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COLÉGIO EST. JOÃO M.

MONDRONE

Bruno Augusto Tokarski Boufleuer


Guilherme Tokarski Boufleuer
Kemili Zacomelli
Armando Antônio Andreta
2ª SÉRIE ADM “A”

Produção agrícola e uso racional da terra, fertilizantes, herbicidas


e inseticida.

MEDIANEIRA
2022
O que é produção agrícola?

A agricultura é uma prática econômica que consiste no uso dos solos


para cultivo de vegetais a fim de garantir a subsistência alimentar do
ser humano, bem como produzir matérias-primas que são
transformadas em produtos secundários em outros campos da
atividade econômica.
Existem três fatores ligados à produção agrícola: o físico, como
o solo e o clima; o fator humano, que corresponde à mão de obra em
seu desenvolvimento; e o fator econômico, que se refere ao valor da
terra e o nível de tecnologias aplicadas na produção.
História da agricultura
A agricultura tem seus primórdios na era pré-histórica, o que
possibilitou aos homens deixarem de ser meramente caçadores
nômades para fundarem povoados e cidades, e obterem alimentos
através do cultivo da terra.
Mais adiante, com as grandes revoluções e grande aumento de
pessoas no planeta, a agricultura passou a ter um papel fundamental:
alimentar o mundo.
No Brasil não é diferente, e hoje em dia, além da tarefa de fornecer
produtos para a população mundial, a agricultura no Brasil tem grande
importância econômica, social e ambiental. A produção
agrícola mundial, o que trouxe grande desenvolvimento econômico em
diversos estados.
Tipos de produção agrícola
A agricultura não consiste em apenas um tipo de conjunto de
técnicas. Na verdade, são vários tipos de agricultura, principalmente no
Brasil.
Essa diversidade se dá principalmente pela extensão do país, já que
possui um clima variado e características muito distintas entre uma
região e outra. Veja os tipos:
Agricultura Extensiva

A agricultura extensiva deve ser entendida como o sistema de produção agrícola


tradicional, que utiliza técnicas rudimentares e de baixa tecnologia em sua produção,
de forma que existe o uso predominante de mão de obra humana.

Esse tipo de agricultura é comum em pequenas e médias propriedades. Por necessitar


de menos recursos financeiros para a produção, acaba sendo muito utilizada por
países em desenvolvimento, pois muito não possuem tecnologia suficiente para
alavancar uma produção que se utilize de maior tecnologia em seus processos.
Principais características da agricultura extensiva
 Produção agrícola realizada de forma tradicional;
 Baixa ou nenhuma utilização de tecnologia;
 Dispõe de poucos recursos para investimento; Utilização de um número
expressivo de trabalhadores como mão de obra;
 Pode-se ainda encontrar a utilização de arado animal;
 As sementes utilizadas não são selecionadas. Utiliza-se sementes guardadas da
colheita anterior para os próximos plantios;
 Baixa competitividade no mercado interno e externo, pois a produtividade por
hectare não consegue alcançar a produção intensiva;
 Está presente em pequenas e em grandes áreas, pois o que é considerado é a
baixa utilização de técnicas, mecanização e insumos agrícolas, e não somente o
tamanho da propriedade;
 Respeita o ciclo da natureza, plantando de acordo com a época do ano, o ciclo
das chuvas, temperatura, etc.
Agricultura Intensiva
A agricultura intensiva pode ser caracterizada como o ramo da agricultura que utiliza
em suas práticas diárias o intensivo uso de tecnologia de ponta e insumos agrícolas
para obter maior produtividade em menor tempo de cultivo.

Esse modelo de agricultura é muito utilizado em países desenvolvidos, mas essa


prática também foi incorporada nos países em desenvolvimento, como por exemplo no
Brasil, juntamente com o pacote tecnológico criado na Revolução Verde, que previa a
modernização da agricultura.
Principais características da agricultura intensiva
 Mecanização de todas as etapas possíveis do processo produtivo;
 Agricultura altamente desenvolvida no viés tecnológico, de forma a possuir
máquinas e equipamentos desenvolvidos especificamente para cada etapa do
processo produtivo;
 A utilização de mão de obra qualificada, pois a utilização de maquinário requer
assistência técnica e manutenção, e também operacionalização de equipamentos;
 Utilização intensiva de insumos, fertilizantes químicos e agrotóxicos;
 Utilização em grande proporção de sementes e mudas geneticamente
modificadas, conhecidas como transgênicas;
 Incorporação de muitas técnicas e tecnologias simultâneas;
 Alta produtividade, visando a obtenção de maior lucro.

