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Instituto de Emprego e Formação

Profissional

DR2, DR3 E DR4- Ruralidade e Urbanidade

Formanda: Cassandra Amorim 22016_NS

Formador: Paulo Machado


1
Introdução

Este é um trabalho que discute a disciplina do STC-6, que tem como


foco modelos de urbanismo e mobilidade. Serão analisados e retratados
assuntos relacionados com os seguintes domínios de referência: Dr2-
Ruralidade e Urbanidade, Dr3- Administração, Segurança e Território, e Dr4-
Mobilidades Locais e Globais. Em primeiro lugar, irei refletir sobre o espaço
onde nasci e cresci, relacionando-o com as alterações sofridas, nomeadamente
ao nível da indústria e do comércio, tendo em conta as alterações verificadas
no espaço. Vou relatar que novas profissões foram surgindo, tendo ou não
algum impacto profissional, no meu caso em particular. Adicionalmente,
abordarei a questão da condução sob o efeito do álcool, no âmbito da
segurança rodoviária, bem como os mecanismos de segurança existentes nos
veículos automóveis novos. Por último, identificarei alguns fluxos migratórios
(de entrada e saída) verificados em Portugal no século XX, relacionando-os
com estruturas de oportunidades (económicas, políticas e culturais) muito
assimétricas entre regiões e países. Serão discutidos os meios de transporte
utilizados nas migrações ao longo do tempo e suas características, bem como
a evolução dos meios de transporte, suas evoluções tecnológicas e as
configurações das migrações realizadas.
2
Ruralidade e Urbanidade DR2
Local onde nasci e cresci, relacionado com as alterações sofridas,
nomeadamente a nível de indústria e comércio.

O bairro da Horta Nova, local onde vivi até aos meus 7 anos, é um dos
mais característicos bairros da
cidade de Lisboa, remontando os
seus primórdios à época romanos.
Originalmente e até aos dias de
hoje tem sido uma área de
habitação da comunidade cigana e
da etnia Negra, dada a que a zona
seja de bairros sociais. Tem
também acolhido outras atividades
ligadas ao campo como estufas,
pequenas oficinas e pequenas
hortas de cultivos e diversos
comércios. Nas últimas décadas o
típico bairro tem vindo a acentuar
1Bairro da Horta Nova em 1996
uma vocação para acolher
estabelecimentos de restauração baseados na confeção de peixe grelhado e
vários legumes, bem como cafés e esplanadas. Uma evolução ditada, não por
qualquer plano, mas pela, desde sempre, ligação à agricultura. Ao longo do
ano, mas com especial incidência nos meses de Verão, os estabelecimentos
da zona são procurados por muitas pessoas. O número de restaurantes tem
vindo a aumentar e Horta Nova. Mas o bairro não reúne condições adequadas
a tal responsabilidade. Quer os espaços públicos, quer a grande parte das
construções apresentam-se em muito más condições.
3
Técnicas utilizadas na agricultura tradicional e na agricultura moderna,
indicando métodos, técnicas e produtos utilizados atualmente na
preservação do ambiente face aos mais antigos

O desenvolvimento tecnológico da agricultura nas últimas décadas permitiu a


incorporação de uma série de tecnologias "avançadas" ou "modernas" que,
evidentemente, aumentaram a produção e a produtividade. No entanto, muitas
vezes essa incorporação ocorreu de forma inadequada, seja pela forma como
essas tecnologias foram implementadas ou pelas próprias tecnologias. A
influência de práticas e métodos que se tornaram convencionais, como a
monocultura, o uso massivo de agrotóxicos, o desmatamento generalizado e o
manejo inadequado do solo e da água, revela, na verdade, um problema mais
profundo nas relações homem-meio, com consequências tanto para o meio
ambiente (erosão, contaminação do solo, perda da biodiversidade) e social
(aumento do êxodo rural), com o consequente agravamento dos problemas
urbanos
4

A agricultura tradicional é um método de agricultura de subsistência que


é usado em países subdesenvolvidos. Baseia-se em ferramentas e técnicas
primitivas e usa fertilizantes naturais, o que resulta em baixos rendimentos. A
agricultura moderna, por outro lado, é o método predominante de cultivo nos
países desenvolvidos e industrializados. Seu principal objetivo é produzir o
máximo de alimentos possível no menor tempo possível. Este tipo de
agricultura baseia-se no trabalho mecanizado, o que favorece a produção de
culturas. Os agricultores agora se tornam mecânicos, motoristas de trator e
assim por diante. A reorganização territorial torna-se cada vez mais importante
à medida que as máquinas e as
técnicas mudam. A agricultura moderna baseia-se no planejamento preciso das
áreas rurais, para garantir que a paisagem possa se adaptar às novas
tecnologias.
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A agricultura moderna depende do cultivo de uma única cultura,


geralmente trigo, arroz, milho, tomate ou batata, para produzir grandes
quantidades de alimentos. Embora essa abordagem possa ser benéfica em
termos de disponibilidade de alimentos e eficiência da produção, ela tem
várias consequências negativas. Por um lado, a monocultura reduz a
diversidade da vida vegetal, o que pode limitar a disponibilidade de
nutrientes essenciais e prejudicar a fertilidade do solo. Além disso, a
dependência de uma única cultura muitas vezes inviabiliza
economicamente as máquinas e outros equipamentos e limita o potencial de
inovação na produção agrícola.

 Maior degradação dos solos no período de repouso em que a parcela é

facilmente erodida porque fica mais exposta aos agentes atmosféricos;

 O sistema monocultural, fazendo incidir toda a pressão da cultura sobre

certos elementos minerais e orgânicos, esgota rapidamente os solos


tornando-os improdutivos, mesmo lançando-se mão de dispendiosos

processos de fertilização;
6
 Maior facilidade no crescimento das pragas em grandes extensões da
mesma cultura;
 A tecnologia na agrícola moderna constitui também um poderoso fator
de degradação dos solos. O intenso trabalho mecânico, com máquinas
muito pesadas, favorece a compactação do solo que dificulta a
circulação do ar e da água que, circulando superficialmente acelera a
erosão;
 Por outro lado, o uso maciço de produtos químicos (fertilizantes,
pesticidas, herbicidas, etc.), muitos deles de alta toxicidade, pode
durante algum tempo aumentar os rendimentos da terra. Mas se o solo
não for compensado com fertilizantes orgânicos, ele acabará por
apodrecer e tornar-se estéril. Estes produtos químicos contribuem
também para a contaminação dos recursos hídricos superficiais e
subterrâneos e para introdução de elementos tóxicos nos alimentos.

Esta agricultura tem assim grandes impactos negativos sobre o ambiente.


Desde algumas décadas a esta parte, têm vindo a desenvolver-se novas
técnicas com o objetivo de melhorar a produtividade vegetal e a diminuir o
impacto dessa atividade nos ecossistemas
7
Administração, Segurança e Território
DR3
As sociedades tiveram de superar distâncias entre lugares diferentes para fazer
as coisas, e isso levou a esforços para criar sistemas de transporte e
organizações espaciais que facilitassem as viagens. Esses sistemas e
organizações tornaram-se mais complexos ao longo do tempo, à medida que a
relação entre transporte e atividades
evoluiu.
As rotas e os meios de transporte são
importantes para o desenvolvimento
porque ajudam a movimentar os recursos
naturais, os produtos agrícolas e
industriais e as trocas sociais, culturais e
econômicas.

A facilidade de acesso a bens de


serviços e equipamentos ajuda a
descentralizar as pessoas e a criar
centros urbanos mais periféricos, o que
por sua vez conduz ao desenvolvimento
da atividade comercial nos locais de
residência, à expansão dos serviços e à
criação de novos bens de consumo.
Também contribui para o aumento da
sociabilidade humana nas relações
cidade-campo, principalmente no que diz
respeito ao lazer.
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Técnicas de vigilância, sinalização e segurança rodoviária na vertente
tecnológica

Com o aumento enorme de automóveis em circulação na rede rodoviária,


aliado ao progresso das novas tecnologias, foram sendo criadas e
implementadas técnicas/dispositivos de modo a garantir a segurança dos
ocupantes das viaturas.

