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ESCOLA SECUNDARIA DE NAMETIL

TRABALHO DE PORTUGUÊS

TEMA: Revolução Verde e


Agricultura em Moçambique

11ºCLASSE
TURMA: B2

NOME: Anastacio Augusto Mucupela

NUMERO: 12

CLASSIFICAÇÃO

Docente:

Nametil aos 12/09/2023

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Índice
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................................3
Conceito de Revolução Verde.....................................................................................................................4
Características da Revolução Verde............................................................................................................4
Origem da Revolução Verde.......................................................................................................................4
Vantagens da Revolução verde....................................................................................................................5
Consequências da Revolução Verde............................................................................................................5
A Importância da Revolução Verde.............................................................................................................6
Agricultura em Moçambique.......................................................................................................................6
Conclusão....................................................................................................................................................9
Bibliografia................................................................................................................................................10

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INTRODUÇÃO
A economia de Moçambique e essencialmente agrária. A agricultura moçambicana e
predominantemente de subsistência, caracterizando-se por baixos níveis de produção e de
produtividade. Na busca de soluções para este problema, o Governo adaptou a estratégia da
Revolução Verde, em 2007. O presente trabalho aborda sobre a Revolução Verde e da
agricultura em Moçambique, tendo os objectivos de dar a conhecer um pouco sobre a historia da
agricultura em Moçambique.

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Conceito de Revolução Verde
A Revolução Verde consistiu na modernização da agricultura em escala global, efetivada por
meio da incorporação de inovações tecnológicas na produção. Teve como base as sementes
geneticamente modificadas, os maquinários agrícolas e os insumos químicos, como fertilizantes
e agrotóxicos.

Características da Revolução Verde


A modernização da agricultura que aconteceu em meados do século XX teve como principal
característica a adoção de tecnologias modernas na produção e na criação de animais

O arcabouço tecnológico da Revolução Verde contemplou:

 Melhoramento genético de espécies vegetais (como o trigo e o arroz) e desenvolvimento


de híbridos, proporcionando a sua adaptabilidade a condições climáticas e
de solo variadas bem como um aumento na produtividade;
 Maquinários como tratores, utilizados em várias etapas da produção agrícola,
semeadeiras e colheitadeiras;
 Adubos, fertilizantes e defensivos agrícolas ou agrotóxicos empregados no preparo do
solo, na correção dos índices de acidez, no controle de doenças e pragas que podem
acometer as lavouras, entre outros;
 Modernização dos sistemas de irrigação

Origem da Revolução Verde


A Revolução Verde teve início na segunda metade do século XX, entre as décadas de 1960 e
1970, quando houve maior difusão das inovações tecnológicas no meio agrícola. Entretanto, os
passos iniciais para essa mudança de paradigma e as suas principais motivações já se
encontravam no período precedente.

O contexto da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) colocou em questão a necessidade de


garantia da segurança alimentar em ampla escala. Para que esse objetivo fosse possível, era
imprescindível a maior oferta de alimentos com base em um ganho de produtividade na

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agricultura. Esse foi um dos motivadores do processo de inovação tecnológica no campo, embora
não tenha sido o único.

Os maiores financiadores de pesquisas nesse período foram grupos privados, entre eles a
Fundação Rockfeller, que investiu em estudos voltados ao melhoramento genético de cultivos
como o trigo e o milho. Liderando as pesquisas estava Norman Borlaug, que dirigiu o Programa
de Produção Cooperativa de Trigo no México, na década de 1940, uma parceria entre o governo
mexicano e o grupo mencionado.

Em conjunto com pesquisadores locais, Borlaug desenvolveu uma espécie de trigo resistente a
doenças e de elevada produtividade. Tais resultados, que ajudaram no aumento da produção de
cereais no México, renderam-lhe o Prêmio Nobel da Paz em 1970, sendo considerado atualmente
o principal nome da Revolução Verde.

Vantagens da Revolução verde


O advento das novas técnicas produtivas na agropecuária trouxe aspectos positivos e negativos a
diversas áreas, como econômica, social e ambiental.