Agricultura familiar
Esse tipo corresponde à produção agrícola desenvolvida por famílias, cujo
rendimento é voltado para a subsistência delas. Essas famílias geralmente moram em
terras pequenas e lá desenvolvem o cultivo com as próprias mãos.

Geralmente usam de uma agricultura sustentável. A agricultura familiar representa


cerca de 80% da produção mundial de alimentos, portanto, é de extrema importância
para a economia.

Agricultura Orgânica
A agricultura orgânica tem ganhado cada vez mais espaço no cenário nacional, pois
visa o equilíbrio ambiental e o desenvolvimento social dos produtores, além de possuir
um modo de produção sustentável que respeita o meio ambiente e é mais saudável ao
consumo humano por não ser utilizado nesse tipo de agricultura nenhum tipo de
agrotóxico e agroquímico.

Nesse tipo de agricultura só se pode realizar o controle biológico das pragas que


aparecerem. A Agricultura Orgânica tomou um caminho sem volta. Ela tem buscado
desenvolver novas técnicas cultivo, visando a produtividade e não a predatória do solo.
Da mesma forma um dos principais pilares é o manejo do solo, com uso de adubação
verde, compostagem, adubos orgânicos esses geralmente feitos na propriedade
rural. entre outras técnicas.
Permacultura
Os princípios da permacultura afirmam que as necessidades humanas estão ligadas a
soluções sustentáveis, sempre levando em consideração o equilíbrio entre os
ecossistemas e o respeito ao próximo.
Ou seja, esse tipo de agricultura é caracterizado por compreender a ecologia, utilizar
os recursos naturais de maneira racional e pela prática do desenvolvimento
sustentável. Possui três princípios básicos: cuidar da terra, do futuro e das pessoas.
USO RACIONAL DA TERRA
O que são fertilizantes?

Os fertilizantes, podem ser divididos como minerais ou orgânicos, são compostos que
desempenham função primordial no desenvolvimento das plantas fornecendo
ao solo os nutrientes que elas necessitam para germinar, produzir folhas, sementes e
frutos.
O uso consciente e o emprego de técnicas agrícolas adequadas são a chave para o
aumento da produtividade agrícola e, consequentemente, a redução do custo dos
alimentos.
Quando falamos em aumentar a produtividade das culturas, sabemos que muitos
elementos estão envolvidos, dentre eles o uso de fertilizantes.
O que é fertilizante agrícola?
Por definição fertilizante é um produto mineral ou orgânico, natural ou sintético
fornecedor de um ou mais nutrientes para as plantas. O uso de fertilizantes é
essencial para a melhoria e manutenção da fertilidade do solo, podendo levar ao
aumento expressivo da produtividade das culturas, qualidade de alimentos e para
sustentabilidade econômica e ambiental.
São compostos químicos utilizados na agricultura convencional para aumentar a
quantidade de nutrientes do solo e, consequentemente, conseguir um ganho de
produtividade.
A aplicação de fertilizantes minerais é um processo essencial para a manutenção de
níveis de nutrientes no solo adequados ao desenvolvimento das culturas.
No entanto, a aplicação destes produtos químicos sem critérios de racionalidade e
eficiência origina problemas ambientais e tem custos econômicos e energéticos.
Sendo substâncias minerais ou orgânicas, naturais ou sintéticas, fornecedoras de um
ou mais nutrientes vegetais responsáveis pelo bom crescimento e desenvolvimento
das plantas.

Eles são divididos em macro e micronutrientes.


Onde os macronutrientes fazem parte das moléculas essenciais para a vida
da planta, possuem função estrutural e são necessários em grandes quantidades no
metabolismo do vegetal, já os micronutrientes em menores quantidades, têm função
reguladora e fazem parte das enzimas.
Tipos de fertilizantes

Existem dois grandes grupos de fertilizantes: os inorgânicos e os orgânicos; ambos


podem ser naturais ou sintéticos.
Inorgânico são comumente provenientes de origem mineral, processados em indústrias
químicas, para que possam ser aplicados na agricultura.
São classificados em: fertilizantes nitrogenados, fosfatados, potássicos, mistos (que
possuem mais de um tipo de nutriente) e calcários (que são utilizados para correção
de pH do solo normalmente).
Fertilizante mineral
Produto de natureza mineral, natural ou sintética, obtido através de processo físico,
químico ou físico-químico, fornecedor de um ou mais nutrientes de plantas.

