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Aula 05

PM-SP (Soldado) Geografia Geral e do


Brasil - 2023 (Pré-Edital)

Autor:
Sergio Henrique

09 de Dezembro de 2022

92850677191 - IARA MARTINS PEREIRA


Sergio Henrique
Aula 05

SUMÁRIO

Sumário ............................................................................................................................. 1
00. Bate-Papo Inicial .......................................................................................................... 3
1. Agricultura: Aspectos Gerais e Limitantes Físicos ........................................................... 4
2. Solos .............................................................................................................................. 7
2.1. Os Solos do Brasil ..................................................................................................................... 10
3. Agronegócio................................................................................................................. 12
3.1. A Biotecnologia ........................................................................................................................ 14
3.2. Produção de Alimentos Geneticamente Modificados .............................................................. 15
3.3. A Polêmica dos Transgênicos e a Lei de Biossegurança........................................................... 15
3.4. Bioética ..................................................................................................................................... 18
3.5. Os Alimentos Transgênicos um Paradigma Mundial ............................................................... 18
3.6. Vantagens e Desvantagens Sobre Transgênicos ...................................................................... 20
3.6.1. Vantagens dos Alimentos Transgênicos ............................................................................................................... 20
3.6.2. Desvantagens dos Alimentos Transgênicos .......................................................................................................... 20

4. Modelos Agrícolas ....................................................................................................... 21


4.1 Agricultura Moderna ................................................................................................................. 21
4.1.2 Os EUA e os Belts (cinturões agrícolas) .................................................................................. 22
5. Agricultura Intensiva Não Mecanizada ......................................................................... 24
5.1. Agricultura de Jardinagem ....................................................................................................... 24
5.2. Agroecologia ou Agricultura Sintrópica ................................................................................... 25
5.3. Agricultura Itinerante ............................................................................................................... 26
6. A Agropecuária no Brasil .............................................................................................. 28
6.1. Contexto Atual .......................................................................................................................... 29
6.2. Principais Cultivos Temporários e Permanentes ...................................................................... 30
6.2.1. Lavouras Temporárias .......................................................................................................................................... 30
6.2.2. Lavouras Permanentes ......................................................................................................................................... 36

7. Impactos Sociais e Naturais da Atividade Agrícola ....................................................... 49


7.1. Revolução Verde e a Atualização Territorial ............................................................................ 51
7.2. Agricultura Familiar, Desenvolvimento Social e Segurança Alimentar ................................... 53
8. A Pecuária Brasileira .................................................................................................... 54

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8.1. Bovinos e bubalinos .................................................................................................................. 54


8.2. Suínos e Aves ............................................................................................................................ 57
8.3. Caprinos e Ovinos ..................................................................................................................... 58
9. Texto Complementar ................................................................................................... 59
10. O Sistema Brasileiro de Transportes ........................................................................... 60
10.1. O Transporte Rodoviário ........................................................................................................ 69
11. Orientações de Estudos (Checklist) e Pontos a Destacar ............................................. 72
12. Questionário de Revisão ............................................................................................ 78
Questionário – Somente Perguntas ................................................................................................ 78
Questionário – Perguntas e Respostas ........................................................................................... 78
13. Exercícios ................................................................................................................... 82
14. Gabarito................................................................................................................... 162
15. Considerações Finais ................................................................................................ 163

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00. BATE-PAPO INICIAL


Olá, amigo concurseiro! É com muita alegria que o recebo novamente para falarmos de
Geografia. Estudar as aulas anteriores é fundamental para que você possa compreender muitas
das coisas que vamos tratar aqui. Leia com atenção o seu texto de apoio, releia e pratique
exercícios. Aos poucos, o conteúdo básico vai ficar retido na sua memória. Claro que, para isso, é
muito importante que você faça suas próprias anotações, em forma de resumo ou comentários
nos exercícios, não importa como, você escolhe. O importante é estudarmos bastante e nos
concentrarmos nos estudos. Estimule sua disciplina e procure motivação pensando em seus
sonhos. Bons estudos!

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1. AGRICULTURA: ASPECTOS GERAIS E LIMITANTES FÍSICOS


A revolução agrícola foi uma das principais revoluções promovidas pela inteligência
humana. O controle da natureza e da produção de alimentos teve como consequência a
sedentarização do homem, ou seja, a espécie humana passou a se fixar no espaço geográfico.
As práticas de domesticação de plantas e animais, que são inerentes à agricultura,
representaram um marco na evolução humana. Os primeiros grupos se estabeleceram em locais
com boa disponibilidade de recursos hídricos, minerais e solos férteis.
Eles se dedicaram ao desenvolvimento das práticas agrícolas e apresentaram uma taxa de
reprodução maior, o que, biologicamente falando, quer dizer que obtiveram maior sucesso em
relação aos grupos nômades. A maior oferta de alimentos também promoveu um considerável
aumento populacional.
Estima-se que a agricultura surgiu há cerca de 10.000 anos, nas margens das grandes
planícies fluviais dos rios Nilo, Tigre e Eufrates, na região conhecida como Crescente Fértil, que
compreendia o Egito Antigo e a Mesopotâmia, hoje Egito, Israel, Síria, Líbano, parte da Turquia e
Iraque até a Cordilheira de Zagros, na fronteira com o Irã, como apresentado no mapa abaixo.
A partir daí, a agricultura foi difundida para a Europa Central pelo Mar Egeu, por
descendentes de Anatólios, povos que habitavam a região do Crescente Fértil e que já praticavam
a agricultura na região.

Na Antiguidade, a agricultura estava diretamente ligada às crenças religiosas, pois


acreditava-se que a produção agrícola dependia dos deuses da chuva, da fertilidade do solo e de

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outros elementos da natureza. Os gregos, por exemplo, tinham como deusa da terra cultivada
Demeter ou Demetra, propiciadora do trigo, planta símbolo da civilização. Já os romanos
veneravam a deusa Ceres, celebrando seu despertar na primavera.
Na Idade Média, a organização política dos feudos começou a ter influência direta na
produtividade agrícola. A concentração de terras agrícolas, a partir daí, tornou-se também uma
forma de dominação dos senhores feudais e da igreja (proprietários de grandes porções de terras)
sobre os pequenos produtores adeptos da agricultura de subsistência em pequenas propriedades.
Na Idade Contemporânea, a fome assolou o mundo nos períodos pós-primeira e segunda
guerras mundiais. Com isso, surgiu a necessidade de aumentar a produção de alimentos, período
em que houve grandes avanços nas técnicas agrícolas que culminaram no aumento das áreas
cultiváveis no globo terrestre.
A agricultura é praticada em grande parte do planeta, mas a exceção é feita para algumas
sociedades nativas ainda existentes pelo mundo, como tribos nômades africanas e algumas tribos
amazônicas.
Ainda existem elementos naturais que limitam o cultivo das lavouras, como nos grandes
desertos e em localidades com climas frios, como em áreas de elevadas altitudes, nos topos de
montanhas e nas regiões polares e subpolares, situadas nas latitudes mais altas do planeta.
O principal elemento natural que limita a agricultura é o clima, que também influencia nas
características do solo. Por sua vez, as características de determinado solo serão limitadoras ou
propulsoras para a atividade agrícola. De acordo com a profundidade e fertilidade, podemos
cultivar em determinado solo ou não.
As áreas do Brasil sob a influência do clima tropical, por exemplo, com médias de
temperatura mais elevadas, boa luminosidade anual e chuvas concentradas durante o verão, são
favoráveis aodesenvolvimento agrícola. Contudo, dependem de um manejo adequado do solo para
serem altamente produtivas.
Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), com dados
consolidados pela Embrapa, em 2020 o Brasil se posicionou como o segundo maior exportador
agropecuário do mundo, responsável por 19% do mercado global, abaixo apenas dos Estados
Unidos.
Entre os principais produtos estão a soja, o milho, o café, as carnes bovina e de frango, além
de produtos relacionados ao extrativismo, advindos do setor madeireiro, e cultivos relacionados à
agricultura comercial de produtos tropicais como frutas, como podemos visualizar no mapa a
seguir.

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2. SOLOS
Os solos são o resultado da alteração da rocha matriz ao longo do tempo dado pela ação da
temperatura, da pluviosidade, dos ventos, da pressão na crosta terrestre e pela ação de
organismos biológicos.
Essa ação combinada entre esses diferentes agentes, sejam eles biológicos, químicos ou
mecânicos, sobre determinado tipo de rocha é chamada de intemperismo ou meteorização.O
processo de formação dos solos é chamado de pedogênese. Os estudos sobre os solos são feitos
pela área da pedologia.
Vários fatores podem interferir na fertilidade dos solos, como o tipo de rocha, a quantidade
de matéria orgânica,a ação de microrganismos, de animais e das raízes das plantas. É um processo
lento, que demora milhares de anos para ocorrer. Para se ter ideia, são necessários 400 anos para
a formação de 1 cm de solo.
Se cavarmos esse solo até atingirmos a rocha, veremos que o seu perfil não é totalmente
homogêneo, sendo as camadas superficiais mais antigas (e, por isso, mais alteradas) que as
camadas profundas.
Os solos são compostos por uma parte sólida e uma parte porosa, que contribuem para a
ocorrência de vida sobre ele. Na parte sólida, quase a metade corresponde à sua composição
mineral e uma parte menor equivale à existência de matéria orgânica. A porção porosa pode ser
preenchida por água ou por ar, conforme indicado na figura a seguir.

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Para estudar melhor os solos, eles são


divididos em horizontes: O, A, E, B, C e R, sendo
este último a rocha consolidada, que dá origem ao
solo, como detalhado ao lado.
Quanto mais horizontes um solo possui,
mais profundo ele é. Quanto mais se aprofunda,
mais pedregoso esse solo se apresenta.
Os solos podem ser classificados,
basicamente, em solos maduros, que são mais
antigos, mais alterados, mais desenvolvidos e
profundos, como os argissolos e os latossolos, e
solos jovens, que são pouco desenvolvidos e que
possuem menor profundidade, como neossolos e
os litossolos.
A profundidade dos solos está diretamente
ligada às zonas climáticas onde eles estão
localizados, está também ligada ao tempo em que
tal área sofre com a ação dos agentes exógenos
(externos) que promovem o intemperismo.
Em áreas de clima quente e seco na maior parte do ano, a umidade e a pluviosidade são
baixas, o que faz com que os solos sejam arenosos, pouco profundos e consequentemente pouco
desenvolvidos.
Nas zonas tropicais temos maiores temperaturas e uma maior quantidade de chuvas,
econsequentemente um processo erosivo e intempérico mais intenso. Portanto, os solos tendem a
ser mais profundos quando a temperatura e a pluviosidade são maiores.
Em áreas com elevadas taxas de pluviosidade, os solos são profundos, mas sofrem com uma
lixiviação (solubilização, ou lavagem, dos constituintes químicos) excessiva. Essa lavagem faz os
solos perderem nutrientes importantes, assim, tornam-se mais ácidos e são pouco férteis. No
entanto, mediante técnicas de fertilização e de redução da acidez do solo, é possível tornar esses
solos extremamente produtivos.
É importante lembrar que os solos são recursos naturais não renováveis, assim como os
recursos minerais. A perda de solo está entre os grandes problemas provocados pelo
desmatamento, pela agricultura por meio da implantação de culturas temporárias, pela expansão
urbana e industrial, entre outras atividades antrópicas.

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São bilhões de toneladas de solos perdidos todo ano no mundo. Segundo dados de 2019
publicados pela FAO, o planeta perde 24 bilhões de toneladas de solos férteis todos os anos. É
como se o nosso planeta perdesse a cada 5 segundos uma quantidade de solo equivalente ao
tamanho de um campo de futebol.
A organização alerta que, no ritmo atual, mais de 90% dos solos da Terra podem estar
degradados até 2050. No Brasil, são estimadas perdas de 616,5 milhões de toneladas de terra ao
ano, decorrentes do processo de erosão do solo em lavouras anuais, e custos da ordem de US$ 1,3
bilhão ao ano.

Exemplos de solos férteis no mundo:

Tchernoziom (solo negro): encontrado em áreas de clima temperado do Leste


europeu, especialmente na Ucrânia, Romênia e Rússia europeia, da América do Norte e da
Argentina. É um solo profundo e muito rico em matéria orgânica e em nutrientes como cálcio
(Ca) e Magnésio (Mg).
Solos aluviais fluviais: são os solos encontrados nas regiões dos vales de grandes rios. São
chamados aluviaisporque sãoconstituídos por sedimentos de rochas transportados pelo leito
do rio. Quando os solos são compostos pela decomposição das rochas do local onde se
formam, são solos eluviais. Exemplos de solos aluviais são os das grandes planícies férteis
asiáticas como as que se formam nas margens dosrios Ganges (Índia), Indo (Paquistão),
Amarelo (Hoang-Ho) e Azul (Yang-Tsé) (China).
Solo Loess (solos aluviais eólicos): são solos profundos, formados por sedimentos de grãos
muito finos, como as argilas, transportados de várias regiões (aluviais) pela ação do vento
(eólica). Possui cor amarelada e é muito fértil. Pode ser encontrado na região da Manchúria,
que fica no nordeste da China, e no Meio-Oeste dos Estados Unidos.

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2.1. OS SOLOS DO BRASIL

Como podemos visualizar no mapa acima, mais da metade do território brasileiro é


composta pelas classes dos Latossolos (31,61%) e dos Argissolos (26,94%). Esses solos, assim como
todos os demais, variam de acordo com a sua estrutura e composição, o que altera inclusive a sua
denominação,por exemplo, o Latossolo Amarelo, Vermelho, ou ainda o Argissolo Vermelho-
Amarelo.
Em geral,esses solos são bastante desenvolvidos, com horizontes profundos e com boa
fertilidade ou relativamente fáceis de terem sua acidez corrigida. Por isso são amplamente
utilizados para o desenvolvimento agrícola.
Os solos pouco desenvolvidos correspondem a aproximadamente 18,5%, com horizontes de
baixa profundidade, como os Cambissolos (5,26%) e os Neossolos (13,24%). São encontrados em
regiões de relevo acidentado e/ou com baixos índices pluviométricos, processo muito importante
na desagregação das partículas das rochas que constituem os solos.
Os solos restantes são de menor representatividade no território nacional, como os com
abundância de matéria orgânica, como os Chernossolos (coloração escura), Espodossolos (matéria
orgânica associada à presença de alumínio) e Organossolos (horizonte superficial e subsuperficial
orgânico), que correspondem à 0,44%, 1,98% e 0,03%, respectivamente.

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Os Gleissolos (encharcados), os Luvissolos (com acumulação de argila) e os Planossolos


(relevo plano) estão concentrados nas áreas de planícies fluviais e correspondem a 4,69%, 2,85% e
2,67%, respectivamente.
Os Plintossolos (materiais argilosos que endurecem expostos ao ar), Nitossolos (do latim
nitidus, “brilhante”, conotativo de superfícies brilhantes nas unidades estruturais) e os Vertissolos
(do latim vertere, “inverter”, material de solo expansivo/contrativo que se movimenta na
superfície) correspondem a 6,95%, 1,14% e 0,21%, respectivamente, e estão espalhados pelo
território.
O restante do território brasileiro é composto por afloramentos rochosos, dunas e corpos
d’água. Conheça mais detalhes sobre os solos em algumas áreas do país:
 Solo de Massapê: É um solo de coloração mais escura, resultante da decomposição do
calcário e do gnaisse. Por conta dessa característica mineralógica, é um solo fértil. Ele é
encontrado no litoral nordestino (Zona da Mata). Foi na Zona da Mata pernambucana em
que foi implantado com sucesso o plantation de cana-de-açúcar pelos portugueses no
período colonial.
 Terra Roxa:Solo fértil resultado da decomposição do basalto, uma rocha vulcânica. É
encontrado principalmente nosestados de São Paulo e Paraná. A cor mais avermelhada
desse solo, que em italiano se pronuncia rossa, foi aportuguesada para roxa. O ciclo cafeeiro
em terras fluminenses e paulistas no século XIX e a sua expansão para o Sul de Minas Gerais
e o norte do Paraná foram possibilitados por esse solo.
 O solo do cerrado: Cerca de 46% dos solos do Cerrado brasileiro são latossolos com
tonalidades que variam do amarelo ao vermelho. Apesar de esse solo ser bastante
intemperizado e maduro, é um solo ácido, com poucos nutrientes. O método da calagem
(utilização de cal virgem para neutralizar a acidez) contribui para o aumento da
produtividade desse solo.
 O solo da Amazônia: É uma confusão muito comum atribuirmos a mega diversidade da flora
amazônica à fertilidade dos seus solos, mas não é correto. Na verdade, os solos amazônicos,
principalmente os latossolos e os argissolos, são pouco férteis e excessivamente lixiviados.
Contudo, a Floresta Amazônica está consolidada sobre uma grande camada de matéria
orgânica, reposta constantemente pela decomposição de folhas e animais mortos.

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3. AGRONEGÓCIO

São todos os setores produtivos da cadeia agrícola. Estão incluídos no agronegócio, por
exemplo, a lavoura mecanizada, assim como a indústria de maquinários agrícolas (insumos),
adubos e fertilizantes (componentes químicos).Inclusive o processamento final do alimento
também é englobado pelo agronegócio, por exemplo, uma fábrica de sucos, um laticínio ou um
grande frigorífico.
A modernização tecnológica no campo promoveu mudanças significativas. A agropecuária
desenvolveu-se tanto em pesquisasnas áreas de seleção e aprimoramentogenéticos das espécies
quanto no desenvolvimento de métodos de cultivo e colheita mecanizados, que se apresentam
cada vez mais automatizados.

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O desenvolvimento de insumos agrícolas, como plantadeiras, aradeiras, colheitadeiras e


tratores, fertilizantes e agrotóxicos, foi muito grande. Esta modernização no campo promoveu uma
transformação estrutural da agricultura e aumentou muito a produtividade.
A modernização no campo e o aumento de produtividade que ocorreu entre as décadas de
1950 e 1970 são conhecidos como Revolução Verde. Essa modernização no campo se deu a partir
do desenvolvimento de novas técnicas e seleção de espécies para viabilizar a agricultura em
regiões onde ela não era praticada por limitações naturais ou socioeconômicas.
A Revolução Verde contou com apoio da ONU, que via uma oportunidade para o aumento
da produção de alimentos e para erradicar a fome no mundo. Infelizmente esse objetivo não foi
alcançado. A produtividade aumentou, mas principalmente na agricultura comercial de exportação
(plantation mecanizado). Na África, por exemplo, na região conhecida como SAHEL (região na
transição do deserto do Saara para a savana, com os piores índices socioeconômicos do
continente) ocorreu a expansão da agricultura, entretanto voltada para exportação e não para
suprir as necessidades dos moradores daquela região.
Os países pioneiros a aderirem o pacote da Revolução Verde foram o México, Brasil, Índia e
Tailândia, que hoje são grandes produtores e exportadores agrícolas. Entre os avanços
tecnológicos para aumentar a produção agrícola, estão as melhorias genéticas em sementes, o
desenvolvimento de sementes híbridas, a mecanização e a redução do custo de manejo agrícola.
As grandes propriedades no Brasil e no mundo são essencialmente monocultoras voltadas à
exportação. O plantation normalmente produz poucos alimentos, ou nenhum. As lavouras de
milho e soja, por exemplo, são destinadas em sua grande maioria ao rebanho animal, para a
produção de carnes e de laticínios. Os alimentos são produzidos principalmente pela agricultura
familiar realizada nas pequenas propriedades.
Essa transformação técnica e tecnológica nas práticas agrícolas marcou a ascensão da
Revolução Verde.Ela se caracteriza pela inserção de um conjunto de inovações, como o uso de
defensivos agrícolas, sementes geneticamente modificadas, fertilizantes, implementos agrícolas
como tratores, plantadeiras, colheitadeiras, irrigadores, aspersores, entre outros.
Esse processo acentuou ainda mais a concentração de terras e contribuiu com o aumento da
área das grandes propriedades, também conhecidas como latifúndios. Essas áreas são
prioritariamente voltadas ao cultivo de monoculturas para exportação, suprimindo as vegetações
originais e acentuando as disputas no campo entre povos nativos e pequenos produtores.
Nesse cenário de aumento da desigualdade social, emergem os movimentos sociais, à frente
no combate à desigual distribuição de terras no Brasil está o Movimento dos Trabalhadores Rurais
sem Terra (MST), que tem como principal pauta a reforma agrária.

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Essa reorganização fundiária se trata da redistribuição de terras ociosas, que não estejam
ocupadas por algum tipo de atividade produtiva, para pequenos proprietários que buscam
oportunidades de implementar suas produções por meio do estabelecimento de umaprática
baseada na agricultura familiar.
Segundo dados do último Censo Agropecuário, de 2017, cerca de 77% dos estabelecimentos
rurais do Brasil são destinados à agricultura familiar. A sua produção é mais diversificada do que a
produção em grandes propriedades, ou seja, um modelo policultor, e é considerada menos
deletéria ao meio ambiente.

3.1. A BIOTECNOLOGIA

Para se obter produtos com características específicas, são realizadas várias pesquisas em
busca do melhoramento genético das plantas e também dos animais. No caso do manejo das
plantas, existem as sementes híbridas e as sementes transgênicas.
As sementes híbridas têm origem no cruzamento de espécies diferentes, mas pertencentes
à mesma família, que sãopolinizadas entre si a fim de se obter plantas mais resistentes. As
sementes híbridas geralmente derivam espécies que normalmente não são encontradas na
natureza.
Elas podem ser mais resistentes às pragas e às doenças,podem germinar mais rápido, virem
sem sementes, entre outras características desejáveis. Elas são mais produtivas do que as espécies
puras, mas as sementes de origem são criadas em laboratório, como de um maracujá-rubi ou um
mamão do tipo formosa.
Já os transgênicos são OGMs ou Organismos Geneticamente Modificados. São organismos
que recebem materiais genéticos de uma outra espécie doadora. Esse DNA alterado pode se
refletir na apresentação de alguma característica que a espécie receptora não tinha antes. Os
OGMs podem originar plantas mais resistentes à ação de pragas, ao uso de agrotóxicos, como
pesticidas e herbicidas, além de fazê-las mais adaptáveisàsvariações climáticas e a condições de
solo específicas.
Em 2020, o Brasil se transformou no maior produtor e exportador mundial de soja, e mais
de 90% dessa soja é transgênica. As primeiras pesquisas com a soja transgênica no Brasil
aconteceram em 1997, por meio da Embrapa em parceria com a iniciativa privada.

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3.2. PRODUÇÃO DE ALIMENTOS GENETICAMENTE MODIFICADOS

Estima-se que o uso de processamento biológico de microrganismos tenha começado há


mais de 6.000 anos com a produção de alimentos, como pães e bebidas fermentadas, em diversas
civilizações.
Por meio dabiotecnologia foi possível evoluir a produção de alimentos. Boa parte deles se
apresentam livres de alérgenos e toxinas, o que permitiu o desenvolvimento de culturas com perfis
nutricionais avançados por meio da suplementação de vitaminas e de nutrientes, reduzindo o uso
de produtos químicos agrícolas e produzindo culturas agrícolas com menor uso de insumos.
Os estudos biotecnológicos na área de produção de alimentos estão voltados para o
melhoramento genético de plantas, a reprodução vegetal afim de enriquecer populações
existentes, a geração de novos genótipos (composição genética) por meio da engenharia genética
e, também, para alterações do metabolismo das plantas.
Os feitos nas sociedades da biotecnologia são inegáveis em muitas áreas. Porém, quando
tratamos da produção de alimentos, vários fatores devem ser levados em consideração. São
crescentes as discussões sobre a utilização intensiva de agrotóxicos e fertilizantes inorgânicos, a
interferência no equilíbrio da natureza, a criação de sementes geneticamente modificadas, a
"poluição genética", uma vez que não é possível controlar os efeitos da disseminação de
organismos geneticamente modificados no ambiente, e por último a produção de alimentos
transgênicos, que suscita várias discussões e polêmicas.

3.3. A POLÊMICA DOS TRANSGÊNICOS E A LEI DE BIOSSEGURANÇA

A nova tecnologia implementada pelas plantas transgênicas, antes de serem liberadas pela
lei, provocou um grande debate entre os cidadãos e cientistas sobre os possíveis impactos nocivos
do uso dessas sementes.
São muitas as consequências e elas são muito variadas, pois refletem tanto no meio
ambiente quanto na economia e na saúde humana. As pesquisas realizadas sobre os impactos dos
alimentos transgênicos na saúde humana não foram efetivamente conclusivas, ou seja, eles foram
liberados antes de sabermos se podem provocar efeitos nocivos.
Os principais riscos apontados pelo uso de alimentostransgênicos são: risco de cruzamento
espontâneo, desaparecimento das espécies originais, dependência do produtor das grandes
corporações e o problema bioético sobre as patentes relacionadas aos organismos vivos.

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Para tentar minimizar os riscos na alimentação devido a possíveis mutações e adaptações


dos transgênicos, foi criado na Noruega um banco de sementes chamado de “banco do fim do
mundo”, que reúne coleções de sementes de todos os principais alimentos conhecidos pelo
homem em sua variedade natural.
Caso ocorra um problema imprevisto que possa comprometer a alimentação mundial,
teremos armazenadas as matrizes genéticas originais. No Brasil, enquanto o debate sobre os
transgênicos ocorria, foi aprovada no congresso a chamada Lei de Biossegurança, em 2005. Numa
mesma lei, foram aprovados dois temas polêmicos na época: o plantio de transgênicos e a
pesquisa com células-tronco (que contava com a resistência de grupos religiosos).
Pela existência de possíveis efeitos inesperados, esses organismos transgênicos são
integralmente avaliados pelas premissas da biossegurança alimentar, desde as suas características
e propriedades até suas funções, com o intuito de encontrar eventuais riscos existentes para a
saúde humana.
Esses riscos, quando encontrados, são analisados e caracterizados. Também são
desenvolvidas técnicas que possam reduzir ou erradicar os riscos e impactos existentes na
produção, liberação e comercialização dos transgênicos.
A biossegurança de transgênicos engloba diversas informações infundadas e ainda há falta
de conhecimento do tema. Em decorrência disso, parte da sociedade ignora a potencialidade
desses organismos na agricultura, economia, sociedade e meio ambiente.

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O desenvolvimento da biotecnologia suscita uma série de preocupações tanto para


cientistas quanto para a sociedade de maneira geral. Entre essas preocupações, destaca-se a
necessidade de se alfabetizar cientificamente a sociedade.
A realidade do mundo biotecnológico se apresenta como um processo aparentemente sem
limites, e a biossegurança, que em termos clássicos pode ser definida como a segurança
ocupacional e ambiental da moderna biotecnologia, de forma contraditória, começa a ocupar
espaços em ambientes não biotecnológicos, como hospitais, laboratórios de saúde pública,
hemocentros, etc.

COMO SE PRODUZ UMA PLANTA TRANSGÊNICA?


1. IDENTIFICAÇÃO E ISOLAMENTO: Uma característica reconhecida como importante para
uma planta é identificada. Depois, selecionam-se os genes responsáveis pela expressão dessa
característica;
2. TRANSFORMAÇÃO: Inserção do gene de interesse no genoma da planta a ser
transformada. Isso pode ser realizado via biobalística (pequenas esferas de ouro ou
tungstênio contendo material genético são disparadas em direção ao tecido do organismo-
alvo. O gene de interesse chega ao núcleo celular e é integrado ao genoma da célula vegetal)
ou via Agrobacteriumtumefaciens (Bactéria do solo que naturalmente transfere parte de seu
DNA para o vegetal. Usa-se esse microrganismo como vetor, inserindo na bactéria o gene de
interesse e colocando-a em contato com as células vegetais), por exemplo;
3. SELEÇÃO: Identificação das células que receberam os genes de interesse. Para isso, as
células vegetais são avaliadas em condições de cultivo;
4. REGENERAÇÃO: Obtenção da planta completa a partir da célula vegetal transformada. Esse
processo é realizado cultivando os fragmentos de tecido vegetal modificado;
5. TESTES DE BIOSSEGURANÇA: Durante todo o processo de desenvolvimento do transgênico,
são realizados testes de biossegurança em laboratório, em casa de vegetação e em campos
experimentais. Nessa fase também são realizados testes para avaliar a segurança da planta
transgênica para a saúde humana, animal e para o meio ambiente;
6. APROVAÇÃO: Depois de passar pelos testes de biossegurança, a planta pode ser submetida
à avaliação dos órgãos reguladores de diferentes países. No Brasil, o órgão responsável por
essa avaliação é a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

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As plantas transgênicas, portanto, são aquelas que receberam um ou mais genes de outros
seres vivos com o objetivo de apresentarem novas características. Atualmente, somente soja,
milho e algodão transgênicos são cultivados comercialmente no Brasil.
Fonte: Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB)

3.4. BIOÉTICA

Segundo conteúdo disponível no website da Universidade Aberta do Sistema Único de


Saúde (UNASUS), as ações de saúde pública visam interferir no processo saúde-doença da
coletividade, com a finalidade de proporcionar um melhor estado de saúde para as populações.
Essas ações podem, contudo, gerar confrontos entre os interesses individuais e os coletivos,
entre as liberdades individuais e o bem-estar ou a segurança da coletividade. Em um contexto
cultural que privilegia o conceito de autonomia, passam a ser aceitas todas as escolhas individuais,
mesmo aquelas que prejudicam a saúde.
No entanto, essas escolhas pessoais devem ser responsáveis, ainda que sejam influenciadas
pelo grupo social a que pertencem essas pessoas, que as exercem para ser aceitas como parte
desse grupo.
Muito se discute sobre os transgênicos e a efetividade desses tipos de alimentos
“artificiais”, visto que, na natureza, muitos deles não se reproduziram dessa maneira. Há
controvérsias a respeito dos nutrientes que contém, bem como suas implicações éticas,
econômicas, sociais e políticas.
Todos esses fatores se relacionam diretamente com os efeitos a curto e longo prazo para a
saúde dos seres humanos e dos animais. O conhecimento a respeito da segurança alimentar por
parte da população para decisões responsáveis sobre o consumo ou não de transgênicos ainda é
uma discussão delicada. Em outras palavras, visar ao lucro em possível detrimento da saúde pode
ser um grande problema no futuro.

3.5. OS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS UM PARADIGMA MUNDIAL

Conforme a legislação em vigor, é obrigatório o rótulo de identificação em alimentos


transgênicos com o intuito de alertar o consumidor sobre o que ele está consumindo. No Brasil e
na União Europeia, são apresentados rótulos de produtos com até 1% de componentes
transgênicos.

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Em muitos países, o consumo de alimentos transgênicos é legal, como no Japão, apesar da


resistência de cerca de 25% dos homens e de 40% das mulheres em relação aos OGMs. Os países
que lideram a produção de alimentos transgênicos são os Estados Unidos, Argentina, Canadá e
China, além do Brasil.

No mundo, os alimentos produzidos em maior quantidade são o milho, a sojae a canola. O


cultivo mais predominante no planeta é o da soja resistente a herbicidas. Os alimentos
transgênicos de origem animal também podem ser modificados.

Em 2012, a “Food andDrug Administration” (FDA), agência federal estadunidense


equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovou o consumo do primeiro
animal geneticamente modificado, um tipo de salmão.

Em 2017, o Brasil tornou-se o segundo maior produtor de transgênicos do mundo, atrás


apenas dos Estados Unidos, segundo levantamento do ISAAA, abreviação em inglês para Serviço
Internacional para Aquisição de Aplicações de Agrobiotecnologia.

No levantamento mais recente feito pelo ISAAA, em 2019, os Estados Unidos seguem na
liderança na quantidade de área plantada com transgênicos, seguido por Brasil, Argentina, Canadá
e Índia.

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3.6. VANTAGENS E DESVANTAGENS SOBRE TRANSGÊNICOS

3.6.1. Vantagens dos Alimentos Transgênicos


 Maior produtividade;
 Redução de custos;
 Aumento do potencial nutricional do alimento;
 Plantas mais resistentes às pragas (insetos, fungos, vírus, bactérias) e aos agrotóxicos,
inseticidas e herbicidas;
 Aumento da tolerância das plantas às condições adversas de solo e clima.

3.6.2. Desvantagens dos Alimentos Transgênicos

 Relação com o desenvolvimento de doenças (reações alérgicas, cânceres, etc.);


 Desequilíbrio ambiental (poluição do solo, da água e do ar, desaparecimento de espécies,
diminuição da biodiversidade, contaminação de sementes, etc.).

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4. MODELOS AGRÍCOLAS
Existem diversos modelos agrícolas pelo mundo, cada qual adaptado às condições de cada
local. Há os sistemas agrícolas com uso intensivo ou extensivo dos solos.
 Agricultura extensiva:é um tipo de agricultura realizada com baixo emprego de
tecnologias, com pouca mecanização, e utiliza técnicas rudimentares, principalmente em
países subdesenvolvidos. Tem uma baixa produtividade e ocupa maior espaço. São
exemplos os roçados e a agricultura de subsistência.
 Agricultura intensiva:é o modelo agrícola típico dos países desenvolvidos. As técnicas de
cultivo são mais avançadas, possui maior grau de mecanização, utilizamfertilizantes e
agrotóxicos (defensivos agrícolas) e possui alta produtividade. Ocupam um menor espaço,
devido à adaptação das culturas a um alto adensamento.
Alguns exemplos da aplicação da agricultura intensiva são os das imagens a seguir. O
modelo agrícola dos Estados Unidos (cinturões agrícolas), os cultivos hidropônicos (plantios
realizados em água enriquecida com nutrientes), cultivo de hortaliças em estufas, os
pôldersholandeses. Além disso, boa parte da cadeia do agronegócio nacional é baseada no modelo
intensivo.

Na imagem mais à direita temos um pôlder holandês. São áreas do mar que são parcialmente aterradas e protegidas por um sistema de diques e
de barragens. As áreas conquistadas são usadas para a agricultura.

4.1 AGRICULTURA MODERNA

A agricultura moderna é aquela em que o sucesso do processo é garantido pelo uso de


tecnologia, gestão, investimento, características do mercado e apoio em nível governamental. São
práticas de cultura intensivas com planejamento para todos os setores. Consiste no controle das
práticas de irrigação, uso de fertilizantes, sementes de alto desempenho (modificadas
geneticamente), uso de pesticidas, rotação de colheitas e uso de maquinário com controle
altamente tecnológico.

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Além disso, as propriedades agrícolas são geridas como empresas, sendo que grande parte
dos proprietários rurais buscam capitalizar suas produções e transitam boa parte do tempo entre
as propriedades rurais e os centros urbanos onde são realizadas as transações financeiras de seus
cultivos.
As safras dessas propriedades podem ser divididas em fases:
1 – Preparação do solo: análise do solo e aplicação de fertilizantes e corretivos;
2 – Plantio: semeadura de acordo com o potencial produtivo;
3 – Acompanhamento da lavoura: mapeamento de doenças e pragas, e aplicação localizada
de defensivos agrícolas;
4 – Colheita: utilizadas máquinas com sensores de produtividade e são produzidos mapas de
produtividade para identificação de áreas improdutivas.

4.2.OS EUA E OS BELTS (CINTURÕES AGRÍCOLAS)

São setores agrícolas que são organizados de acordo com a “vocação agrícola do lugar”, ou
seja, de acordo com a proximidade do mercado consumidor, do solo e clima mais adequado àquela
cultura.
Nesses cinturões são oferecidos subsídios agrícolas aos produtores que optam por cultivar
determinada cultura, uma prática protecionista. Esses subsídios dados pelos Estados Unidos aos
seus produtores rurais, algo que também acontece nos países da União Europeia, provocam uma
grande polêmica internacional na OMC (Organização Mundial do Comércio).
Os países em desenvolvimento que possuem um setor agrícola forte e que não subsidiam
seus produtores rurais da mesma maneira que as grandes potências alegam sofrer desvantagens
comerciais.

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5. AGRICULTURA INTENSIVA NÃO MECANIZADA


Os sistemas agrícolas do Sul e do Sudeste Asiático são milenares. Técnicas simples e
tradicionais, não mecanizadas, proporcionam um uso intensivo do solo. É o sistema de
terraceamento associado com a agricultura de jardinagem e o uso ampliado de mão de obra,
beneficiado pela elevada densidade populacional dessas áreas. Vale lembrar que o continente
asiático possui cerca de 60% de toda a população do planeta.

O terraceamento é uma técnica em que são realizados cortes nas vertentes dos morros,
construindo os terraços. Não há uso de tecnologias modernas, mas a produtividade é elevada.O
principal objetivo do terraceamento é possibilitar maior retenção da água e diminuir os processos
erosivos nos períodos chuvosos. Os terraços agem na diminuição da velocidade da água que desce
por morros inclinados e diminui a quantidade de solo perdido pela carga de sedimentos
transportados pelas encostas.

5.1. AGRICULTURA DE JARDINAGEM

A agricultura de jardinagem é uma expressão da ação humana em interação com o espaço


geográfico ao utilizar os conhecimentos sobre o ambiente natural (relevo e clima) para o
desenvolvimento das práticas agrícolas.
É uma espécie de cultivo milenar que acompanha o desenvolvimento das civilizações até os
dias atuais. Um dos principais exemplos é a rizicultura (cultivo de arroz) praticada no continente
asiático. Nove dos dez maiores países produtores mundiais do grão são dessa parte do mundo.

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Os principais aspectos da agricultura de jardinagem são: a elevada utilização de mão de obra


e trabalho manual, o baixo incremento tecnológico, a elevada produtividade, o uso de medidas
para evitar ou conter a erosão (curvas de nível e terraceamento) e o predomínio do cultivo de
alimentos.
Essa técnica é possível graças às
características climáticas locais que contam
com duas estações bem definidas ao longo do
ano: uma muito chuvosa e intensa no verão e
outra mais fria e seca com longa estiagem no
inverno, sob o regime climático das Monções.
Durante a época chuvosa, quando os
índices pluviométricos são muito acentuados
e caracterizados por longas tempestades,
transforma-se o relevo acidentado da região
em terraços ou realiza-se o plantio em curvas
de nível.

5.2. AGROECOLOGIA OU AGRICULTURA SINTRÓPICA

Agricultura sintrópica é o termo designado a um sistema de cultivo agroflorestal


caracterizado pela organização, integração, equilíbrio e preservação de energia no ambiente por
meio do manejo sustentável das propriedades rurais. Nesse tipo de cultivo não se utiliza nada além
do que o meio ambiente pode oferecer. Inclusive, os agricultores recebem a orientação de não
irrigar suas plantações, pois o equilíbrio será atingido de maneira natural.
O termo Agricultura Sintrópica foi criado por Ernst Gotsch, agricultor e pesquisador suíço
radicado no Brasil desde a década de 1980. O principal propósito dessa forma de manejo agrícola
está na preocupação com o meio ambiente, ou
seja, com a não devastação e com a preservação
das características naturais da região.
Isso se aproxima muito dos sistemas
agrícolas tradicionais conduzidos por grupos
locais em comunidades espalhadas por todo
território brasileiro. Geralmente o cultivo da
terra é feito por agricultores ligados por elos de
parentesco, que objetivam principalmente a

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subsistência, cuja manutenção é feita por meio da mão-de-obra familiar, aproveitamento de


insumos locais e desenvolvimento de tecnologias simples.
Nesse caso, a escolha por determinado cultivo ultrapassa questões de cunho econômico, e
permeia valores sociais, culturais, ambientais, étnicos e, em alguns casos, místicos e religiosos.
Nos ambientes cultivados, procura-se manter ou permitir processos ecológicos que, por sua
vez, contribuem para a manutenção e produtividade dos sistemas e da comunidade em si. As
diferenças e vantagens da agroecologia ou agricultura sintrópica são muitas.
Como o sistema funciona:
 É preciso fortalecer o sistema para aumentar a biodiversidade e diminuir a necessidade de
insumos externos. A floresta só necessita do que produz.
 Policultivo: um canteiro nunca terá apenas uma espécie, como acontece na agricultura
convencional. Cada canteiro é composto por um consórcio de espécies.
 Compor o consórcio pensando na sucessão: para a combinação de espécies, é analisado o
tamanho e o tempo que cada uma necessita para produzir. Assim, teremos, no mesmo
canteiro, culturas de ciclos curtos, acompanhadas por culturas de ciclo mais e mais longo.
 Todas as espécies do consórcio são plantadas ao mesmo tempo.
 O solo nunca está exposto. Para a cobertura, utiliza-se palha, restos de poda, madeira. É
como na floresta, onde o solo está sempre coberto pelas folhas e galhos que caem
naturalmente das árvores, que formam uma camada orgânica chamada de serrapilheira.
 Essa biomassa de cobertura é decomposta naturalmente e “vira” solo.
 Alto manejo (principalmente poda) para acelerar a regeneração do sistema e aumentar a
produção de alimentos.

5.3. AGRICULTURA ITINERANTE

A agricultura itinerante é um tipo de agricultura muito antiga, adotada historicamente pelos


povos indígenas nas florestas tropicais. A agricultura itinerante consiste em derrubar trechos das
florestas e posteriormente atear fogo aos resíduos do corte, as populares “queimadas”.
A derrubada e o corte do mato são feitos em solos cobertos com floresta densa, e os
materiais resultantes do abate são depois aproveitados, sendo os desperdícios queimados antes
das sementeiras.
Ao se utilizar essa técnica, o produtor acaba diminuindo a fertilidade do solo em longo
prazo, uma vez que a queimada prejudica a atividade dos microrganismos ali presentes. Porém, o

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aumento de nitrogênio no solo, deixado pelas cinzas, favorece momentaneamente o plantio até
ser lavado pela chuva.
Historicamente esse processo preparava a terra para o cultivo de subsistência. Com a falta
de conservação do solo e a perda nutricional, é necessário que os trabalhadores façam
movimentos periódicos em busca de solos ainda férteis, por isso denominamos esse sistema de
itinerante.
Passado o período de fertilidade do terreno, o agricultor se desloca para um novo local onde
colocará em prática um processo semelhante. Durante o período de desuso da área, ocorre
naturalmente a instalação de floresta secundária.
Ao longo do tempo, ocorre a recuperação total, permitindo que esse terreno volte a ser
produtivo e utilizado para o cultivo. Essa prática é comum nos países em desenvolvimento, ou nas
zonas de agricultura tradicional. A agricultura itinerante é aplicada em países da África, América
Latina, Ásia Central e Sudeste Asiático.

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6. A AGROPECUÁRIA NO BRASIL
Há registros de vestígios da agricultura primitiva em todas as regiões brasileiras,
especialmente na região amazônica. As matas ofereciam aos nativos uma diversidade rica de
alimentos naturais que, juntamente com a caça e a pesca, constituíam a base de sua alimentação.
A domesticação de muitas dessas plantas, como a mandioca, o milho e a batata-doce, deu
início à agricultura em volta das aldeias. A formação da agropecuária brasileira, como conhecemos
hoje, deveu-se sobretudo à ação dos colonizadores, que trouxeram espécies animais (como o
gado) e vegetais (como coqueiros, mangueiras e laranjeiras).
Os ciclos do pau-brasil, da cana-de-açúcar, do tabaco, do algodão, do gado, do café, do
cacau, da borracha e, mais recentemente, da soja, das aves, dos suínos e de novo da cana-de-
açúcar, agora como também produtora de combustível, marcam períodos de elevado crescimento
da produção. Vejamos um pouco mais sobre alguns desses ciclos a seguir.

O pau-brasil era abundante na região costeira, e foi o primeiro produto a causar interesse
dos exploradores, que comercializavam, além da madeira, o corante extraído dela, chamado
brasilina, utilizado pela indústria têxtil como alternativa para tingir tecidos de vermelho, que era
conhecido como a cor do rei e dos nobres. Sua extração financiou o reconhecimento e
mapeamento da costa brasileira.
Passado esse primeiro momento de exploração extrativista, associada posteriormente à
extração de minérios, principalmente o ouro, o setor agrícola brasileiro passou a ser baseado na
produção açucareira. O ciclo da cana-de-açúcar durou de 1530 a 1700, consistindo na atividade
mais densa do Brasil colonial, relacionando-se, ainda, com o processo de povoamento da colônia.

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Assim, o cultivo de cana-de-açúcar nas capitanias hereditárias obteve grande êxito devido
ao clima e solo fértil (massapê), e ao baixo custo de produção em sistema de plantation, que
utilizava mão-de-obra escrava (indígenas em primeiro momento e depois africanos em grande
quantidade) em grandes latifúndios monocultores para exportação. Durante a colônia, também foi
produzido algodão e tabaco, usados no escambo para a compra de negros africanos para a
escravização.
Após a desaceleração da produção no Nordeste brasileiro, a região Sudeste tornou-se a
nova protagonista no setor agrícola nacional. No final do período colonial, o café já se mostrava o
novo grande negócio do setor rural, passando de 3 mil sacas exportadas no início do século XIX
para mais de 51 milhões de sacas em 1880, sendo esse produto responsável por 60% das
exportações nacionais.
Nesse período, o café chegou ao seu ápice em nosso país, retraindo-se apenas com a crise
mundial de 1929, que impulsionou a industrialização brasileira, com migração do capital investido
no café para a atividade de transformação de bens.
Concomitantemente ao café, no começo do século XX, emergiu o ciclo da borracha,
relacionado à extração do látex das seringueiras, destinado a suprir a demanda fabril
principalmente no setor automotivo.

6.1. CONTEXTO ATUAL

Em meio à pandemia de Covid-19, o Brasil fechou o ano de 2020 com um PIB de 7,4 trilhões
de reais, uma queda de 4,9% em relação a 2019. O setor agropecuário foi o único que apresentou
alta, de 2%.
De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a participação do
agronegócio brasileiro chegou a 26% do PIB brasileiro. Segundo o IBGE, esse setor respondeu por
quase a metade das exportações brasileiras, 48%. O Brasil é o quarto maior produtor de grãos do
planeta, atrás de Estados Unidos, China e Índia.
O produto que lidera as exportações nacionais é a soja, mas também são exportados cana-
de-açúcar, café, milho, carnes, couro, fibras e produtos têxteis, madeira, algodão, cacau, além de
frutas como goiaba, manga, maçã, banana, laranja, limão e castanhas.
Segundo o Ministério da Agricultura, as exportações brasileiras do agronegócio somaram no
ano de 2020 um total de 100,81 bilhões de dólares. O maior comprador de nossas mercadorias foi
a China (US$ 33,99 bilhões), seguida pelos países da União Europeia (US$ 16,3 bilhões), os Estados
Unidos (US$ 6,96 bilhões), Japão (US$ 2,5 bilhões) e Coreia do Sul (US$ 2,21 bilhões).

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O modelo agrícola predominante no país é derivado das técnicas de plantation, lembrando


que esta prática é a principal responsável pela expansão da fronteira agrícola nacional. Após as
ocupações históricas no Nordeste brasileiro, no Sul e Sudeste do país, na segunda metade do
século XX, ela avançou em áreas de Cerrado no Brasil Central e segue em áreas da Floresta
Amazônica.

6.2. PRINCIPAIS CULTIVOS TEMPORÁRIOSE PERMANENTES

Antes de estudarmos mais a fundo sobre as diferentes culturas agrícolas cultivadas em todo
o mundo e mais especificamente no Brasil, é preciso que tenhamos conhecimento de como elas
são classificadas. De acordo com o IBGE:
 Culturas temporárias: “São culturas de curta ou média duração, geralmente com ciclo
vegetativo inferior a um ano, que após a colheita necessitam de novo plantio para
produzir, por exemplo: soja, milho, feijão etc. São incluídos nessa categoria o abacaxi, a
cana-de-açúcar, a mandioca e a mamona, que apresentam ciclos de colheita muitas vezes
superiores a 12 meses.”
 Culturas permanentes: “São culturas de longo ciclo vegetativo, que permitem colheitas
sucessivas, sem necessidade de novo plantio, por exemplo: café, maçã, pera, uva, manga,
laranja etc.”

6.2.1. Lavouras Temporárias

 Cana-de-açúcar:
É o principal produto agrícola na história brasileira. Introduziu a colonização por meio do
plantation: grandes latifúndios (sesmarias) monocultores com a produção voltada para a
exportação.
A cana-de-açúcar foi escolhida pelos portugueses para iniciar a colonização, pois era um
produto muito caro e com alta demanda na Europa. Ainda contavam com o financiamento dos
holandeses, que ficavam com a parte mais lucrativa: o refino, o transporte, a distribuição e o
comércio.
A cana-de-açúcar é uma espécie asiática que se adaptou muito bem ao clima do Nordeste
brasileiro: clima tropical úmido (com chuvas concentradas no inverno) e solo de massapê
(resultado da decomposição do calcário e do gnaisse).

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Os séculos XVI e XVII marcaram seu auge. Devido à disputa pelo controle da região
açucareira, a Holanda invadiu o Nordeste e travou uma guerra contra Portugal (A Guerra do
Açúcar, que culminou na expulsão dos holandeses).
Já no século XX, na década de 1970, a economia mundial enfrentou uma crise do petróleo
(causada por conflitos no Oriente Médio), diante disso, para diminuir a dependência do produto, o
país lançou o Proálcool (Programa Nacional do Álcool), que desenvolveu a tecnologia do etanol
combustível, derivado da cana-de-açúcar.
Há várias décadas, o Brasil vive um período de grande prosperidade agrícola. Políticas de
incentivo ao consumo levaram ao aumento da demanda por combustíveis. O setor sucroalcooleiro
deu um salto nesse período com a popularização dos carros com a tecnologia bicombustível, os
automóveis flex, movidos a gasolina e a etanol.

O agronegócio canavieiro se adaptou bem no estado de São Paulo, que viu multiplicar os
investimentos nas lavourase se tornou líder da produção nacional. Segundo levantamento da
Conab, cerca de 50% da área de cana-de-açúcar está neste estado, indicador muito à frente dos
outros, sobretudo os da tradicional área produtora, o Nordeste brasileiro.
As regiões de Ribeirão Preto e de Presidente Prudente, respectivamente a noroeste e oeste
do estado, são as que concentram os maiores volumes de produção e consistem em um dos
principais polos nacionais do cultivo da cana-de-açúcar.
Os gráficos abaixo reforçam a importância da região Sudeste na produção canavieira e
sucroalcooleira nacional. Ela detém cerca de 73% da produção de açúcar de todo país e também
lidera a produção de etanol a partir da cana, com 60% de toda a produção brasileira.

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ÁREA TOTAL PLANTADA COM CANA-DE-AÇÚCAR


POR REGIÃO BRASILEIRA
SAFRA 2019/2020 (em mil hectares)
7000
6154,5
6000
5000
4000
3000
2217,2
2000
942 666,4
1000
59
0
Sudeste Centro-Oeste Nordeste Sul Norte

Fonte: CONAB, 2020.

