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3.1 – INTRODUÇÃO
3.2 – CONCEITOS SOBRE OS PROCESSOS DE COMBUSTÃO
3.3 – BALANÇO DE MASSA COM REAÇÕES DE COMBUSTÃO
3.4 – ESTUDO DA COMBUSTÃO ATRAVÉS DAS ANÁLISES DOS GASES
3.1 – INTRODUÇÃO
Reações de combustão são reações químicas que envolvem a oxidação completa de um combustível.
Materiais ou compostos são considerados combustíveis industriais quando sua oxidação pode ser
feita com liberação de energia suficiente para aproveitamento industrial. Os principais elementos
químicos que constituem um combustível são Carbono, Hidrogênio e em alguns casos, Enxôfre. Estes
elementos reagem com oxigênio, e na sua forma pura apresentam a seguinte liberação de calor:
A maior parte dos combustíveis fósseis são hidrocarbonetos, e as composições típicas são de:
carbono, hidrogênio e oxigênio.
Combustíveis vegetais, produtos de madeira e refugo (bagaço, serragem, cascas, etc.) são
carboidratos que contém 1/2 átomo de oxigênio para cada atomo dehidrogenio.
Seus produtos de combustão são similares aqueles dos hidrocarbonetos ( CO2 e H2O) mas a
energia liberada durante a combustão é comparativamente menor.
Os combustíveis gasosos são usualmente misturas de gases que podem ser identificados
individualmente.
Combustíveis líquidos destilados tais como a gasolina ou o querosene também são misturas de
hidrocarbonetos simples que podem ser separados e identificados. Carvões, óleos combustíveis
residuais e combustíveis vegetais têm estruturas complexas, difíceis de se reduzir a componentes
individuais.
No entanto, para a maior parte de nossos propósitos a análise ELEMENTAR do combustível é tudo o
que é preciso. Dada a análise elementar de um combustível em termos de C, H, O, S, etc., é possível
calcular-se o requisito teórico de ar e a quantidade e composição dos produtos de combustão.
A maioria dos processos industrias de combustão utiliza o ar ambiente como fonte de fornecimento de
oxigênio para a combustão. O conhecimento das necessidades de ar para combustão, bem como da
composição e volume dos produtos de combustão é fundamental para o projeto e contrôle de
equipamentos de combustão. A estequiometria química nos fornece os principais dados necessários
aos cálculos de combustão.
3.2 – CONCEITOS SOBRE OS PROCESSOS DE COMBUSTÃO
Objetivo :
A energia decorrente da oxidação de elementos combustíveis é liberada e poderá ser utilizada para
aquecimento ou realização de trabalho.
Análise Elementar :
Determinação de Carbono, Nitrogênio, Enxôfre e demais elementos que constituem o combustível.
Análise Imediata :
Determinação de Carbono Fixo (CF), Umidade (U - 110 C), Matéria Volátil (MV) e da Cinza (Z - 725 C ,
combustão completa do C)
Hidrogênio do Combustível :
Uma parte na água da umidade, Uma parte na água de combinação do combustível (hidrogênio que na
constituição do combustível se acha combinado com o oxigênio) e Uma parte constitui o hidrogênio livre
ou combustível , que durante a combustão produzirá energia e consumirá oxigênio.
Poder Calorífico (PC) :
É igual numericamente à entalpia-padrão de combustão, PC = - ΔHcombustão
Para cálculo do consumo de combustível utiliza-se o PCI do combustível com umidade, ou seja, toda
o calor produzido pelo combustível, descontado o calor utilizado para vaporizar a água.
Como exemplo, mostramos abaixo o PC da madeira de eucalipto :
O teor de umidade da madeira afeta diretamente o poder calorífero inferior e, como já comentado, a
presença de água na madeira representa a redução do poder calorífero inferior em razão da energia
necessária para evaporá-la. Sendo assim, ocorre redução na disponibilidade de calor para geração de
vapor nas caldeiras de biomassa.
