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Caso Prático:

Ensaio De Uma Caldeira A Gás Propano

Rodrigo Figueiredo de Souza Nº78067


Paulo Santos Nº31236
Prof.: Nelson Manoel santos Souza

Disciplina: Combustão

Mestrado em Engenharia Mecânica


Sumário

1.0 Resumo ............................................................................................................................. 4


2.0 Introdução ........................................................................................................................ 4
3.0 Ensaio ............................................................................................................................... 6
4.0 Discursão ....................................................................................................................... 11
5.0 Conclusão ....................................................................................................................... 11
6.0 Referências ..................................................................................................................... 11
Anexo I ....................................................................................................................................... 12
Anexo II ...................................................................................................................................... 12
1.0 Resumo
Para aplicação dos conhecimentos obtidos em sala de aula da cadira de combustão
foi proposto um estudo prático em laboratório pelo professor doscente. O estudo implica
em fazer uma análize da caldeira a gás propono instalada no laboratório da univercidade
com objetivo de determinar o exesso de ar na combustão, o rendimento da combustão e
rendimento da caldeira. Com a instrução do professor para compreender o funcionamento
da caldeira e os intrumentos de medida que a componha, assim foi realizado a coleta de
todos os dados necessários. Com base na metodologia disscutida em aula foi obtidos
resultados e percebe-se que no ensaio proposto o rendimento da caldeira atinge valores
de 55%, rendimento da combustão 96%, com exesso de ar em volta de 17.5% a 19.5%.

2.0 Introdução
O presente relatório demostra de formar textual a analize de uma caldeira de vapor
modelo ECONOPAK 50 fabricante Metalúrgica Veneza, pela orientação do professor
exercente. No inicio do experimento foi apresentado diferentes tipos de equipamentos e
suas formas de funcionamento. Ciente do risco de acidentes que podem ser causados, foi
possível através do Professor conhecer os dispositivos de segurança dos equipamentos
para garantir a sua melhor funcionalidade e a segurança para as pessoas envolvidas no
trabalho. As analizes de desempenho da caldeira são impostas de acordo com a cadeira
dissciplinar de combustão.

Pode-se definir caldeira como um recipiente no qual a energia de um combustível é


transferida para um líquido. As caldeiras podem ser agrupadas em dois tipos básicos de
acordo com o posicionamento relativo entre a água e os gases quentes Flamotubulares e
Aquatubulares. Nas flamotubulares quando os gases quentes provenientes da queima do
combustível passam por tubos imersos em água. Os tubos aquecem a água, formando
vapor. Esse tipo de caldeira tem a construção mais simplificada, quanto a distribuição de
tubos, podendo ser classificadas em verticais e horizontais, a transferência de calor ocorre
em toda a área circunferencial dos tubos, os quais são montados de forma similar a um
trocador de calor com feixe tubular; ja nas caldeiras aquatubulares a água que será
transformada em vapor passa dentro das tubulações e a combustão dos gases ocorre em
torno dos tubos. As caldeiras aquatubulares, diferente das caldeiras mistas, suportam altas
pressões e temperaturas e produzem grande quantidade de vapor, oferecendo maior
eficiência na produção. Devido a essas características, esse tipo de
caldeira é utilizado principalmente na geração de energia [1].

Para a caldeira de estudo de modelo já refenciado se caracteriza


como uma caldeira flamotubulares sendo o combustível utilizado gás
propano (C3H8).

Figura 1 caldeira

Tabela 1 Características da Caldeira

No funcionamento normal, a caldeira a tem uma capacidade de aproximadamente


140 litros de água líquida, podendo variar em função do consumo e reposição, como
observado no visor de líquido da caldeira. O timbre de vapor é de 4 bar, podendo produzir
até 50 kg/h. Contudo, a regulação da pressão normal de serviço situa-se em 3,5 bar e a
regulação do queimador limita a potência para um valor inferior ao nominal. A caldeira
funciona com gás propano fornecido a cerca de 30 mbar manométrico à temperatura
ambiente.

A caldeira instalada no laboratório é composta por vários equipamentos de medição,


os dados fornecidos pelos equipamentos são de grande importância para o objetivo do
ensaio. Sendo que o consumo de gás é determinado com um contador volumétrico. A
evolução do estado da água na caldeira é determinada pela medição da evolução da
pressão manométrica na caldeira. A composição dos produtos da combustão é medida
num analisador de método não dispersivo de absorção de infravermelhos para o CO e
CO2, sendo que o oxigénio medido por um sensor de dióxido de zircônio. Os gases de
exaustão são aspirados num pirómetro (equipado com uma sonda de temperatura) sendo
posteriormente filtrados e arrefecidos a 5ºC para condensação do vapor de água.
Posteriormente, no analisador, os gases são reaquecidos a 80ºC e analisados na base seca.
A temperatura dos gases de exaustão e a temperatura do exterior da caldeira são medidas
por termopares tipo K. É também medida a temperatura ambiente, a qual pode ser
considerada tanto para o ar como para o propano. A temperatura e composição dos gases
é registada numa folha de Excel que integra a aquisição de dados de temperaturas e a
composição dos produtos da combustão. O tempo entre ensaios é medido com um
cronómetro.

3.0 Ensaio

A tabela abaixo apresenta os parâmetros gerais para o ensaio que foi realizado.
Neste ensaio foi disponibilizado pelo professor um banco de dados em modelo Excel onde
com várias informações necessárias para o desenvolver dos cálculos propostos, sendo os
dados necessários atualizados constantemente ao logo do ensaio. Assim gráficos vão ser
apresentado demostrando as reações na caldeira no decorre do tempo do ensaio.

