode fazer parte de um plano-mes-
tre de validação, inclua procedimentos que proporcionem evidências documentadas de que:
e) durante um ciclo operacional, não existam evidências de interferências a partir de, ou para, outro
equipamento;
g) quando o esterilizador for operado com a câmara vazia, a temperatura e a pressão registradas
e indicadas durante todo o ciclo de esterilização em instrumentos instalados permanentemente
no esterilizador estejam contidas dentro dos limites especificados do processo de esterilização;
h) não existam vazamentos óbvios de vapor, ar comprimido, água ou efluentes em qualquer tempe-
ratura ou pressão, contidos dentro dos limites de trabalho do ciclo de esterilização.
Convém que os valores máximo e mínimo dos parâmetros de qualquer processo não excedam
os valores permissíveis especificados pelo fabricante do produto para saúde.
Se um fabricante alegar conformidade com uma norma de equipamentos, convém que os ensaios
realizados durante a qualificação operacional cumpram com os ensaios especificados pela norma
de equipamentos.
Se um processo de esterilização existente estiver em uso, convém que a sua condição de desempenho
atual seja verificada através da demonstração da conformidade com os resultados de ensaios
de desempenho anteriores, realizados durante a qualificação de instalação e qualificação operacional.
— Se um detector de ar for utilizado para monitoração de rotina, convém que ele seja ajustado
durante o ensaio de desempenho, usando-se uma carga de referência. Convém que o detector
de ar indique uma falha a ser localizada, se os parâmetros do processo para a carga de referência
durante a remoção do ar não forem atingidos. Convém que a carga de referência seja representativa
do pior caso de produto para saúde e configuração de carga.
— O Anexo A identifica os ensaios que convém que sejam realizados durante a qualificação
operacional para um processo de esterilização, utilizando uma abordagem paramétrica.
O Anexo B identifica os ensaios que convém que sejam feitos durante a qualificação operacional
para um processo de esterilização, utilizando uma abordagem biológica.
— Se o nível de umidade residual dentro do produto puder afetar seu desempenho no ponto de
uso (por exemplo, pela facilitação da recontaminação microbiana), convém que seja realizado
um ensaio de secagem com carga.
— convém que perfis de aquecimento, exposição e resfriamento sejam verificados em uma câmara
de esterilização vazia;
— convém que seja verificada a conformidade com os requisitos dos parâmetros do processo, como
pressão da bomba, circulação e temperatura.
NOTA Para considerações adicionais específicas a estabelecimentos de atenção à saúde, ver D.6.2.
Convém que seja fornecido um plano de qualificação de desempenho, o qual pode fazer parte
de um plano-mestre de validação.
9.4.3 Convém que procedimentos sejam incluídos para fornecer evidência documentada de que
o processo de esterilização irá esterilizar o(s) produto(s) atribuído(s) à família de produtos para os
quais o processo de esterilização foi desenvolvido para processar.
Convém que a carga do esterilizador e a configuração da carga sejam como produção de rotina.
Se houver a intenção de reprocessamento, convém que uma configuração de carga e a combinação
menos favorável de produtos das famílias de produtos atribuídos ao processo de esterilização sejam
utilizadas. Convém que a embalagem seja aquela que será utilizada rotineiramente.
Os ensaios de esterilidade podem ser realizados em um produto final esterilizado, que tenha sido
submetido a um processo de esterilização. Os ensaios de esterilidade têm pequena relevância
estatística, e não convém que sejam aceitos como prova única de que um processo de esterilização
é válido.
— Convém que a penetração do calor em cada tipo de carga do esterilizador seja determinada tanto
a partir da temperatura medida entre um número de sistema de barreira estéril de produtos para
saúdequanto em uma carga de referência. Convém que pelo menos um sensor de temperatura
seja colocado junto aos sensores de temperatura conectados ao instrumento de gravação,
instrumento de indicação e controlador. Se um sensor ou indicador não puder ser posicionado
em um ponto no produto para saúde conhecido por ser difícil de esterilizar, o produto para saúde
pode ser substituído por outro tipo de produto para saúde ou dispositivo de desafio do processo,
desde que o desafio para o processo da alternativa tenha demonstrado ser igual ou maior
do que o produto para saúde representado. O número e a localização dos sensores a serem
utilizados dependem do tipo de carga de esterilização e do tamanho da câmara do esterilizador.
Convém que os sensores posicionados dentro da carga sejam colocados sobre ou dentro
daquelas partes do produto para saúde de onde é difícil remover o ar. Convém que se tenha
cautela ao interpretar os dados termométricos de produtos para saúde com cavidades ou porosos,
capazes de aprisionar ar. A medição da temperatura isoladamente não consegue diferenciar entre
o ar quente e vapor saturado. A presença de vapor saturado pode ser avaliada a partir das
taxas de aumento da pressão e aumento de temperatura e, se necessário, a partir da exposição
de indicadores químicos ou biológicos.
— Convém que a reprodutibilidade dentro de limites aceitáveis seja verificada através de um mínimo
de três ciclos consecutivos (ver 9.4.6 da ABNT NBR ISO 17665-1:2010).