A figura abaixo ilustra a variação no poder calorífero superior e inferior versus a umidade da madeira :
Combustíveis Gasosos
A estequiometria em volume é mais adequada para cálculos de combustão quando tanto os reagentes
como os produtos sejam gasosos. As proporções volumétricas dadas pelo coeficiente da reação
de combustão somente serão válidas para volumes nas mesmas condições de pressão e
temperatura.
Utiliza-se para conversão para outras condições de temperatura e pressão a equação de estado de
gases perfeitos :
P1 V1 = N1 R T1 N1 = N2 P1 . V 1 = P2 . V 2
P2 V2 = N2 R T2 T1 T2
CNTP :
0 C ou 273,15 K
1 atm ou 101,325 kPa
1,01325 bar ou 760 mmHg
Volume molar de um gás ideal = 22,414 l/mol
Deve-se observar que a composição de um combustível sólido em geral não corresponde a uma
fórmula química definida e, assim sendo, não se pode falar em kmol desse combustível.
Por outro lado, quando a análise de ORSAT é apresentada para os fumos, observa-se que os cálculos
realizados em kmol são em geral menos trabalhosos.
Deve-se também se atentar para a produção de fuligem e alcatrão, pois apesar de serem
normalmente ignoradas nos cálculos, a queima de combustíveis sólidos conduza normalmente a
sua formação.
Queima com deficiência de ar
-Alimentação de ar inferior ao teórico.
-Finalidade de produzir gases parcialmente oxidados, como o CO obtido nos gasogênios.
-Situações não desejadas, onde a deficiência de oxigênio não é intencional, normalmente devido
falha operacional.
Combustão sem ar
Em muitos processos de interesse prático a queima de combustível não é realizada com oxigênio do
ar. Em seu lugar, um oxidante é empregado para oxidar os elementos combustíveis, porém o
resultado final do processo é ainda o mesmo : a energia decorrente da oxidação desses elementos é
liberada e poderá ser utilizada para aquecimento ou realização de trabalho. No caso de processos que
utilizam oxigênio oriundo de subprocessos para enriquecer o ar de combustão, isto é conveniente,
pois a quantidade de fumos produzidos será muito menor. A redução na quantidade de nitrogênio é
desejável, por dois motivos principais : em primeiro lugar porque reduzindo a pressão parcial do
oxigênio durante a combustão , dificulta a complementação integral das reações. Em segundo lugar,
porque os fumos, saindo quentes pela chaminé, carregam consigo uma quantidade maior ou menor
de energia inaproveitável. A eliminação do nitrogênio na alimentação do forno reduz
consideravelmente essas perdas.
-Em muitos processos o ar não pode ser utilizado para realizar a combustão. É o caso de da queima
dos combustíveis (propelantes) utilizados nos foguetes Oxidantes de maior densidade e maior teor
de oxigênio são testados e utilizados nesta operação.
3.3 – BALANÇO DE MASSA COM REAÇÕES DE COMBUSTÃO
Os pêsos atômicos dos principais elementos envolvidos em combustão, bem como a composição do
ar ambiente encontram-se na tabela abaixo :
Sabe-se que alguns dos números acima requerem correção decimal. Os erros são pequenos e podem
ser ignorados em grande parte se tomados no contexto da precisão das medições industriais comuns.
