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Discente:
Índice
INTRODUÇÃO......................................................................................................................3
1. Revolução verde e a importância da agricultura enquanto mecanismo para o
desenvolvimento de Moçambique..........................................................................................4
1.1. Contexto do surgimento da agricultura e sua importância..........................................4
1.2. Importância socioeconómica da agricultura................................................................5
2. Revolução Verde.............................................................................................................5
2.1. Características da Revolução Verde............................................................................6
2.2. História da Revolução Verde.......................................................................................7
3. O paradigma da revolução verde em Moçambique.........................................................8
3.1. Objectivo e Princípios...................................................................................................10
CONCLUSÃO......................................................................................................................13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................14
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INTRODUÇÃO
Desta forma como é que a Revolução verde pode contribuir para o desenvolvimento da
agricultura e posteriormente de Moçambique a nível económico?
Este trabalho obedeceu o uso do método dialéctico, visto que partimos de interpretações que
reúnem e que discutem semelhantes conteúdos. Como técnica fez-se o uso da hermenêutica
textual, que consistiu na leitura e interpretação de textos que serviram de fontes fidedignas
para a sua elaboração.
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A agricultura é uma prática económica que consiste no uso dos solos para cultivo de vegetais
a fim de garantir a subsistência alimentar do ser humano, bem como produzir matérias-primas
que são transformadas em produtos secundários em outros campos da actividade económica.
Segundo Coutinho (2017:14) a agricultura pode ser definida como sendo um conjunto de
técnicas usadas para cultivar plantas, com a finalidade de obter alimentos e matéria-prima
para as indústrias. Trata-se de uma das formas principais de transformação do espaço
geográfico, sendo uma das mais antigas práticas realizadas na história.
De acordo com a história, a agricultura existe há mais de 10 mil anos, tendo sido
desenvolvida durante o período Neolítico, nos vales dos rios Tigre, Eufrates na Índia e Nilo
no Egipto, sendo um dos processos constitutivos das primeiras civilizações, uma vez que
todos os agrupamentos humanos já encontrados praticavam algum tipo de manejo e cultivo
dos solos.
Portanto, podemos perceber que o meio rural sempre foi a actividade económica mais
importante para a constituição e manutenção das sociedades. Quando as técnicas agrícolas
permitiam a existência de um excedente na produção, iniciavam-se as primeiras trocas
comerciais. Assim, é possível concluir que, inicialmente, todas as práticas rurais e urbanas
subordinavam-se ao campo.
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Com o passar das três revoluções industriais, a prática da agricultura actual fundamenta-se
em procedimentos avançados, que denotam uma nova característica para o espaço geográfico,
classificado como meio técnico-científico informacional. Hoje, existem técnicas avançadas
em manejo dos solos, máquinas e colheitadeiras que realizam o trabalho de dezenas ou até
centenas de trabalhadores em uma velocidade maior, além de avanços propiciados pelo
desenvolvimento da biotecnologia. Isso significa que as práticas agrícolas cada vez mais se
subordinam à ciência e à produção de conhecimento. Esta melhoria e tecnologização nos
moldes de produção agraria ficariam mais tarde conhecidas como Revolução Verde.
2. Revolução Verde
Revolução Verde, por ter representado uma mudança profunda na forma de produzir-se no
campo e no aparato técnico utilizado para o desenvolvimento da produção agro-pecuária.
Levando esses factores em consideração, tem-se que a Revolução Verde fez surgir uma
agricultura intensiva tanto em tecnologias quanto em capitais.
ainda, por meio da expansão do agronegócio e da difusão das grandes empresas do sector por
diversas partes do globo. Por fim, atribui-se à Revolução Verde o crescimento do número
de monoculturas nos campos, o que se deveu a um intenso processo de especialização
produtiva.
A principal vantagem trazida pela Revolução Verde foi o ganho de eficácia na produção
agrícola, que suscitou o aumento de produtividade em diversas lavouras, com destaque para
os cereais e para os grãos, como a soja e o milho.
Na época, a empresa adoptou como slogan o fim da fome no mundo. O programa aplicado na
agricultura mexicana resultou em plantas com maior desempenho no campo e que fizeram o
país, antes importador, auto-suficiente na produção de trigo.