O fertilizante mineral é dividido em:


 Simples: produto formado por um composto químico, contendo um ou mais
nutrientes de plantas;
 Misto: produto resultante da mistura física de dois ou mais fertilizantes minerais;
 Complexo: formado por dois ou mais compostos químicos, resultante da reação
química de seus componentes, contendo dois ou mais nutrientes de plantas.
Fertilizante orgânico
Produto de natureza orgânica, obtido por processo físico, químico, físico-químico ou
bioquímico, natural ou controlado, a partir de matérias-primas de origem industrial,
urbana ou rural, vegetal ou animal, enriquecido ou não de nutrientes minerais.

Os fertilizantes orgânicos são divididos em:


 Simples: produto natural de origem vegetal ou animal, contendo um ou mais
nutriente de plantas, exemplo: adubação verde.
 Misto: produto de natureza orgânica, resultante da mistura de dois ou mais
fertilizantes orgânicos simples, contendo um ou mais nutriente de plantas;
Composto: produto obtido por processo físico, químico, físico-químico ou
bioquímico, natural ou controlado, a partir de matéria-prima de origem industrial,
urbana ou rural, vegetal ou animal, isoladas ou misturadas, podendo ser
enriquecido de nutrientes minerais, princípio ativo ou agente capaz de melhorar
suas características físicas, químicas ou biológicas.

Fertilizantes organominerais
São aqueles constituídos por material orgânico enriquecidos com minerais, que são
nutrientes em sua forma inorgânica para serem absorvidos de forma rápida.
Essa combinação visa, simultaneamente, o melhoramento do solo e de suas
propriedades físicas, e o fornecimento de matéria-prima bruta para que a planta possa
crescer de forma saudável e rápida.
Esse tipo de fertilizante age como um excelente corretivo, equilibrando o pH do
solo e mantendo sua porosidade de forma ideal.
A matéria orgânica inteiriça funciona ainda como um quelante, absorvendo
micronutrientes para que eles possam ser aproveitados aos poucos.

Fertilizante na agricultura brasileira

O aumento da renda mundial e a crescente demanda por alimentos têm provocado


uma tendência ao consumo e ao aumento de preços, principalmente dos produtos que
têm como origem o petróleo.
Esse provoca cada vez mais a busca por biocombustíveis, como o milho, no caso
dos Estados Unidos, e cana-de-açúcar, no Brasil.
O cultivo dessas lavouras para a obtenção dos biocombustíveis só é possível graças
à indústria de fertilizantes.
O aumento da demanda de alimentos também traz a necessidade cada vez maior de
fertilizantes para uma maior produção.
Esses são apenas alguns dos fatores que têm impulsionado a indústria de fertilizantes
no mundo.
Uso e aplicação dos fertilizantes
Existem diferentes técnicas que podem ser escolhidas pelo produtor, dependendo do
maquinário disponível, do tipo de fertilizante a ser utilizado e do momento em que será
feita a adubação.
Semeadura
O fertilizante aplicado na semeadura, como o nome sugere, é aplicado em conjunto
com a operação de plantio, sendo depositado no solo pouco abaixo das sementes.
Nessa técnica, você tem a vantagem de que, quando a semente é aplicada no solo,
ele já tem disponível os nutrientes necessários, o que permite um desenvolvimento
mais rápido na fase inicial.
Entretanto, a planta também necessitará de nutrientes durante todo seu ciclo de vida,
e não apenas no momento do plantio.
Dessa forma, mesmo aplicando uma grande quantidade de nutrientes na semeadura,
será preciso realizar outras adubações pensando em uma melhor produtividade.
Além disso, a adubação simultânea com o plantio pode reduzir a eficiência da
plantadeira, uma vez que você tem que parar a máquina mais vezes para abastecer
com fertilizantes do que com sementes.
Adubação a lanço
É possível parcelar as doses de fertilizantes que são aplicadas na cultura ao longo do
seu ciclo de vida. Isso pode ser realizado antes da germinação das sementes ou em
cobertura, que é quando a planta já está em estágios mais avançados de
desenvolvimento.
Nessa técnica, o fertilizante é depositado em discos giratórios com pás, que espalham
o produto na lavoura em uma faixa predeterminada.
 