Se uma reação for escrita em forma molecular, ela pode ser tomada para representar as
quantidades relativas de reagentes em termos destas unidades práticas, por exemplo:
é uma equação que indica o que acontece quando um átomo de carbono e uma molécula de oxigênio
reagem completamente. Em termos práticos ela estabelece que 1 kmol de carbono reage com 1 kmol
de oxigênio para formar, no final, 1 kmol de dióxido de carbono. A utilização de pesos atômicos ou
moleculares para os elementos vai se tornar evidente quando os cálculos acima forem estudados. Os
pesos atômicos são usados para elementos que são gasosos em CNTP. Para produtos e combustíveis
gasosos, esta prática pode ser levada um estágio adiante. A teoria de Avogadro estabelece, na verdade,
que volumes iguais de gases diferentes sob as mesmas condições contém um número igual de
moléculas de gás. Por exemplo, 1 metro cúbico de nitrogênio em CNTP contém tantas moléculas de
nitrogênio quanto 1 metro cúbico de dióxido de carbono contém de moléculas de dióxido de carbono a
CNTP. Segue-se que a reação molecular, quando escrita para combustíveis gasosos, não só indica a
reação e os produtos em termos de moléculas-kg mas também em termos de volumes. Por exemplo,
se o metano queima com oxigênio e reage completamente com tudo permanecendo em estado gasoso
e sendo medido sob as mesmas condições de pressão e de temperatura, temos:
Os requisitos de energia da grande maioria dos processos industriais são obtidos originalmente de
combustíveis convencionais através de uma complexa cadeia de reações denominada combustão.
Felizmente para a maioria das aplicações, esta situação de combustão potencialmente complicada pode
ser reduzida a uma consideração sobre os materiais de partida - combustível mais oxigênio, normalmente
como um componente do ar - e os produtos finais.
Tal simplificação facilita por exemplo o cálculo do ar ou do oxigênio necessário para um combustível, o
desprendimento potencial de calor e temperatura e a composição ideal dos produtos gasosos de
combustão produzido. Este último ponto é útil ao inverso, em que uma comparação da composição real
de gás de combustão com a composição ideal indica o rendimento do processo de combustão.
Qualquer combustível convencional requer, de acordo com sua composição, uma quantidade específica e
calculável de oxigênio (e portanto de ar, uma vez que este é o agente comum de fornecimento) para
atingir teoricamente uma reação completa. Menos do que essa quantidade vai produzir combustão
incompleta e portanto perda de calor potencial. Mais do que essa quantidade, gera perdas excessivas de
gás de combustão e da temperatura.
Na prática, um pouco mais do que a quantidade teórica é usada por razões posteriormente explicadas.
Para um material simples tal como o metano, constituinte principal do gás natural, pode ser escrita a
equação de combustão:
Segue-se da equação que 1 Kgmol de metano requer 2 Kgmol de oxigênio para a reação teórica
completa. Portanto, convertendo para uma base de massa, 16 Kg de metano requerem 64 Kg de
oxigênio o que, uma vez que o ar contém 23,2% de oxigênio por peso, dá uma proporção teórica de
ar/combustível de 17,25: 1. É visto que, em base de volume, 1 volume de metano requer 2 volumes
de oxigênio de forma que a proporção volumétrica correspondente de ar/combustível é 9,53 : 1 . Tal
mistura quimicamente correta é uma mistura estequiométrica.
A rigor, o fenômeno da dissociação vai alterar um pouco esta reação. Isto, de fato, significa a separação
de parte dos produtos da combustão em outros compostos que não sejam CO2 e H2O, e
consequentemente a perda de calor, de acordo com as condições exatas de equilíbrio relacionadas às
temperaturas, pressões e concentrações. A dissociação típica do dióxido de carbono é representada
por : 2 CO2 2 CO + O2
Na maioria das condições industriais, a dissociação não está muito em evidência, e, apesar de sua
importância ser reconhecida, ela não é levada em conta para os propósitos deste capítulo introdutório.
As técnicas de cálculo estabelecidas estão disponíveis na literatura especializada.
