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DR2 Ruralidade e Urbanismo

Agricultura Biológica

Agricultura orgânica ou agricultura biológica é o termo


frequentemente usado para a produção de alimentos e produtos
animais e vegetais que não faz uso de produtos químicos sintéticos
ou alimentos geneticamente modificados, e geralmente adere aos

Exemplo de agricultura
princípios de agricultura biológica biológica sustentável.

A sua base é holística e põe ênfase no solo.


Os seus proponentes acreditam que num solo saudável, mantido sem
o uso de fertilizantes e pesticidas feitos pelo homem, os alimentos
tenham qualidade superior aos alimentos convencionais.
A agricultura orgânica é definida por lei e regulamentada pelo
governo.
Sistema de produção que exclui o uso de fertilizantes, agros tóxicos e
produtos reguladores de crescimento, tem como base o uso de
estercos animais, rotação de culturas, adubação verde, compostagem
e controle biológico de pragas e doenças.
Esse sistema pressupõe a manutenção da estrutura e da
profundidade do solo, sem alterar as suas propriedades por meio do
uso de produtos químicos e sintéticos.
A agricultura orgânica está directamente relacionada ao
desenvolvimento sustentável.

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Rotação de Culturas
Rotação de culturas é uma técnica agrícola de conservação que visa
diminuir a exaustão do solo.
Isto é feito trocando as culturas a cada nova plantação de forma que
as necessidades de adubação sejam diferentes a cada ciclo.
Consiste em alternar espécies vegetais, numa mesma área agrícola.
As espécies escolhidas devem ter, ao mesmo tempo, propósitos
comercial e de recuperação do solo.
Fazendo culturas diferentes, promovendo a rotação de herbicidas e
insecticidas, melhora o controlo de plantas daninhas e insectos, pois
quebra o seu ciclo de desenvolvimento, variação da absorção de
nutrientes, e ainda variação radicular explorando de diferentes
Exemplo de cultura
formas o solo. diversificada

A monocultura ou mesmo o
sistema contínuo de sucessão do
tipo trigo-soja ou milho safrinha-
soja, tende a provocar a
degradação física, química e
biológica do solo e a queda da
produtividade das culturas.
Também proporciona condições mais favoráveis para o
desenvolvimento de doenças, pragas e plantas daninhas.
As vantagens da rotação de culturas são inúmeras.
Além de proporcionar a produção diversificada de alimentos e outros
produtos agrícolas, essa prática melhora as características físicas,
químicas e biológicas do solo; auxilia no controle de plantas daninhas,
doenças e pragas; repõe matéria orgânica e protege o solo da acção
dos agentes climáticos e ajuda a viabilização do Sistema de

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Sementeira Directa e dos seus efeitos benéficos sobre a produção


agropecuária e sobre o ambiente como um todo.
Para a obtenção de máxima eficiência, na melhoria da capacidade
produtiva do solo, o planeamento da rotação de culturas deve
considerar, preferencialmente, plantas comerciais e, sempre que
possível, associar espécies que produzam grandes quantidades de
biomassa e de rápido desenvolvimento, cultivadas isoladamente ou
em ligação com culturas comerciais.
É necessário que o agricultor utilize todas as tecnologias à sua
disposição, entre as quais se destacam: técnicas específicas para
controlo de erosão; colagem, adubação; qualidade e tratamento de
sementes, época e densidade de sementeira, cultivos adaptados,
controle de plantas daninhas, pragas e doenças.
O uso da rotação de culturas conduz à diversificação das actividades
na propriedade, permitindo estabelecer esquemas que envolvam
apenas culturas anuais, tais como: soja, milho, arroz, sorgo, algodão,
feijão e girassol, ou de culturas anuais e pastagem.
Foram identificados dois sistemas culturais dominantes na Zona
Vulnerável 1.
Junto ao litoral, em campos de masseira, com predomínio de
Arenossolos e, na zona central, em Cambissolos e Regossolos,
pratica-se uma horticultura intensiva de ar livre e em estufa.
Na zona Norte e Sul interior, pratica-se a rotação forrageira (azevém),
ferrejo/milho (grão ou silagem) associada à produção animal, em
particular, de bovinos de leite.
Na zona das masseiras, a proximidade do nível freático da zona
radicular, a elevada permeabilidade dos solos e a utilização intensiva
de adubos constituem factores de grande vulnerabilidade à poluição
das águas subterrâneas, com nitratos de origem agrícola.
No sistema forrageiro, a actual prática de fertilização azotada do
milho, com incorporação de chorume e uma única aplicação de
adubos de libertação lenta de azoto, à instalação da cultura,