ÁREA TOTAL PLANTADA COM CANA-DE-AÇÚCAR


POR ESTADO (em mil hectares)
SAFRA 2019/2020
6000
5083,8
5000
4000
3000
2000
1137,8 983,9 809,2
1000 665,5
324,9 270,2 256,1 134,7 373
0

Fonte: CONAB, 2020.

PERCENTUAL DA ÁREA PLANTADA COM CANA-DE-ÁÇUCAR


POR REGIÃO BRASILEIRA
SAFRA 2019/2020
70%
61,3%
60%
50%
40%
30%
22,1%
20%
9,4%
10% 6,6%
0,6%
0%
Sudeste Centro-Oeste Nordeste Sul Norte

Fonte: CONAB, 2020.

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Em nível global, é um produto bastante cultivado em regiões tropicais e equatoriais, que são
essencialmente mais úmidas e mais quentes. Quanto maior o calor e a umidade, maior a
produtividade natural da cana-de-açúcar. Grandes produtores como Índia, Paquistão, Tailândia e
Filipinas possuem a ocorrência do clima tropical monçônico, que proporciona uma boa
produtividade.
O Brasil lidera a produção mundial de cana-de-açúcar, principalmente pelo fato de possuir a
maior área plantada no mundo, com 10 milhões de hectares e produtividade próxima de 77
toneladas por hectare. Junto com a Índia, representam cerca de 60% de toda a produção mundial.
Estados Unidos e China são os maiores importadores desse produto no mercado internacional.

Dados em milhões de toneladas;


distribuição percentual.

Fonte: Our World in Data, 2018.

 Soja:
A soja é naturalmente um cultivo de clima temperado, tradicional do Extremo Oriente, na
costa leste da Ásia, principalmente na China.O grão chegou ao país no final da década de 1960,
quando produtores rurais da região Sul do país viram na soja uma possibilidade de cultivá-la
durante o verão, em uma rotação de culturas com o trigo, que era, até aquele momento, a
principal cultura.
O Brasil também iniciava um esforço para produção de suínos e aves, gerando demanda por
farelo de soja. O país passou a investir em pesquisas e em tecnologiasque permitiram o cultivo do
grão nas áreas do país localizadas sob o clima tropical, em um processo liderado pela Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

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Com isso, a soja passou a ser plantada em áreas das regiões Sudeste, Centro-Oeste e na
divisa com o Nordeste (região do Matopiba – sigla dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e
Bahia –), dentro do bioma do Cerrado. Nesse bioma tem sido possível explorar as amplas áreas
dedepressão e planálticasmais aplainadas. A vegetação menos adensada facilita o desmatamento,
muitas vezes, irregular.
Além disso, foi possível adaptar a soja para o solo do cerrado, mais ácido, que demanda
correção por calagem e adubação para diminuir a acidez. Aliada a essas condições físicas, a
indústria biotecnológica desenvolveu sementes transgênicas de soja resistentes aos agrotóxicosa
partir da década de 1990. Esses fatores ampliaram a produtividade no começo do século XXI.
Em 2005, o congresso brasileiro aprovou a Lei de Biossegurança que permitia a pesquisa e o
cultivo de transgênicos, e a produção deu um salto ainda maior, o que colocou o Brasil entre os
maiores produtores de soja do planeta.
A soja é o produto responsável pela ampliação da fronteira agrícola brasileira, termo que
corresponde à ampliação dos limites territoriais das terras agricultáveis em uso no país. Esse
avanço segue no Brasil Central em direção às bordas sul e leste da Floresta Amazônica.
Silva, em seu artigo científico intitulado “Amazônia globalizada: da fronteira agrícola ao
território do agronegócio – o exemplo de Rondônia”, representa graficamente como houve um
aumento na produção de soja e milho na Amazônia, no final da primeira década do século XXI, e
especializa a produção de soja no mapa abaixo, no qual podemos perceber como o cultivo desse
grão está avançando cada vez mais para os limites ao sul da floresta.

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O destino de 77% da soja produzida no mundo é a exportação do farelo, para a alimentação


animal. A produção de óleos e derivados corresponde a 16%. Apenas 7% são destinados à
produção de alimentos. Veja abaixo os dados das safras 2019/2020:

Soja no mundo:
Produção: 363 milhões de toneladas.
Área plantada: 127 milhões de hectares.
Fonte: USDA/Embrapa 2021

Soja no Brasil (maior produtor mundial do grão):


Produção: 135,409 milhões de toneladas.
Área plantada: 38,502 milhões de hectares.
Produtividade: 3.517 quilos por hectare (kg/ha).
Fonte: USDA/Embrapa 2021

Soja nos EUA (segundo maior produtor mundial do grão):


Produção: 112,549 milhões de toneladas.
Área plantada: 33,313 milhões de hectares.
Produtividade: 3.379 kg/ha.
Fonte: USDA/Embrapa 2021

Mato Grosso (maior produtor brasileiro de soja):


Produção:35,947 milhões de toneladas.

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Área plantada: 10,294 milhões de hectares.


Produtividade: 3.492 kg/ha.
Fonte: CONAB 2021

Rio Grande do Sul (segundo produtor brasileiro de soja):


Produção: 20,864 milhões de toneladas.
Área plantada: 6,055 milhões de hectares.
Produtividade: 3.330 kg/ha.
Fonte: CONAB 2021

Paraná(terceiro produtor brasileiro de soja):


Produção: 19,872 milhões de toneladas.
Área plantada: 5,618 milhões de hectares.
Produtividade: 3.537 kg/ha.
Fonte: CONAB 2021

Fonte: USDA.

6.2.2. Lavouras Permanentes

 Algodão

O algodão é uma cultura tradicional no Brasil desde a colônia. Era uma atividade que se
somava às grandes exportações de melaço de cana-de-açúcar, nosso principal produto. No século
XVIII, o Primeiro Ministro Marquês de Pombal estimulou a produção de algodão para abastecer as
manufaturas têxteis inglesas.

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O principal fornecedor de algodão para a Inglaterra eram os EUA, mas em dois momentos
de Guerra, a de Independência e a de Secessão, o Brasil ocupou a lacuna deixada pelas 13 colônias
e se lançou entre os maiores produtores mundiais.
Até a década de 1960, era cultivado principalmente no Maranhão e na Bahia.
Historicamente o algodão destacou-se no sertão nordestino, principalmente o tipo arbóreo
(“mocó” ou “seridó”). A região perdeu a liderança da produção algodoeira, primeiramente para
São Paulo, e mais tarde para a região Centro-Oeste, que desenvolveu o algodão do tipo herbáceo.
Os principais usos do algodão são a indústria têxtil (pluma) e a alimentícia (caroço para produção
de óleo).

O Centro-Oeste é líder na produção nacional de algodão, tendo o Estado do Mato Grosso


como o maior produtor do país, seguido por Goiás. O clima tropical típico, em geral bastante
regular, com uma estação seca e outra úmida (com variações), favorece a produtividade nesses
Estados. Entre 2014/2016, a produção reduziu em razão da praga do bicudo, uma das principais
doenças que acometem as lavouras.
O Nordeste é a segunda maior região produtora de algodão, tendo a Bahia como o maior
produtor nordestino e o segundo maior produtor nacional, sendo que a principal região produtora
é o cerrado baiano, oeste do estado.

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No Maranhão, a produção está concentrada nos municípios no entorno de Balsas, no


extremo sul do Estado, em área de Cerrado. O início da colheita do algodão ocorre em julho e se
estende até agosto e setembro.
Observe no gráfico relativo à produção de algodão em 2020 que os quatro maiores
produtores são produtores históricos. Essa produção abastecia as manufaturas e, mais tarde, as
indústrias têxteis inglesas.
No século XIX, a China e a Índia intensificaram a produção de algodão no contexto do
neocolonialismo ou imperialismo afroasiático. Como dito anteriormente, o Brasil também é um
produtor histórico.

Fonte: USDA.

O grande desafio para o país manter-se competitivo no mercado, segundo os produtores, é


aumentar a participação nos mercados da Ásia, onde estão as maiores indústrias de algodão e
onde estão os dois maiores produtores mundiais, Índia e China.

 Café:

O Brasil é o maior produtor mundial de café, seguido do Vietnãe da Colômbia, de acordo


com levantamento da Organização Internacional do Café (OIC). A produção brasileira se iniciou no
século XIX, e São Paulo logo se tornou o maior produtor mundial. Durante um século, entre 1830 e
1930, foi o principal produto de exportação brasileira.

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O ciclo do café foi o responsável pela modernização do país na segunda metade do século
XIX com a introdução de ferrovias. Nesse contexto, ocorreu a abolição da escravidão e também a
imigração europeia, principalmente dos italianos que vieram trabalhar nas lavouras paulistas.
O cultivo nessa região do país está associado ao relevo de planalto e suas temperaturas
mais amenas.O café também é cultivado nas encostas e, para isso, é preciso que se adotem
práticas de conservação do solo para evitar que ocorra erosão, como as curvas de nível.
Um tema que costuma ser bastante cobrado em História e Geografia é a “Marcha do Café”,
o percurso do produto ao longo do século XIX.De acordo com o mapa abaixo, esse processo
ocorreu primeiramente nos estados de Rio de Janeiro e de São Paulo, depois a produção ocupou
áreas no sul de Minas, no Oeste paulista e no Norte do Paraná.

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Fonte: Organização Internacional do Café (OIC).

Segundo levantamentoda Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), o ano de 2020


teve safra recorde, com mais de 63,077 milhões de sacas. Em 2021, devido às chuvas menores nas
principais regiões produtoras, como no Sudeste, a queda na colheita foi na casa de 30%.
Atualmente a maior produção nacional é de Minas Gerais, responsável por cerca de 55%
da produção nacional. Os estados do Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia e Paraná foram
responsáveis por aproximadamente 22%, 10%, 6%, 4% e 1%, respectivamente, do total produzido
no ano de 2020.
No Sudeste predomina o cultivo do café tipo arábico e em Rondônia o café do tipo robusta.
O povoamento desse estado está diretamente ligado à produção do café, como nos municípios de
Cacoal, São Miguel do Guaporé, Alta Floresta D’Oeste e Nova Brasilândia D’Oeste.

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Fonte: CONAB, 2020.

 Laranja:
A laranja é a fruta mais produzida no Brasil. Está presente em todos os estados da
federação e, também, no Distrito Federal, mas sua principal produção está em um cinturão que vai
do Paraná a Sergipe, passando por São Paulo, Minas Gerais (Triângulo Mineiro e Sudoeste) e Bahia.
O estado de São Paulo é de longe o maior produtor da fruta, responsável por 77,5% de
toda produção nacional de 2020, de acordo com levantamentos elaborados pelo IBGE. O Brasil é
ainda o maior produtor mundial da fruta e principal exportador de suco de laranja.
A laranja produzida para a indústria de suco é o terceiro produto agropecuário do estado
de São Paulo, atrás apenas da cana-de-açúcar e da carne bovina, sendo responsável por 6,64% do
valor produzido pela agropecuária paulista em 2019, segundo dados do Valor da Produção
Agropecuária (VPA), estimado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA).

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Fonte: Pesquisa Agropecuária Municipal, IBGE, 2021.

Fonte: Pesquisa Agropecuária Municipal, IBGE, 2021.

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Fonte: USDA, 2021.

 Cacau:
Quando os primeiros colonizadores espanhóis chegaram à América, o cacau já era cultivado
pelos índios, principalmente os Astecas, no México, e os Maias, na América Central.
Em rituais desses povos pré-colombianos, uma bebida gordurosa, amarga e picante era
consumida, o xocoatl (água amarga), que tempos depois se transformaria nos conhecidos
chocolates. A fruta era tão valiosa que os indígenas utilizavam suas sementes como moeda.
Atualmente, o produto éamplamente utilizado na indústria de cosméticos e na indústria
alimentícia.
No final do século XVII até meados do século XVIII, a cultura do cacau foi difundida no Sul da
Bahia. O cacau é tão importante para os baianos que a zona cacaueira, destacadamente Ilhéus, foi
imortalizada na literatura de Jorge Amado.
Na segunda metade do século XIX, ele foi levado para a África. Nesse continente, o abuso do
trabalho infantil e a submissão dos trabalhadores a condições análogas à escravidão são
frequentes.
Vale lembrar que algumas regiões da costa africana onde o cacau é cultivado são áreas de
conflito, de fundamentalismo religioso e guerras civis. Um exemplo são as ações terroristas do
grupo fundamentalista islâmico Boko Haram, na Nigéria, quarto maior produtor mundial.
No Brasil, o cultivo de cacau é praticado pelo modelo de plantation. A planta se adaptou
bem ao clima e ao solo do Centro-Norte brasileiro, e quase toda a produção se divide entre os
estados do Pará, que produz hoje 53,63%, e da Bahia, com 39,85%, segundo dados da Pesquisa
Agropecuária Municipal (PAM), de 2021.

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Apenas nove estados brasileiros produzem cacau. Além dos estados citados, ele também é
cultivadoem quantidades significativas no Espírito Santo, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas.
Minas Gerais, Ceará e Roraima complementam a produção dessa amêndoa no país.

Fonte: Pesquisa Agropecuária Municipal, IBGE, 2021.

O Brasil, que já foi o maior exportador de cacau, hoje ocupa a sétima posição no ranking
mundial. O crescimento da indústria nacional de processamento de amêndoas e fabricação de
chocolate não foi acompanhado pela produção de cacau, o que obriga a indústria a importar cacau
para se manter abastecida.

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Fonte: FAOSTAT, 2021.

Em 2020, o Brasil obteve superávit de US$ 23,068 milhões com as exportações de cacau,
após déficit de US$ 54,192 milhões em 2018 e de US$ 14,645 milhões em 2019. Os estados do Pará
e do Espírito Santo são os únicos que produzem o necessário para o seu consumo interno, e os
demais estados, como Minas Gerais e São Paulo, contaram com grandes volumes de importações,
que acentuaram os déficits desses anos.

 Fruticultura no vale do Rio São Francisco: Petrolina e Juazeiro


O Rio São Francisco tem sua nascente localizada na Serra da Canastra, em Minas Gerais, e
seu curso segue em sentido sudoeste-nordeste. Na divisa entre a Bahia e Pernambuco, ele faz uma
curva, carinhosamente chamada de “cotovelo do São Francisco” e segue para sua foz deltaica
entre Alagoas e Sergipe.

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O “Velho Chico” ou “Rio da Integração Nacional”, como também é conhecido o São


Francisco, possui seu alto curso inserido em uma região planáltica. Seu médio curso se situa em
uma depressão interplanáltica.
No Nordeste, na região do semiárido,entre as cidades vizinhas de Petrolina (PE), à margem
esquerda do São Francisco, e de Juazeiro (BA), à margem direita do rio, encontra-se o maior polo
do agronegócio da fruticultura do país.
São cidades economicamente muito prósperas devido ao agronegócio altamente
mecanizado e fomentado pela irrigação. A fruticultura irrigada é responsável pela maior produção
brasileira de frutas diversas como manga, pêssego, uva e goiaba.

Conurbação consiste na junção entre aglomerações urbanas vizinhas, mas que pertencem
a diferentes municípios, sejam eles de um mesmo estado, de estados diferentes, como
Juazeiro/BA e Petrolina/PE, ou de diferentes países. Outro termo utilizado é o de Cidades
irmãs para cidades que realizam acordos de cooperação em diversas áreas.

O Rio São Francisco encontra-se em um processo de degradação a níveis alarmantes.


Estima-se que são carreados 18 milhões de toneladas de sedimentos para a calha do rio devido à
erosão, fruto do desmatamento e do consequente desbarrancamento.
O São Francisco é, sem dúvidas, o mais importante elemento hidrográficopara a região
Nordeste. Pode-se dizer que ele é um milagre da natureza, por ser um rio perene (com água
durante todo ano) diante de um cenário de dezenas de rios intermitentes (cursos d’água
temporários) do semiárido nordestino.

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A pouca variação altimétrica em seu médio e baixo cursos faz o rio vulnerável, pois a
pequena declividade de 7,4 cm por km na maior parte de sua extensão favorece o assoreamento e,
consequentemente, a diminuição de sua vazão. Esses impactos ambientais negativos podem
influenciar em uma queda na quantidade de peixes, que são o sustento de diversas populações
ribeirinhas.
A mesma agricultura intensiva praticada na região fruticultora, quando feita sem o manejo
adequado, também pode contribuir para a degradação do rio. Além disso, as sete barragens
construídas ao longo do curso do riomodificaram substancialmente a vida de dezenas de milhares
de famílias atingidas e o ecossistema local.
O Velho Chico também é protagonista de uma das maiores obras já realizadas no país. As
obras de transposição estão próximas de sua conclusão. Iniciadas em 2007, elas tinham previsão
de término em 2012, mas devem terminar em 2022. O investimento estimado de toda a obra é
de R$ 12 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).
A transposição do Rio São Francisco consiste na construção de dois grandes canais (Eixo
Norte e Eixo Leste, totalizando 477 km de cursos artificiais) que levam águas para a região do
semiárido Nordestino, para amenizar a escassez hídrica do local.
A previsão, ao fim das obras, é abastecer 11,6 milhões de pessoas (4,5 milhões vão ser
atendidas pelo Eixo Leste e 7,1 milhões, pelo Eixo Norte). Pesquisadores defendem que é preciso
monitoramento de longo prazo para determinar o impacto na fauna e na flora das áreas
envolvidas, mas encontram dificuldades diante de burocratizações, principalmente, de cunho
político.

 Látex:

A seringueira, árvore de onde é extraído o látex, é de origem amazônica e foi


transplantada num ato de biopirataria pelos ingleses, que levaram milhares de mudas para a
Malásia no início do século XX.
Hoje, Malásia e Indonésia são responsáveis por 90% da produção mundial. Aqui no Brasil,
ela movimentou o ciclo da borracha, que durou pouco mais de 20 anos, entre o final do século XIX
e início do XX. A borracha pode ser produzida a partir da seringueira e do caucho.

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O ciclo da borracha começou pela demanda gerada pelo surgimento do automóvel nos EUA,
que estavam em plena II Revolução Industrial. Henry Ford inclusive tentou colonizar uma região
amazônica para implantar o cultivo sistemático (plantation), mas não obteve sucesso e foi vencido
pelos rigores da floresta.
Nesse contexto, houve o crescimento de um movimento social em defesa das condições de
trabalho e preservação da floresta, que teve como representante Chico Mendes, que foi um líder
seringueiro, sindicalista e ativista ambiental brasileiro. Ele lutou pela preservação da Floresta
Amazônica e suas seringueiras nativas. Recebeu da ONU o Prêmio Global de Preservação
Ambiental. Em 1988 foi assassinado, tornando-se símbolo de luta pela preservação ambiental.
Em 1910 começou a produção do plantation instalado no leste asiático, que custava mais
barato e que em pouco tempo dominou o mercado mundial, assim, a borracha entrou em
decadência. Nesse interim, Manaus e Belém cresceram e enriqueceram.
Hoje, na região Norte, principalmente no Pará, é produzido o látex da seringueira e do
caucho, naturais na região amazônica, especialmente por meio do extrativismo vegetal por
pequenas comunidades seringueiras.
Mas a racionalização produtiva mudou a distribuição regional da produção, principalmente
a partir da década de 1990. Nessa época, houve a introdução do plantation do látex no estado de
São Paulo, que possui uma elevada produtividade e a maior produção nacional. A produção é
seguida respectivamente por Minas Gerais, Goiás e Bahia.

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Fonte: Pesquisa Agropecuária Municipal, IBGE, 2021.

7. IMPACTOS SOCIAIS E NATURAIS DA ATIVIDADE AGRÍCOLA


A principal consequência da
modernização agrícola é um grande impacto
social inicial, pois as novas tecnologias deixam
uma grande quantidade de mão de obra sem
emprego.
Os trabalhadores rurais, então
desempregados, migram para as cidades. Sem

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condições financeiras para se estabelecerem de maneira formal no espaço urbano, passam a ficar
à margem nas metrópoles, o que intensificou o crescimento de favelas e de outros aglomerados
subnormais, conforme classificação do IBGE.
A essa migração em massa que ocorre do campo para as cidades denominamos êxodo rural.
No Brasil, esse fenômeno ocorreu de forma acentuada e atingiu o seu auge entre o final da década
de 1960 e a década de 1970. Primeiramente devido à aprovação, em 1964, do Estatuto do
trabalhador rural (a criação das leis trabalhistas no campo, já que Getúlio Vargas as criou somente
na cidade em 1943) e, consequentemente, após a implantação dos primeiros modelos de
agronegócio, que modernizaram a produção agrícola e que foram difundidos em meados da
década de 1970 no país.
O modelo agrícola brasileiro, desde a colonização, é baseado no sistema deplantation
(latifúndios monocultores agroexportadores). Ele é um modelo agrícola que provoca um grande
desgaste do solo em razão da sua exploração intensa. Os impactos ambientais desse tipo de
agricultura são vários, entre eles, elencamos:

 Contaminação do solo e da água com agrotóxicos;


 Desmatamento;
 Destruição da biodiversidade;
 Aceleração do processo erosivo e assoreamento (quando o leito do rio perde a
profundidade devido ao acúmulo de sedimentos);
 Arenização e desertificação.

O mapa a seguir sinaliza a existência de dois problemas ambientais ligados à atividade


agropecuária. Visualmente são muito parecidos, mas as causas são muito diferentes. Tratam-se
dos processos de desertificação e de arenização.
A desertificação é provocada pelo desmatamento associado à agricultura predatória em uma
área de clima semiárido, normalmente, que sofre de escassez hídrica.
A arenização é a degradação do solo provocada pela pecuária em uma área situada em um
contexto de clima subtropical. O pisoteio do gado compacta o solo, que devido às chuvas
frequentes é perdido e as camadas arenosas expostas. Sua causa está ligada ao desmatamento,
compactação do solo e ao solo arenoso.
As atividades agrícolas e pecuárias também são as principais responsáveis pela retirada da
vegetação natural. Em vermelho, podemos visualizar a expansão da fronteira agrícola em direção a
Floresta Amazônica.

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7.1. REVOLUÇÃO VERDE E A ATUALIZAÇÃO TERRITORIAL

A Revolução Verde trouxe novas configurações ao território brasileiro. A crise enfrentada


pelo pequeno proprietário do setor rural,como consequência do processo de mecanização na
produção agropecuária e do avanço da industrialização nos centros urbanos, provocou o
crescimento desordenado de diversas cidades na segunda metade do século XX.
Nos últimos 50 anos, a população brasileira inverteu sua localização. De acordo com as
estimativas mais recentes do IBGE, cerca de 85% da população vive em áreas urbanas. Mais de 15
milhões são migrantes dos quatro cantos do país, levados aos grandes centros à procura de melhor
qualidade de vida.
O modelo de produção familiar no meio rural brasileiro, sobretudo na segunda metade do
século XX, foi preterido para que os investimentos fossem orientados para o setor industrial
urbano. A manipulação dos preços dos produtos agrícolas para controlar as taxas de inflação foi
destituindo os pequenos proprietários rurais do seu meio de produçãoaos poucos, com reflexos
nos dias atuais.

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Assim, os grandes proprietários de terra passaram a investir na indústria, relegando às


atividades agrícolas um papel secundário. A política agrícola foi, e ainda é, direcionada por grupos
de interesses, que dominam os processos de financiamento rural desde a pesquisa à concessão do
crédito.
Diante do cenário que se apresentava, foi determinado na constituição de 1988, com intuito
de proteger o pequeno agricultor frente a esse tipo de situação, a impenhorabilidade da pequena
propriedade referente à dívida contraída pelo produtor na manutenção da propriedade.
Essa lei tem origem no reconhecimento de que a atividade rural envolve uma série de riscos,
muitos dos quais estão fora do controle do produtor, por exemplo, as alterações naturais, como
secas ou pragas, e foi regulamentada no Inciso XXVI Artigo 5° da Constituição Federal de 1988.
Segundo o último Censo Agropecuário do IBGE em 2017, aproximadamente 81,3% das áreas
rurais do Brasil são compostas por latifúndios. O mesmo documento informa que a agricultura
familiar é base econômica de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes.
Os países em que a População Economicamente Ativa (PEA) trabalha principalmente no
setor primário demonstram um menor grau de industrialização e de urbanização, com
consequências no grau de desenvolvimento dessas localidades, ou seja, quanto maior a PEA no
setor primário, menos desenvolvido tal país se apresenta.
Países que concentram suas atividades econômicas no setor primário são mais frágeis
economicamente em relação a crises, possuem piores infraestruturas e seus Índices de
Desenvolvimento Humano (IDH) são pouco expressivos. Isso se traduz, por exemplo, em uma
maior vulnerabilidade de tais nações para enfrentarem as consequências negativas dos impactos
de fenômenos naturais, como terremotos ou ciclones.