As situações em que uma equação exata pode ser escrita são poucas e são quase exclusivamente
para combustíveis gasosos de composição conhecida ou determinada. Exatamente o mesmo
procedimento pode ser seguido em qualquer caso onde equações exatas possam ser formuladas
para os constituintes reativos, tomando-se os inertes como não-afetados e qualquer oxigênio livre na
mistura original como disponível para a combustão.
onde, x=n
y = m/2
aT = x + y/2 - p
z = 3,76 . aT
EXEMPLO-2 : Expresse a equação da reação de combustão para os seguintes compostos :
a.) Metil estearato (C19H38O2)
b.) Propano (C3H8) CnHmOp + aT (O2 + 3,76 N2) x CO2 + y H2O + z N2
x=n
c.) Butano (C4H10)
y = m/2
d.) Metanol (CH3OH) aT = x + y/2 – p , quando p=par
e.) Etanol (C2H5OH) aT = x + y/2 – p/2 , quando p=impar
f.) Otano (C8H18) Z = 3,76 . aT
g.) C12H26O4
d.) CH3OH : CH4O + 1,5 (O2 + 3,76 N2) 1 CO2 + 2 H2O + 5,64 N2
Tome uma base de cálculo de 100 Kg de querosene e converta a quantidade em massa de cada
elemento em quantidade de kmol:
Observe que nenhuma referência, qualquer que seja, é feita à maneira em que o carbono e o hidrogênio são ou
podem estar combinados no querosene.
EXEMPLO-5 : Um combustível fóssil tem uma composição em peso de: Carbono, 72,0%; Hidrogênio,
14,0%, Oxigênio, 8,0%; Nitrogênio, 2,8%; Enxofre, 3,2%. Determine a proporção estequiométrica de
ar/combustível.
Constituintes do combustível C H O N S
Kg-constituinte/100 kg de combustível 72 14 8 2,8 3,2
Kg-mol de cada 6,0 14,0 0,5 0,2 0,1
6,0 C + 14,0 H + 0,5 O + 0,2 N + 0,1 S + 9,35 (O2 + 3,76 N2) 6,0 CO2 + 7 H2O + 0,1 SO2 + 35,1 N2
Observe que se assume que o conteúdo de enxofre está convertido em dióxido de enxofre
EXEMPLO-6 : Para o exemplo-5, qual será a relação Ar/Combustível se um excesso de 20% em ar será
adicionado para a combustão.
Se um cálculo for feito para incluir uma quantidade de ar em excesso, o procedimento é como o
de cima, com um fator de excesso sendo introduzido na última etapa.
Vamos definir aqui o coeficiente de excesso de ar ϕ como a relação entre o nº de moles
realmente utilizado na combustão e o nº de moles estequiométricamente necessário:
0,5 C3H8 + 0,5 C4H10 + aT (O2 + 3,76 N2) 3,5 CO2 + 4,5 H2O + z N2
aT = 3,5 + 4,5/2 - 0 = 5,75
z = 5,75 x 3,76 = 21,62
0,5 C3H8 + 0,5 C4H10 + 5,75 (O2 + 3,76 N2) 3,5 CO2 + 4,5 H2O + 21,62 N2
Para a combustão de 1 litro de GLP , necessita-se nas condições de CNTP (0 ⁰C , 760 mmHg) de 5,75 litros de O2
e 21,62 de N2 , ou seja, de 5,75+21,62 = 27,37 litros de Ar (T = 0 ⁰C = 273 ⁰K).
(27,38 x 760)/273 = (V2 x 700)/300 --> V2 = (27,38 x 760 x 300) / (700 x 273) = 32,67 litros
Ar real adicionado = 32,67 litros , a 700 mmHg e 27 ⁰ .