Portugal conheceu uma evolução significativa ao nível das técnicas de


vigilância, assinalando-se na vertente tecnológica, ao longo da última década
mais ou menos. Isso responde às preocupações do país com a segurança e
prevenção viária, bem como com a detenção de infrações de trânsito. As
estatísticas sobre o número de acidentes com vítimas refletem essa tendência
nacional. No entanto, a tendência ainda é decrescente, o que mostra que
Portugal está a dar passos largos nesta área.

Estes meios constituem não só um


meio de dissuasão relevante, mas,
igualmente, um sistema que permite
potenciar a ação das forças de segurança
nesta missão essencial para a
salvaguarda de pessoas e bens.”
Exemplos:
9
Existem diversos equipamentos aprovados para uso na fiscalização do trânsito,
assim como equipamentos auxiliares na condução do dia-a-dia.
Como equipamentos de fiscalização, muito utilizados pelos agentes de
autoridade, temos os alcoolímetros, balanças, bloqueadores, as câmaras de
captura de matrículas, os radares, equipamentos de vídeo para controlo de
velocidade, parquímetros/parcómetros, sonómetros, testes de rastreio de
saliva, a via verde, entre outros.

No que diz respeito aos equipamentos de assistência, podemos destacar o


sistema de assistência à condução (regulador ativo de velocidade – Adaptive
Cruise Control), os sistemas de
posicionamento (GPS), os alertas de
marcha-atrás, o tacógrafo digital
(equipamento que tem por função
indicar, registar e memorizar
automaticamente dados sobre o
movimento do veículo, tempos de
condução e repouso do condutor) e
computador de bordo em muitos carros
novos, módulos de navegação cuja
função é dar ao motorista instruções de
orientação através de interface visual e/ou vocal, entre outros.

A importância do pelouro 1
do urbanismo na gestão do
território

1
Pelouro é a denominação dada a cada um dos ramos da administração municipal de Portugal,
regulado pela Lei n.º 169/99. Em Moçambique, o conselho municipal é o órgão executivo do município,
o seu governo, com funções semelhantes às das câmaras municipais portuguesas.
O planejamento urbano é responsável por delimitar áreas urbanas, industriais,
agrícolas, florestais e naturais, permitindo o manejo adequado da ocupação,
uso e conservação do solo. O planejamento urbano implica a urbanização, que
será seguida pelo aumento da construção, aumento da população,
1
necessidade de mais equipamentos, mais infraestrutura social e outras
mudanças associadas. O objetivo de exigir o papel do urbanismo em qualquer
município é garantir que o território seja organizado e urbanizado de forma a
beneficiar o interesse coletivo dos cidadãos, o seu bem-estar e a sua qualidade
de vida.
A desordem do território é um problema comum no Chile, causado pelo rápido
crescimento das áreas urbanas sem planejamento ou regulamentação
adequada. Nas últimas décadas, o governo promulgou uma série de leis na
tentativa de resolver o problema, mas o progresso tem sido lento.

Visão
crítica da
cidade de
Setúbal

A cidade de Setúbal está


a ser requalificada e eu tenho familiares lá. Acho que o projeto poderia ser
melhorado, principalmente no que diz respeito à forma como o espaço público
é usado e como é acessível aos residentes. O centro histórico da cidade está
em péssimas condições, há muita criminalidade e falta de segurança. As
pessoas não se sentem seguras andando à noite, e é por isso que tendem a
ficar dentro de casa. Acho que o projeto de reurbanização poderia ser
melhorado, proporcionando melhores condições de vida aos moradores e
1
tornando as ruas mais seguras.

Condução sob o efeito do álcool, no âmbito da segurança


rodoviária

É importante que o condutor interveniente esteja em


boas condições físicas e mentais, pois só nestas
condições poderá ter a certeza de uma boa
condução. A dor física pode distrair e prejudicar a
condução; a fadiga física pode limitar os
movimentos dos membros e enfraquecer parte do
corpo; e o estado febril pode causar sonolência e
distração.

O mesmo sucede com o estado psíquico.