Para processos de produto em contêineres, convém que o ensaio de carga e sua localização na câmara
de esterilização sejam propostos para a produção de rotina. Convém que perfis de aquecimento,
exposição e resfriamento dentro da câmara de esterilização sejam verificados pelo menos em posições
próximas aos contêineres, conforme identificados na qualificação operacional, para atingir a exposição
mais longa e mais curta. Convém que os perfis sejam verificados no interior do produto de referência
colocado nestes locais em um ensaio de carga e configuração de carga de acordo com a carga de
produção proposta. Convém que a conformidade com os parâmetros críticos identificados na Seção
8 seja verificada. Se um processo de esterilização existente for utilizado para uma nova família de
produtos ou configuração de carga, convém que os limites de exposição identificados na Seção 7
sejam observados e a obtenção da eficácia microbiológica, identificada na Seção 8, seja verificada.
Se os parâmetros de processo forem alterados durante o desenvolvimento subsequente, convém
que a eficácia microbiológica e os limites de exposição para a(s) família(s) de produto(s) existente(s)
sejam verificados.
9.5.2 Convém que dados utilizados para confirmar o processo de esterilização incluam,
onde aplicável:
f) instruções de instalação;
g) instruções de operação;
o) parâmetros utilizados para controlar o ciclo de esterilização e uma cópia da especificação para
o processo de esterilização;
p) identificação de todo o pessoal com suas qualificações profissionais (em termos de suas
competências para executar o trabalho) envolvidos na validação:
10.1 Convém que exista um programa aprovado para monitoramento de rotina e controle.
Convém que as saídas de todo monitoramento e controle sejam documentados, revisados, aprovados
e retidos.
10.2 Convém que as pessoas responsáveis pela esterilização assegurem que, antes que o esterili-
zador seja utilizado para produção, ele tenha evidências para mostrar que a programação de manu-
tenção foi satisfatoriamente completada. Convém que também estejam disponíveis evidências para
mostrar que os relatórios de qualificação de desempenho/requalificação periódica incluem os tipos
de carga de esterilização/famílias de produtos a serem esterilizados.
10.4 Um perfil para a temperatura da câmara e para a pressão da câmara pode ser gerado eletroni-
camente ou pela avaliação das temperaturas e pressões registradas ao longo do ciclo operacional.
O perfil pode então ser utilizado para comparação com os perfis obtidos durante a validação.
A liberação de produto pode ser baseada na comparação do perfil de temperatura para a câmara
de esterilização com o perfil de temperatura medido em um(uns) produto(s) de referência ou em um(uns)
local(is) no(s) qual(is) o perfil de temperatura dentro do produto pode ser previsto. A obtenção dos
valores especificados para temperatura de esterilização, tempo de exposição e a faixa de temperatura
da esterilização em uma localização na qual o tempo de espera pode ser previsto podem também ser
utilizados para liberação do produto.
Convém que a liberação de produtos para saúde esterilizados por vapor saturado, baseada somente
na temperatura de esterilização e no tempo de retenção, seja restrita a produtos para saúde não
embalados.
Se indicadores químicos e/ou biológicos forem utilizados rotineiramente, convém que eles sejam
tratados como parte de um critério de liberação e que sejam adicionais às medições de parâmetros
do processo.
A integridade do sistema de barreira estéril e contêineres deve ser checada visualmente após
a retirada da autoclave. Sistema de barreira estéril e contêineres danificados devem ser tratados como
produtos não conforme. Da mesma forma, deve haver um procedimento para garantir que sistema
de barreira estéril molhado seja tratado de forma adequada, a fim de que os produtos recontaminados
não permaneçam na cadeia de suprimentos. Convém que a secagem destes materiais seja realizada
em um ambiente no qual partículas e contaminação microbiana sejam controladas. Um ambiente
Classe 7 conforme definido na ABNT NBR ISO 14644-1[14] pode ser adequado.
11.2 A identificação de produtos não processados e processados pode ser realizada por barreiras
físicas, esterilizadores de passagem (pass through) e indicadores de processo na embalagem.
12.2 Recalibraç ã o
NOTA Para considerações adicionais específicas a estabelecimentos de assistência à saúde, ver D.9.1.
Convém que o intervalo entre recalibrações de cada cadeia de medições não exceda 12 meses,
e que seja reduzido se houver manutenção não prevista ou evidência de falta de acuracidade.
NOTA
Para considerações adicionais específicas a estabelecimentos de assistência à saúde, ver D.9.2.
12.3.1 Convém que periodicamente o esterilizador seja examinado para confirmar se a instala-
ção ainda está de acordo com a especificação e se não existe evidência de mau funcionamento.
Convém que verificações e ensaios sejam realizados para demonstrar que o equipamento permanece
seguro (ver IEC 61010-2-040[24]) e que as utilidades são satisfatórias.
12.3.2 O procedimento de manutenção deve ser desenvolvido a partir das listas fornecidas pelo fabri-
cante do esterilizador, fabricante do(s) instrumento(s) e fabricante do(s) equipamento(s), das tarefas
de rotina e resultado da experiência dos ensaios realizados na planta. Convém que um conjunto de
procedimentos seja desenvolvido para cada esterilizador, contendo instruções completas para cada
tarefa de manutenção. Convém que o procedimento de manutenção e a frequência com que cada
tarefa é realizada sejam baseados nas recomendações dadas pelo fabricante, uso do esterilizador
e considerações de segurança.
12.3.3 Convém que segurança e funcionalidade sejam checadas após uma sequência completa
de manutenção.
12.3.4 Convém que os efeitos das atividades de manutenção sobre o processo sejam avaliados.
Convém que um reparo bem-sucedido seja confirmado por requalificação.