400 CO + 200 H2 + 100 H2S + 100 CH4 + 100 C2H6 + 50 O2 + 50 N2 + aT (O2 + 3,76 N2) 700 CO2 + 800 H2O + 100 SO2 + z N2
aT = (1400 + 800 + 200 – 400 - 100)/2 = 950
z = 950 x 3,76 + 50 = 3622
400 CO + 200 H2 + 100 H2S + 100 CH4 + 100 C2H6 + 50 O2 + 50 N2 + 950 (O2 + 3,76 N2) 600 CO2 + 800 H2O + 100 SO2 + 3622 N2
MG 1000
CO 400
H2 200 CO2 700 mol/min
H2S 100 SO2 100 mol/min
CH4 100 H2O 800 mol/min
C2H6 100 O2 285 mol/min
O2 50 Combustão N2 4696 mol/min
N2 50 6581
Ar 5881
O2 1235
N2 4646
d - Relação Ar / Combustível
1 CH4O + 1,1 . 1,5 (O2 + 3,76 N2) 1 CO2 + 2 H2O + 6,204 N2 + 0,15 O2
A análise dos fumos nos permite conhecer, por um balanço do nitrogênio, o ar alimentado e o excesso
de ar empregado.
É necessário apenas que o combustível não tenha nitrogênio em quantidades apreciáveis e que todos
os elementos gaseificáveis do combustível apareçam nos gases, isto é, não deverá haver perdas de
combustível no resíduo, nem na produção de fuligem e alcatrão.
Assim sendo, o nitrogênio funciona como elemento-chave para relacionar as quantidades e de fumos.
Da mesma forma o carbono é o elemento chave para relacionar o combustível com os gases quando
todo o carbono é gaseificado durante a combustão.
Dá-se o nome de ar teórico de combustão à quantidade de ar seco (79% de nitrogênio e 21% de
oxigênio em volume) necessária para queimar completamente o combustível, passando todo o
carbono a gás carbônico e todo o hidrogênio a água. Se o combustível encerrar enxofre , este
elemento passará a SO2.
O ar a mais, alimentado, constitui o excesso, que se mede em porcentagem relativa ao teórico. assim,
o ar em excesso poderá mesmo ser até superior a 100%, desde que se empregue mais do que o dobro
do ar teórico. Mesmo quando, durante a combustão, uma parte do carbono passa a monóxido , o ar
em excesso deverá ser calculado com base na oxidação de todo carbono a gás carbônico.
Resumindo, a partir da análise Orsat (base seca) , calcula-se a quantidade de mol de água (c’), e a partir
de c’, calcula-se os coeficientes estequiométricos em base úmida. Abaixo, o esquema de cálculo :
10,70 C + 7,78 H2 + 1,396x14,42 (O2 + 3,76 N2) 10,32 CO2 + 0,37 CO + 7,78 H2O + 75,769N2 + 5,72 O2
Composição em massa do óleo combustível C/H = (10,70x12)/(7,78x2x1) = 128,4/15,56 C/H = 8,25 = 89,2%/10,8%
EXEMPLO-12 : Utilizando Composição dos Combustíveis e dos Fumos :
Um carvão com 80% de carbono, 6% de umidade e teores desprezíveis de enxofre e nitrogênio é queimado
com ar seco, sem perdas, fornecendo fumos cuja análise de Orsat revela 12% de CO2, 2% de CO e 6% de O2
a pressão de 700 mmHg. Calcular a pressão parcial do vapor de água nos fumos.
13,37 C + 4,30 H2 + 1,393x14,565 (O2 + 3,76 N2) 11,46 CO2 + 1,91 CO + 4,30 H2O + 76,40 N2 + 5,73 O2
Água contida no carvão = (13,37x12/0,80) x 0,06 = 12,03 kg 12,03/18 = 0,67 , então o Total Água = 4,30+0,67 = 4,97
Pressão Parcial do Vapor de Água nos Fumos = (4,97/100) x 700 = 34,8 mmHg
EXEMPLO-13 : Utilizando Composição dos Fumos :
Um hidrocarboneto gasoso puro alimenta-se a 20 C a um forno, onde é queimado, fornecendo fumos a 450
C e pressão atm, contendo 10,8 % de CO2 e 3,8% de O2, sendo restante constituído de nitrogênio. Calcular :
1-A relação entre o “C” e “H” do Combustível e se possível o nome e fórmula do combustível
2-A relação volumétrica (fumos/combustível), nas condições de operação
3-A vazão de fumos, em m3/min, sabendo-se que o combustível é alimentado a 210 kg/h .
9,33 C + 13,58 H2 + 1,20x16,12 (O2 + 3,76 N2) 9,33 CO2 + 0,00 CO + 13,58 H2O + 73,80 N2 + 3,28 O2
9,33 C + 13,58 H2 + 1,20x16,12 (O2 + 3,76 N2) 9,33 CO2 + 0,00 CO + 13,58 H2O + 73,80 N2 + 3,28 O2
1-) Fórmula do hidrocarboneto H/C = (13,58x2)/9,33 = 2,91 ~ 3,0 CnH3n : C2H6 , Etano
4,62 C2H6 + 1,20x16,12 (O2 + 3,76 N2) 9,33 CO2 + 0,00 CO + 13,58 H2O + 73,80 N2 + 3,28 O2
3-)A vazão de fumos, em m3/min, sabendo-se que o combustível é alimentado a 210 kg/h (C2H6 , PM = 30 kg/kmol)
Vfumos (m³/min) = 210 kg-comb/h . 1h/60min . 1 kg-mol-comb/30 kg-comb . 22,4 m³-f/kg-mol-f . 100 kg-mol-f/4,62 kg-mol-comb . 723 K/293 K
13,20 C + 11,43 H2 + 1,04x18,92 (O2 + 3,76 N2) 13,20 CO2 + 0,00 CO + 11,43 H2O + 74,60 N2 + 0,80 O2
a-) Análise dos cálculos
13,27 C + 4,30 H2 + 1,393x14,47 (O2 + 3,76 N2) 10,43 CO2 + 2,84 CO + 5,24 H2O + 75,84 N2 + 5,69 O2
a.) 7,33 C + 6,00 H2 + 10,33 (O2 + 3,76 N2) 7,33 CO2 + 6,00 H2O + 38,84 N2
EM BASE ÚMIDA : EM BASE SECA (ORSAT) : Massa Ar Seco = (10,33x32) + (10,33x3,76x28) = 1418 kg
MOL % MOL % Massa de Combustível = 100 kg
CO2 7,33 14,05 CO2 7,33 15,88 Ar/Combustível = 1418/100 = 14,18
H2O 6,00 11,50 N2 38,84 84,12 Volume de Ar CNTP = 22,4 Nm³/kmol . 49,17 kmol = 1101,4 Nm³
N2 38,84 74,45 O2 0,00 0,00 Volume de Ar a 20 ⁰C = (760x293x1101,4)/(760x273) = 1182 m³
O2 0,00 0,00 Total 46,17 100
Total 52,17 100 Volume de Gases CNTP = 22,4 Nm³/kmol . 52,17 kmol = 1169 Nm³
Volume de Gases a 600 ⁰C = (760x873x1169)/(760x273) = 3738 m³
b.) 90% do ar teórico e relação molar CO/H2 =2 : Ar teórico = 0,90 x 10,33 = 9,30 kmol
CO = x kmol
O2-teórico = 9,30 = (7,33-x) + x/2 + (O2-Água) (O2-Água) = 1,97 + x/2
7,33 C + 6,00 H2 + 9,30 (O2 + 3,76 N2) 5,96 CO2 + 1,37 CO + 0,69 H2 + 5,31 H2O + 34,97 N2
EM BASE ÚMIDA : EM BASE SECA (ORSAT) : Massa Ar Seco = (9,30x32) + (9,30x3,76x28) = 1277 kg
MOL % MOL % Massa de Combustível = 100 kg
CO2 5,96 12,33 CO2 5,96 13,86 Ar/Combustível = 1277/100 = 12,77
CO 1,37 2,84 CO 1,37 3,19
Volume de Ar CNTP = 22,4 Nm³/kmol . 44,27 kmol = 991,6 Nm³
H2 0,69 1,43 H2 0,69 1,61
Volume de Ar a 20 ⁰C = (760x293x991,6)/(760x273) = 1064 m³
H2O 5,31 11,00 N2 34,97 81,34
N2 34,97 72,40 O2 0,00 0,00 Volume de Gases CNTP = 22,4 Nm³/kmol . 48,30 kmol = 1082 Nm³
O2 0,00 0,00 Total 42,99 100 Volume de Gases a 600 ⁰C = (760x873x1082)/(760x273) = 3460 m³
Total 48,30 100
EXEMPLO-17 : Utilizando Composição dos Combustíveis e dos Fumos :
Calcular as perdas de energia pelos gases de combustão de um forno alimentado com carvão encerrando
80% de carbono e poder calorífero inferior é igual a 7900 kcal/kg, sabendo que os mesmos saem pela
chaminé a 700 C, com a seguinte composição : CO2 = 10% , CO = 2% , N2 = 80% , O2 = 3% e H2O = 5%.
