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Conceito de paisagem

A paisagem, que é composta por elementos do presente e do passado, é dotada de aspectos


naturais e culturais do mundo.

A paisagem carrega consigo os elementos perceptíveis do espaço

Existem vários elementos conceituais sobre os quais nós podemos melhor observar e
compreender o espaço geográfico e suas inúmeras formas de análise. Um dos elementos
mais importantes nesse ínterim é o conceito de paisagem, que representa um dos aspectos
mais notórios e necessários para a compreensão do mundo em que vivemos.

A paisagem é, pois, os aspectos perceptíveis do espaço geográfico, isto é, a forma como


compreendemos o mundo a partir de nossos sentidos, tais como a visão, o olfato, o
paladar, entre outros. É claro que a visão é, geralmente, o mais preponderante dos sentidos
quando falamos em compreensão da paisagem, porém não é o único, de forma que
podemos perceber o espaço também pelos seus cheiros, sons, sabores e aspectos externos.

A análise da paisagem permite-nos verificar as diferentes dinâmicas concernentes ao


funcionamento das sociedades, pois ela revela ou omite informações, de forma a
denunciar as características econômicas, políticas e culturais que estruturam o processo
de formação e organização do espaço social. Afinal de contas, o espaço geográfico é o
resultado de uma complexa interação entre sociedade e a sua paisagem.

É interessante observar que as paisagens apresentam aspectos e elementos referentes ao


presente e ao passado, que muitas vezes convivem em um mesmo espaço. Se
observarmos, por exemplo, a paisagem de uma cidade histórica, podemos notar elementos
do passado que foram conservados em conjunto com aspectos do presente ou que
surgiram em tempos mais recentes. Assim, é possível comparar essas paisagens e
observar ao menos algumas de suas principais características, como a sua arquitetura,
estilos culturais e outros.

Além do mais, a paisagem carrega consigo aspectos naturais e também aspectos culturais
ou humanizados. Quando uma determinada área é formada apenas pelos elementos da
natureza, falamos de uma paisagem natural, mas quando ela apresenta alguma
intervenção humana, então falamos de paisagem cultural, também chamada de “paisagem
humanizada” ou de “paisagem geográfica
Paisagens industriais

Cada paisagem industrial tem a sua fisionomia própria que resulta do tipo de actividade
industrial predominante, do aspecto e idade das suas fábricas, das relações com a
população e das diferentes fases de desenvolvimento por que passou. Assim, as paisagens
industriais dizem respeito à forma como as indústrias se circunscrevem geograficamente
no espaço. Portanto, apesar de cada paisagem industrial possuir a sua característica típica,
ou seja, a sua originalidade, elas classificam-se em várias categorias, baseando-se nos
seguintes critérios: a localização, a idade dos estabelecimentos industriais, o tipo de
actividades, o nível de desenvolvimento e a dimensão espacial.

Deste modo temos: regiões negras, paisagens industriais urbanas, indústrias portuárias,
regiões industriais, complexos industriais e indústrias dispersas.

Regiões negras

As regiões negras são também conhecidas por regiões clássicas. Estas são as paisagens
típicas do início da Revolução Industrial que surgiram junto as minas de carvão (Escócia,
bacia de Ruhr, Nordeste dos EUA, entre outras), enegrecidas pelos fumos das chaminés
das fábricas de aço, altos-fornos, centrais térmicas, fábricas de produtos químicos que
poluem o ambiente, juntamente com o ruido fabril.

A designação das paisagens negras foi atribuída pela primeira vez as paisagens inglesas
junto às bacias hulhíferas, em oposição Inglaterra verde. Estas regiões clássicas
caracterizam-se igualmente pelas paisagens de fábricas e bairros habitacionais de
operários, cortados por vias-férreas, estradas e canais por onde circula intenso trânsito de
pessoas e produtos.

A Substituição do carvão pelo petróleo veio introduzir profundas alterações nesta


paisagem, e as antigas fábricas entraram em declínio ou foram abandonadas, cedendo
lugar a novos bairros de residências, zonas verdes e indústrias novas. Portanto, é o início
de uma nova organização e Ordenação do espaço, uma vez que o desenvolvimento dos
transportes possibilitou a deslocalização da indústria para novas áreas.