Subfactores, tais como o sono, o cansaço, o stress
quotidiano prolongado, estado depressivo, a
adrenalina, as substâncias psicostimulantes ou o
álcool, podem potenciar muito a ocorrência do sinistro
rodoviário.
Segundo o “Manual de Segurança no Trânsito para Profissionais de
Trânsito e Saúde”, o álcool tem efeitos imediatos no cérebro que podem ser
depressivos ou estimulantes, dependendo da quantidade absorvida. Isso afeta
a segurança do motorista de duas maneiras: modificando os reflexos e
reduzindo a vigilância e produzindo uma alteração fisiológica que aumenta o
risco de acidentes. Os efeitos do álcool no corpo também têm consequências
negativas. Diminui a pressão arterial e causa depressão da consciência e das
funções respiratórias. Ele também possui propriedades analgésicas e
anestésicas, que podem prejudicar o julgamento e os reflexos, bem como a
capacidade de enxergar e dirigir com segurança. Níveis mais altos de consumo
de álcool têm efeitos negativos adicionais, como prejudicar a capacidade de
1
usar cinto de segurança e capacete e dirigir muito rápido. Os condutores
alcoolizados correm um risco muito maior de acidentes de trânsito que os
motoristas não alcoolizados, e esse risco cresce consideravelmente conforme
aumenta a concentração de álcool no sangue.

Mecanismos de segurança existentes nos novos veículos automóveis

Existem alguns mecanismos de


segurança do carro que garantem uma
direção mais segura. Esses mecanismos
evitam acidentes ou protegem o motorista
e demais ocupantes do veículo. A outra
vertente é passiva e depende de o
motorista ter cautela e obedecer às regras
de trânsito. Esses mecanismos incluem o
controle de estabilidade do veículo,
controle de tração e freios ABS, existem
vários mecanismos de segurança do
carro que trabalham juntos para evitar
acidentes. Esses mecanismos incluem cintos de segurança, airbags e sistemas
de tração e estabilidade e sistemas de travagem assistida.

Mobilidades locais e globais DR4


A história dos seres humanos é a história da mobilidade global, como
evidenciado pelas viagens longas tomadas pelos nossos ancestrais pré-
históricos. Nunca acontecera um tão grande movimento de pessoas em todo o
planeta, ou seja, mais de 200 milhões em todo o mundo, uma população maior
1
do que a maioria dos países do mundo.
O fenómeno da mobilidade humana constituiu-se como a expressão
mais significativa da transformação social e cultural da humanidade, fazendo
dos atores migrantes os principais motores da história da civilização, onde se
experimentam, ao mesmo tempo, a tragédia e a grandeza humana.

Fluxos migratórios (de entrada e saída) verificados em


Portugal no século XX

O século XX português ficou marcado por sucessivas vagas de


emigrantes de Portugal para vários países do Mundo. Estima-se que mais de
três milhões de portugueses deixaram o país em busca de uma vida melhor. O
primeiro local para onde emigraram muitos portugueses foi o Brasil, fascinados
pela imensidão do país, pela sua riqueza e por se falar o mesmo idioma.
Diversos são os motivos que, ao longo do tempo, têm levado as pessoas
a emigrar. Principalmente as más condições de vida no país de origem têm a
sua principal causa.
Porém, importa ressalvar que também algumas circunstâncias de
natureza política, nomeadamente nos anos da ditadura em Portugal,
determinaram a necessidade de emigrar como por exemplo, devido a
perseguições de natureza política, à falta de liberdade de expressão, à guerra
nas antigas colónias (Angola, Moçambique, Guiné-Bissau) e sobretudo às
práticas sociais dominantes que levaram à fuga de muitos jovens, antes ou
durante o cumprimento do serviço militar.
1

Por outro lado, Portugal enquanto país de acolhimento tem visto surgir nas
últimas décadas vários fluxos
migratórios, nomeadamente de países
de expressão portuguesa devido à
proximidade cultural e linguística.