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7.2. AGRICULTURA FAMILIAR, DESENVOLVIMENTO SOCIAL E SEGURANÇA ALIMENTAR

O surgimento e o reconhecimento da agricultura familiar no Brasil são muito recentes e se


devem a três fatores igualmente importantes. O primeiro tem a ver com a retomada do papel do
movimento sindical após o fim da ditatura militar; o segundo está relacionado ao papel dos
mediadores e intelectuais, especialmente cientistas sociais que debateram o tema no início da
década de 1990; e o terceiro fator está relacionado ao papel do Estado e das políticas públicas, que
passaram a reconhecer esse setor e dar-lhe visibilidade a partir da criação do Programa Nacional
de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF).
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar
(PNAE) são programas de compras institucionais que garantem o acesso do agricultor familiar ao
mercado de comercialização, um destino certo para os alimentos produzidos, garantindo renda e
melhor qualidade de vida às famílias.
Os alimentos comprados pelo Governo Federal são repassados para instituições assistenciais
e escolas públicas. As diretrizes de execução do PNAE foram estabelecidas por meio da Lei
nº 11.947/2009 e da Resolução nº 38/FNDE/2009, definindo o percentual para a compra de
alimentos.
No mínimo30% do total de recursos repassados pelo FNDE devem ser destinados à compra
de alimentos, preferencialmente orgânicos, produzidos pela agricultura familiar local, regional ou
nacional, priorizando-se os assentamentos da reforma agrária, as comunidades tradicionais
indígenas e as comunidades quilombolas.
Neste contexto, o estímulo e
o apoio à agricultura familiar têm se
mostrado relevantes para a
formulação e a implementação de
ações municipais e de
desenvolvimento local, que visem
promover o Direito Humano à
Alimentação Adequada. A
agricultura familiar tem um papel de
protagonismo na promoção da
segurança alimentar e estimula o
aumento do IDH do país.

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Segundo o Censo agropecuário feito em 2017, a agricultura familiar emprega mais de 10


milhões de pessoas, o que representa 67% do total de pessoas ocupadas na agropecuária. A
Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) destaca que grande parte do abastecimento da
mesa dos brasileiros é proveniente desse segmento, que responde por 7 de cada 10 empregos no
campo, ocupando 80% do setor rural.
O apoio a esses agricultores como forma de estimular a produção de alimentos sustentáveis
é considerado essencial, não apenas pela sua capacidade de ocupação e de geração de renda, mas
também pela maior diversidade e oferta de alimentos de qualidade.
Além disso, possuem menores custos com transporte, produzem cultivos mais confiáveis e
mantém hábitos de cultivo locais por meio de uma produção mais artesanal, promovendo uma
conexão entre o campo e a cidade.
O Censo agropecuáriorealizado em 2017 pelo IBGE, aponta que 77% dos estabelecimentos
agropecuários foram classificados como agricultura familiar. Em extensão de área, a agricultura
familiar ocupava no período da pesquisa 80,9 milhões de hectares, o que representa 23% da área
total dos estabelecimentos agropecuários brasileiros.
Sendo assim, a agricultura familiar não é a atividade rural que ocupa a maior parte das áreas
cultiváveis. O domínio da maior parte das áreas ainda pertence a uma parcela pequena dos
latifundiários, que possuem grandes propriedades, desenvolvem uma agricultura classificada pelo
IBGE como não familiar e que se encontram,em sua maioria, a serviço do agronegócio.
Os estabelecimentos não familiares representarem apenas 23% do total de unidades e
ocupam 77% dessas áreas.

8. A PECUÁRIA BRASILEIRA

8.1. BOVINOS E BUBALINOS

A atividade pecuária acompanhou o desenvolvimento das sociedades ao longo do tempo,


sendo anterior inclusive à agricultura, pois também estava relacionada a atividades nômades. No
Brasil colonial, a atividade foi sempre presente e complementar à lavoura açucareira e mais tarde à
mineração.
No litoral, todos os esforços se concentravam no cultivo de cana-de-açúcar, então a
pecuária teve de interiorizar-se. Devido à vegetação esparsa, com pouca densidade arbórea, a
vegetação nativa do cerrado foi facilmente suprimida, tornando-se vastas pastagens onde se
desenvolveu a pecuária com enorme sucesso.

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Desde a colônia, a região Sul também se dedica à atividade pecuarista, principalmente na


Campanha Gaúcha, região dos Pampas. Esse bioma, composto predominantemente por uma
vegetação rasteira, é naturalmente favorável à criação de rebanhos.
Na maior parte do território,predomina a pecuária extensiva, ou seja, o gado é criado
solto,em áreas destinadas às pastagens. Essa cultura extensiva também contribui para a ampliação
de áreas produtivas, sobretudo das grandes propriedades.
Os bovinos formam o principal rebanhodo país e, comercialmente, são os maiores do
mundo. São cerca de 214,893 milhões de animais. Os estados que mais criam esses animais são:
Mato Grosso (14,79%), Goiás (10,61%), Minas Gerais (10,26%), Pará (9,73%) e Mato Grosso do Sul
(9,04%), segundodados apresentados pela Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada pelo
IBGE no ano de 2020.
No ano dessa PPM, foram produzidas cerca de 10,32 milhões de toneladas de carne bovina
(in natura e processada). Cerca de 73% foram comercializadas no mercado interno. As outras 27%
foram exportadas, cerca de 2,016 milhões de toneladas, segundo levantamento da Associação
Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC).
Em 2020, a China, incluindo Hong Kong, foi a maior importadora da carne bovina brasileira,
com cerca de 60% da produção total. Isso gera cerca de 58% do faturamento, conforme
informações levantadas pela ABIEC.
Ao longo dos anos, houve oaprimoramento das raças e a inserção de práticas de manejo
mais modernas e de cuidados diversos, como a vacinação periódica dos rebanhos, para a
prevenção de doenças como a febre aftosa.
Outra enfermidade animal que passou a ser monitorada com maior frequência é a doença
da vaca louca. Ela atinge o cérebro dos bovinos e dosbubalinos, e pode ser transmitida para os
humanos por meio do consumo da carne contaminada. A doença paralisou momentaneamente as
exportações de carne bovina em 2003 e em 2021 no Brasil.

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O Rebanho bovino ocupa a maior parte das terras agricultáveis do país, com cerca de 25%
do território. A produção tem essencialmente dois objetivos: o corte (produção de carne) e a
produção leiteira.
O Centro-Oeste é a maior região produtora e, principalmente nas áreas do Pantanal, a
pecuária é extensiva. Em Goiás, podemos destacar os empreendimentos de agriclusters, da
Perdigão. São conglomerados logísticos do agronegócio que acoplam os setores produtivos que
envolvem toda a cadeia de produção pecuária.
As regiões Sul e Sudeste empregam técnicas mais avançadas na criação de gado, por isso
possuem melhor qualidade e maior produtividade. Minas Gerais ocupa a posição de maior
produtor de leite do país.
São Paulo tem seu principal rebanho bovino no vale do Paraíba, região tradicionalmente
leiteira. No Oeste paulista, predomina o gado de corte. A região Sul tem o setor pecuarista
profundamente ligado à indústria alimentícia (frigoríficos) e à indústria de calçados (têxtil). O Sul é
a segunda região produtora de leite do país.
No Brasil existe também, em menor escala que a de gado bovino, a criação de bubalinos, ou
seja, a criação de búfalos para corte e produção leiteira. Os primeiros búfalos foram introduzidos
oficialmente através da Ilha de Marajó, em 1895, dando início à formação do rebanho brasileiro.
Segundo o IBGE, o rebanho brasileiro de bubalinos está estimado em 1,434 milhão de
cabeças, sendo a região Norte, com cerca de 952 mil animais, a que possui a maior quantidade do
país, com destaque para o Pará, que responde por 38%, e Amapá, com cerca de 21% do rebanho.

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Em seguida, aparecem o Sudeste e o Nordeste, com 198 mil e 128 mil cabeças,
respectivamente. O estado de São Paulo ocupa a terceira posição na quantidade de cabeças de
bubalinos, com 8% do rebanho nacional.

8.2. SUÍNOS E AVES

O rebanho de suínos é o segundo em número de animais do país. A região Sul possui o


maior número de cabeças, respondendo por 67% da produção brasileira e é responsável por mais
de 90% das exportações.
Esse fato se explica pela existência de um
sistema agroindustrial envolvendo a produção de
carnes suínas, principalmente em Santa Catarina,
que tem a maior produção da região sul.
No Oeste catarinense, há grandes
frigoríficos, como os do grupo BRF, que engloba
as marcas Sadia e Perdigão, na cidade de
Concórdia.
O Brasil fechou o ano de 2019 com grande crescimento nas exportações, principalmente
devido ao surto de peste suína que a China e o Vietnã enfrentam, onde são estimadas perdas de
até 200 milhões de porcos por conta da doença, provocando uma drástica diminuição da oferta
local de carnes.
O sistema agroindustrial presente na região Sul abarca a produção de suínos e aves. O
sistema consiste na criação de animais, por diversos produtores, de acordo com a demanda
industrial. Estes produtores são responsáveis pelas instalações para criação, pelas vacinas, pela
ração e o que mais for necessário para o fornecimento de animais saudáveis e com altos padrões
de genética.
Por sua vez, as agroindústrias do ramo
ditam padrões de qualidade que os produtores
devem seguir. Essas indústrias são divididas em
abatedouros e frigoríficos, e indústrias de
transformação responsáveis pelo processamento e
destinação do produto final.
O grande salto da avicultura como atividade
comercial se deu a partir da década de 60, com a

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implantação da avicultura industrial, também conhecida como sistema de integração entre


indústria e produtores. Estima-se que cerca de 90% da produção de frango no Brasil se dá em
granjas integradas à agroindústria. Atualmente, a avicultura é uma das principais atividades
agropecuárias da economia brasileira.
Segundo relatório anual da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil
produziu 13,845 milhões de toneladas de carne de frango em 2020, sendo que destes, 31% foram
destinados à exportação, colocando o país na posição de maior exportador mundial.
Segundo o relatório, os EUA são os maiores produtores mundiais, seguidos por China, Brasil
e pela União Europeia. Os maiores importadores da carne de frango brasileira são: China, Arábia
Saudita, Japão, Emirados Árabes Unidos e África do Sul.
A carne de frango e os ovos, carros-chefes da avicultura, são produtos que possuem
demanda por grande parte das famílias brasileiras e também se destacam por serem matérias-
primas de diversos outros produtos que fazem parte da culinária nacional.

8.3. CAPRINOS E OVINOS

A caprinocultura ocupa posição de destaque como atividade socioeconômica de grande


importância para o Semiárido brasileiro, que concentra 90% do efetivo do rebanho nacional. A
criação de cabras concentra-se na Bahia, Piauí e Pernambuco.
Enquanto as demais regiões do país, como
Sul e Sudeste, apresentam redução do rebanho,
a região Nordeste apresenta crescimento,
mesmo após os últimos cinco anos de secas
severas registradas na região, evidenciando a
grande adaptabilidade do rebanho.Em muitos
municípios, é uma das principais fontes de
segurança alimentar e de renda para os
agricultores.
Bahia, Ceará e Piauí são os maiores
criadores de ovelhas e o maior rebanho individual é o do Rio Grande do Sul. A ovinocultura de
corte praticada na região Nordeste, onde está concentrado cerca de 65% do rebanho ovino do
país, contribui para um papel de destaque da atividade na pecuária nacional, mesmo com uma
crise no mercado de lã ovina no Sul do país.

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Segundo estimativas da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) feita pelo IBGE em 2019, a
caprinocultura brasileira alcançou 11,3 milhões de cabeças, e a principal destinação do rebanho é
para o corte. A região Nordeste é a maior bacia leiteira de caprinos do Brasil, sendo o leite de cabra
um dos produtos mais importantes da caprinocultura.
Cerca de 65% da criação de ovinos e caprinos é realizada em propriedades de até 50
hectares, o que reforça a importância da atividade para os pequenos produtores.

9. TEXTO COMPLEMENTAR

Texto: Folha de São Paulo

A agricultura tornou-se grande fonte de receita para o Brasil. Muitas razões levaram a
indústria a perder espaço: as políticas econômicas tiveram foco no macro enquanto, no
micro, tomamos direções erradas; nossa integração à economia internacional é baixa; o
mundo mudou e ficamos fixados em realidades que não evoluíram: o Mercosul e as
negociações na OMC; atraímos investimentos diretos que miram os mercados interno e
sub-regional e pouco contribuem para aumentar nossa inserção na economia
internacional.
Isso sem falar no financiamento de longo prazo concentrado no BNDES, na taxa de
poupança sempre baixa, no quadro tributário movido apenas pelo imperativo político
de aumentar gastos, no reduzido apetite de empresários para conquistar um cenário
externo crescentemente desafiador.

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Na agricultura, evoluímos. Com a intermediação das tradings multinacionais


conquistamos o mercado chinês. Melhoramos a eficiência governamental e soubemos
responder, com alguma agilidade, aos obstáculos que se apresentaram.
O exemplo das exportações para a China é relevante. O sucesso da soja é incontestável.
Até outubro deste ano, fornecemos 28,5 milhões das 52,7 milhões de toneladas
importadas pelos chineses. No açúcar, fornecemos 1,5 das 2,4 milhões de toneladas
compradas pela China.
Em carne bovina, de janeiro a setembro, exportamos 158 milhões de toneladas para
Hong Kong, enquanto a China continental, para onde não exportamos de tudo porque a
carne brasileira estava sob embargo, importou, no total, 116 milhões de toneladas.
Fomos, no mesmo período, o terceiro maior exportador de celulose e o quarto
exportador de algodão para o mercado chinês.
O risco é nos contentarmos com os resultados. O caso da soja, por exemplo: nos
primeiros dez meses de 2014, aumentamos o volume das exportações para a China em
4%, enquanto os EUA aumentaram 38,35%, a Argentina, 28,32% e o Canadá, 22,41%.
Os americanos estão se movendo, levando os produtores a interagir mais com os
compradores, algo que não fazemos. Em carne bovina, não podemos ficar tão
dependentes das entradas via Hong Kong. A China faz vista grossa para essa
triangulação, mas não será para sempre.
Nossas exportações de algodão para o mercado chinês de janeiro a outubro tiveram
queda de 45% em relação ao mesmo período de 2013.
Fornecemos apenas 0,2% da carne de porco e 4,2% do café importados pelos chineses.
O mercado de café, segundo um estudo da OIC (Organização Internacional do Café),
cresce 12,8% ao ano. O consumo médio per capita é de 25 gramas, enquanto em outros
países esse número vai a 12 kg. Quando ocuparemos maior espaço?

10. O SISTEMA BRASILEIRO DE TRANSPORTES


De acordo com o Ministério da Infraestrutura, durante o Segundo Reinado, com o
crescimento da produção e exportação cafeeira, a partir de 1831, que se estendia na Província do
Rio de Janeiro, pelo vale do rio Paraíba do Sul e pelos territórios adjacentes das Províncias de São
Paulo e Minas Gerais, com ramificações no Espírito Santo, o Império viu a necessidade de investir
na implantação de estradas de ferro. Até então, a produção era transportada em animais. Há o
registro da chegada de 200 mil mulas com carregamento, por ano, no porto de Santos.
A lei de 1852 marca o verdadeiro ponto de partida da viação férrea brasileira. Durante a sua
vigência, que se estendeu até 1873, foram construídos 732.397 quilômetros de linhas férreas nas
seguintes estradas: Estrada de Ferro de Petrópolis (Mauá); D. Pedro II; Recife ao São Francisco;
Santos a Jundiaí; Bahia ao São Francisco; Estrada de Ferro de Cantagalo (Vila Nova-Friburgo);
Estrada de Ferro Paulista; Estrada de ferro Itaúna; Estrada de Ferro Valenciana; e Estrada de Ferro
de Campos-Sebastião, posteriormente no período pós-república.

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De 1867 até a década de 1930, existiam 18 ferrovias, sendo que, deste total, metade, com
extensões inferiores a 100 km, serviam de ramais de captação de cargas para as grandes e médias
companhias, em grande parte localizadas no estado de São Paulo.
Por outro lado, as rodovias não receberam o mesmo tratamento dedicado às linhas férreas.
Enquanto se construíram ferrovias, as estradas de rodagem permaneciam no mesmo estado em
que foram deixadas pela administração colonial.
Durante o Governo de Washington Luís (1926-1930), ocorreu o grande impulso para o
desenvolvimento do rodoviarismo brasileiro, no qual foram estabelecidas as bases da Rede
Rodoviária do Brasil em 17 Estradas Federais e 12 Estaduais, sendo a Rio-Petrópolis a primeira
rodovia asfaltada do país.
Para o presidente Washington Luís, além de "abrir estradas", era preciso "construir estradas
para todas as horas do dia e para todos os dias do ano" e, ainda, a rodovia seria um elo com as
ferrovias. Durante o governo de Getúlio Vargas (1930-1937), foram criadas diversas rodovias de
ligação entre as capitais estaduais, assim como ao longo da fronteira atendendo às exigências
militares.
Mas foi em 1957, no Governo JK, que a implantação de uma indústria automobilística
nacional e a decisão de construir a nova capital no interior do país impulsionaram o
desenvolvimento rodoviário do Brasil.
As políticas viárias da época acentuaram cada vez mais a política rodoviária em detrimento à
ferroviária, o que fez com que crescesse o mercado automotivo brasileiro, causando um aumento
progressivo na frota nacional.
O sistema brasileiro de transportes é predominantemente rodoviário por opção política das
décadas de 50 e 60, mas as grandes dimensões territoriais do país o tornam favorável à
implementação de modais mais benéficos para grandes distâncias, como o ferroviário e o
hidroviário.
Ao falarmos dos sistemas de transporte, não apenas no Brasil, mas no mundo, a principal
relação que devemos estabelecer é entre os meios de transporte, que devem ser baseados em um
modelo integrado, multimodal e no desenvolvimento econômico.
Meios de transporte e portos são formas de escoamento da produção agropecuária e
industrial do país, bem como portas de entrada de mercadorias do mundo todo, ou seja, facilitam
a circulação de bens e serviços.
Quanto mais especializada e moderna a infraestrutura de um país, mais investimentos ela
atrai e maiores são os fluxos econômicos internos e externos, então um importante pré-requisito
para o desenvolvimento é o investimento em infraestrutura.

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Observe acima os principais corredores de exportação rodoferroviários. Primeiramente é


importante ter a percepção de que o traçado rodoferroviário brasileiro possui um trajeto que
mostra a sua posição global, na Divisão Internacional do Trabalho (DIT), como país
subdesenvolvido. Essas redes ligam áreas de produção agropecuária e mineral, e são, em sua
maioria, privadas.
O capital internacional investe na mineração, no agronegócio e nas vias de escoamento de
produção. Um traçado típico de países desenvolvidos é que os meios de transporte são pensados
de forma a integrar o território e facilitar o deslocamento das populações. Aqui, prioritariamente, é
para o escoamento produtivo e o transporte de cargas.
Alguns dos portos brasileiros mais importantes são:
 Itaqui – Maranhão, especializado em Ferro e soja.
 Areia Branca – Rio Grande do Norte, escoamento de sal.
 Maceió – Alagoas,açúcar e álcool.
 Santos – São Paulo, soja e eletroeletrônicos (maior movimentação do país).

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 Sepetiba – Rio de Janeiro, ferro e manganês.


Como podemos observar no mapa abaixo, os portos com maiores fluxos estão no Centro-Sul
do país. Nos estados de São Paulo, Amazonas e Maranhão, as importações são maiores.

O transporte aéreo possui uma infraestrutura em constante melhoria, mas, como


observamos facilmente, concentra-se predominantemente no Sudeste, nas principais capitais
nordestinas e em Manaus (devido à Zona Franca). Os principais aeroportos do país são:Guarulhos
(SP), Congonhas (SP), Viracopos (Campinas SP) e Galeão (RJ). Há, também, diversos outros
presentes em todas as capitais, sendo que em São Luís temos o aeroporto Marechal Cunha
Machado, importante ponto de infraestrutura da região Nordeste.

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O país possui grande viabilidade na implantação de hidrovias, para que isso se torne
possível é preciso que as matas ciliares sejam conservadas. Dessa forma, evita-se que os rios sejam
assoreados, ação que diminui a lâmina d’água e, consequentemente, impossibilita a navegação.
Também são necessárias melhorias na infraestrutura portuária, que são o principal ponto de
escoamento da produção nacional para o mercado estrangeiro. Mas é preciso que essas melhorias
infraestruturais sejam acompanhadas de estudos de impacto ambiental, uma vez que as atividades
portuárias são grandes fontes de poluição e perturbação do ambiente marinho.
Os rios brasileiros são predominantemente navegáveis, no entanto os principais rios de
planície estão muito distantes dos principais centros de povoamento e industrialização, como a
região Sudeste que é a mais industrializada e urbanizada.
Contudo, o relevo dessa região é predominantemente planáltico, com rios encaixados em
áreas de falhas geológicas sujeitas a desníveis abruptos, que formam quedas d’água e cachoeiras. É
possível navegar em rios de planalto, desde que haja certa infraestrutura de navegação, como por
meio da implantação de sistemas de eclusas, que funcionam como elevadores dentro da água.

Para Alberto Pereira (Adecon), o desenvolvimento da Hidrovia do Parnaíba, concomitante


à expansão do Porto do Itaqui e do sistema ferroviário do Maranhão, será importante, pois
significa uma opção a mais de transporte e também crescimento econômico em vários
segmentos, como a navegação fluvial e a construção de portos ao longo do rio,
incrementando o comércio das cidades ribeirinhas. “Com o desenvolvimento de portos e
hidrovias, é possível que todos cresçam. Por isso é importante divulgar as potencialidades
da região e discutir as estruturas de transporte multimodal”, declarou Alberto Pereira.

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Fonte: http://imirante.com/sao-luis/noticias/2010/03/10/porto-e-hidrovia-do-maranhao-vao-ser-importantes-para-todo-o-pais.shtml

Principais hidrovias:
 Tietê-Paraná – O maior volume de cargas do país. É a mais importante, pois liga SP
(maior concentração industrial) aos mercados do Mercosul.
 Rio Amazonas –Os principais portos são Belém e Manaus, este situado do Rio Negro, 20
km a montante (contra a correnteza) da confluência com o Amazonas.
 Rio Paraguai –É um dos mais importantes do Brasil devido ao valor da carga que é
transportada por ali, como: minérios, gado, madeira, arroz, cimento, trigo e derivados
de petróleo. Seus portos estão em Corumbá e Ladário, no Mato Grosso do Sul.
 São Francisco –Seu principal trecho de navegação é entre Juazeiro, na Bahia, e Pirapora,
em Minas Gerais. Em seu curso está a barragem de Três Marias e a comporta de
Sobradinho.
As ferroviasbrasileiras, destacadamente a E. F. Carajás (EFC), são especializadas no
transporte de minérios e outras commodities(produtos primários como ferro e soja). São todas de
capital privado.
A EFC tem 892 quilômetros de extensão, ligando a maior mina de minério de ferro a céu
aberto do mundo, em Carajás, no sudeste do Pará, ao Porto de Ponta da Madeira, em São Luís
(MA).Por seus trilhos, são transportados 120 milhões de toneladas de carga e 350 mil passageiros
por ano. Circulam cerca de 35 composições simultaneamente, entre as quais um dos maiores trens
de carga em operação regular do mundo, com 330 vagões e 3,3 quilômetros de extensão.

Os trilhos dos primeiros 15 km da Estrada de Ferro Carajás foram instalados em agosto de


1982. A ferrovia teve seus estudos de viabilidade, juntamente com os projetos de
engenharia, iniciados quase uma década antes, em 1974, mas a inauguração oficial só
ocorreu 11 anos depois, no dia 28 de fevereiro de 1985.
Em março de 1986, chegaram os primeiros passageiros. No ano seguinte, foi a vez da soja.
Os trens da ferrovia passaram a fazer o transporte de grãos e, no mesmo ano, os produtos
derivados de petróleo entraram para a lista de materiais transportados pelas composições.

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Hoje, os trens carregam granéis sólidos (soja e outros grãos), líquidos (combustíveis e
fertilizantes, entre outros), além do minério de ferro.
A EFC está ainda interligada com outras duas ferrovias: a Companhia Ferroviária do
Nordeste (CFN) e a Ferrovia Norte-Sul. A primeira atravessa, principalmente, sete estados
da região Nordeste e a segunda corta os estados de Goiás, Tocantins e Maranhão,
facilitando a exportação de grãos produzidos no norte do estado do Tocantins pelo Porto
de Ponta da Madeira, no Maranhão.
Fonte: http://www.vale.com/brasil/PT/initiatives/innovation/carajas-railway/Paginas/default.aspx

A partir da década de 90, as ferrovias foram todas privatizadas, assim como a maior parte
das rodovias. Mesmo que em seu nome esteja a sigla BR ou MA, elas podem ter sido concedidas a
empresas para administrá-las: pedágios. Mesmo que a administração e manutenção sejam de
responsabilidade privada, o patrulhamento é de responsabilidade das polícias rodoviárias.

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Uma das mais emblemáticas ferrovias brasileiras é a Norte-Sul (FNS). A construção da FNS
foi iniciada em 1987, com um traçado inicial que previa uma extensão de aproximadamente 1.550
km, de Açailândia/MA a Anápolis/GO, de modo a cortar os Estados do Maranhão, Tocantins e
Goiás. Dessa forma, o traçado original está construído e em operação. Seus principais objetivos
são:
 Estabelecer alternativas mais econômicas para os fluxos de carga para o mercado
consumidor;
 Induzir a ocupação econômica do cerrado brasileiro;
 Favorecer a multimodalidade;
 Conectar a malha ferroviária brasileira;
 Promover uma logística exportadora competitiva, de modo a possibilitar o acesso a
portos de grande capacidade;
 Incentivar investimentos que irão incrementar a produção, induzir processos produtivos
modernos e promover a industrialização.

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Influenciou diretamente os municípiosmaranhenses de Centro Novo do Maranhão, Itinga do


Maranhão, Açailândia, São Francisco do Brejão, João Lisboa, Imperatriz, Davinópolis, Governador
Edson Lobão, São José de Ribamar, Porto Franco e Campestre do Maranhão.

Ferrovias, hidrovias e rodovias são vetores de desenvolvimento. Quando são construídas


estradas, a dinâmica populacional, de pessoas e riquezas, intensifica-se. O setor de
transportes é de importância fundamental para a operação do sistema, fator de
organização do espaço, e cria novos esquemas de divisão industriais, extrativistas e
agrícolas.