Aplicação pneumática
Nessa técnica o fertilizante é conduzido para as linhas individuais de plantio, por meio
de tubulações e assistência de ar.
Utilizado para culturas que apresentam espaçamento entre linhas de plantio mais
elevado (como a cana-de-açúcar), nas quais a aplicação na linha se torna mais
eficiente e sem desperdício para as áreas em que as raízes não alcançariam o
fertilizante absorvido pelo solo.
Irrigação
Aplicação por irrigação: essa técnica também é conhecida como fertirrigação.
Consiste em aplicar os fertilizantes de forma líquida, por meio de pivôs centrais ou por
mangueiras de gotejamento.
 

Pulverização
Ainda pouco difundida no Brasil. Aqui, você faz uma diluição do fertilizante em água e
aplica sobre a lavoura por meio do pulverizador, como se fosse uma cauda calda de
defensivo químico.
A absorção desse tipo de adubo se dá por meio das folhas.
Técnica para cada tipo de fertilizante
Embora a escolha da técnica de adubação e do fertilizante ideal dependa de muitos
fatores, como as condições do solo e do clima, ou de quais plantas estão sendo
cultivadas e em que estágio de desenvolvimento elas se encontram, alguns tipos de
fertilizante apresentam um ótimo desempenho quando associados a determinadas
técnicas, como podemos ver:

 A adubação junto com o plantio: ideal para fertilizantes químicos e granulados;


 A técnica de adubação a lanço: ideal para fertilizantes químicos e granulados,
orgânicos e produtos em pó para correção do solo (calcário e gesso);
 A adubação por irrigação: essa técnica é mais recomendada para
fertilizantes líquidos, uma vez que é feita junto à irrigação da lavoura;
 E adubação por pulverização: ideal para o uso de fertilizantes foliares, também
diluídos.
O que é um herbicida?
Os herbicidas são agentes biológicos ou substâncias químicas capazes de matar ou
suprimir o crescimento de espécies específicas. Entre os agentes biológicos estão os
fungos e outros microrganismos.
É muito comum que ervas indesejadas cresçam em meio à plantação e acabem
prejudicando o crescimento e o rendimento das culturas, além de também trazerem
transtornos na colheita e na venda dos produtos, que podem perder a qualidade ao
competir com outras plantas no mesmo território.
Quando o espaço é pequeno, como uma horta, é possível tentar controlar a
infestação tirando-as manualmente. Porém, em casos mais graves, apenas os
herbicidas podem ser eficazes contra o problema.
Herbicidas: aspectos positivos e negativos
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), as perdas
estimadas causadas pelas plantas daninhas podem chegar a mais de 90% caso
nenhum controle seja realizado. Abaixo vamos citar alguns aspectos positivos e
negativos com o uso dos herbicidas;
 

Aspectos Positivos
 Previne a interferência precoce

 Controle efetivo nas linhas de semeadura

 Flexibilidade quanto a época de aplicação – áreas extensas

 Redução do tráfego de máquinas

 Rendimento operacional elevado

 Menor necessidade de mão de obra

 
Aspectos Negativo
 Necessidade do uso de equipamentos adequados, o que é um investimento

elevado;
 Mão de obra capacitada, a falta de capacitação de funcionários e produtores induz

a uma aplicação inadequada;


 Todos os herbicidas apresentam algum nível de toxidez para o ser humano e o

ambiente, muito embora a tendência futura é ter uma queda cada vez maior;
 O herbicida pode permanecer no ambiente por um longo período, podendo

causar prejuízos a espécies cultivadas em rotação;

Quanto a época de aplicação dos Herbicidas


 
Pré-plantio
Pré-plantio, pré-plantio incorporado (PPI). A finalidade é controlar a população inicial
de plantas daninhas. A maioria produtos não seletivos para a cultura, produtos voláteis,
de curto residual. Muito utilizados como dessecantes.
 
Pós-plantio
Pré-emergência, pós-emergência (cultura e plantas daninhas). Seletivos ou não:
Forma de absorção do produto (raiz ou folhas).

Quanto a Translocação dos Herbicidas

Herbicida de Contato
Os herbicidas podem ser de contato quando atuam próximo ou no local onde eles
penetram nas plantas; exemplos: paraquat, diquat, lactofen, etc.
O simples fato de um herbicida entrar em contato com a planta não é suficiente para
que ele exerça sua ação tóxica. Ele terá necessariamente que penetrar no tecido da
planta, atingir a célula e posteriormente a organela, onde atuará para que seus efeitos
possam ser observados.
Herbicida Sistêmicos
Os herbicidas também podem se movimentar (translocar) nas plantas pelo xilema,
pelo floema ou por ambos. Quando o movimento (translocação) do herbicida é via
floema ou floema e xilema, ele é considerado sistêmico.
Estes herbicidas sistêmicos são capazes de se translocarem a grandes distâncias na
planta, como é o caso de 2,4-D, glyphosate, imazethapyr, flazasulfuron, nicosulfuron,
picloram, etc.

Quanto o Mecanismo de Ação dos Herbicidas


A primeira lesão bioquímica ou biofísica que resulta na morte ou ação final do produto
é considerada “mecanismo de ação”.
É importante lembrar que um mesmo herbicida pode influenciar vários processos
metabólicos na planta, entretanto a primeira lesão que ele causa na planta pode
caracterizar o seu mecanismo de ação.
Quais os cuidados que devem ser tomados com os
herbicidas?
Os herbicidas, como qualquer pesticida ou agrotóxico, devem ser usados com todo
cuidado para não prejudicar o ambiente nem a saúde de quem os aplica.
A toxicidade pode ser aguda (efeito imediato) ou crônica (em razão da exposição
prolongada ou repetida ao tóxico), e para proteger-se dos efeitos desses produtos, que
podem ser de elevada toxicidade, recomendam-se as seguintes medidas preventivas:

 Ler com atenção as instruções do rótulo antes de abrir a embalagem, verificando


as particularidades, a classe toxicológica e o antídoto (neutralizante) necessário.
 Em relação ao uso, devem ser observados os seguintes aspectos:
 Ler e procurar entender as instruções do rótulo dos produtos: não derramar o
produto, nunca comer, beber e nem fumar durante o manuseio dos herbicidas.
 Aplicar sempre a favor do vento e quando este estiver com baixa velocidade.
 Sempre usar os equipamentos de proteção (máscaras, luvas, macacão, botas
especiais, etc.); usar sempre camisa de manga comprida e não lavar o
pulverizador em córregos ou nascentes.
 Deve-se ter pulverizadores próprios para herbicidas evitando usar os que foram
empregados com herbicidas hormonais, como o 2,4,5-T, na cultura do algodão.
 Deve-se dar destino adequado às embalagens para evitar que sejam usadas pela
população para colocar água e alimentos.

Conclusão
O uso dos herbicidas é muito comum tendo vantagens e desvantagens para o
agricultor. Contudo é necessário ter alguns tipos de conhecimento sobre o herbicida
como sua classificação, assim o agricultor poderá escolher o mais adequado para
aplicação na cultura de interesse.
Um ponto muito importante são os cuidados necessário na aplicação desses
produtos, uma vez que não tomarem os cuidados adequado o ser humano pode ser
contaminado e ocasionar sérios problemas de saúde. O ideal é seguir as instruções
que vem no produto. Em caso de dúvidas procure um profissional da área.
Inseticidas: o Uso e as Técnicas Corretas na
Agricultura
Os inseticidas são os defensivos agrícolas, que atuam na prevenção e controle de
insetos e pragas, responsáveis por grande perda nas lavouras. Além de reduzir na
produtividade, dependendo da intensidade da infestação e danos causados, os insetos
podem matar a lavoura. Os inseticidas são substâncias químicas ou biológicas e são
usados para controlar doenças e plantas daninhas que afetam as culturas.
Os principais modos de ação dos inseticidas são por contato direto do produto no
alvo ou a ingestão de folhas que contenham o princípio ativo. Além disso, os produtos
podem ser considerados fisiológicos ou de choque.
O uso excessivo dos produtos e a má utilização no manejo pode provocar
contaminação tanto na produção agrícola quanto de mananciais próximos a área de
aplicação. Devido a esses riscos existe uma fiscalização do órgão público com as
empresas de defensivos agrícolas.
Modo de ação dos inseticidas
Existem várias formas do inseticida afetar a praga. Os principais modos de ação, são
por contato direto do produto no alvo ou a ingestão de folhas que contenham o
princípio ativo.
 