No entanto, no final da década de


1990, um novo tipo de imigração
começou a surgir da Europa Oriental,
que surgiu como resultado da abertura das fronteiras da União Europeia pela
Alemanha. Este fluxo deveu-se em grande parte à falta de postos de trabalho
na Alemanha, pois muitas destas pessoas migraram para o sul, nomeadamente
para Espanha e Portugal, onde havia uma grande necessidade de mão-de-
1
obra. A maioria desses imigrantes foi dividida em dois grupos, eslavos
(ucranianos, russos e búlgaros) e latinos orientais (romenos e moldavos). Esse
tipo de imigração oriunda do oriente tornou-se difícil de controlar, e começaram
a surgir e operar "máfias" organizadas, trazendo e controlando os imigrantes.

Segundo a notícia “27 arguidos da mafia de leste em julgamento”


publicada no DN Portugal podemos ler um artigo relativamente ao que se
acabou de citar.
Em 2003, a imigração em massa originária do leste europeu estancou
passando a ser um fluxo mais ligeiro. Passou a surgir uma imigração mais
significativa de brasileiros e asiáticos, nomeadamente de indianos e chineses.

Relação dos fluxos migratórios com estruturas de oportunidades


(económicas, políticas e culturais) muito assimétricas entre regiões e
países

A migração internacional tornou-se mais complexa à medida que liga pessoas


e sociedades de todo o mundo. Embora o número de pessoas que atravessam
as fronteiras não tenha mudado muito nas últimas três décadas, os destinos e
as motivações dos migrantes tornaram-se muito mais variados. Este processo
é facilitado pela globalização dos mercados de trabalho, que forneceu novas
razões e meios para as pessoas migrarem internacionalmente. Além disso, as
mudanças culturais e técnicas que fazem parte da globalização também
criaram os meios e a motivação para migrar. Agora, é difícil distinguir entre
países de origem, imigração e destino. Muitos migrantes se estabelecem
permanentemente no país de chegada, enquanto outros migram com a
intenção de retornar aos seus países de origem. Os "migrantes em trânsito"
costumam se instalar temporariamente, com a intenção de seguir para um
destino melhor. Alguns vão e voltam entre o país de origem e o país anfitrião.
Outros migram de um país anfitrião para outro, muitas vezes dentro das redes
econômicas ou socioculturais de sociedades transnacionais ou comunidades
internacionais.

Hoje, as pessoas podem trabalhar em um país, morar em outro e ser cidadãos


de um terceiro. Os negócios assumem caráter internacional e os migrantes
1
enviam remessas para atender questões familiares e comunitárias, mantendo
intensos laços culturais e sociais com as suas comunidades de origem. Os
cônjuges podem ser procurados nas comunidades de origem, e laços
diversificados permanentes podem se desenvolver entre espaços distantes.

Devido a uma nova teoria nacional derivada de uma crise social,


atingindo um grande número de desempregados, cerca de 150.000
portugueses emigraram no ano de 2011, aproximando-se da registada nos
anos de 60 e 70 do século passado, conforme publicação da SIC Notícias
Emigração em Portugal em 2011 aproximou-se da registada nos anos 60 e 70.

Os meios de transporte utilizados nas migrações ao longo dos tempos e


suas características

A invenção da roda permitiu ao homem primitivo deslocar-se rapidamente entre


dois pontos, mas com a evolução natural, precisou de meios para deslocar-se
entre dois lugares mais rapidamente. Com a invenção da ferrovia, o homem
conseguiu criar meios de acesso entre esses pontos com tração animal. A
crescente necessidade de comunicação entre diferentes comunidades
humanas e a revolução industrial no século XVIII, alteraram profundamente as
formas de transporte até então utilizadas. A descoberta da máquina a vapor (e
a utilização do carvão como combustível) permitiu uma importante aplicação da
sua força motriz aos transportes - o caminho-de-ferro.

Evolução dos meios de transporte


1
No século XIX, novas fontes de energia (petróleo) levaram ao
desenvolvimento de novos meios de transporte – o automóvel e o avião. Os
continentes foram cobertos por ferrovias, estradas e, mais recentemente,
aeroportos. As comunicações entre os grupos humanos e o intercâmbio de
mercadorias intensificaram-se, contribuindo para a união dos países e para a
criação de um mercado nacional e internacional de produtos e matérias-primas.