Um dos mais sérios problemas que o país enfrenta consiste em superaras grandes distâncias
que separam as regiões economicamente produtivas e suprir as deficiências da ausência de meios
de transportes rápidos, eficientes e baratos, que interliguem e escoem suas produções, bem como
o transporte de passageiros.
Com o crescimento econômico do país e seu destaque internacional em exportações, é
emergente a necessidade de se criar mais infraestruturas que dinamizem a circulação de produtos
e pessoas, e que barateiem os custos.
Sabemos que a matriz de transportes brasileira é majoritariamente concentrada em
rodovias, já que na década de 50, durante o governo JK, tivemos uma política de transportes
fundamentada neste tipo que causou o momento de maior construção de rodovias de nossa
história.
No entanto, temos o potencial de desenvolvimento dos transportes em outros modais
(outros modos de transporte), como as hidrovias e ferrovias (que no Brasil são especializadas no
transporte de commodities).
Para que possamos analisar o traçado a ser ocupado pelas vias de transporte, vários fatores
precisam ser considerados, como o relevo, a vegetação, a navegabilidade dos rios, distâncias, custo
de instalação, custo de manutenção, tipo de combustível, intensidade dos fluxos de mercadorias e
pessoasetc.
Nossa principal forma de deslocamento interno é o transporte rodoviário, responsável por
mais de 60% da carga de mercadorias produzidas no país, sobre vias, em sua maioria,
consideradas ruins ou péssimas.

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Logisticamente falando, esse tipo de transporte nas atuais condições destrói nossa
competitividade e encarece o preço do produto final, já que o frete se torna mais caro, devido ao
alto custo de manutenção dos veículos.
Há também a perda da carga durante o transporte, que pode chegar a 30% dos grãos
produzidos no país. Outro fator problemático na logística de transporte rodoviário brasileiro é
devido à sua baixa capacidade de suporte, pois as rodovias transportam apenas uma pequena
carga em cada caminhão em comparação com outros tipos de veículos.
É importante também a construção de portos secos, ou seja, terminais intermodais. Eles
são infraestruturas de comunicação entre os meios de transporte, em que um trem pode ser
carregado a partir da descarga de um caminhão, ou embarcar seus contêineres em navios.
Enquanto estes terminais que favorecem a logística de comunicações realizam as trocas
modais, os documentos já são agilizados, para que cheguem os produtos aos portos com toda a
documentação em dia.

10.1. O TRANSPORTE RODOVIÁRIO

Segundo o Departamento de Infraestrutura e


Transportes (DNIT), órgão responsável pela regulação das
vias de transporte brasileiras, a nomenclatura das rodovias
é definida pela sigla BR, o que significa que a rodovia é
federal, seguida por três algarismos.
O primeiro algarismo indica a categoria da rodovia,
de acordo com as definições estabelecidas no Plano
Nacional de Viação. Os dois outros algarismos definem sua
posição, a partir da orientação geral da rodovia,
relativamente à Capital Federal e aos limites do País
(Norte, Sul, Leste e Oeste). Elas podem ser:
 Rodovias radiais: (BR-0XX)-São as rodovias que
partem todas do anel viário de Brasília. O Primeiro
algarismo é o zero e os algarismos restantes
podem variar de 05 a 95, e sua numeração é
contada a partir do sentido norte e aumenta no sentido horário.
São exemplos de Rodovias Radiais que ligam a capital nacional a outros pontos: a BR-010,
que vai até Belém, com 1.954 km de extensão; a BR-020, que vai até Fortaleza, com 2.038

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km de extensão; a BR-040, que vai até o Rio de Janeiro, com 1.139 km de extensão; a BR-
050, que vai até Santos, com 1.025 km de extensão; a BR-060, que passa por Goiânia e
Campo Grande e vai até a fronteira com o Paraguai, com 1.329 km de extensão; a BR-070,
que passa por Cuiabá até a fronteira com a Bolívia, com 1.317 km de extensão; entre
outras.
 Rodovias longitudinais: (BR-1XX)- As rodovias longitudinais são traçadas no sentido dos
meridianos (em direção Norte-Sul). O primeiro algarismo é o 1 e a numeração varia de 00,
no extremo Leste do País, a 50, na Capital, e de 50 a 99, no extremo Oeste, portanto, sua
numeração aumenta de Leste para Oeste.
São exemplos de rodovias longitudinais: a BR-101, que vai de Touros/RN e se estende por
4.551 km no litoral brasileiro até Rio Grande/RS; a BR-116, de Fortaleza/CE passando por
São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre até Jaguarão/RS, com 4.566 km de extensão; entre
outras.
 Rodovias transversais: (BR-2XX)- As rodovias transversais cruzam o Brasil na direção Leste-
Oeste. Sua numeração aumenta em direção ao Sul. O primeiro algarismo é o 2 e a
numeração varia de 00, no extremo Norte do país, a 50, na Capital Federal, e de 50 a 99 no
extremo Sul.
São exemplos de Rodovias Transversais: a BR-251, que vai de Ilhéus/BA até
Cuiabá/MT, com 2.418 km de extensão; a BR-262, que vai de Vitória/ES até Corumbá/MT,
passando por Belo Horizonte/MG e Triângulo Mineiro, com 2.295 km de extensão; entre
outras.
Destaque para a BR-230, a Transamazônica, que se estende por 5.662 km, desde
Cabedelo/PB até Benjamin Constant/AM, sendo que destes, 2.127 são de rodovia não
pavimentada, segundo o DNIT.
Essa rodovia, construída durante o regime militar, segundo o governo, buscava
integrar a região Norte com o lema “Integrar para não entregar”. Entretanto, acabou
servindo como vertente para o desmatamento da floresta, sendo a principal via de
transporte de madeira ilegal da região.
O desmatamento é explicitamente maior nas margens da rodovia, onde foram
criados povoados e cidades para atender o fluxo de pessoas. Como a rodovia encontra-se
em grande parte não pavimentada e inserida em região com grande abundância de chuvas,
torna-se intransitável em diversos trechos.
 Rodovias diagonais: (BR-3XX)- A nomenclatura é composta pelo primeiro algarismo 3 e os
dígitos restantes são especificados da seguinte maneira:

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-Diagonais orientadas na direção Noroeste-Sudeste NO-SE: a numeração varia, segundo


números pares, de 00, no extremo Nordeste do país, a 50, em Brasília, e de 50 a 98, no
extremo Sudoeste;
- Diagonais orientadas na direção Nordeste-Sudoeste NE-SO: a numeração varia, segundo
números ímpares, de 01, no extremo Noroeste do país, a 51, em Brasília, e de 51 a 99, no
extremo Sudeste.
São exemplos de Rodovias Diagonais: a BR-364, com 4.141 km de extensão, que vai
de Limeira/SP à fronteira com o Peru; a BR-316 de Belém/PA a Maceió/AL, com 2.062 km
de extensão; a BR-381, que liga São Mateus/ES a São Paulo, com 1169 km de extensão;
entre outras.
 Rodovias de ligação: (BR-4XX)-São aquelas que se apresentam em qualquer direção, unem
duas rodovias entre si ou a cidades e pontos importantes. Sua nomenclatura é composta
pelo primeiro algarismo 4, seguida de 00 e 50, se a rodovia estiver ao norte do paralelo da
Capital Federal, e entre 50 e 99, se estiver ao sul desta referência.
Alguns exemplos de Rodovias de Ligação são: a BR-401, que liga Boa Vista/RR à Fronteira
com a Guiana; a BR-407, que liga Piripiri/PI a BR-116 em Anagé/PI); a BR-489, que liga
Prado/BA ao entroncamento da BR-101; a BR-488, que liga o entroncamento da BR-116 ao
Santuário Nacional de Aparecida/SP; entre outras.
De acordo com o geógrafo brasileiro Milton Santos (1926-2001), o espaço físico como
vemos atualmente é produto da relação globalizada do homem com a natureza, em reflexo ao
desenvolvimento e uso da tecnologia, principalmente no ramo da Tecnologia da Informação (TI).
A esse advento, Milton Santos chamou de meio técnico-científico-informacional, ou seja,
todo o equipamento tecnológico que permite maior integração, mobilidade e circulação de
mercadorias e informações.
Cada vez mais, o Brasil é mais integrado e os espaços relativos tornam-se menores pela
proximidade que as comunicações permitem, seja por ferrovias e rodovias ou por telefonia móvel
e internet.

É possível consultar a distribuição da infraestrutura de transportes brasileira pela base


cartográfica digital do DNIT. Basta acessar: http://servicos.dnit.gov.br/vgeo/, e navegar
pelas diversas camadas, como a da estrutura rodoviária, da localização dos portos, entre
outros modais, para analisar a situação pelo país.

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11. ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS (CHECKLIST) E PONTOS A DESTACAR

 Domesticar plantas foi uma revolução da inteligência humana que possibilitou o crescimento
populacional. Há 10.000 anos,a agricultura vem evoluindo, passando pelas crenças religiosas
do passado até inovações tecnológicas modernas, sendo importante agente na organização
geopolítica mundial.
 Um fator determinante para a prática agrícola é o tipo de clima, que se for favorável, com
temperatura e chuvas elevadas, aliado a outro fator muito importante que é um solo fértil,
leva a níveis de produtividade altos. No Brasil, uma parte considerável do PIB está relacionada
à exportação de produtos agrícolas.
 A alteração da rocha matriz pela ação climática, temperatura, pressão e organismos vivos ao
longo do tempo resulta nas camadas de formação do solo,que dividimos em horizontes: O, A,
B, C e R, sendo o primeiro o horizonte superficial, e este último, a rocha consolidada. Quanto
mais horizontes, mais profundo e mais maduro. Solos jovens, recém-formados, são menos
profundos.
 No Brasil encontramos:
o Solo de Massapê: solo fértil resultado da decomposição do calcário e do gnaisse;
o Terra Roxa:solo fértil resultado da decomposição do Basalto (Rocha vulcânica);
o Solo do cerrado:é do tipo latossolo, bastante intemperizado e maduro. Porém, é
ácido. A aplicação de cal virgem (calagem) e a irrigação intensificaram a fertilidade e
a produtividade agrícola;
o Solo daAmazônia:são solos pouco férteis, mas está assentado em uma camada de
matéria orgânica. Abaixo desta camada, encontramos sedimentos arenosos
caracterizando solos pobres.
 O território brasileiro é predominantemente composto por solos profundos das classes dos
Latossolos(31,61%) e dos Argissolos (26,94%). Os solos pouco desenvolvidos representam
18,50%, como os Neossolos e Cambissolos. O restante é composto por solos com abundância

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de matéria orgânica, como Chernossolosos, Espodossolos, Organossolos, Gleissolos,


Luvissolos e os Planossolos.
 Os setores produtivos da cadeia agrícola e a modernização do campoocorreram nas décadas
de 1960 e 1970.
 O aumento da produtividade devido à modernização do campo aconteceu graças à chamada
Revolução Verde. A agricultura ganhou um novo modelo de produção que utiliza insumos,
pesticidas, maquinários, modificações genéticas e afins para o aumento significativo da
produção. Resumimos todos esses atributos da agricultura moderna como agronegócio.
 A biotecnologiaé o estudo voltado para o desenvolvimento de organismos geneticamente
modificados. A partir da genética, da biologia molecular e celular dando suporte para a
engenharia genética, foi possível controlar o DNA recombinante (modificação dos genomas)
das espécies, permitindo a criação de produtos chamados de transgênicos.
 Os transgênicos são organismos que sofrem modificações no seu código genético para fins de
produtividade.
 A lei de biossegurança foca na investigação da existência de possíveis efeitos inesperados dos
produtos transgênicos, que são integralmente avaliados pelas premissas da biossegurança
alimentar a fim de encontrar eventuais riscos existentes para a saúde humana. O risco de
cruzamento espontâneo, desaparecimento das espécies originais, dependência do produtor
das grandes corporações e o problema bioético sobre patentes de organismos vivos torna
importante a necessidade de se conscientizar cientificamente a sociedade.
 No Brasil, éobrigatório informar, no rótulo dos produtos, a procedência de insumos
transgênicos,com o intuito de alertar o consumidor sobre o que ele está consumindo, em
consonância com o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Estados Unidos, Argentina,
Canadá, China e Brasil lideram a produção de transgênicos no mundo.
 Vantagens dos alimentos transgênicos: maior produtividade com menor custo;
enriquecimento nutricional; resistência às pragas; aumento da tolerância das plantas às
adversidades naturais, como solos e clima não favoráveis.
 Desvantagens dos alimentos transgênicos: possíveis reações alérgicas e até desenvolvimento
de anomalias celulares (câncer); desequilíbrios ambientais.
 Existem diversos modelos agrícolas pelo mundo divididos em duas vertentes.
Agricultura extensiva:agricultura extensiva é caracterizada pelo uso de técnicas rudimentares
ou tradicionais na produção.
Normalmente é utilizada para mercado interno ou para subsistência.
Agricultura intensiva:a agricultura intensiva faz uso intensivo dos meios de produção, na qual

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se produzem grandes quantidades de um único tipo de fruta ou hortícola. Requer uso de


insumos, e pode acarretar alto impacto ambiental.
 As práticas modernas contam com planejamento agrícola, desde as práticas de irrigação, uso
de fertilizantes, sementes de alto desempenho (modificadas geneticamente) e uso de
pesticidas até a rotação de colheitas e uso de maquinário com controle altamente
tecnológico. Há produção em larga escala e adoção da monocultura. O investimento é alto e
o retorno tem uma garantia muito maior.
 A agricultura de jardinagem é baseada em práticas milenares passadas de geração a geração,
ela tambémé conhecida como terraceamento. É uma prática de clima de monção
tipicamente asiática. Consiste na criação de terraços através do parcelamento de rampas
niveladas. É uma técnica agrícola de conservação do solo empregada em terrenos muito
inclinados, permitindo o seu cultivo e, simultaneamente, o controle da erosão hídrica. É
popularmente difundida no Vietnã com a rizicultura.
 A agricultura itinerante é uma prática que consiste em derrubar trechos das florestase
posteriormente atear fogoaos resíduos do corte. Este processo prepara a terra para o cultivo
de subsistência, e torna o terreno mais fértil durante 2 a 3 anos. Após esse período, a terra
torna-seimprodutivapela perda de nutrientes, sendo abandonada pelo produtor, que busca
novas áreas para realizar o mesmo processo. Dentro de 10 a 20 anos após ser abandonado, o
terreno volta a ser produtivo, podendo ser novamente utilizado para o cultivo. É uma prática
aplicada em áreas de agricultura descapitalizada.
 Aagroecologia e a agricultura sintrópicasãovertentes agrícolas que se baseiam na dinâmica
natural dos ecossistemas naturais para um manejo sustentável.Elas investem no processo de
melhorias de condições de vida das plantas, ao invés de alterá-las geneticamente.
 Na agricultura sintrópica, as plantas são cultivadas em consórcio, intercalando espécies de
portes e características diferentes, de acordo com sua sucessão ecológica. Visa ao
aproveitamento máximo do terreno, e leva em consideração a manutenção e reintrodução
das espécies nativas em áreas ambientalmente degradadas.
 Cultivos Temporários são aqueles de curta ou média duração, geralmente com ciclo
vegetativo inferior a um ano, e que após a colheita necessitam de novo plantio para produzir.
A Cana-de-açúcar:na década de 70, foi desenvolvida a tecnologia do etanol, combustível
derivado da cana-de-açúcar, levando a um aumento da frota automotiva alavancado por
políticas de incentivo ao consumo de biocombustível. O Brasil lidera a produção mundial de
cana-de-açúcar, possui 9 milhões de hectares. A Soja:foi primeiramente cultivada no Sul do
Brasil, mas devido à crescente demanda por farelo de soja para alimentar criações de aves e
suínos, foram feitos investimentos em biotecnologia para adaptação da cultura da soja às
condições do Centro-Oestebrasileiro, que passou a produzir soja transgênica. As plantações

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de soja avançaram pelo cerrado e atualmente avançam sobre as bordas da Floresta


Amazônica.
 Cultivos Permanentessão aqueles de longo ciclo vegetativo, que permitem colheitas
sucessivas, sem necessidade de novo plantio. O Algodão:é uma cultura tradicional do Brasil
colonial. Durante dois momentos de Guerra, o país ocupou a lacuna deixada pelos EUA no
mercado de algodão. Atualmente o Brasil é o segundo maior exportador do mundo, atrás
somente dos EUA. O Café: a produção brasileira se iniciou no século XIX e logo São Paulo já se
tornou o maior produtor mundial. O ciclo do café foi o responsável pela modernização do
país,com o desenvolvimento da malha viária para escoamento da produção. Atualmente o
Brasil é o maior produtor mundial de café, seguido de Vietnã e Colômbia. A Laranja: é a fruta
mais produzida no Brasil, que é o maior produtor mundial da fruta e principal exportador de
suco de laranja. O Cacau:se adaptou bem ao clima e ao solo do Centro-Norte brasileiro, e o
Brasil, que já foi o maior exportador de cacau, hoje ocupa a sétima posição no ranking
mundial, evidenciando a necessidade de maiores investimentos no setor de processamento
industrial desse produto.
 Na região do semiárido entre as cidades Petrolina e Juazeiro, temos o maior polo do
agronegócio da fruticultura do país. São cidades economicamente muito prósperas devido
ao agronegócio altamente mecanizado. A fruticultura irrigadaé responsável pela maior
produção brasileira de produtos como manga, pêssego, uva e goiaba. O principal recurso
hídrico, peça chave para o sucesso da atividade, é o Rio São Francisco, que atualmente sofre
assoreamento devido à supressão da sua mata ciliar para o desenvolvimento agrícola.
 Uma dasconsequênciasnegativas da modernização agrícolaé o impacto social. As novas
tecnologias dispensam uma grande quantidade de mão de obra e produzem em larga escala
para o mercado externo. Podemos citar também fatores negativos como a contaminação do
solo e das águas com agrotóxicos, além do desmatamento e da destruição da biodiversidade.
 A modernização no campo também fez com que a população brasileira invertesse sua
localização. Mais de 84% da população vive em meios urbanose, dessa porcentagem, 15
milhões são migrantes.
 A falta de subsídios, de créditos governamentais e os privilégios do agro,nas décadas de 1960
e 1970, tornaram-se determinantes para o êxodo ruraldos pequenos produtores epara os
problemas atuais de aglomeração dos grandes centros. Esse fenômeno social vem
influenciando, inclusive, nos desequilíbrios climáticosque assolam os centros urbanos nos
dias de hoje.
 Com o passar do tempo, a agricultura familiartornou-se uma prática incluída nas políticas
públicas, ganhando incentivo para ser a base da soberania alimentarbrasileira. No mínimo
30% do total de recursosrepassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da

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Educação(FNDE) devem ser destinados à compra de alimentos, preferencialmente orgânicos,


produzidos pela agricultura familiar local, regional ou nacional, priorizando-se os
assentamentos da reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e as comunidades
quilombolas.
 A formação da agropecuáriacomercial brasileiratem origem na colonização, que introduziu
espécies animais e vegetais em nosso território.
 A domesticação de plantas e a comercialização de madeira e de corante extraído da madeira
foram as primeiras fases da agricultura no Brasil. De 1530 a 1700, tivemos no país o ciclo da
cana-de-açúcarjunto à exploração extrativista de minérios, que contribuíram para o
povoamento da colônia (muitos africanos escravizados) e para a concentração de terras
(criação de grandes latifúndios). O país ainda passou por outros ciclos econômicos como o do
café, borracha, algodão, entre outros.
 A expansão do atual modelo agrícola monocultor para exportaçãoavançou primeiramente
pelo cerrado do Centro-Oeste brasileiro, a partir do final da década de 1970. Atualmente a
chamada fronteiraagrícolase expande nas bordas sul e sudeste da Floresta Amazônica.
 Em meio à pandemia da Covid-19, o Brasil fechou o ano de 2020 com um PIB de 7,4 trilhões
de reais, uma queda de 4,9% em relação a 2019. O setor agropecuário foi o único que
apresentou alta, de 2%.
 A participação do agronegócio no PIB nacional chegou a 26% em 2020. O setor responde por
aproximadamente 48% do valor das exportações. O Brasil é o quarto maior produtor de grãos
do planeta, atrás de Estados Unidos, China e Índia.
 A pecuária bovinafoi atividade sempre presente e complementar à lavoura açucareira e à
mineração, desde a colonização do Brasil. 73% da produção é voltada para o mercado interno
e o restante é exportado, principalmente para a China.
 Predomina no país a pecuária extensiva,na qual o gado é criado solto no pasto. Os rebanhos
bovinosocupam a maior parte das terras agricultáveis brasileiras, cerca de 25% do território,
e são destinados ao corte (produção de carne) e à produção leiteira.
 Os rebanhos de suínos (suinocultura)e de aves (avicultura) são os que reúnem as maiores
quantidades de animais do país. Elas evoluíram com a implantação de setores
agroindustriaisa partir da década de 1960, majoritariamente na região Sul do Brasil. Cerca de
90% da produção de frango no Brasil são de granjas integradas à indústria. Em 2017, o país
chegou à posição de maior exportador mundial.
 A caprinocultura tem destaque como atividade socioeconômica no semiáridobrasileiro, que
concentra 90% do efetivo do rebanho nacional. A região Nordeste é a maior bacia leiteira de

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caprinos do Brasil, sendo o leite de cabra um dos produtos mais importantes da


caprinocultura.
 Os sistemas produtivos nacionais se organizaram com a rede de transportes brasileira. A
ampliação dos sistemas viários no Brasil teve início com as ferrovias criadas para escoar a
produção cafeeira em meados de 1831.
 As rodovias (modelo rodoviarista) surgiram já no século XX, durante os governos de
Washington Luís (1926-1930) e na primeira passagem de Getúlio Vargas pelo poder (1930-
1937). O impulso do desenvolvimento rodoviário no Brasil se deu de forma enfática, em
1957, com o crescimento da indústriaautomobilísticaaliado à construção da nova capital no
interior do país.
 Atualmente as rodovias brasileiras são classificadas de acordo com a direção nas quais elas
são implementadas e elas podem ser: rodovias radiais, longitudinais, transversais,
diagonaisou de ligação.
 Apesar de o país ter um enorme potencial para a implantação de ferrovias e de hidrovias, o
transporte rodoviário é a principal forma de escoamento da produção agrícola brasileira. Esse
tipo de transporte causa desperdícios e encarece o frete das mercadorias, acrescido pelos
diversos problemas infraestruturais das rodovias nacionais.

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12. QUESTIONÁRIO DE REVISÃO

QUESTIONÁRIO – SOMENTE PERGUNTAS

1) Como surgiu e se aprimorou a agropecuária?


2) o que foi a Revolução Verde?
3) Como é realizada a produção de transgênicos do Brasil?
4) Qual a diferença entre agricultura intensiva e extensiva?
5) Cite exemplos de agricultura extensiva.
6) Quais os possíveis impactos sociais e naturais da atividade agrícola?
7) Qual a importância da agricultura familiar?
8) Qual o contexto do Brasil na agricultura mundial?
9) Quais as atividades pecuárias no Brasil?
10) Como foi o histórico do transporte no Brasil?

QUESTIONÁRIO – PERGUNTAS E RESPOSTAS

1) Como surgiu e se aprimorou a agropecuária?


A agricultura surgiu na região da Mesopotâmia e antigo Egito há cerca de 10.000 anos. Ao
longo dos anos, a prática da agricultura chegou à Europa central através do Mar Egeu. A
prática de domesticação de plantas e de animais, que deu origem à agropecuária, significou
um marco na evolução humana, promovendo a sedentarização da espécie, moldando os
territórios e dando início às civilizações. Na Idade Média, a organização política dos feudos
passou a influenciar diretamente na produtividade agrícola e, a partir daí, tornou-se também
uma forma de dominação dos senhores feudais e da Igreja sobre os pequenos produtores
adeptos da agricultura de subsistência em pequenas propriedades. No período colonial,
intensificou-se o modelo de plantation, voltado à produção monocultora em grandes
propriedades e voltado à exportação. No século XX, no período pós 2ª Guerra Mundial, o
mundo percebeu a necessidade de aumentar a produção de alimentos. Nesse contexto,
houve grandes avanços nas técnicas agrícolas difundidas por todo o mundo.

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2) o que foi a Revolução Verde?


A expressão Revolução Verde foi criada em 1966, em uma conferência em Washington, e foi
apoiada pela ONU devido à preocupação de se aumentar a produção agrícola para alimentar
a crescente população mundial. Caracteriza-se pela inserção de um conjunto de inovações
tecnológicas, como o uso de defensivos agrícolas, sementes geneticamente modificadas,
fertilizantes, implementos agrícolas como tratores, plantadeiras, colheitadeiras,
equipamentos para irrigação etc. O processo de modernização agrícola levou a um aumento
considerável na produção de alimentos. No entanto, o problema da fome no mundo não foi
solucionado, pois a produção dos alimentos nos países em desenvolvimento é exportada,
principalmente, a países desenvolvidos industrializados. Esse processo refletiu na diminuição
dos postos de trabalho no campo, o que teve como consequência a concentração de terras, o
aumento da desigualdade social e aumento de problemas urbanos relacionados à
periferização.
3) Como é realizada a produção de transgênicos do Brasil?
A produção de alimentos transgênicos funciona da seguinte forma: uma característica
reconhecida como importante para uma planta é identificada. Em seguida, selecionam-se os
genes responsáveis pela expressão dessa característica e se faz uma inserção do gene de
interesse no genoma da planta a ser transformada. O gene de interesse chega ao núcleo
celular e é integrado ao genoma da célula vegetal. Há, posteriormente, a identificação das
células que receberam os genes de interesse e são selecionadas as células vegetais em
condições de cultivo. A nova tecnologia das plantas transgênicas, antes de serem liberadas
pela lei, provocou um grande debate entre os cidadãos e cientistas sobre os possíveis
impactos nocivos do uso destas sementes. As principais preocupações aos transgênicos são:
risco de cruzamento espontâneo e desaparecimento das espécies originais, dependência do
produtor das grandes corporações e o problema bioético sobre patentes sobre organismos
vivos. De acordo com a Lei de Biossegurança, existe um conjunto de normas para o uso das
técnicas de engenharia genética e liberação no meio ambiente de organismos geneticamente
modificados (OGMs). Os transgênicos liberados comercialmente no Brasil são: milho, soja,
algodão, cana-de-açúcar, feijão e eucalipto. O Brasil é o segundo maior produtor de
transgênicos do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
4) Qual a diferença entre agricultura intensiva e extensiva?
A agricultura extensiva é caracterizada pelo uso de técnicas rudimentares ou tradicionais na
produção. Normalmente é praticada pela produção de subsistência, com um contexto de
mão de obra pouco qualificada e a aplicação de baixos recursos tecnológicos. É uma prática
comum em países subdesenvolvidos. A agricultura intensiva é um sistema de produção que
faz uso considerável de tecnologia em seus processos. É um agrossistema que visa,
essencialmente, ao aumento da produtividade e à redução do tempo de produção. Requer
grande uso de insumos e pode acarretar alto impacto ambiental.
5) Cite exemplos de agricultura extensiva.
Um dos tipos de agricultura extensiva é a agricultura itinerante, uma prática agrícola muito
antiga adotada historicamente pelos povos indígenas nas florestas tropicais. Consiste em
derrubar trechos das florestas e posteriormente atear fogo aos resíduos do corte. Com a falta

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de conservação do solo, é necessário o movimento periódico dos trabalhadores em busca de


solos ainda férteis, por isso denominamos este sistema de itinerante. Ela é realizada em
países subdesenvolvidos da África, América Latina, Ásia Central e Sudeste Asiático.
Outro exemplo de agricultura extensiva é o método sintrópico, popularmente conhecido
como agroecologia. O sistema de cultivo agroflorestal é caracterizado pela organização,
integração, equilíbrio e preservação de energia no ambiente por meio do manejo sustentável.
Na prática funciona num sistema de consórcio, pensando na sucessão e combinação de
espécies, e nesse processo apenas as podas são necessárias para manter a cobertura vegetal
do solo. O equilíbrio é feito pela própria natureza.
6) Quais os possíveis impactos sociais e naturais da atividade agrícola?
No Brasil, desde o período colonial, o modelo agrícola é baseado nas exportações da
produção de grandes latifúndios monocultores. É um modelo agrícola que provoca um
grande desgaste do solo em razão da sua exploração intensiva e a falta de rotatividade das
culturas. Os impactos ambientais da agricultura são vários, entre eles: a contaminação do
solo e da água com agrotóxicos, desmatamento, destruição da biodiversidade, aceleração do
processo erosivo, erosão e assoreamento dos rios e desertificação. É necessária a associação
de práticas de manejo conservacionistas para a mitigação dos impactos ambientais citados,
como o uso de plantio em curvas de nível, plantio direto e conservação das matas ciliares.
7) Qual a importância da agricultura familiar?
A valorização da agricultura familiar e do pequeno produtor no Brasil é recente e deve-se ao
debate ferrenho dos intelectuais e de cientistas sociais que enfatizaram o tema no início da
década de 1990. O papel do Estado e o papel das políticas públicas foram determinantes no
reconhecimento deste setor, dando-lhe visibilidade. O Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE) garante o acesso do agricultor familiar ao mercado de comercialização, dando
um destino certo para os alimentos produzidos, garantindo renda e melhor qualidade de vida
às famílias. Estipulou-se o percentual para a compra de alimentos de, no mínimo, 30% do
total de recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE),
que devem ser destinados à compra de alimentos, preferencialmente orgânicos, produzidos
pela agricultura familiar local, regional ou nacional, priorizando-se os assentamentos da
reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e as comunidades quilombolas. A
agricultura familiar atualmente emprega 7 de cada 10 trabalhadores do campo. O censo
agropecuário de 2017 demonstra que, nas culturas permanentes, a agricultura familiar
responde por 48% do valor da produção de café e banana; nas culturas temporárias, são
responsáveis por 80% do valor de produção da mandioca, 69% do abacaxi e 42% da produção
do feijão. A soberania alimentar depende exclusivamente da agricultura familiar no Brasil e
no mundo.
8) Qual o contexto do Brasil na agricultura mundial?
O Brasil apresentou um PIB de 7,4 trilhões de reais ao fim de 2020, sendo que o setor do
agronegócio correspondeu a 26% deste total. Quase a metade (48%) das exportações
brasileiras, segundo o IBGE, foram do agronegócio. O produto que lidera as exportações é a
soja, mas também são exportados produtos como milho, açúcar, café, carnes, couro,
madeira, algodão, cacau, além de frutas como goiaba, manga, maçã, banana, laranja, limão e

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castanhas. Segundo o Ministério da Agricultura, o principal destino das exportações é a


China, seguido por Estados Unidos, União Europeia e Japão. A soja é naturalmente um cultivo
de clima temperado, no entanto, por meio do desenvolvimento biotecnológico, adaptou-se
às condições do clima tropical e do solo mais ácido do Brasil Central, até os limites do Cerrado
com a Floresta Amazônica no Centro-Oeste e, também, no limite dessa região com o
Nordeste do país (Matopiba).
9) Quais as atividades pecuárias no Brasil?
Desde a colonização, a atividade pecuária foi sempre presente e complementar à lavoura
açucareira e, mais tarde, à mineração no Brasil. A região Sul especialmente dedica-se à
atividade pecuarista, principalmente na região dos pampas. O principal rebanho brasileiro é o
bovino, com cerca de 214,893 milhões de animais, em 2019, e os maiores produtores são os
estados do Mato Grosso (14,73%), Goiás (10,61%), Minas Gerais (10,26%), Pará (9,73%) e
Mato Grosso do Sul (9,04%). Os rebanhos bovinos ocupam a maior parte das terras
agricultáveis do país, com cerca de 25% do território. No Brasil existe também, em menor
escala, a criação de búfalos para corte e produção leiteira. O rebanho suíno também tem
grande representatividade, é o segundo em número de animais do país e está concentrado
principalmente na região Sul. A avicultura também é uma atividade promissora, e tem na
avicultura industrial uma das principais atividades agropecuárias da economia brasileira.
Segundo relatório anual da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil produziu
13,845 milhões de toneladas de carne de frango em 2020. A caprinocultura ocupa posição de
destaque como atividade socioeconômica para o Semiárido brasileiro, ela alcançou 11,3
milhões de cabeças, e a principal destinação do rebanho é para o corte. A região Nordeste é a
maior bacia leiteira de caprinos do Brasil, sendo o leite de cabra um dos produtos mais
importantes da caprinocultura.
10) Como foi o histórico do transporte no Brasil?
Com o crescimento da produção e exportação cafeeira em meados de 1831, o império viu a
necessidade de se investir na implantação de ferrovias. Até então, a produção era
transportada em animais. De 1867 até a década de 1930, existiam 18 ferrovias. Por outro
lado, as rodovias não receberam o mesmo tratamento dedicado às linhas férreas. De 1926-
1930 ocorreu o grande impulso para o desenvolvimento do rodoviarismo brasileiro, em que
foram estabelecidas as bases da Rede Rodoviária do Brasil em 17 Estradas Federais e 12
Estaduais. Mas foi em 1957, no Governo JK, que a implantação de uma indústria
automobilística nacional e a decisão de construir a nova capital no interior do país
impulsionaram o desenvolvimento rodoviário do Brasil. Empurradas pelo crescimento do
mercado automotivo brasileiro, as políticas viárias se acentuaram, causando um aumento
progressivo na frota nacional.
Já o transporte aéreo possui uma infraestrutura em constante melhoria e concentra-se
predominantemente no Sudeste, nas principais capitais nordestinas e em Manaus (devido à
Zona Franca). Os principais aeroportos do país são Congonhas e Guarulhos (SP), Viracopos
(Campinas-SP) e Galeão (RJ). O Brasil também possui grande viabilidade na implantação de
hidrovias, principalmente na região Norte do país, entretanto, assim como o transporte

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ferroviário, não há investimentos e políticas públicas suficientes para a consolidação desses


sistemas viários.

13. EXERCÍCIOS

1. (VUNESP - PM-SP - Aluno Oficial / 2019)


Leia o texto que descreve a organização de parte do espaço brasileiro nas décadas de 1970 e
1980.
No imaginário coletivo de novos investimentos e empresários do Centro-Sul, vislumbrava-se a
perspectiva de novos investimentos e a expansão de suas atividades. No horizonte camponês,
as vítimas da seca do sertão nordestino e os expropriados pelo então recente processo de
mecanização das lavouras do Sul – avistavam um pedaço de terra e o recomeço da vida. O
movimento migratório rumo ao “Eldorado” atinge proporções consideráveis e faz brotar
cidades no “meio do nada”.
(Daniel Monteiro Huertas, in http://www.teses.usp.br/ Acesso em 25.04.2019. Adaptado)

O texto descreve:
A) a ocupação das áreas de cerrado no Matopiba.
B) a expansão da fronteira agrícola na Amazônia.
C) a integração do Pantanal às pastagens naturais do Centro-Oeste.
D) a penetração da agricultura familiar na zona da mata nordestina.
E) o avanço das lavouras canavieiras às margens da Belém-Brasília.
Comentários

É importante observar a data. Nas décadas de 1970 e 1980, o avanço da fronteira agrícola se deu,
em especial, na Amazônia. Os avanços da agricultura sobre os espaços rurais acontecem,
predominantemente, pela expansão do agronegócio, além da exploração das madeiras retiradas
das áreas florestais devastadas. Essa zona, em geral, costuma marcar o conflito pela posse da terra,
geralmente envolvendo posseiros (trabalhadores rurais que ocupam terras públicas em busca de

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alimento) e grileiros (pessoas que falsificam documentos e tomam posse de áreas públicas para a
realização de práticas agrícolas, pecuárias e extrativistas).
Vamos sintetizar os principais processos de ocupação da Amazônia, começando pela Ditadura.
 Dentro de um discurso nacionalista, os militares pregam a unificação do país. Era preciso
proteger a floresta contra a "internacionalização".
 Em 1966, o presidente Castelo Branco fala em "Integrar para não Entregar".
 Também nessa época começam as grandes obras rodoviárias em direção à Amazônia. A
Transamazônica é inaugurada em 1972 e, dois anos depois, fica pronta a Belém-Brasília.
 Por meio da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), o governo oferece
uma série de incentivos aos interessados em produzir na região. Mas, segundo o historiador
Alfredo Homma, "os subsídios são direcionados aos mais favorecidos".
 Perigo do desmatamento: após anos de incentivos à produção e à ocupação da Amazônia, os
sinais de destruição ficam mais claros. Em 1978, a área desmatada chega a 14 milhões de
hectares.
 Década de 1990: a soja chega à Amazônia. O grão, que desde a década de 1970 já figurava
entre os principais produtos da pauta de exportação brasileira e já estava adaptado ao
cerrado, transforma-se em um dos vilões do desmatamento.
 Anos 2000: a pecuária passa a ser responsável pelo desmatamento de grandes áreas. Entre
1990 e 2003, o rebanho bovino da Amazônia Legal cresceu 240%, chegando a 64 milhões de
cabeças.
A. Incorreto.A ocupação do Matopiba foi dada a partir da década de 1980, mas não foi a primeira
área de ocupação agrícola entre as mais recentes.
C. Incorreto. A atividade pecuária no Pantanal vem sendo um dos principais desafios ambientais a
serem enfrentados. Contudo, ela também é de ocupação recente, mesmo que os estados de Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul já tenham experimentado a produção de gado em seus territórios.
D. Incorreto.O trecho “O movimento migratório rumo ao “Eldorado” atinge proporções
consideráveis e faz brotar cidades no meio do nada” remete a áreas das regiões Centro-Oeste e
Norte, como a fronteira agrícola em questão, não à região da Zona da Mata, que já possuía muitas
cidades consolidadas na década de 1980.
E. Incorreto.Ao longo da Rodovia Belém-Brasília, observamos a produção de grãos: soja, arroz e
milho, bem como a presença de algumas áreas frutíferas, com muitas propriedades rurais de
pequeno e médio porte, com rotação de culturas.
Gabarito: B
2.(VUNESP - Soldado - PM-SP / 2019)
Para superar os Estados Unidos e se tornar o principal produtor do mundo, o Brasil expandiu
por anos as lavouras destinadas ao produto. Só entre 2000 e 2014, a área destinada a plantar
essa commodity no interior do País – em estados como Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão –
cresceu 87%. Boa parte dela abrigava vegetação nativa, originalmente.

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(https://super.abril.com.br/tecnologia/o-avanco -mapeado-pela-nasa/ Acesso em


18.05.2019. Adaptado)
O texto descreve a expansão da produção:
A) do milho pela caatinga.
B) do cacau pela floresta amazônica.
C) da cana de açúcar pela mata atlântica.
D) do café pela mata atlântica.
E) da soja pelo cerrado.
Comentários
Por conta de a Amazônia possuir muitas áreas protegidas pela legislação, o Cerrado se tornou o
bioma mais degradado por conta da agricultura em larga escala. Hoje, a produção de grãos por lá é
quatro vezes maior que a da Amazônia. Quase 50% da cobertura vegetal original do cerrado deu
lugar a plantações nos últimos 50 anos. A soja representa, atualmente, 90% de todos os cultivos da
chamada savana brasileira. Os estados citados fazem parte da nova fronteira agrícola, conhecida
também como a última fronteira agrícola, chamada de Matopiba (acrônimo formado pelas siglas
dos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Dados mostram que, entre 2010 e 2015, as
exportações da soja cultivada por lá mais que dobraram: foram de 3,5 milhões de toneladas anuais
a 7,1 milhões de toneladas.
A reportagem, fonte da questão, mostra uma imagem de satélite captada pela Nasa muito
interessante. Ela aponta o avanço da produção de soja no Cerrado. Observe:

https://super.abril.com.br/tecnologia/o-avanco-da-soja-no-cerrado-brasileiro-mapeado-pela-nasa/

A. Incorreto. A Caatinga é a região mais ruralizada do Brasil: 32% dos estabelecimentos


agropecuários brasileiros estão lá.Vivem de pequenos estabelecimentos e têm a agropecuária

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como principal atividade. Além do mais, dos estados citados na questão, Maranhão e Tocantins
não fazem parte desse bioma.
B. Incorreto. Dos estados citados, apenas a parte norte de Tocantins e oeste do Maranhão fazem
parte do bioma Amazônico.
C. Incorreto. Vamos utilizar mais uma vez os estados citados na questão para exclusão: dos citados,
apenas a Bahia, em sua porção da Zona da Mata (litorânea), faz parte do bioma da Mata Atlântica.
D. Incorreto. Vale o mesmo da alternativa anterior: dos citados, apenas a Bahia, em sua porção da
Zona da Mata (litorânea), faz parte do bioma da Mata Atlântica.

http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=332&evento=5

Gabarito: E
3. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2018)
O agronegócio centrado na fruticultura surgiu timidamente, à sombra da agroindústria, e
tomou um grande impulso em meados dos anos de 1980 com a estruturação de uma base
para exportação. A partir desse período, as frutas produzidas no Polo irrigado tiveram uma
trajetória ascendente com pequenas variações no volume exportado em função da
instabilidade das políticas cambiais e do próprio mercado externo, até meados dos anos de
1990. Entretanto, é a partir de 1997 que essa tendência se consolida e a participação das
principais frutas produzidas voltadas para o mercado externo (uva e manga) passa a
contribuir com 90% do volume das exportações do país.
(http://www.eng2016.agb.org.br. Acesso em 06.09.2018. Adaptado)
O texto se refere à consolidação do agronegócio:
A) no sopé da Chapada Diamantina.
B) no médio vale do rio São Francisco.
C) nos topos do planalto da Borborema.
D) nas vertentes da serra da Canastra.
E) no baixo vale do rio Parnaíba.

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Comentários
Quando falamos da produção de frutas do país, ressaltamos que a região mencionada é uma das
mais importantes no cenário nacional. Devido à fertilidade da região, fortalecida com a irrigação, o
Vale do São Francisco (conhecido internacionalmente como polo de fruticultura irrigável do Brasil)
se consolidou um importante produtor de frutas e de hortaliças. A área margeada pelo rio São
Francisco nos estados de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco, com destaque para as cidades de
Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco, gera um faturamento de R$ 2 bilhões ao ano.
Atualmente, nos 120 mil hectares irrigados que abrangem os perímetros irrigados da Bahia e
Pernambuco, são produzidos, anualmente, mais de um milhão de toneladas de frutas, com grande
destaque para uva de mesa e manga. Outras culturas também são desenvolvidas, como a goiaba,
coco verde, melão, melancia, acerola, maracujá, banana entre outras.

http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1421&evento=5

Gabarito: B
4. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2017)
Fronteira Agrícola é uma expressão utilizada para designar o avanço da produção
agropecuária sobre áreas com baixa ocupação demográfica. Atualmente, esse avanço ocorre
com:
A) as madeireiras atuando no desmatamento para, em seguida, ocorrer os assentamentos
geralmente formados por pequenas propriedades.
B) a ocupação de áreas despovoadas por migrantes que são atraídos pelo baixo preço das
terras, tornadas produtivas pela agricultura familiar.
C) a expansão do moderno agronegócio, mas também pelo aumento dos conflitos pela posse
de terras envolvendo posseiros e grileiros.
D) a substituição de cultivos de subsistência e criação extensiva de gado por atividades
modernas que incorporam grande quantidade de mão de obra.
E) a participação crescente de grandes grupos internacionais interessados na produção de
alimentos para abastecer o mercado mundial.
Comentários

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O avanço da tecnologia voltada para o campo vem trazendo cada vez mais mecanização nas áreas
rurais, o que causa mudanças nas dinâmicas de trabalho e ocupação dessas regiões, dado o
número cada vez menor de trabalhadores necessários aos processos agrícolas. Isso causa também,
dentre outras consequências, o aumento de conflitos entre esses trabalhadores, que muitas vezes
perdem seus empregos para a mecanização, e os donos dessas terras. Outros agentes, como os
posseiros e grileiros, também estão envolvidos cada vez mais na disputa por esses espaços,
reagindo à monopolização crescente desses territórios.
A – Incorreto. A ocupação dessas áreas de Fronteira Agrícola se dá em forma de propriedades de
grande proporção, diferente do que é apontado pela alternativa.
B – Incorreto. As características apontadas pela alternativa NÃO são as observadas no território
rural brasileiro.
D – Incorreto. As atividades agrícolas nos grandes latifúndios presentes nessas áreas empregam
cada vez MENOS mão de obra, dado que o campo passa por uma mecanização movida pelos
avanços tecnológicos na área.
E – Incorreto. A alternativa está incorreta porque não demonstra algo observado na Fronteira
Agrícola brasileira hoje.
Gabarito: C

5. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2016)


Considere o gráfico.

Considerando a proporção de terras que ocupa, a agricultura familiar:


A) emprega reduzido número de trabalhadores para a produção.
B) é realizada em grandes e médias propriedades rurais.
C) apresenta elevado nível tecnológico, responsável pela grande produtividade.
D) tem sido responsabilizada pelo forte êxodo rural, devido ao fraco desempenho.
E) é a principal responsável pela produção de gêneros alimentícios para o mercado interno.
Comentários

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De acordo com o último Censo Agropecuário, a agricultura familiar é a base da economia de 90%
dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes. Além disso, é responsável pela renda de 40%
da população economicamente ativa do país e por mais de 70% dos brasileiros ocupados no
campo. O setor ainda produz 70% do feijão nacional, 34% do arroz, 87% da mandioca, 46% do
milho, 38% do café e 21% do trigo. O setor também é responsável por 60% da produção de leite e
por 59% do rebanho suíno, 50% das aves e 30% dos bovinos.
A – Incorreto. Conforme dados do último censo agropecuário, ela é responsável por mais de 70%
da ocupação da mão de obra no campo.
B – Incorreto. De acordo com a Lei 11.326/2006, agricultores familiares são aqueles que praticam
atividades no meio rural, possuem área de até quatro módulos fiscais (ou seja, pequenas
propriedades rurais), mão de obra da própria família e renda vinculada ao próprio estabelecimento
e gerenciamento do estabelecimento ou empreendimento por parentes.
C – Incorreto. Apesar de algumas regiões do país apresentarem uma produção moderna da
agricultura familiar, como é o caso de produtores de uvas no Sul do país, a grande maioria ainda
aplica técnicas rudimentares e tem dificuldades de acesso à modernização do campo devido à falta
de incentivos fiscais e dificuldades de acesso a créditos agrícolas.
D – Incorreto. A grande responsável pelo êxodo rural no país é a mecanização do campo dada na
agricultura comercial ou no agronegócio.
http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/agricultura-familiar-do-brasil-%C3%A9-8%C2%AA-maior-produtora-de-alimentos-do-mundo

Gabarito: E

6. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2015)


A questão está relacionada ao mapa apresentado a seguir.

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O produto destacado no mapa é:


A) o milho, que ocupa grandes extensões do interior brasileiro, e é o principal produto de
exportação da agricultura familiar.
B) a cana-de-açúcar, que tem se interiorizado como parte da política de instalação de novas
usinas destinadas à produção de etanol.
C) o algodão, que se tornou um produto agrícola muito atrativo para o agronegócio devido à
sua forte valorização no mercado mundial.
D) o café, que, após esgotar as terras roxas do Sudeste e Sul do país, passou a ser cultivado
nas terras de cerrado e livres de geadas.
E) a soja, que, além de ocupar grandes áreas do Brasil central, tem se expandido por áreas
antes cobertas pelo cerrado, no Nordeste.
Comentários
Nos últimos anos, o Brasil vem se consolidado no cenário mundial como maior produtor e
exportador de soja, o que necessita de aumento de espaço dedicado ao cultivo da oleaginosa.
Sendo um dos principais itens da produção agrícola brasileira, a soja movimenta toda a cadeia
produtiva do agronegócio, totalizando sempre grandes toneladas na produção. Os maiores estados
produtores são: Mato Grosso, Paraná e Mato Grosso do Sul. Contudo, devido ao crescimento e
necessidade de melhor produtividade, a expansão da fronteira agrícola ocupou a região
denominada de Matopiba, chamada por última região da Fronteira Agrícola. Tal região destinada
para a produção, contudo, corresponde ao bioma Cerrado, que está altamente ameaçado pelo
avanço e expansão da fronteira. Sendo um dos mais ricos e importantes domínios naturais do
Brasil, o Cerrado localiza-se em boa parte da região Centro-Oeste e também em partes das regiões
Norte, Nordeste e Sudeste do país. Sendo justamente as áreas destinadas ao cultivo da soja.
A – Incorreto. Apesar de a produção brasileira de milho ser a terceira maior do mundo, ele tem
papel fundamental na diluição dos custos fixos das fazendas, principalmente onde ele é cultivado
em 2ª safra, nos estados de MT, de MS e do MA. Além disso, a questão traz a afirmativa de que ele
é o principal produto de exportação da agricultura familiar, o que não é correto. Ele é destinado
basicamente para abastecer o mercado interno.
B – Incorreto. O mapa que a questão traz não condiz com a produção de cana-de-açúcar no país.
Os principais produtores são o estado de São Paulo, que produz aproximadamente 60% de toda a
cana, açúcar e etanol do país, e o segundo maior produtor é o estado do Paraná, com 8% da cana
moída no Brasil. Assim como parte da Zona da Mata no litoral do nordeste.
C – Incorreto. De fato, o algodão tem sido muito atrativo devido à valorização do dólar, ao seu
desempenho produtivo em 2018 e ainda pela alta valorização internacional. Contudo, o mapa não
representa a área de cultivo destinada à produção de algodão. Os principais estados brasileiros
produtores de algodão na atualidade são: Mato Grosso do Sul, Bahia, Mato Grosso e Goiás.
D – Incorreto. De acordo com o site da Embrapa, os maiores estados produtores de café não
correspondem às áreas destacadas no mapa. Em relação ao volume da produção brasileira, o
ranking dos seis maiores estados produtores em 2018, em ordem decrescente, é o seguinte: Minas

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Gerais, em primeiro lugar, com 30,7 milhões de sacas, corresponde a 53% da produção; Espírito
Santo, em segundo, com 12,81 milhões de sacas (22%); São Paulo, em seguida, com 6,07 milhões
de sacas (10%); Bahia, 4,50 milhões de sacas (8%), Rondônia, 2,19 milhões de sacas (4%) e Paraná,
sexto Estado produtor, com 2%, produz 1,05 milhão de sacas.
https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/34724227/producao-dos-cafes-do-brasil-equivale-a-36-da-producao-mundial-em-2018

Gabarito: E

7. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2010)


Analise o texto e os gráficos nos quais está representada a posição do Brasil em relação à
produção mundial de produtos selecionados, em 2007. Espaço, calor e água, empresários,
investimentos, pesquisa, inovação, ausência de reforma agrária e formação qualificada
permitiram um desenvolvimento considerável do agronegócio brasileiro. O país encontra-se
entre os principais produtores (laranja, açúcar, café, tabaco, frango, carne bovina e milho) e
exportadores (4,6% das exportações mundiais de produtos alimentícios).

Considerando o texto e os gráficos, é possível afirmar que:


I. Os resultados do agronegócio brasileiro demonstram a importância das regiões
agropecuárias do Sudeste e do Sul do país.
II. A produção de culturas temporárias (laranja e café) vinculadas à agroindústria tem
aumentado, principalmente na região Norte do país.
III. Houve avanço da frente pioneira, transformando áreas vegetadas em terras agrícolas, com
substituição de áreas de cerrado e da floresta amazônica pela pecuária e cultivo de soja.
IV. O dinamismo da agricultura brasileira não está associado à mobilidade territorial e à
conquista de novas terras agrícolas.
Estão corretas apenas as alternativas
A) II e III.

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B) I e II.
C) III e IV.
D) I e III.
E) II e IV.
Comentários
O setor agrícola representa 5,7% do PIB brasileiro, as regiões Sudeste e Sul são de grande
importância na produção agropecuária do Brasil, com o estado de Minas Gerais representando
15,2%, seguido por São Paulo, com 11% no Sudeste. O Sulrepresenta, em média, 70% do trigo e da
soja produzidos no Brasil, além da produção de uvas, que corresponde a 65%, e 50% do milho e do
arroz que são produzidos no país. Para este crescimento no setor, grandes áreas de vegetação
nativa foram substituídas pelo sistema agropastoril, o que transformou tais áreas em polos
econômicos, que contribuem para a economia do país.
II – Incorreto. A laranja e o café são culturas permanentes, pois permanecem vinculadas ao solo e
proporcionam mais de uma colheita durante a produção. Culturas temporárias são as que
necessitam ser replantadas anualmente ou nas temporadas, de acordo com sua espécie, como o
feijão, milho, trigo, arroz, entre outros.
IV – Incorreto. Pelo contrário: as novas regiões agricultáveis estão sempre em expansão, visando
ao crescimento econômico em nome do capital, com grande mobilidade de trabalhadores, de
diversas regiões, que podem trabalhar por temporadas, como na cultura de cana-de-açúcar.
FONTE: http://www.agricultura.gov.br/noticias/agropecuaria-puxa-o-pib-de-2017

Gabarito: D
8. (VUNESP 2017 – Soldado PM 2ª Classe)
Observe o gráfico para responder à questão.

A leitura do gráfico e os conhecimentos sobre as


atividades econômicas brasileiras permitem afirmar que,
no título do gráfico, o “X” deve ser substituído por:
A) grãos.
B) automóveis.
C) cana-de-açúcar.
D) aço.
E) café.

Comentários
O Brasil está entre os cinco maiores produtores de grãos do mundo. Quatro estados concentram
quase 70% da produção do país: Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás, tendo em

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comum a disponibilidade de terras e o uso intensivo de alta tecnologia. Arroz, milho e soja
representam 92,5% da estimativa de produção. Regionalmente, a estimativa do IBGE para a safra
de 2018 aponta a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas com a seguinte distribuição em
toneladas: Centro-Oeste (101,6 milhões); Sul (74,9 milhões); Sudeste (22,8 milhões); Nordeste
(19,1 milhões) e Norte (8,7 milhões).
B – Incorreto. As fábricas de automóveis estão espalhadas pelo Brasil, sobretudo, no Sudeste e Sul
do país. Contudo, algumas montadoras, principalmente de motocicletas, estão no Amazonas, na
Zona Franca de Manaus, como BMW (Dafra), Bramont (Mahindra), Effa, Harley-Davidson, Honda,
Haobao, Triumph. Em 2020 e 2021, houve o fechamento de fábricas da Ford em São Bernardo do
Campo, em Camaçari, na Bahia, e o encerramento das atividades na Troller, que pertencia à marca,
em Horizonte, no Ceará. Em Goiás, temos a presença de Hyundai eChery, compartilhando uma das
fábricas da CAOA, John Deere e Mitsubishi. Em Minas Gerais, temos a CNH New Holland, Fiat, Iveco
e Mercedes-Benz. No Paraná, temos a CNH New Holland, Fiat, Nissan, Renault, VW e Volvo. Em São
Paulo temos a Caterpillar, CNH New Holland, Ford, GM, Honda, Hyundai, Mercedes-Benz, Scania,
Toyota, Valtra e VW.
C – Incorreto. Grande parte da produção de cana-de-açúcar no Brasil está concentrada na região
de São Paulo e parte do Paraná, o que alteraria o gráfico apresentado.
D – Incorreto. O parque produtor de aço no Brasil está instalado em 10 estados, com maior
concentração na região Sudeste, compreendida por Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e
São Paulo. Esta região responde por 94% da produção de aço do país e nela estão localizadas todas
as seis grandes usinas.
E – Incorreto. O país é o maior produtor e exportador de café e segundo maior consumidor da
bebida no mundo. É o 5º produto na pauta de exportação brasileira, distribuídos nos Estados de
Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Rondônia, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás, Mato
Grosso, Amazonas e Pará.

https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/23359-ibge-preve-safra-de-graos-1-7-maior-
em-2019

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55bf1bf63f68/20131002174604375684e.pdf

Gabarito: A

9. (VUNESP 2013 – Soldado PM 2ª Classe)


A questão está relacionada com o mapa apresentado a seguir.

Sobre as áreas aptas para a cultura canavieira, é correto afirmar que:


A) apresentam grande deficiência de água.

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B) são extensas planícies inundáveis nos meses chuvosos.


C) mantiveram as paisagens vegetais inalteradas.
D) apresentam predomínio de clima semiárido.
E) eram originalmente recobertas por florestas e cerrado.
Comentários
As principais coberturas vegetais da região eram a Mata Atlântica e o Cerrado, que foram
fortemente desmatados ao longo da ocupação da região.
A – Incorreto. A região observada no mapa corresponde à região hidrográfica da Bacia do Rio
Paraná, uma das mais importantes bacias hidrográficas do Brasil. O Rio Paraná é o principal curso
d'água da bacia, mas de grande importância também são seus afluentes e formadores, como os
rios: Grande, Paranaíba, Tietê, Paranapanema, Iguaçu, entre outros.
B – Incorreto. A região apresentada no mapa não corresponde à planície inundável, ela faz limite
bem visível no mapa no estado do Mato Grosso do Sul, que abriga o Pantanal.
C– Incorreto. É praticamente impossível ter o desenvolvimento do homem com seus
desdobramentos históricos sem a alteração da natureza.
D – Incorreto. A região de clima semiárido corresponde ao Nordeste brasileiro, o que não é a
região destacada no mapa.
Gabarito: E

10. (VUNESP 2012 – Soldado PM 2ª Classe)


Nos últimos 20 anos, os níveis tecnológicos alcançados pelos produtores rurais brasileiros
atingiram patamares expressivos que podem ser mensurados pelo aumento da produtividade
no campo. Isso explica, por exemplo, o fato de o Brasil ter conseguido dobrar a produção de
grãos com a mesma área plantada.
Hoje o agronegócio, entendido como a soma dos setores produtivos com os de
processamento do produto final e os de fabricação de insumos, responde por quase um terço
do PIB do Brasil e por valor semelhante das exportações totais do país.
(http ://www.uff.br/ Adaptado)
I. A soja foi uma das principais responsáveis pelo crescimento do agronegócio no país.
II. O crescimento das atividades no campo só foi possível graças à redistribuição das terras
que deixaram de ser concentradas.
III. As propriedades familiares que cultivaram cana-de-açúcar foram as que apresentaram
maior nível de rentabilidade no campo brasileiro.

Com relação ao texto, está correto o contido apenas em:


A) l.

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B) I e II.
C) I e III.
D) II.
E) II e III.
Comentários
Vamos analisar por alternativa:
I – Correto. Sendo o principal produto do agronegócio brasileiro, a soja é chave para entendimento
do crescimento no país. Nos últimos 20 anos, o crescimento anual de soja no país foi de 3,5
milhões de toneladas, representando 13,4% ao ano. Isso mostrou que o aumento da produção de
soja no Brasil se deu tanto pelo aumento da área cultivada quanto da produtividade, colocando o
país atualmente como o maior produtor e maior exportador de soja do mundo.
II – Incorreto. Uma das principais características do espaço agrário brasileiro ainda é a questão da
concentração de terras, sendo considerada um dos piores problemas do campo no país. Segundo o
Censo Agropecuário de 2017, a chamada agricultura não familiar, feita por grandes conglomerados
rurais, ocupa 77% da área destinada à agropecuária no Brasil.
III – Incorreto. O grande problema do plantio de cana é que ele exige um alto investimento, em
torno de R$ 7.500 por hectare, diminuindo muito o ganho do produtor.

https://ambientes.ambientebrasil.com.br/agropecuario/estrutura_fundiaria/estrutura_fundiaria_do_brasil.html

Gabarito: A

11. (VUNESP 2008 – Soldado PM 2ª Classe)


Em 1978, 150 mil quilômetros quadrados da floresta amazônica tinham sido desmatados.
Cerca de 30 anos depois, a área saltou para 700 mil, ou seja, o equivalente a 3 vezes a área do
estado de São Paulo. É importante lembrar que a cada 10 segundos, uma área equivalente ao
estádio de futebol do Maracanã é desmatada. Entre as principais causas do desmatamento,
podem-se citar:
A) o crescimento das cidades e a exploração da borracha.
B) a ação dos posseiros e a expansão de aeroportos clandestinos.

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C) o trabalho das madeireiras e a expansão urbana.


D) a expansão da pecuária e a dos cultivos, como a soja.
E) a exploração da castanha-do-pará e a agricultura de subsistência.
Comentários
O desmatamento é um dos principais problemas ambientais da atualidade. Ele é responsável pela
supressão significativa das florestas, matas e outros tipos de formações vegetais, causando grande
impacto na biodiversidade. Segundo dados do IBGE, a devastação de áreas florestais no Brasil
entre 2000 e 2010 teve como maior responsável a expansão de atividades agrícolas. De acordo
com o instituto, 236.600 km² de áreas desflorestadas, quase o tamanho do Estado de São Paulo,
ocorreu para a implantação de lavouras. Isso representa 65% do total do desmate no período.
A – Incorreto. A exploração da borracha natural não tem o desmatamento como causa do aumento
das áreas no país. Inclusive, é matéria-prima extraída da seringueira, com emissão zero de CO2 na
atmosfera, consumindo bem menos energia na produção do que na versão sintética derivada do
petróleo.
B – Incorreto. A derrubada de árvores para construção de aeroportos clandestinos ou de posseiros
na Amazônia, apesar de ser existente, não configura a maior causa de desmatamento da
Amazônia.
C – Incorreto. Apesar de as madeireiras e a expansão urbana representarem uma significativa
porcentagem nas taxas de desmatamento na Amazônia, dentre as alternativas, elas ainda não
configuram as maiores causas da derrubada de árvores na região.
E – Incorreto. O próprio nome já condiciona o modo e a vivência: agricultura de subsistência, ou
seja, retirar o mínimo da natureza para sobreviver.
Gabarito: D

12. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2011)


O Comitê Organizador Local e a Fifa escolheram doze cidades-sede brasileiras para sediar a
Copa do Mundo de 2014. São elas: Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG),
Fortaleza (CE), Manaus (AM), Cuiabá (MT), São Lourenço da Mata (PE), Porto Alegre (RS),
Salvador (BA), São Paulo (SP), Natal (RN) e Curitiba (PR). A reportagem intitulada “Prontos
para a Copa de 2038” traz as seguintes considerações: Ainda pior do que os estádios...
Nuvens negras rondam os aeroportos brasileiros. Apenas seis dos treze terminais localizados
nas regiões que receberão jogos da copa começaram a ser reformados. O projeto mais
portentoso – e um dos mais atrasados – é a construção do terceiro terminal do aeroporto de
Guarulhos (SP), obra crucial para o sucesso do torneio. Será por lá que a maior parte dos
turistas chegará ao país. E será a partir daquela pista que eles levantarão voo rumo a outros
estados. No aeroporto do Galeão (RJ), a reforma está orçada em 687 milhões de reais. Dessa
quantia, foram liberados 64 milhões desde 2008, quando começaram as obras. Nesse ritmo
de execução orçamentária, o terminal só ficará pronto vinte anos depois... E, para piorar, um
dos casos mais eloquentes é o aeroporto de Confins, em Belo Horizonte (MG). Suas obras de
reforma nem sequer começaram...

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(Veja, 25 de maio de 2011. Adaptado.)

Considerando a necessidade de maior ou menor investimento nos aeroportos brasileiros, é


possível afirmar que:
A) maior atenção deverá ser dada aos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.
B) menor atenção deverá ser dada aos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Confins.
C) menor atenção deverá ser dada aos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
D) maior atenção deverá ser dada aos doze aeroportos das cidades-sede.
E) menor atenção deverá ser dada aos doze aeroportos das cidades-sede.
Comentários
Entre obras de reforma, ampliação e um aeroporto construído do zero (o terminal de São Gonçalo
do Amarante, 30km de Natal-RN), no saldo total na Copa do Mundo de 2014, o Brasil ampliou o
fluxo em 70 milhões de passageiros por ano na capacidade de embarques e desembarques aéreos.
Ao todo, foram investidos R$ 25,5 bilhões, segundo site do TCU. Só nos aeroportos foram R$ 6,2
bilhões. De acordo com dados da Secretaria de Aviação Civil (SAC), houve uma expansão de 42% na
área de pátios de aeronaves, que atingiu 4,9 milhões de metros quadrados. O acréscimo equivale a
178 campos do Maracanã. Nesse sentido, todos os aeroportos que a questão traz: Rio de Janeiro
(RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Cuiabá (MT), São Lourenço da
Mata (PE), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), São Paulo (SP), Natal (RN) e Curitiba (PR), obtiveram
atenção dos gastos investidos.
Gabarito: D
13. (IDECAN - 2015 - Colégio Pedro II - Professor - Geografia)
O trecho da reportagem retrata um conflito comum no espaço agrário brasileiro.
A comunidade Guarani Kaiowá mais ameaçada do momento, o tekohaApyka'i, no município
de Dourados (MS), poderá enfrentar mais uma reintegração de posse.
Uma nova manobra judicial garantiu que uma decisão ‒ já cumprida ‒ da Justiça Federal de
2009, em favor (...) proprietário da Fazenda Serrana, fosse, mais uma vez, utilizada contra os
indígenas.
Agora, os Kaiowá têm 30 dias para sair do local, onde estão acampados desde setembro de
2012. O prazo para o despejo passa a contar a partir desta segunda-feira, 27. A liderança da
comunidade, Damiana, reafirma que os indígenas não sairão da terra.
(Disponível em: http://www.brasildefato.com.br/node/27250. Publicada em: 28/01/2014.
Acesso em: 28/09/2014.)

Considerando as características da região mencionada no texto, assinale a alternativa que


melhor apresenta uma causa e uma consequência do problema retratado.

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A) O avanço da agricultura de cana‐de‐açúcar para a produção de biocombustíveis e o


comprometimento do modo de vida indígena.
B) O avanço das áreas de pasto para a pecuária intensiva leiteira e o assassinato frequente de
lideranças indígenas.
C) O interesse dos proprietários em expandir a produção de laranja e a alta mortalidade
infantil da população indígena.
D) O avanço das grandes fazendas produtoras de café e a precarização das condições da mão
de obra indígena nas lavouras.
Comentários
O Estado de Mato Grosso do Sul é um dos principais produtores agrícolas do País, tendo como
destaque diversas cidades agrícolas, produtoras principalmente de cana-de-açúcar, milho e soja.
Entre os principais municípios produtores, destacam-se no cenário: Rio Brilhante, sendo inclusive o
maior produtor no país de cana-de-açúcar e crescendo cada vez mais, Maracaju, Ponta Porã,
Dourados e São Gabriel. Em 2017, segundo o IBGE, o munícipio de Dourados ocupava o 8º lugar no
estado na produção desta cultura, com uma produção de 2.000.035 toneladas, numa área
plantada de 28.272 ha. Dentro desse contexto, cada vez mais o avanço da fronteira agrícola e a
demanda por terras para a produção têm causado grandes conflitos fundiários no campo desses
estados, intensificados pelo avanço do agronegócio frente às terras de comunidades tradicionais e
indígenas.
B – Incorreto. A pecuária INTENSIVA não demanda grandes áreas para pastagem, pois sua
característica é o confinamento do gado.
C – Incorreto. A região mencionada tem estrutura na produção de milho, cana-de-açúcar e soja. A
produção de laranja no país é muito característica no estado de São Paulo, principalmente na
região de São Carlos e Araraquara.
D – Incorreto. Conforme mencionado anteriormente, a região não possui tradição no cultivo de
café, muito menos o emprego de mão de obra indígena em lavouras.
Gabarito: A
14. (CESPE - 2017 - Instituto Rio Branco - Diplomata)
O Brasil é, na América Latina, um dos países que mais reorganizou sua atividade agropecuária
desde meados do século XX. Desde então, a reestruturação produtiva da agricultura brasileira
tem-se norteado pela racionalidade com funcionamento regulado pelas relações de produção
e distribuição globalizadas, direcionando-se, cada vez mais, ao atendimento da crescente
demanda do mercado urbano interno e à produção de commodities para a exportação, in
natura ou após passarem por algum tipo de transformação industrial, o que aumenta seu
valor agregado.
Denise Elias. Globalização, agricultura e urbanização no Brasil. Internet: (com adaptações).

Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca
da estruturação e do funcionamento do agronegócio no Brasil.

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A expansão da moderna agricultura nos biomas Cerrado e Amazônia tem-se constituído a


partir de reduzidos fluxos migratórios em direção às pequenas e médias cidades dessas
regiões e de poucos conflitos no campo, uma vez que a mecanização excessiva das atividades
agrárias gera poucos empregos tanto no campo quanto na cidade.
Comentários
Ao contrário da afirmativa, atualmente as cidades que mais crescem no Brasil são as chamadas
cidades médias, que possuem entre 100 mil e 500 mil habitantes. Algumas delas estão
intrinsecamente ligadas às atividades do agronegócio. O crescimento populacional intenso está
diretamente ligado ao fluxo migratório, presente desde o início da história desses municípios e que
persiste até os dias atuais.
As cidades do agronegócio possuem características gerais que as diferenciam dos outros tipos de
cidades. Tratando-se dos aspectos gerais dessas cidades, determinadas como funcionais à
agricultura moderna, podemos destacar a forte interdependência com o campo, pois estamos
tratando de uma região cujo espaço rural possui um altíssimo nível técnico:
“Quanto mais dinâmica a reestruturação produtiva da agropecuária, quanto mais complexa a
formação das redes agroindustriais e quanto mais globalizados seus circuitos espaciais de
produção e seus círculos de cooperação, mais complexas se tornam as relações campo-cidade”.
(ELIAS,2012 p.8)

Outro ponto que está incorreto é a afirmativa “poucos conflitos no campo”. O espaço agrário
brasileiro é permeado de muitas disputas e conflitos entre os grandes empresários/produtores e
seus interesses frente às comunidades tradicionais, quilombolas e indígenas, que muitas vezes
buscam apenas demarcar seus territórios para produção própria ou para comércio local. Essa
tensão de interesses no campo gera muitos conflitos, que muitas vezes acabam em mortes, sendo
muitas vezes líderes locais ou ativistas ambientais o alvo desses atos.
A questão também diz das relações de trabalho no campo e na cidade, com poucos empregos. Não
podemos comparar o mesmo processo do campo com a cidade. De fato, o campo modernizado do
agronegócio demanda uma outra relação de trabalho: poucas pessoas especializadas. Já a cidade
do agronegócio possui toda uma estrutura a fim de atender as necessidades das novas relações
econômicas, sociais e de produção, marcada pelo grande aumento populacional vinculado à
população migrante em busca de trabalho e suas condições de vida.
ELIAS, Denise. In: Relação campo-cidade, reestruturação urbana e regional do Brasil. XII Colóquio
Internacional de Geocrítica. Bogotá, 2012.
Gabarito: Errado

15. (ADVISE - 2013 - Prefeitura de Ivorá - RS - Professor - Séries Iniciais)


Sabemos que a Reforma agrária no Brasil tem sido alvo de grandes manifestações a favor de
agricultores desprovidos de terras para plantar. Entre essas manifestações, muitas delas são
promovidas por movimentos que se agrupam para reivindicar terras ao Governo. Assinale a
alternativa abaixo que indica um movimento criado com o propósito de reivindicar terras
para agricultores que não tem onde plantar.

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A) Movimento dos Sem Teto


B) Movimento dos Sem Terras
C) Movimento dos Sem Emprego
D) Movimento de Libertação dos Sem Terras
E) Movimento dos Agricultores Aposentados
Comentários
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é um movimento social popular que
surgiu no campo brasileiro em 1984. Tem como objetivo realizar a reforma agrária conforme se
verifica no Estatuto da Terra, Lei de 1964 e reafirmada na Constituição Federal de 1988. Além
disso, o movimento tem como objetivo praticar a produção de alimentos orgânicos e melhorar as
condições de vida dos trabalhadores no campo.
A – Incorreto. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) é um movimento urbano que
reivindica moradias mais acessíveis e melhores condições destas, diferente do que se trata o
enunciado da questão.
C – Incorreto. Como o próprio nome já diz, o movimento luta pelo trabalho com direitos e contra o
desemprego.
D – Incorreto. Existem vários movimentos rurais de sem terras que reivindicam a reforma agrária.
Contudo, o principal é o MST.
E – Incorreto. O movimento dos agricultores aposentados não existe.
Gabarito: B

16. (FCC - 2016 - SEDU-ES - Professor - Geografia)


Novos estudos sobre o campo brasileiro estão sendo reunidos em um Atlas da Terra que, de
modo geral, não apresentará grandes novidades, pois:
A) as médias propriedades ocupam menos de 10% das terras agrícolas.
B) os minifúndios passaram a representar 40% da área agrícola do país.
C) as pequenas propriedades têm menor peso relativo que os minifúndios.
D) as terras indígenas somam cerca de 30% do território nacional.
E) a última década se caracterizou por nova concentração de terras.
Comentários
Dos 8,5 milhões de km² da área do Brasil, 41% são estabelecimentos rurais. Grandes propriedades
somam apenas 0,91% do total dos estabelecimentos rurais brasileiros, mas concentram 45% de
toda a área rural do país. Por outro lado, os estabelecimentos com área inferior a dez hectares
representam mais de 47% do total de estabelecimentos do país, mas ocupam menos de 2,3% da
área total. Em entrevista concedida a um portal de notícias em 2015, o Geógrafo, Professor e
pesquisador da USP em questões agrárias no país, Ariovaldo Umbelino de Oliveira, apontou que a

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concentração de terra não tem retrocedido no país. Segundo ele, as grandes propriedades
crescem, “e a improdutividade é grande, o que significa que o simples fato de ter terra no Brasil,
ainda que improdutiva, enriquece seus proprietários”. As grandes propriedades públicas e privadas
no país são em torno de 59,6% da área total dos estabelecimentos.
A – Incorreto. As médias propriedades representam em torno de 18% das propriedades.
B – Incorreto. Os minifúndios ocupam em torno de 7,8% do total da área dos imóveis.
C – Incorreto. As pequenas propriedades representam em torno de 14,7%, maiores, assim, que os
minifúndios.
D – Incorreto. Segundo a Funai, atualmente existem 462 terras indígenas regularizadas, que
representam cerca de 12,2% do território nacional, localizadas em todos os biomas, com
concentração na Amazônia Legal.

http://www.incra.gov.br/tamanho-propriedades-rurais

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http://www.funai.gov.br/index.php/nossas-acoes/demarcacao-de-terras-indigenas

Gabarito: E

17. (FCC - 2012 - SEE-MG - Professor de Educação Básica - História)


Analise a tabela abaixo.

O desequilíbrio na distribuição de terras demonstrado na tabela pode ser apontado como um


dos responsáveis pela:
A) implantação do capitalismo no campo, que transformou os latifúndios em terras
produtivas e a luta pela reforma agrária em coisa do passado.
B) transformação do latifúndio em grandes empresas rurais produtivas, gerando milhões de
empregos no campo, estimulando o êxodo urbano.
C) superação do antigo “modelo” brasileiro de reforma agrária, encerrando o ciclo de
distributivismo equitativo de terras improdutivas no país.
D) expulsão da população do campo e sua concentração nas grandes cidades, provocando a
favelização e o “inchaço” da periferia urbana.
Comentários
A partir de 1970 o modelo das relações do campo se alterou significativamente. O processo cada
vez maior de modernização do campo fez com que muitas famílias abandonassem as áreas rurais
do país, indo em direção das cidades em busca de empregos e melhores condições de vida, visto

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que muitos perderam seus empregos e se manter no campo frente à concentração de terras e ao
agronegócio estava cada vez mais difícil.
A – Incorreto. A Reforma agrária no Brasil não é coisa do passado, ao contrário, ainda é pauta de
reinvindicações, muitas lutas e movimentos sociais no campo.
B – Incorreto. Ao contrário, o processo de mecanização no campo fez com que o número de
empregos diminuísse e que, consequentemente, um êxodo para as cidades em buscas de melhores
condições de vida aumentasse. E ainda, o novo rural brasileiro demanda uma mão de obra
especializada.
C – Incorreto. A Reforma agrária, mesmo sendo um direito garantido na Constituição Federal de
1988, ainda é pauta de muitas discussões, lutas e equívocos políticos, visto que não é agenda
prioritária e muito menos de discussão de muitos governos.
Gabarito: D

18. (FGV - 2014 - SEDUC-AM - Professor - Geografia)


“A Comissão Pastoral da Terra documenta, desde a década de 1980, as ocorrências de
conflitos e violências no campo brasileiro, cujos dados são publicados desde 1984 no
“Caderno conflitos no campo”. Paralelamente aos dados, a pastoral ligada à igreja católica
também publica manifestos e relatos de diversos casos de violência contra a pessoa, posse e
propriedade de camponeses e trabalhadores rurais. Os relatos e fotos que retratam a
barbárie no campo brasileiro mostram uma população pobre, submetida a toda sorte de
privação e exploração (...)”