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associada aos volumes de rega, normalmente praticados pelos


agricultores, não origina grandes problemas de lixiviação na ZV1.
Há, no entanto, poluição pontual nos seguintes casos: i) quando
ocorre precipitação após o agricultor ter realizado regas; ii) quando os
volumes de rega aplicados excedem a capacidade de retenção dos
solos; iii) quando o excesso de fertilização dá origem a teores altos de
azoto residual, no final da cultura e, portanto, passíveis de serem
lixiviados no Outono-Inverno.
Pelo contrário, no azevém, a prática tradicional de incorporação de
chorume de bovino, antes da sua instalação, no Outono, dá origem a
lixiviação de azoto e não traz benefícios para a cultura, uma vez que
a extracção de azoto, nas primeiras dez semanas, é muito reduzida,
devido às condições normais de saturação do solo e baixa
temperatura ambiente.
Em relação às vantagens e desvantagens há enumeras versões cada um defendendo o
seu ponto de vista consoante seja a favor ou contra. Mas mesmo com essas
condicionantes vou apresentar algumas ideias de possíveis vantagens e desvantagens da
agricultura biológica.

Vantagens
A longo prazo é a única forma de deixarmos uma herança de orgulho
às gerações vindouras;
Prevenir a erosão do solo;
Proteger a qualidade da água;
São mais benéficos para a saúde;
Vêm de um método de cultivo mais amigo do ambiente;
Na sua produção ouve controlo e certificação;
Não são usados organismos geneticamente modificados na sua
produção;
Os alimentos são mais saborosos;
O método de produção respeita o bem-estar animal;
São produtos que não contêm aditivos prejudiciais;
Promover a biodiversidade;

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Desvantagens
Pesquisadores dizem que o alimento orgânico é menos seguro que o
alimento não orgânico, especialmente por causa de problemas
relacionados com a sua conservação.
De acordo com esses críticos, os males provocados por um alimento
estragado (isto é, sem conservação adequada) é comprovadamente
maior do que o consumo de produtos químicos artificiais em níveis
convencionais.
Além disso, há o risco aumentado de que alimentos cultivados
organicamente apresentem doenças naturais, como vírus e fungos
potencialmente prejudiciais aos seres humanos.
São mais caros que os produtos normais;
Existem poucos locais de venda;

Produtos Transgénicos
Os produtos transgénicos ou OGM (Organismos Geneticamente
Modificados) são organismos a cujas células foram adicionadas
células de outros seres vivos, para que sejam mais resistentes a
pragas de insectos e para que se conservem mais facilmente.
Os primeiros alimentos a serem modificados foram a soja e o milho.
Apesar de Portugal ter produzido milho transgénico em 1999,
actualmente deixou de produzir, limitando-
se a importar produtos transgénicos.
A Espanha é o maior produtor de produtos
transgénicos da União Europeia.
A aplicação mais imediata dos organismos
transgénicos (e dos organismos
geneticamente modificados em geral) é a
sua utilização em investigação científica.
Produtos
transgénicos