12.4 Requalificaç ã o
NOTA Para considerações adicionais específicas a estabelecimentos de assistência à saúde, ver D.9.3.
parte da requalificação sejam determinados pelo tipo de dados obtidos do processo de esterilização,
através de ensaios periódicos e de dados que verifiquem se os parâmetros do processo estabelecidos
são rotineiramente reproduzidos. Normalmente, a requalificação é realizada anualmente.
A requalificação de desempenho também pode ser necessária após uma mudança do produto,
embalagem, padrão de carregamento ou quando os dados para a carga do esterilizador não estão
dentro dos limites especificados.
Se os indicadores biológicos forem utilizados durante a requalificação, convém que o seu desempenho
apresente um desafio semelhante aos utilizados durante a validação. Convém que qualquer mudança
que levante dúvidas sobre a eficácia do processo de esterilização inicie uma revisão.
Anexo A
(informativo)
A.1 Introduç ã o
A.1.1 Avaliação de um processo de esterilização por este método será normalmente a partir dos
dados gerados através de uma série de ensaios de desempenho. Convém que cada ensaio seja
concebido para identificar se um ou mais dos requisitos de desempenho especificados para o processo
de esterilização foram atingidos.
A.1.2 Para esterilizadores não conformes com a EN 285 ou EN 13060, não pode ser possível atingir
todos os critérios de admissão indicados neste Anexo. Para esses esterilizadores, procedimentos
de validação documentados podem incluir exames e procedimentos do Anexo B. Os dados dos ensaios
podem ser utilizados para verificar a eficiência do processo de esterilização proposta para o tratamento
do produto para saúde definido. Esta abordagem pode também ser apropriada para demonstrar
a conformidade com os requisitos da legislação do produto para saúde (se necessário).
A.1.3 Quando selecionar um instrumento de ensaio para estudos de validação e ensaios de rotina,
convém que seja dada atenção ao número e tipo de entradas de sinal necessário. Tanto a temperatura
quanto a pressão devem ser registradas. Outros sinais de entrada também podem ser necessários.
Por exemplo, o ensaio de carga pequena (ver A.4) exige pelo menos sete entradas de sinal
de temperatura e um sinal de entrada de pressão.
A.2.2 O resultado do ensaio de carga com lúmens é julgado a partir de exposição a um indicador
químico inserido no corpo de prova.
A.3.2 Convém que o pacote-padrão de ensaioseja composto por campo de algodão puro, branco
alvejado e com um tamanho aproximado de 900 mm × 1 200 mm.Convém que o número de fios por
centímetro na urdiduraseja (30 ± 6) eo número de fios por centímetro na trama de (27 ± 5). Convém
que o peso seja de (185 ± 5) g/m2 e as bordas, com exceção das ourelas, tenham bainha.
A.3.3 Convém que os campos sejam lavados quando novos ou usados e não sejam submetidos
a qualquer agente de condicionamento de tecido durante a lavagem. Convém que os campos sejam
secos e em seguida estabilizados em um ambiente entre 20°C a 30°C e umidade relativa entre 40%
e 60%.
A.3.4 Após a estabilização dos campos, convém que estes sejam dobrados para cerca
de 220 mm × 300 mm, conforme ilustrado na Figura A.1.
A.3.5 Convém que os campos sejam empilhados até uma altura de cerca de 250 mm após
a compactação com a mão. Convém que o pacote seja embrulhado em um tecido similar e fechado
com fita crepada de largura não superior a 25 mm. Para esterilizadores incapazes de acomodar mais
de um módulo, convém que a altura da pilha seja de aproximadamente 150 mm.
Após o uso, os campos serão compactados. Convém que, quando o peso dos campos utilizados
para formar uma pilha de 250 mm de altura exceder 7,14 kg, campos sejam descartados. Da
mesma forma, para os pacotes pequenos, quando o peso dos campos usados para formar
uma pilha de 150 mm de altura exceder 4,16 kg, convém que campos sejam descartados.
A.3.7 Imediatamente antes da sua utilização, convém queno centro do pacote de ensaio
a temperatura esteja entre 20°C e 30°C, e a umidade relativa entre 40 % e 60 %. Depois do uso,
convém que o pacote seja removido do esterilizador e aerado em um ambiente similar.
A.3.8 Os pacotes de ensaio contendo diferentes materiais, tamanhos e pesos podem ser utilizados,
desde que seja demonstrada equivalência com os requisitos de ensaio no qual o pacote-padrão
de ensaio é utilizado (ver ISO 11140-4 [56]).
Dimensões em milímetros
≈ 900
≈ 900
≈ 1 200 ≈ 600
≈ 200
≈ 450
≈ 450
≈ 300
≈ 300
≈ 600
b) Convém que o tempo de equilíbrio não exceda 15s para as câmaras de esterilização até 800 L
de espaço utilizável e 30 s para as câmaras de esterilização maiores.
c) Convém que, durante o tempo de exposição, a temperatura medida acima do pacote de ensaio,
não exceda a temperatura no ponto de medição de referência da câmara de esterilização,
por mais de 5 °C para os primeiros 60 s e de 2 °C para o período restante.
d) Durante o tempo de retenção, convém que a temperatura medida no ponto de referência da câmara
do esterilizador, a temperatura medida dentro do pacote de ensaio e a respectiva temperatura
do vapor saturado (calculada a partir da pressão da câmara, no mesmo instante) estejam dentro
da faixa de temperatura de esterilização e não difiram entre si por mais de 2 °C (ver 6.1.2).
e) Convém que o tempo de retenção não seja inferior a 15 min, 10 min e 3 min para temperaturas
de esterilização de 121 °C, 126 °C e 134 °C, respectivamente.
A.4.2.1 Este é um ensaio de penetração de vapor na carga de tamanho máximo para o esterilizador
e complementa o ensaio de carga pequena. O pacote de ensaiopara têxteis está localizado no centro
de uma carga total de têxteis.
A.4.2.2 Critérios de aceitação são os mesmos para o ensaio de carga pequena, exceto que
a temperatura medida sobre o pacote de ensaio é omitida.
Para o trabalho original no qual o ensaio Bowie-Dick é baseado, ver Bowie et al.[44]
A.7 Ensaios com detector de ar (caso exista), carga pequena, carga total
e funç õ es
A.7.1 Estes ensaios são utilizados para ajustar o detector de ar, a fim de registrar uma falha quando
o ar residual for suficiente para causar uma falha no ensaio de carga pequena (ver A.4.1) e no ensaio
de carga total (ver A.4.2).
A.7.2 Convém que o detector de ar registre uma falha quando, no início do tempo de equilíbrio,
o ar residual provocar uma diferença de mais de 2 °C entre a menor temperatura medida no pacote-
padrão de ensaio (utilizado nos ensaios descritos em A.4.1 e A.4.2) e a temperatura medida no ponto
de referência da câmara do esterilizador. Utilizar uma versão menor de pacote de ensaio (ver A.3)
para uma câmara de esterilização muito pequena.
A.8 Secagem da carga – Carga pequena e total com tê xteis, carga total com
metal
Estes ensaios são utilizados para verificar se o projeto do ciclo operacional, a seleção dos parâmetros
do processo e a umidade contida no vapor são tais que o nível de umidade remanescente na carga
no final de um processo de esterilização não aumente em mais de 1% para os produtos têxteis e de
0,2% para o metal.
Convém que a pressão sonora gerada pelo esterilizador no ambiente em que está instalado seja
determinada em conformidade com a ISO 3746[58] e em conformidade com os regulamentos locais
para o ruído sonoro, no ambiente verificado.
Determinante Condensado
Sílica (SiO2) ≤ 0,1 mg/L
Ferro ≤ 0,1 mg/L
Cádmio ≤ 0,005 mg/L
Chumbo ≤ 0,05 mg/L
Resíduos de metais pesados, exceto
≤ 0,1 mg/L
ferro, cádmio e chumbo
Cloro (CI-) ≤ 0,1 mg/L
Fosfato (P2O5) ≤ 0,1 mg/L
Condutividade (a 25 °C) ≤ 3 µS/cm
Valor de pH (graduação de acidez) 5a7
Aparência Incolor, limpa e sem sedimentos
Dureza (Σ Íons de alcalinos terrosos) ≤ 0,02 mmol/L
NOTA Um método pelo qual uma amostra de condensados pode ser tomada é dado
na subseção 22.4 da EN 285:2006.
A.12 Á gua
Convém que o abastecimento de água seja potável e provido de dispositivo de proteção contra refluxo.
Devido ao efeito da temperatura sobre o desempenho do sistema de vácuo, convém que a temperatura
da água não exceda 15 °C. Convém que o valor da dureza da água, Σ (íons de alcalinos terrosos),
esteja entre 0,7 mmol/L e 2,0 mmol/L. Valores de dureza fora desses limites podem causar descamação
e problemas de corrosão.
A.13 Ar comprimido
Convém que o suprimento de ar comprimido esteja a uma pressão de 600 kPa a 800 kPa
(5 bar a 7 bar), livre de água em estado líquido, filtrado a 25 µm e livres de gotículas de óleo superior
a 2 µm.
Tabela A.3 – Exemplo de cronograma de ensaios para validaç ã o e ensaios perió dicos
Qualificaç ã o Qualificaç ã o
Referê ncia Qualificaç ã o
Ensaio de de Ensaios perió dicos
da EN 285 operacional
instalaç ã o desempenho
Ensaiostermométricos (A.4)
Ensaio do produto – – – xg xd
xx Ensaiossugeridos.
a Convém que a execução dos ensaios esteja de acordo com métodos analíticos reconhecidos.
g A condição definida da esterilização não pode ser prevista a partir de ensaios de qualificação operacional.
Anexo B
(informativo)
B.1 Introduç ã o
B.1.1 Existem três métodos gerais de esterilização por vapor úmido empregado (ver Anexos B, C
e D da ABNT NBR ISO 17665-1:2010). O conhecimento destes três métodos permite que o usuário
tome uma decisão informada sobre qual método aplicar, com base no conhecimento do produto a ser
esterilizado, com ou sem carga microbiana identificada no produto, bem como uma compreensão dos
riscos microbianos envolvidos a partir de uma falha na esterilização.
B.1.2 O primeiro método é geralmente conhecido como o “método biocarga”, para o qual
o desafio microbiano efetivo é identificado e um processo de vapor é definido, de acordo com o
qual são desenvolvidos os parâmetros de vapor necessários para que o produto processado esteja
livre do desafio microbiano específico. O produto é então ensaiado para a esterilidade. Este método
é particularmente aplicável em casos onde convém que os efeitos das condições de esterilização
no produto sejamminimizados (ver Anexo B, ABNT NBR ISO 17665-1:2010).
B.1.3 O segundo método é geralmente conhecido como o “método com base na biocarga/
indicador biológico combinados” para o qual o real desafio microbiológico é identificado, o indicador
biológico de maior resistência é selecionado como sendo um desafio representativo e adequado e
um processo de vapor úmido é desenvolvido, através do qual o produto é avaliado como estando livre
de micro-organismos viáveis, com base na demonstração bem-sucedida da inativação dos micro-
organismos mais resistentes do indicador biológico. Este método é particularmente aplicável em casos
onde a carga biológica seja conhecida e controlada, como em muitas operações de fabricação (ver Anexo C,
ABNT NBR ISO 17665-1:2010).
B.1.4 O terceiro método é geralmente baseado como o “método sobremorte”, pois o desafio real
microbiano é desconhecido ou não pode ser razoavelmente medido, como é o caso dos produtos
para saúde reutilizáveis e reprocessados. Este método também pode ser utilizado em produtos
termorresistentes para esterilização, que podem facilmente suportar as condições necessárias para
alcançar a esterilização. No método de sobremorte, um organismo é selecionado como representante
de um desafio significativo para um processo de vapor úmido definido. Este processo é expresso
em termos paramétricos (normalmente o tempo e a temperatura juntamente com os valores-
limites para o vapor), relacionados com a cinética de morte do micro-organismo selecionado. São
definidos os valores-limites dos parâmetros (se aplicável) e uma condição aceitável letal. O critério
mínimo aceitável (normalmente um tempo de espera a uma temperatura específica) é determinado
e um fator de segurança é aplicado aos parâmetros críticos, a fim de estabelecer uma condição
de exposição recomendada para o produto a ser processado. Como a natureza e a mistura dos produtos
são variáveis, largas margens de segurança são normalmente utilizadas para aplicações onde
o desafio da carga microbiana não é identificado com precisão. Este método é particularmente aplicável
em aplicações de saúde (ver Anexo D da ABNT NBR ISO 17665-1:2010).
b) O processo de esterilização que proporcionar uma letalidade maior que a necessária para destruir
a biocarga.
B.1.5 Nas instituições de saúde, convém que cada esterilizador demonstre, periodicamente,
ser capaz de tornar os produtos nele processados de estar livre de micro-organismos viáveis,
nos processos rotineiros de esterilização dos produtos para saúde. Métodos utilizados para monitorar
o processo de esterilização fornecem a garantia da integridade do processo através de desafios
com ensaios biológicos (ver Tabela B.1).
B.2.3 Resultados aceitáveis durante três ciclos consecutivos de ciclo parcial ou ciclo completo
são necessários para cada tipo de carga (ver Anexo D.4 da ABNT NBR ISO 17665-1:2010).
B.3.2 O desafio biológico é colocado de forma plana (camadas de toalhas na horizontal) em uma
prateleira dentro da câmara de esterilização onde é menos favorável a esterilização. Para esterilizadores
gravitacionais, o ensaio é executado em uma câmara totalmente carregada. Para esterilizadores com
remoção de ar, o ensaio é executado em uma câmara vazia.
B.3.3 Convém que o nível de garantia de esterilidade de pelo menos 10-6 seja demonstrado quando
o desafio biológico é usado. Um método que pode ser aplicado para demonstrar um SAL de 10-6 é uma
sobremorte comprovada, com base em uma redução de 12 log de um micro-organismo com a D121°C
de 1 min, resultando em um Fbio de12 (com base em um valor de referência Z de 10°C) (verPflug[53]).
B.3.4 Recomenda-se que a umidade retida pelo tecido não aumente o peso pré-esterilização
do desafio biológico em mais de 3%. Não convém que haja manchas visíveis no tecido sugerindo
umidade.
B.4.3 Quando ensaiado, convém que um esterilizador com bomba de vácuo apresente uma taxa
de vazamento média de 1 mm de mercúrio (mmHg) por min ou menos durante o intervalo de tempo
medido.
B.4.4 A penetração de vapor no pacotede ensaio consiste em toalhas cirúrgicas dobradas em 100%
algodão, que são limpas e precondicionadas. Convém que as toalhas sejam dobradas e colocadas
umassobre as outras.
Tabela B.1 – Exemplo de um cronograma de ensaios para validaç ã o e ensaios perió dicos
Monitoramento físico x x x x
Monitoramento,
x x x x
registro e controle
Sensor ou registrador
Opcional
independente
Indicadores biológicos x x x x
Indicadores químicos x x x x
Anexo C
(informativo)
A temperatura teórica do vapor (ver 6.1.2 da ABNT NBR ISO 17665-1:2010) pode ser determinada
diretamente da tabela de vapor mostrada abaixo ou calculada a partir da Equação (C.1).
Tabela C.1 – Temperatura e pressã o de vapor saturado para uso em esterilizaç ã o por vapor
T de P
Pressã o Temperatura, T Pressã o Desvio das tabelas
usando - 273,27 °C de vaporc
mBa °Ca MPaa
como zero absoluto b
1 014,2 100 0,101 42 99,997 1 -0,002 87
1 050,9 101 0,105 09 100,998 1 -0,001 85
1 088,7 102 0,108 87 101,999 3 -0,000 71
1 127,7 103 0,112 77 103,002 5 0,002 456
1 167,8 104 0,116 78 104,004 4 0,004 372
1 209 105 0,120 9 105,004 5 0,004 526
1 251,5 106 0,125 15 106,007 1 0,007 106
1 295,1 107 0,129 51 107,006 8 0,006 789
1 340,1 108 0,134 01 108,009 8 0,009 813
1 386,3 109 0,138 63 109,011 0 0,011 046
1 433,8 110 0,143 38 110,012 1 0,012 132
1 482,6 111 0,148 26 111,012 5 0,012 517
1 532,8 112 0,153 28 112,013 7 0,013 662
1 584,3 113 0,158 43 113,013 0 0,013 041
1 637,3 114 0,163 73 114,014 0 0,013 976
1 691,8 115 0,169 18 115,015 8 0,015 808
1 747,7 116 0,174 77 116,016 2 0,016 17
1 805,1 117 0,180 51 117,016 4 0,016 372
1 864 118 0,186 4 118,015 9 0,015 913
1 924,5 119 0,192 45 119,016 0 0,015 968
1 986,7 120 0,198 67 120,017 6 0,017 586
2 050,4 121 0,205 04 121,017 1 0,017 056
2 115,8 122 0,211 58 122,017 1 0,017 072
2 182,9 123 0,218 29 123,017 1 0,017 112
Anexo D
(informativo)
D.1 Introduç ã o
Este anexo oferece orientação adicional, que pode ser utilizada em um estabelecimento de assistência
à saúde, para a validação de um processo de esterilização a ser utilizado para o reprocessamento.
D.2.2 Convém que o gestor com autoridade executiva compreenda os benefícios para a facilitar
um sistema de qualidade, incluindo o financeiro, e seja responsável por:
s) assegurar que cada sistema de medição instalado ou utilizado com o equipamento de esterilização
seja periodicamente calibrado, inspecionado, controlado e mantido; convém que a calibração do
equipamento seja realizada com instrumentos calibrados e rastreáveis aos padrões nacionais;
D.2.3 Convém que o gestor com autoridade executiva esteja ciente de aspectos operacionais como:
c) limpeza e desinfecção;
e) embalagem;
g) armazenamento e distribuição;
j) contratos de compra;
D.2.4 Convém que o gerente, com autoridade executiva, esteja ciente dos requisitos para
a documentação dos processos de esterilização, e convém assegurar que esta documentação inclua:
d) convém que manuais, diagramas e códigos visuais estejam disponíveis em locais de fácil acesso
à equipe;
D.3.1 Processo (orientação adicional para a ABNT NBR ISO 17665-1:2010, 6.1)
D.3.1.2 Se a presença das condições de esterilização nos produtos para saúde não puder ser
prevista a partir dos ensaios detalhados no Anexo A, uma combinação dos ensaios prescritos
nos Anexos A e B pode ser necessária.
D.3.2 Equipamento (orientação adicional para a ABNT NBR ISO 17665-1:2010, 6.2)
Convém que esterilizadores para uso em estabelecimentos de assistência à saúde estejam equipados
com um processo(s) de esterilização projetado(s) para esterilizar uma variedade de produtos parasaúde
rotineiramente utilizados.
Convém que o uso de dispositivos que são difíceis de limpar ou desmontar seja cuidadosamente
considerado antes da compra, pois apenas desta forma o dispositivo pode ser limpo e esterilizado
com sucesso. Convém que instruções para o reprocessamento sejam fornecidas pelo fabricante
do produto para saúde. Para os instrumentos anteriores à publicação da ISO 17664[23], convém que as
orientações regionais ou nacionais para a descontaminação, limpeza e esterilização de tais produtos
para saúde sejam seguidas.
D.5.1.3 Pode ser utilizado um processo de esterilizaçãodiferente, mas existente, que previamente
tenha sido definido para o tratamento da família de produtos para a qual o novo produto para saúde
é atribuído, desde que o tamanho, projeto e material de construção do novo produto para saúde
se encaixe na gama da família de produtos.
D.5.1.5 Se o processo de esterilização pretendido não for recomendado pelo fabricante do produto
para saúde, nem previamente definido para tratar a família de produtos a que o novo dispositivo
se encaixa, convém que seja feita uma comparação detalhada entre o novo produto e os produtos
já definidos para o processo de esterilização. Convém que a comparação inclua as características
físicas, complementadas com a avaliação térmica e biológica, quando aplicável.
Para cada produto para saúde, convém que sejam observados parâmetros físicos e restrições
de exposição, identificados pelo(s) fabricante(s) do(s) dispositivo(s) médico(s). A inobservância das
instruções de reprocessamento de um fabricante pode afetar o desempenho do produto para saúde
e invalidar quaisquer garantias relacionadas com ele.
Para muitos produtos para saúde,a remoção do ar é um fator crítico para prever a presença de vapor
saturado em locais que são difíceis de esterilizar. Ensaios relevantes e critérios de aceitação para
fatores que podem afetar a penetração do vapor são identificados nos Anexos A e B.
D.6 Validaç ã o
(orientação adicional para a ABNT NBR ISO17665-1:2010, Seção 9)
e ensaios que são utilizados para verificar a eficiência do processo de esterilização. Modificações
no processo de esterilização que podem afetar esta eficiência incluem alterações nos parâmetros
de processo.
a) efetiva diluição do ar obtida a partir do processo de esterilização: isto pode ser previsto a partir do
ciclo operacional; a reprodutibilidade será afetada por vazamento de ar para dentro da câmara de
esterilização, gases não condensáveis no vapor e taxa de variação de temperatura na câmara
e na carga da esterilização;
b) contaminantes que são depositados no produto para saúde: isso pode ser previsto a partir
de contaminantes em suspensão no vapor;
c) penetração do vapor nas partes do produto para saúde onde é difícil remover o ar: isto pode
ser previsto por comparação entre a temperatura medida em um dispositivo de referência
e a temperatura medida no ponto de referência de medição; convém que o dispositivo
de referência ofereça um desafio semelhante para o(s) dispositivo(s) médico(s) que ele representa
e convém que o método seja verificado através de indicadores químicos ou indicadores biológicos
posicionados no dispositivo de referência ouprodutos para saúde;
d) nível de secagem da carga para produtos embalados: isso pode ser determinado tanto
pela inspeção visual como pelo aumento de massa.
D.6.1.3 Se um processo de esterilização existente for utilizado para tratar um novo produto para
saúdeou nova configuração de carga, convém que seja verificada a conformidade com os requisitos
de desempenho estabelecidos durante a qualificação inicial ou subsequente de funcionamento,
antes que seja realizada a qualificação de desempenho. Isso pode ser feito por referência a dados
obtidos durante o processamento de rotina ouensaios periódicos ou por uma repetição da qualificação
operacional.
D.6.2.1.2 Convém que a carga de esterilização mais difícil para esterilizar seja identificada a partir
da gama de produtos para saúde, família de produtos e configurações de carga que o processo
de esterilização pode tratar. Convém que recomendações sobre a caracterização de dificuldade sejam
disponibilizadas pelo fabricante do(s) dispositivo(s) médico(s) oufabricante do esterilizador.
D.6.2.1.3 Convém que a qualificação de desempenho seja realizada nesta carga de esterilização
e, se bem-sucedida, pode ser considerada válida para outras combinações a partir desta faixa.
D.6.2.1.5 Alguns produtos para saúde podem precisar de pré-tratamento, como equilíbrio atmosférico
ou outros específicos de temperatura e umidade.
Convém que o número de sensores utilizados assegure que suficientes dados sejam gravados para
demonstrar a eficácia do processo. A experiência tem mostrado que, para uma carga de esterilização
de atenção à saúde típica e espaço utilizável da câmara (cerca de 400 L), 5 a 12 sensores
de temperatura podem ser suficientes.
Convém que os dados para a identificação de limites para os parâmetros do processo e os critérios
de aceitação para os ensaios periódicos sejam determinados a partir dos dados obtidos nos ensaios
realizados durante a qualificação de desempenho. Convém que isto inclua dados termométricos
e dados a partir dos resultados de indicadores químicos ou indicadores biológicos colocados em locais
que são de difícil acesso. Também convém que seja feita uma avaliação se a temperatura medida
estiver no ar ou vapor.
a) há uma especificação para cada ensaio usado durante a qualificação operacional e qualificação
de desempenhoe se os critérios de aceitação para cada ensaio foram cumpridos;
c) a(s) família(s) de produto(s) representada(s) pelo pior caso da carga de esterilização para
esterilização foi(foram) identificada(s);
b) uma verificação para confirmar se manutenções programadas e não programadas têm sido
satisfatoriamente concluídas;
c) um ensaio de penetração de vapor para avaliar o efeito que o ar residual e gases não condensáveis
têm sobre a eficiência do processo de esterilização;
d) uma verificação para confirmar se a(s) família(s) de carga/produto(s) para esterilizaçãoa ser(em)
esterilizada(s) está(ão) inclusa(s) nos relatórios de qualificação de desempenho/requalificação
periódica;
e) uma verificação para confirmar se, durante o processo de esterilização, todos os parâmetros
do processo estão dentro de suas tolerâncias especificadas;
h) uma checagem para confirmar se, quando o esterilizador é descarregado, todos os pacotes
são vistos não danificados, secos, marcados corretamente e o indicador químico de processo
em cada pacote atingiu os seus critérios de aceitação.
É essencial que qualquer mudança que possa afetar a diluição do ar seja identificada através de um
dispositivo de desafio de processo ou detecção de ar e um ensaio de penetração de vapor.
Convém que o esterilizador seja adequado à finalidade e convém que isso seja anotado
na documentação de liberação. Recomenda-e que esta declaração inclua e seja baseada em:
d) conformidade com os requisitos de desempenho para processamento de rotina que tenha sido
cumprido por ciclos de produção recentes.
d) cada produto para saúde ou grupo de produtos para saúde atribuídos a uma categoria
de produto(s);
D.8.3 Convém que as marcações em cada pacote e, se apropriado, em cada produto para saúde,
permitam:
c) identificação da embalagem;
D.8.4 Convém que uma falha de um ensaio periódico, incluindo o ensaio Bowie-Dick diário,
se aplicável, acione a quarentena do esterilizador. Se indicadores biológicos forem utilizados,
convém que a recuperação de micro-organismos viáveis resulte em quarentena de produtos, enquanto
uma investigação sobrea causa é conduzida. A investigação pode resultar em uma decisão de destruir
o produto ou recolher o produto já liberado.
D.9.1 Recalibraç ã o
(orientação adicional para a ABNT NBR ISO 17665-1:2010, 12.2)
Convém que a verificação da calibração de cada cadeia de medição seja realizada:
a) anualmente,
Convém que a manutenção ou modificação nas utilidades, como um gerador de vapor central,
seja notificada para o usuário, porque, por exemplo, mudanças no tratamento de água para uma caldeira
podem provocar o nível de gases nãocondensáveis, umidade ou contaminantes químicos que excedem
o máximo especificado. Convém que essas alterações sejam avaliadas pelo seu impacto na criação
de uma nãoconformidade com a especificação do processo e, se necessário, ações corretivas tomadas
e documentadas.
D.9.3 Requalificaç ã o
(orientação adicional para a ABNT NBR ISO 17665-1:2010, 12.4.1)
Anexo E
(informativo)
Consideraç õ es
Orientaç ã o
Orientaç ã o relacionada especiais de orientaç ã o
Referê ncia citada na relacionada dada
Seç ã o/subseç ã o normativa na dada no corpo do texto para estabelecimentos
ABNT NBR ISO no Anexo A da
ABNT NBR ISO 17665-1:2010 principal (Seç õ es 1 a 12) de assistê ncia à saú de
17665-1:2010 ABNT NBR ISO
da ABNT ISO/TS 17665-2 dadas no Anexo D da
17665-1:2010
ABNT ISO/TS 17665-2
4 Sistemas de gestão da
A.1.2.4
qualidade
Subseções aplicáveis da
4.1 Documentação A.4.1
ABNT NBR ISO 13485
4.2 Responsabilidade de
A.4.2 D.2
gerenciamento
Subseções aplicáveis da
ABNT NBR ISO 13485
4.3 Realização do produto A.4.3
Seções aplicáveis da
ABNT NBR ISO 10012
4.4 Medição, análise e
Subseções aplicáveis da
melhoria – Controle de A.4.4
ABNT NBR ISO 13485
produto não conforme
5 Caracterização do agente
5
esterilizante
5.1 Agente esterilizante 5.1
5.2 Efetividade microbicida A.5 5.2
5.3 Efeitos nos materiais 5.3
5.4 Considerações
5.4
ambientais
6 Caracterização
doprocesso e do 6
equipamento
6.1 Processo A.6 6.1
6.1.1 Geral 6.1.1
D.3.1
6.1.2 Processos de vapor
6.1.2
saturado
6.1.3 Processos de produto
6.1.3 D.3.1
contido A.6
6.2 Equipamento 6.2 D.3.2
ISO 11607-1
7 Definição do produto ISO 11607-2 A.7 7 D.4
ISO 11737-1
Consideraç õ es
Orientaç ã o especiais de
Orientaç ã o relacionada
Referê ncia citada na relacionada dada orientaç ã o para
Seç ã o/subseç ã o normativa na dada no corpo do texto
ABNT NBR ISO no Anexo A da estabelecimentos de
ABNT NBR ISO 17665-1:2010 principal (Seç õ es 1 a 12)
17665-1:2010 ABNT NBR ISO assistê ncia à saú de
da ABNT ISO/TS 17665-2
17665-1:2010 dadas no Anexo D da
ABNT ISO/TS 17665-2
ABNT NBR ISO 17665-1
Anexos B, C, D
ABNT NBR ISO 11138-1
ABNT NBR ISO 11138-3
8 Definição do processo Partes aplicáveis das A.8 8 D.5
séries ISO 11140
ISO 11737-1
ISO 11737-2
ISO 17664
9 Validação 9 D.6
9.1 Geral 9.1
9.2 Qualificação de instalação
9.2
(QI)
9.2.1 Equipamento 9.2.1
9.2.2 Instalação 9.2.2
9.2.3 Função 9.2.3
A.9
9.3 Qualificação operacional
9.3 D.6.1
(QO)
ABNT NBR ISO 17665-1,
9.4 Qualificação de
Anexos B, C e D 9.4 D.6.2
desempenho (QD)
EN 285
9.5 Revisão e aprovação da
9.5 D.6.3
validação
10 Monitoramento e controle
A.10 10 D.7
de rotina
11 Liberação do produto para
A.11 11 D.8
esterilização
12 Efetividade de processo
12 D.9
de manutenção
12.1 Demonstração da
12.1
efetividade contínua
12.2 Recalibração A.12 12.2 D.9.1
12.3 Manutenção do
12.3 D.9.2
equipamento
12.4 Requalificação 12.4 D.9.3
12.5 Avaliação de mudança
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manufacture of pouches and reels (specified in EN 868-5) – Requirements and test methods
[30] EN 868-4:1999. Packaging materials and systems for medical devices which are to be sterilized –
Part 4: Paper bags - Requirements and test methods
[31] EN 868-5:1999, Packaging materials and systems for medical devices which are to be sterilized
– Part 5: Heat and self-sealable pouches and reels of paper and plastic film construction –
Requirements and test methods
[32] EN 868-8:1999, Packaging materials and systems for medical devices which are to be sterilized -
Part 8: Re-usable sterilization containers for steam sterilizers conforming to EN 285 – Requirements
and test methods
[33] EN 868-9:2000, Packaging materials and systems for medical devices which are to be sterilized –
Part 9: Uncoated nonwoven materials of polyolefines for use in the manufacture of heat sea/able
pouches, reels and lids – Requirements and test methods
[34] EN 868-10:2000, Packaging materials and systems for medical devices which are to be sterilized
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