Tabela 2 condições do ensaio

Pressão de entrada do gás (pgás) 35 mbar (manométrica)


Temperatura ambiente (Tamb) 296 K
Pressão no início do ensaio (pi) 1,0 kgf/cm² (manométrica)
Pressão no final do ensaio (pf) 2,0 kgf/cm² (manométrica)
Tempo de ensaio (t) 320 s
Volume inicial de propano (Vi) 1.866 m³
Volume final de propano (Vf) 1.972 m³
PCI Propano 46.357 kJ/kg

• Equação estequiométrica do gás propano (𝐶3𝐻8):

𝐶3𝐻8+a(𝑂2+3.76𝑁2)→𝑏𝐶𝑂2+𝑐𝐻2𝑂+𝑑3,76𝑁2 (1)
• Para o cálculo de excesso de ar na combustão foi dado por:

(2)

(3)

𝑎𝐶3𝐻8+𝑏𝑂2+𝑐𝑁2→%𝐶𝑂2+%𝐶𝑂+%𝑂2+𝑑𝐻2𝑂+𝑒𝑁2 (4)

Onde a evolução das porcentagens dos gases 𝐶𝑂2, 𝐶𝑂, 𝑂2 produzidos na


combustão no decorrer do ensaio foi disponibilizada no banco de dados do Excel.Sendo
os valores de a, b, c, d, e, determinado pelo balonço dos elementos que compoem a
fórmula:

Balanço ao carbono: 3 × 𝑎 = %𝐶𝑂2 + %𝐶𝑂

Balanço ao hidrogénio: 8×𝑎 = 2×𝑐

Balanço ao oxigénio: 𝑏 = 2 × %𝐶𝑂2 + %𝐶𝑂 + 2 × %𝑂2 + 𝑐

Balanço ao azoto: 2 × 3.76 × 𝑏 = 𝑑

Exesso de Ar E%
90.00
80.00
70.00
60.00
50.00
40.00
30.00
20.00
10.00
0.00

E%

Figura 2 resultado excesso de ar


• Rendimento da combustão:

𝛥𝐻𝑟
ղ𝑐𝑜𝑚𝑏 = (5)
𝑃𝐶𝐼× 𝑀×nº moles comb

Sendo M a massa molar do combustivel no intate da medição, que é

determinado belo balanço demostrado anteriormente M =a, nº de moles


combustível = 44.
Com base no balanço demostrado anteriormente o 𝛥𝐻𝑟 é determinado
pela equação:

(6)

Hp = %𝐶𝑂2 x hco2(T gases) + %𝐶𝑂 x hco(T gases) + %O2 x ho2(T gases) + c x


hH2O(T gases) + d x hN2(T gases)

Hr = a x hc3H8(T amb) + b x ( ho2(T amb) + 3,76 x hN2(T amb))

As entalpias foram determinadas conforme as tabelas A-13 e B-2, respectivamente


anexos 1 e 2 apresentados no fim do relatório.

rendimento da combustão
E% ղ comb %

120.00

100.00

80.00

60.00

40.00

20.00

0.00

Figura 3
• Rendimento da caldeira

Figura 4 contador

(7)

(8)

(9)

O caudal massico do propano é determinado a partir do contador de gás que


determina o volume gasto do combustivel em m3.

O volume de gás usado é determinado tendo enconta o volume inicial e final, o


tempo do ensaio de 320s.

𝑉𝑓 − 𝑉𝑖
ṁpropano =
∆𝑇
A caldeira durante o ensaio teve seu nivel de funcionamento massa de água(m) =
140l, a variação da energia interna foi determinada utilizando o EES como demostra a
figura 6, tendo em conta a pressão absoluta inicial Pi=200.46kPa e final Pf=298.53kPa.
Pressão atmosférica = 102.4kPa apresentado na figura abaixo.

Figura 5 Pressão inicial e final na caldeira

Figura 6 energia interna - EES

Figura 7 resultado rendimento caldeira


4.0 Discursão

A analize dos resultados foi realizado no decorer de todo o ensaio o que nos
permite ver a evolução do desempenho da caldeira e a da combustão em seu interior. A
fiura 2 apresenta o excesso de ar da combustão em função do tempo do ensaio e percebe-
se que no inicio do ensaio o ecesso de ar atinge valores altos proximos a 80%, com a
estabilização da combustão este valor decai ate se estabilizar proximo aos 18% de exesso
de ar. Já o rendimento da combustão tem pouca oscilação se mantem na média dos 96%.
A combustão de propano e ar no interior da caldeira gera uma potência de 26.5kW que
garante para caldeira uma potência útil de 14.8kW tendo um rendimento de
funcionamento no ensaio de 55%.

5.0 Conclusão
O ensaio prático se desmostra importante para que a máteria aplicada em aula seja
exercida de forma prática. A caldeira estudada apresenta para o ensaio um baixo
rendimento, posteriormente pode ser estudado formas de melhoria. A combustão se
caracteria como uma mistura pobre sendo λ superior a 1 em todo o ensaio.

6.0 Referências

[1] Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás: guia de inspeção de caldeiras (2020)


https://www.ibp.org.br/personalizado/uploads/2020/09/guia-de-inspecao-de-caldeiras-
2020.pdf
Anexo I

Anexo II

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