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No caso das plantas, por exemplo, espécies com um reduzido ciclo de


vida podem ser utilizadas como "hospedeiras" para a inserção de um
gene de uma planta com um ciclo de vida mais longo.
Estas plantas transgénicas poderão depois ser utilizadas para estudar
a função do gene de interesse mas num espaço de tempo muito mais
curto.
Este tipo de abordagem é também usado no caso de animais.
Em outros casos, a utilização de transgénicos é uma abordagem para
a produção de determinados compostos de interesse comercial,
medicinal ou agronómico.
Há exemplos de vários projectos em diferentes estádios de
desenvolvimento para melhoramento de plantas no que diz respeito
ao aumento da resistência a doenças e pragas, como por exemplo o
vírus do mosaico.
Também há exemplos de plantas com resistências a fungos e
bactérias.
Outra característica que está a ser melhorada através da modificação
genética é por exemplo o valor nutricional de cereais e frutos.
Estudos estão a ser feitos para transferir material genético de plantas
de ervilha com vista a produzir arroz com um maior nível proteico.
Milho, soja e outras leguminosas estão a ser modificados com vista
a alterar o seu conteúdo em gorduras saturadas.
Outro exemplo é ainda o de batatas com um teor mais alto de
amido, que permitirá uma menor absorção de óleo durante a fritura,
proporcionando assim um método alternativo de produzir produtos
com menor quantidade de gordura.
Frutos e legumes contendo níveis mais altos de vitaminas, como por
exemplo aumentar a quantidade de vitamina A em batatas,
bananas e tomate.
Exemplos de plantas onde será importante a redução do efeito
alérgico são os amendoins, soja, nozes e arroz.
Os produtos transgénicos podem estar em praticamente qualquer
produto alimentar - bolachas, salsichas, chocolate, pizzas,

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hamburgers ou cereais - isto porque os animais que comem as


plantas e que mais tarde dão origem à carne alimentaram-se de
produtos transgénicos.
Por isso, pode, quando ingerir um hamburger, estar a alimentar-se de
transgénicos - apesar de indirectamente

Vantagens e desvantagens dos produtos transgénicos


Actualmente, não existe uma posição uniforme face a este problema,
pois a comunidade científica encontra-se dividida.
Enquanto há quem diga que os produtos transgénicos podem ter um
valor nutricional aumentado e que até podiam resolver os problemas
alimentares dos países menos desenvolvidos, há também quem diga
que os transgénicos têm vários inconvenientes, sendo um dos quais o
facto de não haver estudos sobre os efeitos dos transgénicos nos
seres humanos.
Para além disso, experiências demonstram que a toxina BT do milho
polui os solos durante vários anos, e que as plantas geneticamente
modificadas matam os insectos que as comem, mas também matam
as joaninhas que depois comem os insectos. Consequentemente, os
ecossistemas ficam desestabilizados.

Politica Agrícola Comum


O défice de produção, o aumento da dependência agro-alimentar e a
diminuição do nível de vida dos agricultores foram os principais
factores responsáveis pela criação da Política Agrícola Comum.
Esta política tinha como grandes objectivos: garantir a auto-
subsistência alimentar da população dos Estados-membros; aumentar
a produtividade agrícola e o rendimento dos agricultores; estabilizar
os mercados, assegurando preços razoáveis aos consumidores.
A lógica de produção promovida pela PAC baseou-se no
desenvolvimento de técnicas agrícolas, da investigação agronómica e
num conjunto de incentivos aos agricultores, tais como: a garantia do

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escoamento dos produtos, preços garantidos e protecções aduaneiras


aos produtos comunitários.
Os princípios fundamentais que caracterizam o mercado agrícola
comum são: (1) mercado unificado (livre circulação de produtos
agrícolas no espaço intracomunitário); (2) preferência comunitária (os
produtos europeus gozam de preferência e têm preços vantajosos
relativamente aos produtos importados); (3) solidariedade financeira
(as despesas resultantes da aplicação da PAC são suportadas pelo
orçamento comunitário).
O avolumar dos excedentes de produção, dos desequilíbrios regionais
e a diversidade de problemas inerentes ao alargamento da
Comunidade de 6 para 12 países foram as principais circunstâncias
que determinaram a reforma da PAC de 1992.
A reforma da PAC de 1992 tinha como objectivos principais: reduzir os
preços, a produção excedentária e os custos orçamentais de alguns
sectores; estagnar a subida dos rendimentos agrícolas; reduzir
diferenças entre Estados-membros; conceder subsídios aos
agricultores que enveredassem por uma agricultura menos intensiva
e procedessem à florestação do solo agrícola; garantir a manutenção
das explorações agrícolas familiares.
Com a reforma da PAC de 1992 foram criados novos mecanismos de
controlo da produção quer pela formulação de novos critérios de
ajuda, com subsídios atribuídos em função da área das explorações e
dos rendimentos médios por hectare, quer pela redução da área
cultivada, em que os agricultores com uma área equivalente a uma
produção superior a 92 toneladas/ano de cereais eram obrigados a
diminuir em 15% as suas terras aráveis.
As dimensões estruturais, florestais e ambientais da PAC foram
reforçadas uma vez que as medidas de acompanhamento
estabelecidas previam reformas antecipadas, tendo em vista a
diminuição do envelhecimento da população agrícola; incentivos à
reconversão cultural, pela florestação de solos agrícolas e a criação
de parques naturais; financiamentos específicos a zonas

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desfavorecidas, visando a protecção do meio ambiente e dos recursos


naturais (por ex., protecção das aguas superficiais e subterrâneas,
diminuição do uso de produtos químicos, desenvolvimento da
agricultura biológica).

Ciclo do Azoto
O azoto é um elemento essencial à vida, participando na constituição
das proteínas, do ADN (Ácido Desoxirribonucleico), do ARN (Ácido
Ribonucleico), da clorofila e de outras importantes moléculas
orgânicas, representando o quarto elemento mais abundante nos
tecidos vivos.
Apesar de o azoto (N2) ser predominante na atmosfera terrestre
(cerca de 78%), a maioria dos seres vivos não possui a capacidade de
utilizá-lo directamente nesta forma, tal como fazem com o oxigénio e
o dióxido de carbono.
Antes de o Homem intervir no ciclo natural do azoto, este elemento
estava escassamente disponível para o mundo biológico, funcionando
como um factor marcante, que controlava a dinâmica, biodiversidade
e funcionamento de muitos ecossistemas.
Durante o último século, as actividades humanas aceleraram a taxa
de fixação do azoto nos solos, duplicando a transferência anual de
azoto da fonte inesgotável, mas inacessível, que é a atmosfera, para
formas biológicas acessíveis, de grande mobilidade.

Até finais da década de 70 a maior parte dos fertilizantes azotados


produzidos industrialmente destinava-se à aplicação nos países
desenvolvidos, mas o cenário tem vindo a alterar-se e neste
momento são os países em vias de desenvolvimento os maiores
consumidores.
As previsões de aumento populacional, especialmente nestes países,
indiciam a manutenção desta tendência.

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Cerca de um terço da superfície terrestre está votada a usos agrícolas


e pastoris e o Homem converteu extensas áreas de vegetação natural
em monoculturas de leguminosas.
Uma vez que estas plantas suportam comunidades de
microrganismos fixadores de azoto, estas culturas representam novas
fontes biológicas de azoto facilmente disponibilizáveis.
As instalações de criação intensiva de animais são muitas vezes
responsáveis pelo aumento dos níveis de nutrientes azotados dos
solos e massas de água envolventes.
Além da fixação de azoto, as actividades antropogénicas são
igualmente responsáveis por aumentar a quantidade de azoto que se
encontra em circulação.
Por exemplo, a queima de combustíveis fósseis, que ocorre nos
veículos e indústrias, liberta para a atmosfera azoto armazenado nas
formações geológicas durante milhões de anos e que assim teria
permanecido se não fossem as actividades humanas.
Mas existem outros exemplos do aumento da mobilização do azoto,
como a queima de florestas, a utilização de madeira como
combustível, a drenagem de zonas húmidas, que estabelece as
condições ideais para a oxidação da matéria orgânica do solo, e as
desflorestações para preparação de terras agrícolas.