Dê suas recomendações sobre as possibilidades de reduzir as perdas.
CO + 0,5 O2 ----> CO2 ΔH = - 67,9 kcal/mol
Dados :
Gases de Saída da Combustão 700 C Alimentação com Carvão
Composto % 100 kmol Entalpia,ref.18C - kcal/kmol.C PCI = 7900 kcal/kg
CO2 12,2 12,2 11,35 Com 80% de Carbono
CO 2,4 2,4 7,35
N2 75,6 75,6 7,28
O2 3,7 3,7 7,70
H2O 6,1 6,1 8,76
14,6 C + 6,1 H2 + 1,224 . 16,5 . (O2 + 3,76 N2) 12,2 CO2 + 2,4 CO + 6,1 H2O + 75,6 N2 + 3,7 O2
Quantidade de C queimado = 12,2 kmol x 12 kg/kmol = 146,4 kg
Fumos produzidos = ( CH4 + CO2 + CO + H2O + N2 + O2 ) = (1-x) + (0,9x) + (0,1x) + (1,71+2x) + 7,52 + (2 - 2.(0,9x) - 1,5.(0,1x))
Fumos produzidos = (1-x) + (0,9x) + (0,1x) + (1,71+2x) + 7,52 + (2-1,95x)
Σ Hp ---> Somatória da entalpias dos componentes dos fumos em relação a variação do calor sensível a 450 C
Σ Hp = [ (1-x).11,21 + (0,9x).10,66 + (0,1x).7,16 + 7,52 . 7,12 + (2-1,95x). 7,46 + (1,71+2x). 8,42 ] . (450 - 18) = ( 40.634 + 598 x ) kcal
Σ Hp-vap ---> 584 kcal/kg ou 584 . 18 = 10.510 kcal/kmol é a entalpia de vaporização da água a 18C
--->No balanço deve entrar, pois é energia requerida para evaporar água (calor latente) contida no ar e formada na combustão
Σ Hp-vap = (1,71 + 2x) . 584 . 18 = ( 17.976 + 21.024 x ) kcal
Σ ΔH18 ---> - 212.798 kcal/kmol é a entalpia padrão de combustão do metano e -67.636 kcal/kmol é a entalpia de passagem do CO a CO2.
Σ ΔH18 = ( - 212798 . x ) - ( 67636 . 0,1 x ) = ( - 206034 x ) kcal
- Σ Hr ---> Somatória das entalpias dos reagentes : ar , água no ar e metano em relação a variação do calor sensível
- Σ Hr = 9,52 (6,955) . (80-18) + 1,71 . (10.510 + 8,03 (80-18)) + 1,0 (8,62) . (25-18) = 23.010 kcal
Σ Hp + Σ Hp-vap + Σ ΔH18 - Σ Hr = 0