Mecanismo de transferência do produto.
 Ingestão: É absorvido pelo intestino médio, circula na hemolinfa e atinge o
sistema nervoso. Inseticidas mais antigos possuíam este tipo de ação;

 Contato: Sua ação se dá pelo contato com o corpo do inseto, penetrando na


epicutícula e sendo conduzido através do tegumento, onde irá atuar sobre as
terminações nervosas. Pode matar insetos-praga pelo simples contato com
superfícies atingidas pelo inseticida;

 Fumigação: O inseticida age pelas vias respiratórias, devendo ser inalado na


forma de gás pelo inseto. O gás penetra através dos espiráculos e age sobre o
sistema nervoso.

 Profundidade: Inseticida capaz de atingir insetos através do tecido vegetal (ação


translaminar), como sob uma folha ou dentro de um fruto;

 Sistêmico: É aquele inseticida que, aplicado sobre folhas, troncos, ramos, raízes
e sementes é capaz de ser absorvido e circular com a seiva para todas as partes
da planta.
Grupos de inseticidas
Os inseticidas são comumente classificados de acordo com sua composição química.
Como por exemplo;
 
Organoclorados

Constituem o grupo pioneiro dos praguicidas sintéticos. De largo uso agrícola e


domiciliar, os organoclorados desempenharam papel marcante no combate a
organismos nocivos ao homem, com repercussões sociais e econômicas importantes.
Beneficiado tanto o setor agrícola no sentido de aumentar a produtividade e produção
de alimentos, estas moléculas matavam não somente os organismos alvo como
também insetos neutros ou até mesmo benéficos ao homem.
As principais vias de absorção são as dérmicas, digestiva e respiratória, e devido a
sua alta estabilidade química e alta solubilidade em gorduras, se acumula nos tecidos
de animais e vegetais, e, por conseguinte na cadeia alimentar.
Também possuem alta estabilidade à ação da luz solar e temperatura ambiente.
Assim, chegaram a contaminar também o homem. Sendo diversos casos de câncer
atribuídos a este grupo de inseticidas.
Organofosforados

Os organofosforados podem ser utilizados para combater insetos sugadores,


desfolhadores e alguns rizófagos. O modo de ação pode ser sistêmico ou de
fumigação, mas a ação de contato é a mais importante. São biodegradáveis, com
persistência curta no solo.
São biodegradáveis, sendo, portanto, sua persistência curta no solo, 1 a 3 meses. O
principal meio de degradação no ambiente parece ser a hidrólise sob condições de
alcalinidade. Muitos inseticidas organofosforados são instáveis em pH menor que 2,
sendo a maioria mais estável na faixa de pH do ambiente (pH 3-6).
É importante que estes compostos sejam estáveis em pH neutro, por causa de suas
formulações em óleos concentrados, solventes miscíveis em água, grânulos inertes,
para aplicação direta ou após dispersão em água.
Carbamatos
Os carbamatos são derivados do ácido carbâmico, e tendem a ser de uso
intradomiciliar em relação aos organofosforados, devido ao menor odor de algumas
formulações inseticidas.
São praguicidas orgânicos derivados do ácido carbâmico. Três classes de
carbamatos são conhecidos: carbamatos inseticidas (e nematicidas),
carbamatos herbicidas e carbamatos fungicidas. Os carbamatos usados como
inseticidas (e nematicidas) são derivados do éster de ácido carbâmico.
Com modo de ação semelhante aos organofosforados, ou seja, a inibição da enzima
acetilcolinesterase, os carbamatos possuem as seguintes características:

 Alta atividade inseticida;


 Baixa ação residual;
Piretróides
Os piretróides foram descobertos a partir de estudos que procuravam modificar a
estrutura química das piretrinas naturais, e, uma vez que apresentavam maior
capacidade letal para os insetos, propriedades físicas e químicas muitos superiores,
maior estabilidade à luz e calor e menor volatilidade.
Os piretróides possuem alta eficiência, sendo necessário menores quantidades de
ingrediente ativo, com menor risco de contaminação nas aplicações. Com isso, foram
tomando rapidamente o lugar dos organofosforados.
Outra vantagem destes praguicidas é que eles admitem a sinergia, ou seja, a
potencialização de sua ação através da adição de um ingrediente sinergista,
aumentando ainda mais a eficiência.
São os compostos de mais rápida ação na interferência da transmissão de impulsos
nervosos. Podem possuir efeito repelente, espantando os insetos ao invés de eliminá-
los.
Reguladores de Crescimento
Os produtos inibem e troca da ecdise e a produção de quitina, inibindo o
desenvolvimento dos insetos estas combinações ainda estão limitadas por
apresentarem ação lenta agindo em fases restritas do ciclo de vida dos insetos muitas
vezes, não protegendo as culturas quando em níveis críticos do ataque.