A principal vantagem trazida pela Revolução Verde foi o ganho de eficácia na produção
agrícola, que suscitou o aumento de produtividade em diversas lavouras, com destaque para os
cereais e para os grãos, como a soja e o milho.

 aumento na produção mundial de alimentos;


 desenvolvimento tecnológico;
 avanços nas pesquisas;
 barateamento dos alimentos básicos.

Consequências da Revolução Verde


A Revolução Verde ocasionou profunda reestruturação produtiva no campo, o que se observou
com maior intensidade nos países em desenvolvimento. Algumas de suas consequências foram:

 Especialização produtiva;
 Êxodo rural devido ao aumento dos custos de produção, que oneraram principalmente os
pequenos produtores, os quais acabaram por arrendar ou vender as suas terras para

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grandes produtores ou grandes empresas do agronegócio. A concentração de terras foi
uma das consequências diretas;
 Aumento do desemprego no campo, ocasionado pela mecanização das etapas produtivas
e modernização técnica, exigindo-se maior qualificação profissional;
 Problemas de saúde derivados da aplicação de agrotóxicos e defensivos agrícolas;
 Poluição do solo e das águas pela intensificação do uso de agrotóxicos;
 Compactação e esgotamento de nutrientes dos solos

A Importância da Revolução Verde


A tecnologia na agricultura tem como objetivo agregar praticidade e facilidade na execução de
tarefas. Agora, consultores agrícolas, produtores rurais e gestores da tecnologia na agroindústria
precisam se qualificar e conhecer as novas demandas tecnológicas, pois os avanços e a
modernização no campo não param. Todos os anos surgem novidades.

Os grandes agricultores não precisam mais aplicar água, fertilizantes, pesticidas e alguns
insumos uniformemente em toda a plantação. Com o uso de tecnologia na agricultura é possível
utilizar a quantidade mínima requerida em cada área específica, também se consegue tratar cada
planta de maneira única e diferenciada.

Agricultura em Moçambique
Moçambique tem uma variedade de padrões regionais de cultivo. As zonas agro-climáticas
variam de árido e semiárido (principalmente no sul e sudoeste) até as zonas subúmidas
(principalmente no centro e no norte) até as terras altas úmidas (principalmente nas províncias
centrais).

As áreas mais férteis estão nas províncias do norte e do centro, que têm alto potencial
agroecológico e geralmente produzem excedentes agrícolas. As províncias do sul têm solos mais
pobres e chuvas escassas e estão sujeitas a secas e inundações recorrentes.

A superfície ou área total de Moçambique é de 784,955 kmQ, ou seja: 78,5 milhões de hectares.
Existem cerca de 36 milhões de hectares de terras aráveis, adequados para a agricultura. No
entanto, estima-se que apenas dez por cento das terras aráveis, 3,9 milhões de hectares, sejam

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cultivadas. O restante da área total está sob pastagens (44 milhões de hectares)
e Floresta /Woodlands (30,7 milhões de hectares).

 A indústria agrícola

Com a grande maioria da produção agrícola sendo alimentada pela chuva, a variabilidade do
tempo é um fator importante na determinação do desempenho das culturas. A principal estação
de cultivo começa com as primeiras chuvas em setembro no Sul e dezembro no Norte. Há
também uma pequena estação de crescimento, baseada na umidade residual do solo, de março a
julho, representando aproximadamente 10% da produção total.

A agricultura é, em sua maioria, baseada em pequenas unidades cultivadas à mão, muitas vezes
cultivadas por famílias chefiadas por mulheres. Cerca de 97% da produção vem de cerca de 3,2
milhões de fazendas de subsistência com média de 1,2 hectares. O setor de pequenos
proprietários em Moçambique é caracterizado por acervos de várias pequenas parcelas, múltiplas
culturas, água de sequeiro, variedades tradicionais, fertilizantes de baixa intensidade e uso de
pesticidas e pouca ou nenhuma mecanização e baixa produtividade. A maioria das famílias se
diversifica para lidar com a baixa produtividade e a renda. A maioria pratica o cultivo extenso de
deslocamento, apenas cerca de um terço vende qualquer produto agrícola, e quase dois terços
vivem em domicílios que não têm segurança alimentar

 Cultivos

A produção de culturas alimentares é o subsetor agrícola mais important, representando cerca de


80% da área cultivada (2009). Milho e mandioca são os principais grampos; Outras culturas de
alimentos incluem sorgo, milho, arroz, feijão, amendoim, batata-doce e uma grande variedade
de legumes. O milho é cultivado em todas as regiões do país por cerca de 79% das famílias rurais
e ocupa cerca de 35% da área total plantada. A mandioca é cultivada principalmente no norte e
no sudeste, onde é o principal grampo. Esta cultura é um componente importante do risco do
pequeno produtor

Além da agricultura no subsetor da pesca, acredita-se que cerca de 1.500 espécies vivam nas
águas do mar moçambicanas, das quais 400 são de importância comercial.[7] Em 2008, as

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capturas de pesca e produção de aquicultura totalizaram 120.000 toneladas. A captura potencial é
estimada em 500.000 toneladas de peixes. Os arrastões sul-africanos podem pescar em águas
moçambicanas em troca de fornecer uma parte de suas capturas a Moçambique. A Comunidade
Européia, a Itália e o Japão firmaram acordos destinados a ajudar no desenvolvimento da
indústria pesqueira.

 Clima e geografia

florestas grossas nas regiões úmidas, onde existem solos férteis, mas o interior mais seco, que
tem solos arenosos ou rochosos, suporta apenas uma vegetação fina savanna. Extensos estandes
de madeira dura, como ébano, florescem em todo o país. A produção de madeira é proveniente
de florestas naturais e é quase totalmente consumida pelas populações rurais locais para
combustível e construção. As florestas constituem cerca de 30,7 milhões de hectares. Em 2009, o
corte de madeira foi de aproximadamente 36 milhões de unidades

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Conclusão
Eu como aluno sinto-me bem porque pude aumentar um pouco o meu nível de conhecimento, ao
realizar este trabalho embora tenha tido algumas complicações mas no final tudo correu bem, e
pude termina-lo com sucesso.

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Bibliografia
Porter, Michael. 1996. “O que é estratégia?”, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do
Sul, Grupo Técnico de Planejamento Estratégico,
http://www.pucrs.br/asplam/pe/estrategia.pdf.
Presidência do Conselho. 1973. Projecto do IV Plano de Fomento. Lisboa: Imprensa
NacionalCasa da Moeda.
Schutte, Ig and António Francisco. 2004. “Maputo Development Corridor: Evaluation of First
Phase”, a joint project coordinated by António Francisco for the CESO-Mozambique and
Ig Schutte for the CSIR. http://maputo.csir.co.za.
Stage, Ole et. al. 2006. Evaluation of FAO Cooperation in Mozambique 2001-2005, Final
Report, Consultants Team, not-published.
Sulemane, José A. 2002. “Dados Básicos da Economia Moçambicana”, in Conflito e
Transformação Social: Uma Paisagem das Justiças em Moçambique, Boaventura de
Sousa Santos e João Carlos Trindade (Organizadores). Porto: Edições Afrontamento, pp.
45-70.
UNICEF (The United Nations Children’s Fund). 2006. Progress fo Children. A Report Card on
Nutrition, 4 May 2006.New York: The United Nations Children’s Fund,
http://www.unicef.pt/18/Progress_for_Children_-_No._4.pdf.
Valá, Salim Cripton. 2006. Desenvolvimento Agrário e Papel da Extensão Rural no Chókwè
(1950-2000): Conflitos e interesses entre o Estado e os Agricultores? Maputo:
PROMÉDIA.
Wikipedia. 2007. Green Revolution,
http://www.wikipedia.ws/wikipedia/gr/Green_revolution.html.
Wuyts, Marc. 1981. Camponeses e Economia Rural em Moçambique. Centro de Estudos
Africanos – UEM. Maputo: Imprensa Nacional de Moçambique.

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