Paisagens industriais urbanas

As grandes cidades atraíram sempre a indústria, e até mesmo grandes cidades ou


civilizações floresceram através de actividades industriais. É nas cidades que o
empresário industrial pode encontrar capital, mão-de-obra e consumidores. Nestas áreas,
as indústrias tendem a agrupar-se por afinidade ou complementaridade (solidariedade
técnica), nos mesmos espaços, como por exemplo em parques industriais ou espaços
próximos, o que é por vezes também determinado pelas principais vias de transportes e
comunicação.

As indústrias localizadas no centro da cidade estão cada vez mais a serem desalojadas em
direcção periferia, por um conjunto de factores, tais como: o elevado custo do solo urbano,
a poluição, segurança, congestionamento de tráfego c impossibilidade de expansão e de
circulação de veículos pesados. Contudo, no interior da cidade ainda se mantém algumas
indústrias dispersas, dado que exigem mão-de-obra altamente especializada, como por
exemplo, as tipografias, as oficinas de móveis, ourivesaria, mercenárias, etc. Ademais, na
maior parte das grandes cidades, encontram-se bairros operários antigos rodeando as
velhas áreas industriais que, asfixiados pelo crescimento da cidade, entraram em declínio
e mudaram-se para outros locais.

Nas cidades dos países em vias de desenvolvimentos não é tão nítida esta distinção entre
as áreas industriais e os bairros operários. Nos arredores misturam-se as fábricas de
produção de base, com as de produtos acabados e os bairros de habitação miserável onde
vive a mão-de-obra.

De uma maneira geral, existe uma harmonia entre as actividades industriais e a estrutura
urbana, verificando-se uma selecção nos estabelecimentos por áreas industriais
específicas, no quadro de um urbanismo funcional e cada vez mais rigoroso.

Indústrias portuárias

Estas existem sempre que se trate de indústrias cujas matérias-primas ou produtos são
respectivamente importados ou exportados por via marítima ou fluvial. Neste caso
localizam-se junto aos portos. As indústrias pesadas (indústrias siderúrgicas, refinarias de
petróleo, construções navais, fábricas de cimento, de alumínio, etc.) de pesca e seus
derivados (conservas, congelação de pescado, farinhas de peixe e adubos), etc.,
localizam-se habitualmente localizam-se habitualmente na proximidade dos portos.

Nos países subdesenvolvidos há implantação de indústrias transformadoras junto aos


portos, para onde algumas matérias-primas do interior convergem (ex.: amendoim, copra,
café, açúcar), com a finalidade de exportarem produtos, geralmente numa primeira fase
de elaboração.

Regiões industriais

A concentração espacial da indústria acontece sempre que várias unidades industriais se


associam num limitado. As unidades industriais repartem-se então por áreas específicas
denominadas regiões industriais. Os motivos desta Concentração são o reagrupamento
em função da localização ou da solidariedade técnica, apesar das unidades serem
independentes.

Nas regiões industriais suburbanas dois factores contribuem para a associação das
indústrias.

O primeiro é a questão dos presos dos terrenos que diminuem com o afastamento do
centro da Cidade e o segundo é o desenvolvimento da rede viária e dos transportes, que
leva à localização preferencial nestas áreas, sobre os eixos suburbanos.

As navegações fluviais e marítimas podem igualmente, pelas infra-estruturas que


oferecem, engendrar regiões industriais, mas segundo modalidades um pouco diferentes.
As regiões industriais podem igualmente aparecer junto de jazigos mineiros, de centrais
de produção energética ou em vales. O seu tamanho possui grande variedade, dependendo
da dimensão das unidades, da quantidade de indústrias, do tipo de equipamento e do nível
de desenvolvimento atingido.

No que toca a características visuais, a paisagem da região industrial é completamente


variada porque nela se associam indústrias muito diversas de região para região.

Complexos industriais

Por complexos industriais entende-se as áreas destinadas produção industrial, dotadas de


infra-estruturas (redes de água, esgotos, energia, transportes e meios de comunicação) de
grande dimensão, com instalações adequadas e com organização previamente
estabelecida, mas que excluam as residências de trabalhadores.