"O impacto social da revolução verde, na medida em que ajudou a erradicar a fome no
mundo, fez com que Norman Ernest Borlaug, considerado o pai do movimento, ganhasse o
Prémio Nobel da Paz em 1970", diz o engenheiro agrónomo Fábio Faleiros, da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária (Embrapa).
O conceito foi aplicado a outros produtos e a busca pela maior produtividade passou a balizar
a qualidade no campo. O desenvolvimento de técnicas para irrigar o solo melhorou o
desempenho agrícola, antes refém do regime de chuvas. A irrigação também contribuiu para
optimizar o uso de fertilizantes, fungicidas e pesticidas.
A revolução verde é aparentemente um assunto novo para Moçambique. Num passado não
muito distante, Moçambique viveu uma experiência directamente relacionada com o
conteúdo de uma revolução verde: a questão da transformação radical da apropriação
fundiária e das relações sociais de produção; destruição das formas de acumulação capitalista
e conjugação dos interesses diversos, dos actores económicos em competição pela sua
sobrevivência e afirmação na sociedade moçambicana. Processos tão complexos e
controversos, como foram as sucessivas transformações que Moçambique viveu, no último
meio século, dificilmente poderão gerar consensos quanto à estratégia de desenvolvimento
nacional e rural. No lugar do debate franco e aberto, o espaço público continua a ser
geralmente ocupado pelo vazio e fraqueza de debate; de vez em quando é preenchido pelo
velho slogan da Constituição de 1975: agricultura como base e indústria o seu factor
dinamizador e decisivo.
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1) Criação de empresas estatais de produção agro-pecuária tais como (CAIA, CAIL, CAPEL,
Avícola E:E, Gado de Corte e Leite, IFLOMA e Mecanagro.);
7) Reforma dos curricula do ensino técnico agrário orientada para responder às necessidades
do sector produtivo;
b) A geração de emprego e de renda são cruciais para a criação de condições necessárias para
devolver a dignidade humana das comunidades;
Para ser sustentável, progressivo e irreversível, este objectivo deve observar os seguintes
princípios:
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O MINAG (2008) deve liderar e coordenar o processo da execução e assegurar uma correcta
articulação entre os diferentes intervenientes a nível central e sua ligação com os níveis
provincial e distrital, no âmbito do processo de descentralização em curso. Os programas de
interesse público com potencial para gerar negócios (por exemplo sistemas de irrigação,
infra-estruturas de selecção e conservação da produção, silos, etc.) serão implementados
através de parcerias público-privadas.
É partir da adopção dessas estratégias que o governo nacional pode massificar a produção e
assim assegurar o crescimento económico da do Pais. Para tal, deve-se acima de tudo formar
quadros que estejam capacitados a manejar os aparatos tecnológicos e responder aos novos
desafios da sociedade e principalmente da agricultura.
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CONCLUSÃO
Esta conclusão tem carácter de uma inconclusão na medida em que ao invés de trazer
respostas ela tende a levantar mais questões. Nesta óptica de análise, não só a tecnologia não
é o único elemento para melhorar o desempenho agrícola, como também a melhoria do
desempenho agrícola não é o único elemento para vencer a crise alimentar. O que é que
acontece com os mercados, com os preços, com os empregos, com os produtos do
desempenho agrícola, com o acesso à comida? Portanto, se a produção é um grande
problema, o acesso e a distribuição não são problemas menores.
Segundo, será que Moçambique precisa de uma RV, ou de uma campanha semelhante, ou de
um quadro articulado de desenvolvimento produtivo rural, em que a tecnologia, tal como
vários outros factores, se integram? Será que a questão central é falta de aplicação de insumos
químicos e melhores semelhantes, ou o tipo de insumos responde ao padrão social e
económico de produção (isto é, os objectivos dessa produção no quadro da acumulação
capitalista mais geral)? Por que é que algumas culturas são produzidas com uso intensivo de
agro-químicos e outras não? Será um problema tecnológico e institucional apenas? Por que é
que tal problema existe? Neste sentido, talvez seja infeliz chamar “Revolução Verde” ao
esforço nacional de melhoria do desempenho agrícola, por causa das conotações e místicas
tão limitadas e falseadas ligadas a este conceito.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS