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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Colégio Técnico da Universidade Rural


Curso Técnico em Agroecologia (Concomitância Externa)
Disciplina de Introdução à agroecologia
Profº Robledo Mendes da Silva

GABRIEL RODRIGUES LIMA – 20243000220


TURMA 15

Em nossas aulas abordamos adotamos como fonte bibliográfica o DICIONÁRIO DE


EDUCAÇÃO DO CAMPO, para essa atividade assíncrona trataremos em especial do
verbete “Revolução Verde” escrito por Mônica Cox de Britto Pereira.
Em um trecho selecionado a autora afirma: “Os defensores da Revolução Verde
afirmavam que somente com a melhoria das técnicas de produção seria possível acabar
com a escassez e a dependência de alimentos; consideravam-na, assim, como uma
solução para a crise de alimentos.”
No vídeo a seguir apresentado pelo veículo “AgroCultura” notamos a seguinte
propaganda:
“A revolução verde que transformou o Brasil em potência agrícola”
Dedica parte de uma edição de
programa para divulgar “Um brasileiro
na disputa pelo prêmio Nobel da paz
2021. O engenheiro agrônomo,
professor e ex-ministro Alysson
Paulinelli criou a revolução verde que
transformou o Brasil em potência
agrícola e garantiu mais alimentos para o mundo.”
https://www.youtube.com/watch?v=pC9UO-u1qOY

QUESTÃO 01- Assista o vídeo (trecho entre 14min e 30seg até 25min e 20
segundos) e destaque 01 argumento de defesa da Revolução Verde.
A Revolução Verde foi um marco crucial para a economia brasileira, especialmente
considerando sua posição geográfica como país tropical. Essa transformação permitiu
que o Brasil se destacasse como um dos principais exportadores de
alimentos do mundo. Ao aproveitar as condições climáticas e os recursos naturais
abundantes, o país conseguiu maximizar sua produção agrícola e diversificar sua base
exportadora.
O clima tropical do Brasil oferece condições ideais para o cultivo de uma variedade de
culturas agrícolas, desde grãos como soja e milho até frutas tropicais como manga e
abacaxi. A Revolução Verde trouxe avanços tecnológicos e práticas agrícolas que
impulsionaram ainda mais essa produção, aumentando a eficiência e a produtividade
das colheitas.
Essa grande produção agrícola não só supriu as demandas internas por alimentos, mas
também abriu portas para o comércio internacional. O Brasil passou a ser reconhecido
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como um fornecedor confiável e competitivo no mercado global de alimentos, gerando


receitas substanciais em moeda estrangeira e contribuindo positivamente para a
balança
comercial. Além disso, a expansão do setor agrícola impulsionou o desenvolvimento
econômico em áreas rurais, criando empregos e oportunidades de negócios. O
agronegócio brasileiro se tornou um motor importante da economia, atraindo
investimentos e promovendo o crescimento em cadeias produtivas relacionadas, como
processamento de alimentos, logística e transporte.
Portanto, é inegável que a Revolução Verde desempenhou um papel crucial na
transformação do Brasil em um dos principais exportadores de alimentos do mundo,
aproveitando suas condições tropicais favoráveis para impulsionar o
crescimento econômico e a prosperidade nacional.

QUESTÃO 02- Observe atentamente a sequência de charges a seguir e relacione


com o combate agroecológico ao projeto de Revolução Verde. Com base no texto de
por Mônica Cox de Britto Pereira apresente 02 argumentos contrários a herança
deixada pela Revolução Verde.
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A revolução verde trouxe vários aspectos negativos para a natureza, saúde pública e
sociedade, entre esses, destacam-se a obrigação de utilizar sementes geneticamente
modificadas e até mesmo transgênicas, bem como a utilização de
produtos químicos questionáveis por parte de indústrias farmacêuticas, produtos esses
proibidos em países mais desenvolvidos.
A imposição de sementes geneticamente modificadas gerou uma série de preocupações.
Além das questões éticas relacionadas à manipulação genética, houve também uma
crescente dependência dos agricultores em relação às empresas que detêm o controle
dessas sementes patenteadas. Isso resultou em uma perda significativa da diversidade
genética das culturas agrícolas, colocando em risco a segurança alimentar a longo
prazo.
A introdução de produtos químicos proibidos em países mais desenvolvidos também
levanta sérias preocupações ambientais e de saúde pública. Muitas vezes, esses
produtos são aplicados sem o devido cuidado ou consideração pelos impactos a longo
prazo no solo, na água e na saúde das comunidades agrícolas. Além disso, a exposição
crônica a esses produtos químicos tem sido associada a uma série de problemas de
saúde, incluindo doenças crônicas e distúrbios hormonais.
Esses aspectos negativos da Revolução Verde destacam a necessidade de uma
abordagem mais equilibrada e sustentável para a agricultura. É fundamental
considerar não apenas a produtividade imediata, mas também os impactos a longo
prazo no meio ambiente, na saúde humana e na resiliência das comunidades agrícolas.
Isso requer investimentos em práticas agrícolas regenerativas, incentivos para a
diversificação de culturas e sistemas alimentares mais resilientes e
justos. Somente assim poderemos verdadeiramente avançar em direção a uma
agricultura sustentável e responsável.

A Revolução Verde, embora tenha impulsionado avanços significativos na


produtividade agrícola e na segurança alimentar, também desencadeou um impacto
negativo ao desvalorizar a mão de obra no campo através da mecanização,
contribuindo para o êxodo rural.
A introdução de tecnologias agrícolas modernas durante a Revolução Verde resultou
em uma diminuição da demanda por trabalhadores rurais, à medida que máquinas e
equipamentos substituíam as tarefas que antes eram realizadas manualmente. Isso levou
à desvalorização da mão de obra no campo, uma vez que os agricultores precisavam de
menos trabalhadores para operar as novas máquinas e realizar as tarefas agrícolas.
Como consequência, muitos trabalhadores rurais foram deixados sem emprego ou
viram seus salários reduzidos, o que os incentivou a migrar para áreas urbanas em
busca de oportunidades de trabalho e em busca de uma condição de vida melhor. Esse
êxodo rural resultou em uma série de desafios socioeconômicos, incluindo o
crescimento desordenado das áreas urbanas, problemas de habitação, infraestrutura
inadequada e aumento da pobreza urbana.
Portanto, embora a Revolução Verde tenha trazido avanços importantes para a
agricultura, é crucial reconhecer e abordar os impactos negativos que ela teve na mão
de obra rural e no êxodo rural. Políticas e programas devem ser implementados para
mitigar esses efeitos negativos e garantir que o desenvolvimento agrícola seja
equitativo e sustentável para todas as partes interessadas envolvidas no setor agrícola.

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