Os complexos industriais são formados por agrupamentos de indústrias que funcionam


em complementaridade na medida em que reúnem actividades que se completam e que
aproveitam em comum disponibilidades técnicas, económicas e financeiras. São
essencialmente áreas vocacionadas para a produção, como é o caso da bacia de Ruhr, a
região nordeste de Franca (Lille, Roubaix e Tourcoing) e o complexo industrial da
Pensilvânia, nos WA.

Existem complexos industriais em países altamente industrializados e em países em vias


de desenvolvimentos. Nos países desenvolvidos, os complexos industriais surgem em
função da solidariedade técnica, sobre um espaço organizado pelas autoridades ou por
associação de grandes empresas. O exemplo disso é a empresa Boeing, que organizou um
espaço integrado de indústrias de alumínio e variadas indústrias de bens de equipamentos,
estabelecendo um complexo de indústrias subsidiárias da indústria aeronáutica, ou ainda
o caso da indústria de automóveis Ford, que produz no grande complexo industrial à volta
de Detroit.

Indústrias dispersas

Algumas indústrias difundem-se tanto no espaço rural como em pequenas cidades, pois
são indústrias que possuem um ambiente próprio. Os tipos mais comuns das indústrias
dispersas são: a indústria metalúrgica e extractiva, localizadas preferencialmente junta
fonte de matéria-prima e energia, neste caso jazigos mineiros, as agro-indústrias,
distribuídas preferencialmente junto aos terrenos e espaços agrícolas, isto pelo carácter
perecível dos produtos agrícolas, como também pela existência de ligações estreitas entre
os produtores e temos ainda a indústria de celulose ou de pasta de papel que também têm
tendência de se implantar junto às florestas devido natureza bastante volumosa da
matéria-prima, que é pesada e de maior desperdício, as indústrias de explosivos e a
nuclear, que se localizam em regiões muito distantes dos centros populacionais devido a
questões de segurança e ambiente. A dispersão destas indústrias pelo meio rural contribui
eficazmente para o abrandamento do êxodo rural, ao mesmo tempo que evita a explosão
demográfica dos centros urbanos e propicia melhores condições de Vida da população
rural, procurando-se assim acabar com as migrações pendulares.

Por vezes, os governos, através de planos a curto, médio e longo prazo, contribuem para
a dispersão da indústria como forma de evitar o desequilíbrio regional em termos de
desenvolvimento socioeconómico.
Principais regiões industriais do globo

A actividade industrial está distribuída geograficamente de forma heterogénea no globo,


predominando no hemisfério norte. No hemisfério sul existem manchas esparsas
descontinuas.

Assim, podemos dizer que o mundo se divide entre os países industrializados, situados
no hemisfério norte, e os países menos industrializados no hemisfério sul. Porém, nem
todos os países industrializados se localizam no hemisfério norte e nem todos os países
menos industrializados se situam no hemisfério sul. As principais regiões industriais são
as que se descrevem a seguir:

1. Nordeste e Centro dos EUA

É a mais importante região industrial do mundo, pela sua abundante riqueza em minérios
diversos (carvão, ferro, gás natural e petróleo), a facilidade de meios e vias de transportes
e comunicação, os bons portos da costa atlântica e a abundância em mão-de-obra.
Destacam-se os grandes centros urbanos e industriais de Boston, Filadélfia e Baltimore.
Destacam-se ainda, no centro do pais, Chicago e Detroit (o maior centro automobilístico
do mundo) e, no litoral Oeste, são Francisco, São Diego e Los Angeles. As indústrias são
muito diversificadas, desde siderurgia, automóveis, aeronáutica, construção naval,
material electrónico e elétrico, papel, têxteis, alimentares, telecomunicações, químicas,
etc. No Sul do pais destaque para a Florida (onde se localiza a base de lançamento de
foguetões e naves espaciais de Cabo Kennedy), Nova Orleães, Houston e Dallas, com
refinarias de petróleo, petroquímica, metalurgia, de alumínio, têxteis, electrodomésticos
e electrónica.

2. Canadá

O Canadá constitui igualmente um dos centros de forte concentração industrial, com urna
diversificação de indústrias, desde as de celulose, petroquímica e de extracção mineira.
Os mais importantes centros industriais são Toronto, Otava, Quebeque, Montreal,
Windson e Vancouver (esta última no litoral oeste).