Entretanto existe existem benefícios grandiosos que reforçam as qualidades, como:


 Alta eficiência biológica;

 Baixo nível de toxicidade para mamíferos, pássaros e peixes;

 Seletividade para a fauna benéfica.

Vale ressaltar que nem sempre este tipo de praga causa danos significativos à
plantação em alguns casos, os insetos benéficos podem ser até mesmo utilizados para
fazer o controle biológico de outras pragas na lavoura. Porém, é necessário
acompanhar atentamente para ter a dimensão do impacto dos insetos na produção.
Bioinseticidas – Bacillus thuringiensis

É utilizada no controle lepidópteros e coleópteros pragas, seja na forma de


bioinseticida ou como plantas transformadas expressando toxinas esta bactéria.
Esta bactéria está presente em amostras de solos de áreas cultivadas com culturas
anuais ou perenes, áreas desérticas, ambientes aquáticos, superfície e interior de
plantas, restos vegetais, insetos e pequenos mamíferos mortos, teias de aranha, grãos
armazenados e locais inabitados
Devido à sua adaptação a diferentes habitats, Bt produz uma grande gama de
substâncias que podem ser utilizadas para diversos fins, como por exemplo, controle
de doenças fúngicas em plantas.
Aplicação dos inseticidas

Na prática, antes de se tomar qualquer decisão, deve-se ter em mente três questões
relativas à tecnologia de aplicação: o que aplicar (qualidade do produto), como aplicar
(qualidade da aplicação) e quando aplicar (momento da aplicação).
Para se definir o que aplicar, antes se tem que fazer uma análise correta do problema
a controlar e qual impacto econômico e ambiental que esse problema poderá causar,
se não for devidamente controlado.
Uma vez definido que é necessário fazer uma intervenção, qual o melhor produto a
ser aplicado e onde esse produto deve ser depositado, ou seja, qual alvo deverá ser
atingido.
É necessário bom planejamento antes do plantio, para que tudo possa ser executado
no momento necessário e de forma correta.
O sucesso de uma aplicação depende da capacidade operacional da fazenda, ou seja,
os equipamentos disponíveis devem permitir aplicar os defensivos de forma correta e
no momento necessário.
Uso inadequado de inseticidas

Prejuízo à saúde humana


A saúde das pessoas também pode ser colocada em risco pelo uso de inseticidas.
Pois para aplicação desses defensivos e necessário o traje de roupas adequados, para
que não haja uma contaminação. Além do excesso de agrotóxicos nas plantas
comestíveis pode acarretar em diversos problemas de saúde.
Resistência das pragas
O uso excessivo ou inadequado de inseticidas na lavoura pode ter como
consequência o efeito contrário do desejado. Em vez de aniquilar as pragas que
prejudicam a plantação, o inseticida acaba fortalecendo os parasitas.
Esse problema pode ocorrer por uma série de motivos. Entre os principais, podemos
citar os seguintes como por exemplo aplicação de doses acima ou abaixo das
recomendadas pelo fabricante ou até mesmo erro no manejo.

Prejuízo à cultura
A aplicação de inseticidas deve, necessariamente, seguir normas que garantam
a proteção do meio ambiente. Caso contrário, os prejuízos podem ser muito grandes.
Isso pode estar relacionado à quantidade ou à forma de aplicação e prejudicar diversos
aspectos do meio ambiente como;
 Poluição do solo

 Poluição da água

 Desequilíbrio Biológico
Conclusão
Portanto, os inseticidas agrícolas são os grandes responsáveis pelo controle de
pragas nas lavouras e consequentemente pela qualidade dos alimentos. Porém, deve
haver muito cuidado na hora de se utilizar esses recursos na plantação. Isso porque,
se forem usados de forma inadequada, podem gerar consequências para os
trabalhadores, para a lavoura, para o consumidor e até mesmo para o meio ambiente.
Com isso o manejo integrado pragas (MIP) é possível a aplicação de técnicas
apropriadas e métodos de forma tão compatível quanto possível e mantém a
população da praga em níveis abaixo daqueles capazes de causar danos econômicos.

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