Alterações dos custos e tempos de transporte na estrutura das migrações

Caminhos, rotas e itinerários são muitas vezes essenciais na história das


sociedades, pois ajudam a garantir a sobrevivência de grupos de pessoas. O
desenvolvimento das tecnologias de transporte na segunda metade do século
XX teve um impacto significativo no território, nomeadamente na área dos
transportes e comunicações. Essas mudanças levaram à banalização
generalizada dos movimentos e ao deslocamento das populações.
Antes da revolução industrial, as comunicações e os transportes eram lentos e
inseguros. Os fluxos comerciais, as viagens e o conhecimento de outros
lugares eram muito limitados. Com a evolução tecnológica nos transportes e a
sua modernização, a distância entre os lugares mudou. No passado, a
distância física era medida em quilômetros, atualmente ela é medida em
termos de distância-tempo e distância-custo. A maior capacidade de carga do
transporte e a redução de custos possibilitaram a redução do custo-distância,
facilitando assim o intercâmbio de técnicas, constituindo-se em um fator de
aproximação entre povos e culturas.

Desenvolvimento dos meios de transporte, as suas evoluções


tecnológicas e as configurações das migrações efetuadas
Houve muito desenvolvimento no transporte nos últimos anos, como novas
pontes, túneis e estradas sendo construídas, bem como novas linhas
ferroviárias. Enquanto isso, estacionamentos e viagens aéreas também estão a
tornar-se mais especializados. Isso levou a um aumento da importância do
1
transporte no tráfego de passageiros e no transporte de mercadorias. Além
disso, o crescimento da velocidade, capacidade e diversidade dos transportes
levou a uma nova forma de migração - trabalho temporário ou sazonal em um
país diferente.

Conclusão

Este é o meu trabalho relativamente à disciplina de STC-6, cujos


domínios de referência são, Dr2- Ruralidade e Urbanidade, Dr3- Administração,
Segurança e Território e Dr4- Mobilidades locais e Globais.
Ao longo do mesmo, fui confrontada com temas e realidades pelos quais
me exigiu muita pesquisa e reflexão sobre os conteúdos apresentados.
Relativamente ao primeiro domínio de referência sobre ruralidade e
urbanidade, identifiquei as várias alterações sofridas no local onde vivi, a nível
de indústria e comércio e relatei as diferenças existentes entre a agricultura
tradicional e a moderna.
Quanto ao domínio de referência respeitante à administração, segurança
e território, constatei que a segurança rodoviária é uma problemática quase tão
diversa quanto complexa. Atuar nas diversas frentes é por isso um conjunto de
processos que deve ser levado a cabo de forma integrada, seja por parte das
autoridades de trânsito, seja por parte dos condutores. Realço o caso do efeito
visual e/ou auditivo, desviar, da presença das autoridades e sistemas de
deteção e vigilância que tem um efeito positivo e imediato no comportamento
dos condutores portugueses.
Sobre o urbanismo opinei sobre aspetos que, no meu entender,
deveriam ter mais atenção por parte do pelouro 2do urbanismo da cidade de
Setúbal. Gostaria, no entanto, de realçar uma frase do ex-vice-presidente da

2
Pelouro é a denominação dada a cada um dos ramos da administração municipal de Portugal,
regulado pela Lei n.º 169/99. Em Moçambique, o conselho municipal é o órgão executivo do município,
o seu governo, com funções semelhantes às das câmaras municipais portuguesas.
Câmara do Porto, Paulo Morais, que afirmou a propósito de corrupção no poder
local, que “A margem de lucro do urbanismo em Portugal só é equivalente à do
tráfico de droga». «Lucro do urbanismo é equivalente ao do tráfico de droga».
Finalmente, reconheci as diferentes formas de mobilidade territorial (do
1
local ao global), bem como a sua evolução. Concluo que com a forte expansão
das cidades e o aumento da motorização à escala interurbana, vários
problemas começam a surgir, nomeadamente com o alargamento das
periferias, a necessidade de percorrer distâncias cada vez maiores entre locais
de trabalho e residência, os congestionamentos, entre outras, e as desiguais
condições de mobilidade da população, terão contribuído para uma maior
complexidade dos sistemas territoriais, despertando a necessidade de repensar
as intervenções.

FIM

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