3. América Central e do Sul

Na América Central e do Sul, os grandes centros industriais são o Golfo do México,


Brasil, Argentina, Venezuela e Chile. O Brasil tornou-se a primeira potência industrial da
América. A indústria brasileira encontra-se localizada, na sua maioria, na fachada
oriental, desde o Cabo de S. Roque até quase à fronteira com o Uruguai. É aí que se
concentram as maiores riquezas agrícolas e do subsolo e também a maior parte da
população brasileira. A existência de bons Portos facilita as trocas comerciais com o
exterior. O Sudeste é a região vital do Brasil, com indústrias de siderurgia, construções
mecânicas, petroquímica, refinarias de petróleo, construção naval, indústrias alimentares,
electrónica, etc. são Paulo é o maior colosso industrial do Brasil e de toda a América
Latina. No Sudeste brasileiro destacam-se ainda o Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Santos,
Curitiba, Porto Alegre e Volta Redonda. No Noroeste, todavia, há uma fraca
industrialização, estando esta circunscrita as indústrias alimentares, têxteis, refinação de
petróleo e montagem de automóveis.

4. Europa Ocidental, Mediterrânica e Oriental

Na Europa, a maior expressão industrial fica situada nas regiões sul-sudeste e nordeste
(Londres-Bristol, Birmingham, Manchester, etc.). Na França, notabilizam-se as regiões
do leste e norte (Lorena) e parisiense e lionesa (Lyon).

Na Alemanha, destacam-se:

Impactos da actividade industrial sobre o meio ambiente

O desenvolvimento industrial deve ter em conta cada vez mais o problema da poluição e
a preservação do meio ambiente. Contudo, pode-se constatar que a poluição atmosférica
em certos espaços industriais é determinada pela natureza das indústrias aí instaladas; as
indústrias de produção de bens de equipamentos são as que constituem maior fonte
pontual de poluentes e contaminantes para o ambiente, dado que estas libertam para a
atmosfera, solo e meio aquáticas quantidades consideráveis de substâncias tóxicas que
impedem o funcionamento equilibrado destes ecossistemas, constituindo por isso uma
ameaça à sobrevivência dos seres vivos na biosfera.

Um dos exemplos considerados paradigmáticos sobre este cenário, talvez seja o que
seguidamente se transcreve: «Em 1951, muitos habitantes de uma aldeia japonesa
(Minamata) ficaram paralíticos ou morreram devido a causas desconhecidas.

Os médicos pensaram que uma doença misteriosa provocara a epidemia. Entretanto. Os


químicos efectuaram análises: estudaram a água do mar, os peixes e as próprias pessoas.
Procederam, de certa maneira, como os detectives que identificam as pessoas através das
impressões digitais. Descobriram que os habitantes da aldeia estavam envenenados: o
peixe que comiam estava contaminado com mercúrio. Verificou-se, mais tarde, que uma
fábrica tinha derramado desperdícios de mercúrio no mar. A poluição do mar originou a
tragédia.» (Lopes, et al., 1989:3).

O facto apresentado permite-nos concluir que apesar de a indústria constituir uma


actividade económica indispensável ao desenvolvimento, provoca também problemas
nefastos ao meio ambiente. As indústrias de base são também muito prejudiciais no que
respeita à poluição sonora pois emitem decibéis exagerados que nalguns casos originam
surdez. Libertam gases tóxicos: as centrais térmicas a carvão e as refinarias de petróleos
lançam para a atmosfera óxidos de carbono e de anidrido sulfuroso. Por outro lado, os
fumos e gases, de altos-fornos contribuem para o surgimento de nevoeiros cada vez mais
tóxicos, do tipo smog.

As fábricas de cimentos, de alumínio e de siderurgia constituem também indústrias


altamente poluentes pois catalisam o efeito de estufa e aquecimento global, contribuindo
deste modo para a fusão dos glaciares existentes nas regiões perpetuamente cobertas de
neves, ulteriors ubida no nível médio das águas do mar, inundações de regiões costeiras
e desaparecimento de ecossistemas, bem como outros riscos para a biosfera.

Um outro flagelo silencioso decorrente da actividade industrial é a chuva ácida resultante


das indústrias siderúrgicas e metalúrgicas. Só para elucidar, muitos lagos, sobretudo na
Escandinávia e no Canadá, estão considerados biologicamente mortos, visto que neles
desapareceram toda a fauna e flora resultante das concentrações exageradas de amónio,
cianetos, nitratos e detergentes nas suas águas. Monumento famoso como, por exemplo,
o Pártenon, na Grécia e o Coliseu de Roma, apresenta-se danificado pela acção apresenta-
se danificado pela acção corrosiva das chuvas ácidas. E muitos cientistas temem as Suas
repercussões sobre a saúde dos homens. Apresenta-se danificado pela acção corrosiva das
chuvas ácidas. E muitos cientistas temem as Suas repercussões sobre a saúde dos homens.

Contaminação da água

As grandes fábricas são as maiores causadoras de poluição nos nossos corpos hídricos, já
que elas despejam resíduos tóxicos em rios. Isso prejudica o ecossistema diretamente e
torna a água imprópria para consumirmos.
Além do desequilíbrio ambiental evidente, essa prática também causa sérios danos à
saúde da população que vive próxima a locais contaminados. Por isso, este é um dos
impactos da indústria no meio ambiente que mais pode afetar a vida no planeta - mesmo
porque a água já é um recurso inacessível a grande parte da população.

Para ilustrar isso, dados da Organização das Nações Unidas (ONU) em um relatório de
2023 preveem que o número de pessoas com escassez de água no mundo chegue a 2,4
bilhões até 2050. É claro que as fábricas não são as únicas responsáveis por esse fato, mas
o setor tem muito a fazer para ajudar a amenizar a situação (como veremos mais à frente!).

Devastação de florestas

A indústria utiliza matérias-primas como celulose, óleo de palma, soja e papel, o que
exige grandes áreas de cultivo para atender às quantidades necessárias para a cadeia de
suprimentos. A disponibilidade desses territórios muitas vezes depende da derrubada de
florestas nativas.

Igualmente, o crescimento urbano, ligado aos impactos da industrialização, está


relacionado à devastação de florestas em todo o mundo, gerando desequilíbrio no meio
ambiente.

Muitos animais e plantas ficaram extintos ao longo dos anos com a redução da mata
nativa. Ainda existem espécies ameaçadas, sujeitas a desaparecerem do planeta em um
futuro próximo.

Poluição do ar

A poluição do ar também é uma pauta constante no embate entre a indústria e o meio


ambiente. Todos os dias são lançadas toneladas de gases tóxicos, como o óxido de
enxofre, óxido de nitrogênio e o monóxido de carbono na atmosfera.

Esses gases pioram a qualidade do ar que respiramos, e também são responsáveis por
inúmeras doenças respiratórias, como a bronquite e a asma. Para você ter uma ideia, a
Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que 99% da população mundial respira ar
com níveis insalubres de partículas finas e dióxido de nitrogênio.

A presença desses poluentes é resultado de um dos maiores causadores dos impactos da


indústria no meio ambiente: o uso de combustíveis fósseis. Para reverter o quadro, a OMS
propôs metas de redução de poluentes monitoradas via banco de dados da qualidade do
ar.

Aquecimento global

As indústrias contribuem com o efeito estufa artificial - fruto da atividade humana, que
tem um impacto direto no aquecimento da temperatura global. A principal causa desse
problema é o lançamento de gases tóxicos na atmosfera com a utilização de petróleo, gás
e carvão.

A destruição das florestas tropicais também influencia esse quadro negativo, e todas essas
transformações ocasionam um calor cada vez mais intenso, chuvas ácidas e mudanças
climáticas.

Os relatórios do IPCC (sigla em inglês para Painel Intergovernamental sobre Mudanças


Climáticas) divulgam números sobre o assunto em média a cada sete anos. Segundo os
estudos, os setores de indústria, transporte, energia e construção respondem por 79% das
emissões de gases de efeito estufa (GEE) no mundo.

Alteração da fauna e flora

Poluição causada pela produção industrial também gera prejuízos para animais e
vegetações nativas. Essa consequência se torna ainda mais drástica em casos de acidentes
industriais. Entre os exemplos inesperados de impactos da indústria no meio ambiente
que entraram

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