Efeitos das alterações no ciclo do azoto

Apesar de as atenções terem estado centradas na redução das


emissões de dióxido de carbono, devido ao seu papel no aquecimento
global do planeta, o N2O, libertado essencialmente pela combustão, é
também um importante gás de efeito de estufa, 200 vezes mais
potente que o CO2 (embora por cada 3000 moléculas de CO2
libertado, apenas uma molécula de N2O chegue à atmosfera).
Para além deste aspecto, ele é pouco reactivo na troposfera,
podendo permanecer por mais de 150 anos a exercer os seus efeitos.

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Quando sobe para a estratosfera, e na presença das energéticas


radiações ultravioleta, este gás pode desencadear reacções que
levam à depleção da já fina camada protectora de ozono.
Ao contrário do anterior, os óxidos de azoto (NOx), particularmente o
monóxido e dióxido de azoto emitidos pelos processos de combustão
e como produtos de reacções do N2O, e a amónia volatilizada são
altamente reactivos e, por isso, de vida muito mais curta, pelo que as
alterações na composição química da atmosfera de sua
responsabilidade são apenas detectadas a nível local ou regional.
Estas alterações incluem a catalisação da reacção de formação de
ozono na troposfera, o principal constituinte do nevoeiro fotoquímico,
que tem consequências perigosas para a saúde humana, assim como
para a produtividade dos ecossistemas.

Estrumes Orgânicos
Estrume é designação dada ao material orgânico em avançado
estado de decomposição utilizado como fertilizante e condicionador
dos solos para melhoria das práticas agrícolas.
Os estrumes contribuem para a fertilidade dos solos pela adição de
matéria orgânica e de
nutrientes para as plantas, tais
como o azoto e o fósforo.
As diferentes formas como os
estrumes sólidos e líquidos se
comportam no solo podem ser
aproveitadas para exercer uma
gestão do solo adequada às
Estrume
rotações culturais. Por orgânico
exemplo, estrumes bem
compostos podem ser utilizados antes das culturas que não sejam
muito exigentes em azoto no inicio da cultura, e estrumes mais
frescos e estrumes líquidos podem ser utilizados para disponibilizar
azoto no curto prazo às culturas.

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Fertilizantes Inorgânicos
Fertilizante inorgânico ou
fertilizante mineral é o nome dado
pela Organização Internacional para
Padronização ao fertilizante no qual
os nutrientes declarados estão na
forma de sais inorgânicos obtidos Fertilizante
por extracção e/ou por processos Inorgânico

industriais químicos e/ou físicos.


Genericamente, o termo aplica-se ao material fertilizante que não
contém carbono como componente essencial da sua estrutura
química básica.
Os fertilizantes inorgânicos comerciais geralmente contêm uma
mistura em partes variáveis dos três nutrientes fundamentais:
nitrogénio (N), fósforo (P) e potássio (K), sendo por isso
correntemente designados por NPK.
Designam-se por completos quando contêm os três elementos, e por
incompletos quando contêm apenas um nutriente, como nitrato de
amónia, ou um composto de dois nutrientes, como fosfato de
amónia.
Outros nutrientes e micro elementos podem fazer parte da sua
composição, mantendo-se no entanto como principal referência as
proporções dos três elementos fundamentais, habitualmente
colocados nos rótulos sob a forma N-K-P.
Assim, por exemplo, um fertilizante marcado como 10-5-3 é composto
por 10 partes de potássio para cada 5 partes de fósforo e cada 3
partes de potássio.
Eficiência e Desvantagens
Os fertilizantes inorgânicos são, caracteristicamente, de rápida acção
e baixo custo.
No entanto, alguns fertilizantes, como os baseados em amónia,
podem acidificar o solo numa utilização a longo prazo.

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Uma vez que estes fertilizantes são sais, uma das suas maiores
desvantagens é o seu potencial para lixiviar o solo e queimar
colheitas, se forem mal aplicados.
Fertilizantes com baixa taxa de libertação de nitrogénio estão
disponíveis, mas a um preço muito mais elevado.
Estas taxas de libertação são regidas por factores ambientais, tais
como o nível de humidade do solo e a temperatura.

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