(Girardi, Eduardo Paulon. A violência no campo. In Atlas da Questão Agrária Brasileira.


Disponível em http://www2.fct.unesp.br/nera/atlas/violencia.htm)

De acordo com o mapa, os casos registrados de violência no campo se concentram:


A) em regiões onde há o predomínio de pequenas propriedades de agricultura familiar.

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B) em regiões de agricultura moderna integradas ao mercado externo.


C) em regiões onde os movimentos socioterritoriais são mais atuantes.
D) em regiões de vastas terras disponíveis cobertas por florestas.
E) em regiões de maior concentração de infraestrutura de transportes.
Comentários
O Estado do Pará concentra o maior número de conflitos agrários no Brasil, de acordo com os
dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Ao todo, o Brasil registou 45 massacres e mais de 200
mortes nos últimos 32 anos. Só no Pará, foram 26 massacres com 125 assassinatos. De 2016 para
2017, o território em conflito no Brasil quase dobrou. Mais da metade, cerca de 54% da área total
em conflitos no Brasil, fica em terras indígenas.
A – Incorreto. Os conflitos no campo estão concentrados em áreas de disputas do agronegócio
(grandes áreas ou áreas da Fronteira Agrícola). Em áreas de pequenas propriedades de produção
familiar, os conflitos são quase que inexistentes, ou pouco expressivos, muitas vezes relacionados
à legislação ambiental.
B – Incorreto. A Agricultura moderna é aquela cujo processo depende do uso de tecnologia, acesso
a recursos, gestão, investimento, características do mercado, integração com outros setores,
práticas de irrigação, sementes de alto desempenho, entre outras características. No Brasil, as
áreas que são destinadas à agricultura moderna não estão relacionadas com a área de violência
apresentada no mapa.
D – Incorreto. As regiões de florestas no país, apesar de possuírem processos de posse de terra,
alguns seringueiros e demarcações de terras indígenas, não correspondem às áreas de
concentração dos conflitos e da violência no campo.
E – Incorreto. De acordo com o mapa apresentado, a região de concentração de conflito não
apresenta grande concentração de rede de transporte.
Gabarito: C

19. (FGV - 2014 - SEDUC-AM - Professor - Geografia)


“Principalmente a partir da II Guerra Mundial (1939-1945), o Brasil modernizou o processo
produtivo da agricultura, com a incorporação de máquinas e implementos agrícolas, e
também passou a usar adubos sintéticos e agrotóxicos em suas lavouras. Isso tornou o setor
agrícola mais dependente dos setores urbano e industrial, que fornecem as máquinas e os
produtos químicos que os produtores rurais utilizam.”
(Marafon, Glaucio José. O desencanto da terra: produção de alimentos, ambiente e
sociedade. Rio de Janeiro: Garamond, 2011.)

Assinale a opção que indica uma das consequências do processo descrito no fragmento
acima.
A) O aumento da concentração fundiária.

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B) A expansão da área destinada à produção de alimentos.


C) A diminuição da erosão dos solos.
D) A redução do emprego de trabalhadores temporários.
E) A fixação de uma nova fronteira agrícola.
Comentários
Desde a colonização portuguesa, a posse e o domínio das terras brasileiras foram concentrados em
latifúndios espalhados pelo país. Tal situação é consequência do processo histórico de ocupação do
território nacional, que teve sua base erguida no latifúndio monocultor e escravista. Contudo, o
cenário descrito na questão aponta para o processo de modernização do campo brasileiro ocorrido
essencialmente após a década de 1970. A mecanização e a utilização cada vez maiores de
máquinas no espaço rural do país fizeram com que a demanda por empregos diminuísse cada vez
mais, consequentemente, a dificuldade da população camponesa em se manter no campo foi
aumentando. O êxodo rural é consequência desse processo. Além disso, o pequeno produtor
também encontrou grandes dificuldades em se manter no campo, vendendo suas terras para os
grandes produtores e migrando para as cidades. Esse processo concentrou ainda mais a posse pela
terra por uma pequena parte da população rural.
B – Incorreto. Houve de fato um aumento das áreas de cultivo no país, principalmente na nova
fronteira agrícola do Matopiba. Contudo, as expansões de terras destinadas à produção têm como
característica a produção de commodities (produto de valor no mercado e voltado para a
exportação), principalmente de soja.
C – Incorreto. Ao contrário, um dos grandes problemas ambientais enfrentados no campo
brasileiro é o processo de erosão do solo, decorrente do manejo inadequado, e que provoca a
perda de toneladas de solo no país todos os anos.
D – Incorreto. O texto aborda o processo de mecanização do campo brasileiro, não estando
relacionado, assim, com a utilização de mão de obra temporária.
E – Incorreto. Apesar de a criação de uma nova fronteira agrícola estar relacionada com o
processo, o texto aborda a mecanização do campo e as novas relações que ele demanda no
processo produtivo do setor agropecuário.
Gabarito: A

20. (CESPE - 2013 - MPU - Analista - Geografia)


Desde o período colonial, o espaço geográfico brasileiro foi transformado e produzido
prioritariamente segundo as necessidades do mercado externo em detrimento da formação
econômica interna. Foi por meio dessa perspectiva colonizadora que, a partir de 1530, as
propriedades rurais se organizaram no Brasil.
Com relação às questões agrária e agrícola no Brasil, julgue o item.
Ao longo da história fundiária brasileira, ocorreram diversas manifestações, movimentos,
revoltas e pressões de trabalhadores rurais pelo acesso à terra, muitas com ganho de causa.
Esses movimentos sempre foram amplamente divulgados pelas mídias oficiais.

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Comentários
Existem alguns problemas na questão. O primeiro problema na questão está na frase “muitos com
ganho de causa”. Claro que, durante o processo histórico dos movimentos sociais no campo, as
lutas dos trabalhadores obtiveram algumas vitórias. A luta pela terra no Brasil existe há mais de
500 anos, desde que os “descobridores” aqui aportaram. Diferentes grupos, sob diferentes formas,
lutaram e lutam desde então para entrar e permanecer na terra. Entre esses grupos, alguns são
identificados como movimentos sociais, destacando o MST, que é o mais duradouro movimento
social de luta pela terra existente no Brasil.
O segundo problema na questão é a frase “sempre foram amplamente divulgados pelas mídias
oficiais”, o que está completamente errado. Aliás, pela primeira frase não dá para dizer que a
questão está errada, apenas que há um certo problema. Mas na segunda afirmativa, sim. A mídia
sempre marginalizou os movimentos sociais do campo, visto que as pautas e objetivos desses
movimentos não possuem espaços de diálogos dentro desses meios de comunicação. As
manchetes, reportagens e abordagens a respeito do tema sempre buscam referir à luta e aos
trabalhadores como marginais, criminosos, entre tantos outros adjetivos. Há a necessidade de se
tomar cuidado com certas afirmações e posições quando o assunto se trata de movimentos sociais.
Claro que existem alguns problemas e algumas situações pontuais em que ficamos sabendo dos
problemas e violência do campo. Contudo, são infinitamente menores quando se compara com
toda a luta dos movimentos sociais. O recorte midiático sempre priorizará a marginalização das
pautas desses movimentos, o que significa que não podemos generalizar os reflexos, sobretudo
negativos, de tais manifestações.
Gabarito: Errado

21. (ACAFE - 2008 - PC-SC - Investigador de Polícia)


Leia os versos abaixo do poema “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto.
“Essa cova em que estás / Com palmos medida.
É a conta menor / que tiraste em vida.
É de bom tamanho / Nem largo nem fundo,
É a parte que te cabe / deste latifúndio.”

A realidade agrária brasileira, em parte, está descrita nos versos acima. Assinale a alternativa
correta sobre essa temática.
A) O latifúndio, dominante em todas as regiões do Brasil, é o resultado de um processo
colonizatório que teve como fundamento o trabalho livre.
B) A concentração da propriedade fundiária rural coloca um grande número de pessoas
desprovidas desse bem fundamental para a sobrevivência, a terra.
C) Atualmente a questão agrária e seus conflitos estão resolvidos nas regiões Sul e Sudeste do
país, estando, ainda, por se resolver no Nordeste e Norte do Brasil.
D) A concentração da propriedade fundiária está relacionada ao desenvolvimento industrial
do Brasil, a partir de meados da década de 50 do século passado.

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Comentários
A desigualdade no espaço agrário no Brasil é discrepante em relação à distribuição de terras, uma
vez que alguns detêm uma elevada quantidade de terras e outros possuem pouca e nenhuma. Esse
aspecto caracteriza a concentração fundiária brasileira. O problema da concentração de terras no
país agrava a permanência e a sobrevivência da população rural, principalmente dos pequenos
agricultores, das comunidades tradicionais, como ribeirinhas, quilombolas e indígenas. E a
desigualdade estrutural fundiária brasileira se configura como um dos principais problemas do
meio rural.
A – Incorreto. Latifúndio é um termo amplamente difundido para descrever grandes porções de
terras, ou seja, descrever as grandes propriedades rurais. Elasestão presentes em todas as regiões
do Brasil, mas de maneira desigual, onde umas regiões possuem maior concentração de terras
(Nordeste do Brasil) e outras uma menor concentração de terras (Sul do Brasil). O problema da
questão está no fato de dizer que o processo de colonização residiu no trabalho livre, o que é
==fe6ff==

incorreto afirmar. Basicamente, nossa colonização está baseada em três características: grandes
propriedades de terras (latifúndio), produção voltada para exportação e utilização de mão de obra
ESCRAVA. Podemos chamar essas três características de sistema de plantation.
C – Incorreto. A questão dos conflitos agrários no Brasil está longe de ser resolvida, ao contrário,
cada vez mais, com o processo de concentração de terras e a expansão da fronteira agrícola
crescente no país, os conflitos tendem a aumentar em todas as regiões do país. Claro, não de
forma igual em todas as áreas.
D – Incorreto. Não está relacionado com a industrialização. O problema histórico da concentração
de terras no país reside nos seguintes acontecimentos:
1º Processo de ocupação primeira do território: Capitanias Hereditárias e Sesmarias;
2º Posse livre até 1850;
3º Lei de Terras,criada em 1850, que estabeleceu a posse de terra apenas por meio da compra (ou
seja, a terra passa a ter um valor econômico);
4º Estatuto da Terra em 1964 (não contribui diretamente na concentração, mas é um marco na
legislação de terras no país);
5º Processo de mecanização no campo após 1970.
Gabarito: B

22. (FUNCEFET - 2011 - Prefeitura de Nilópolis - RJ - Professor - Geografia)

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A partir dessa imagem, pode-se afirmar que:


A) a luta dos trabalhadores rurais sem terra no Brasil é, extremamente, injustificável.
B) o processo de Reforma agrária no Brasil é ineficaz, devido à influência política dos grandes
proprietários de terra.
C) o Brasil possui uma grande concentração de terras (fundiária), sendo que apenas uma
pequena quantidade de proprietários possui grandes extensões de terras.
D) a maior parte das terras improdutivas, no território brasileiro, está sob a posse de
pequenos produtores rurais que não querem mais se dedicar à produção agrícola.
Comentários
Conforme verificado em outras questões, a desigualdade no espaço agrário no Brasil é discrepante
em relação à distribuição de terras, uma vez que apenas uma parcela da população possui uma
elevada quantidade de terras e outros possuem pouca e nenhuma. Esse aspecto caracteriza a
concentração fundiária brasileira. O problema da concentração de terras no país agrava a
permanência e a sobrevivência da população rural, e a desigualdade estrutural fundiária brasileira
configura como um dos principais problemas do meio rural.
A – Incorreto. Devido à concentração de terras no país ser um processo histórico que beneficiou
uma pequena parcela da população que teve acesso à posse de terras, e ainda devido à reforma
agrária ser um direito garantido na Constituição Federal de 1988, a atuação dos movimentos
sociais na luta pelo acesso à terra é justificável e legítima.
B – Incorreto. O grande problema da reforma agrária no Brasil reside no fato de que esse
dispositivo da lei nunca foi pauta prioritária de nenhum governo brasileiro, inclusive daqueles que
dizem ser progressistas. Alguns processos de ocupação feitos por movimentos sociais são
destinados à reforma agrária, contudo são de maneira pontual. A reforma agrária se faz necessária
diante do grande processo de subutilização do espaço agrário e das terras que não cumprem a
legislação (não possuem uma função social estabelecida no Estatuto da Terra em 1964) e são
improdutivas.
D – Incorreto. A maior parte das propriedades rurais improdutivas, que não exercem a chamada
função social da propriedade, de acordo com a lei, são as chamadas terras devolutas, ou seja,
terras do Estado brasileiro que deveriam ser destinadas à reforma agrária.
Gabarito: C

(CESPE - 2008 - SEPLAG-DF - Professor - Geografia)


Hoje, tanto os cinturões quanto as frentes pioneiras revelam que o território brasileiro tem
incorporado muitas das características da chamada revolução agrícola, especialmente nas
culturas de exportação, aquelas que consolidam a divisão territorial do trabalho mundial.
Assim, esses produtos acabam por invadir, com velocidade cada vez maior, áreas antes
destinadas às produções domésticas.
M. Santos e M. L. Silveira. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de
Janeiro; Record, 2008, p. 120 (com adaptações)

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Acerca da evolução da atividade agrícola no país, julgue os itens que se seguem.

23.
Os conflitos pela posse de terra no Brasil revelam uma limitação no quadro natural do país: a
inexistência de solos aptos para a exploração agrícola.
Comentários
Os conflitos pela posse de terra no país não se dão devido à limitação no quadro natural, muito
menos à inexistência de solos aptos para a exploração agrícola. Devido às boas condições físicas e
aos relevos mais suaves, os solos brasileiros apresentam alto potencial para o uso agrícola. Assim,
o trecho “inexistência de solos aptos para a exploração agrícola” que a questão traz está
incorreto.O Brasil possui uma grande diversidade de solos em seu território, decorrente da ampla
diversidade geográfica/ambiental e de fatores de formação do solo. De acordo com o Sistema
Brasileiro de Classificação dos Solos (SiBCS), constata-se a influência desses fatores através da
grande variabilidade das características químicas, físicas e morfológicas que compõem as 13
classes de solos contidas no sistema. No país, predominam os Latossolos, Argissolos e Neossolos,
que juntos constituem aproximadamente 70% do território nacional. Só as classes dos Latossolos e
dos Argissolos ocupam juntas aproximadamente 58% da área, com características de solos
profundos, altamente intemperizados (modificados), ácidos, de baixa fertilidade natural e, em
certos casos, com alta saturação por alumínio.
Possuem boas condições físicas para o uso agrícola, associadas a uma boa permeabilidade por
serem solos bem estruturados e muito porosos. Porém, devido aos mesmos aspectos físicos,
possuem baixa retenção de umidade, principalmente os solos com textura mais grosseira, em
climas mais secos, como no semiárido nordestino. Também ocorrem solos de média a alta
fertilidade, em geral pouco profundos, em decorrência de seu baixo grau de intemperismo. Estes
se enquadram principalmente nas classes dos Neossolos, Luvissolos, Planossolos, Nitossolos,
Chernossolos e Cambissolos.

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https://www.embrapa.br/solos

Gabarito: Errado

24.
Com a modernização no campo, desapareceram as relações de trabalho calcadas no
arrendamento, na escravidão por dívida e na figura do trabalhador conhecido como boia-fria.
Comentários
As relações se alteraram de fato com a modernização do campo brasileiro. Contudo, algumas
características ainda perduram no espaço agrário, inclusive as três formas citadas na questão.
Primeiro, o arrendamento (grosso modo, o aluguel da terra ou da propriedade rural) é uma prática
ainda muito comum no campo, e é regulamentada pela Lei 4.504/64, conhecida como Estatuto da
Terra. Essa lei fixa direitos e deveres dos arrendadores e arrendatário, como as atividades
exercidas, o tempo de produção, entre outros, de maneira a resguardar ambas as partes e garantir
a exploração de forma racional da terra. Outro ponto que a questão traz é a escravidão. O trabalho
escravo ainda não terminou, ele existe e coloca muitas pessoas em péssimas condições de
trabalho, mas antes precisamos entender o que configura trabalho escravo na
contemporaneidade. Segundo a OIT, é considerado escravo todo o regime de trabalho degradante,
que prive o trabalhador de sua liberdade, que o exponha a condições péssimas de trabalho e de
moradia, bem como à falta de esgoto, água potável, entre outros. Há ainda outras práticas como a
retenção de documentos do trabalhador, forçando-o a trabalhar nas condições postas. Essa
situação é muito comum no campo brasileiro, infelizmente. A fiscalização do Ministério do
Trabalho atua em muitas fazendas de café e cana-de-açúcar no país. O trabalhador boia-friaé
aquele trabalhador que acorda cedo (normalmente na madrugada) para pegar conduções,
juntamente com suas marmitas e garrafas de água, com destino à zona rural para trabalhar nas
plantações. Essa atividade é sazonal e foi muito praticada no país, principalmente nas últimas
décadas do século XX e início do século atual. Entretanto, as condições de muitos trabalhadores,
mesmo com a fiscalização dos órgãos oficiais e as denúncias, ainda são muito semelhantes aos
mesmos boias-frias de tempos atrás das fazendas de cana-de-açúcar. Vale reforçar que a
mecanização de diversas colheitas tem diminuído o emprego desses profissionais.

Gabarito: Errado

25.

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No processo de modernização no campo, o pequeno agricultor vê-se excluído da dinâmica


das atividades agrícolas em função do baixo volume de produção por este alcançado.
Comentários
Entre os efeitos da mecanização do campo, destacam-se as mudanças nas relações de trabalho, o
êxodo rural, o aumento da produtividade, o aumento do desemprego no campo e a concentração
de terras no país. A maior adoção de máquinas no espaço rural alterou a dinâmica socioeconômica
do espaço agrário, pois ela interfere no tipo de mão de obra.Os trabalhadores menos qualificados,
empregados em maiores quantidades, precisam ser substituídos por profissionais mais qualificados
e em menor número. Há uma mudança na relação entre o campo e a cidade, pois é a cidade que
fornece os equipamentos, as máquinas, os insumos, a mão de obra técnica e qualificada, entre
outros elementos. A modernização do campo contribui para o aumento do desemprego estrutural
na produção agropecuária, o que desencadeia a substituição dos trabalhadores por máquinas
(colheitadeiras, por exemplo). Frente a esse processo encontra-se o pequeno produtor, que muitas
vezes não possui condições de se modernizar, de adquirir máquinas e insumos, por não ter acesso
aos mesmos volumes de créditos e de subsídios para aumentar sua produção e ser mais
competitivo diante do agronegócio. A marginalização dentro dessa dinâmica no campo faz com
que a permanência e a existência desses pequenos agricultores fiquem cada vez mais difíceis.
Gabarito: Certo

26. (CESPE - 2010 - MPU - Analista - Geografia)


Com base nos dispositivos legais, julgue o item que se segue, a respeito de licenciamento e
delimitação de APP.
Para regularização fundiária sustentável de área urbana, a intervenção na vegetação ou a sua
supressão em APP pode ser autorizada, pelo órgão ambiental competente, nas áreas
ocupadas por população de baixa renda, predominantemente residenciais e incluídas no
plano de regularização fundiária sustentável do município.
Comentários
As intervenções nas Áreas de Preservação Permanente, em razão de sua função ambiental, são de
utilização muito restrita. Contudo, elas não são intocáveis, conforme aponta o Ministério do Meio
Ambiente (MMA), apenas em alguns casos. Em casos de utilidade pública, interesse social ou de
baixo impacto ambiental, as intervenções podem ser feitas nas APP´s. As Áreas de Preservação
Permanente foram instituídas pelo Código Florestal em 2012 (Lei nº 12.651), e são caracterizadas
por espaços territoriais legalmente protegidos, ambientalmente frágeis e vulneráveis, podendo ser
públicas ou privadas, urbanas ou rurais, cobertas ou não por vegetações nativas, conforme aponta
o MMA.
ANTES DO CÓDIGO FLORESTAL, VIGÊNCIA DA RESOLUÇÃO DO CONAMA 369/06
Conforme Art. 9 º da resolução CONAMA 369/06 (ATENÇÃO, REPARE QUE A RESOLUÇÃO É DE
2006) que regulamenta os casos de supressão de APP:
Art. 9º

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A intervenção ou supressão de vegetação em APP para a regularização fundiáriasustentável de


área urbana poderá ser autorizada pelo órgão ambiental competente, observadoo disposto na
Seção I desta Resolução, além dos seguintes requisitos e condições:
I - ocupações de baixa renda predominantemente residenciais;
- A elaboração da questão e aplicação dela Ano de 2010 (Assim, a questão estava CORRETA)
- Código Florestal  maio de 2012, Lei nº 12.651, que REVOGA A RESOLUÇÃO DO CONAMA
369/06. Assim, a questão atualmente CONTINUA CERTA DE ACORDO COM O ARTIGO 3º, NO
INCISO IX, letra d, abaixo destacado:
Lei 12.651/2012:
Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por:
VIII - utilidade pública:
a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária;
b) as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços públicos de transporte,
sistema viário, inclusive aquele necessário aos parcelamentos de solo urbano aprovados pelos
Municípios, saneamento, energia, telecomunicações, radiodifusão, bem como mineração,
exceto, neste último caso, a extração de areia, argila, saibro e cascalho;
c) atividades e obras de defesa civil;
d) atividades que comprovadamente proporcionem melhorias na proteção das funções
ambientais referidas no inciso II deste artigo;
e) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento
administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento
proposto, definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal;

IX - interesse social:
a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa, tais como
prevenção, combate e controle do fogo, controle da erosão, erradicação de invasoras e
proteção de plantios com espécies nativas;
b) a exploração agroflorestal sustentável praticada na pequena propriedade ou posse rural
familiar ou por povos e comunidades tradicionais, desde que não descaracterize a cobertura
vegetal existente e não prejudique a função ambiental da área;
c) a implantação de infraestrutura pública destinada a esportes, lazer e atividades
educacionais e culturais ao ar livre em áreas urbanas e rurais consolidadas, observadas as
condições estabelecidas nesta Lei;
d) a regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados predominantemente por
população de baixa renda em áreas urbanas consolidadas, observadas as condições
estabelecidas na Lei no 11.977, de 7 de julho de 2009;

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e) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e de efluentes


tratados para projetos cujos recursos hídricos são partes integrantes e essenciais da
atividade;
f) as atividades de pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho, outorgadas pela
autoridade competente;
g) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento
administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional à atividade proposta,
definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal;

X - atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental:


a) abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e pontilhões, quando
necessárias à travessia de um curso d’água, ao acesso de pessoas e animais para a obtenção
de água ou à retirada de produtos oriundos das atividades de manejo agroflorestal
sustentável;
b) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e efluentes
tratados, desde que comprovada a outorga do direito de uso da água, quando couber;
c) implantação de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo;
d) construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno ancoradouro;
e) construção de moradia de agricultores familiares, remanescentes de comunidades
quilombolas e outras populações extrativistas e tradicionais em áreas rurais, onde o
abastecimento de água se dê pelo esforço próprio dos moradores;
f) construção e manutenção de cercas na propriedade;
g) pesquisa científica relativa a recursos ambientais, respeitados outros requisitos previstos
na legislação aplicável;
h) coleta de produtos não madeireiros para fins de subsistência e produção de mudas, como
sementes, castanhas e frutos, respeitada a legislação específica de acesso a recursos
genéticos;
i) plantio de espécies nativas produtoras de frutos, sementes, castanhas e outros produtos
vegetais, desde que não implique supressão da vegetação existente nem prejudique a função
ambiental da área;
j) exploração agroflorestal e manejo florestal sustentável, comunitário e familiar, incluindo a
extração de produtos florestais não madeireiros, desde que não descaracterizem a cobertura
vegetal nativa existente nem prejudiquem a função ambiental da área;
k) outras ações ou atividades similares, reconhecidas como eventuais e de baixo impacto
ambiental em ato do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA ou dos Conselhos
Estaduais de Meio Ambiente;
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm

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Gabarito: Certo
(CESPE - 2018 - ABIN - Oficial de Inteligência)
A respeito da dinâmica do agronegócio brasileiro, julgue os itens que se seguem.
27.
A partir da adoção de políticas públicas de ocupação do território nacional durante o regime
militar, a fronteira agrícola expandiu-se para o Centro-Oeste, que passou a ser visto como
“celeiro do mundo”, destinado à produção de commodities como as do complexo grão carnes
e à agropecuária em larga escala.
Comentários
A partir da década de 1960, a integração nacional entrou em uma nova fase, com investimentos
em outras regiões do país, com estímulos dados pelo governo federal num processo de
descentralização industrial. Nessa fase, foram criados vários órgãos como a Superintendência do
Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste
(SUDECO) e Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), com o intuito de
desenvolver as diversas Regiões do território nacional. A construção de Goiânia (pouco falada na
historiografia) e a inauguração de Brasília em 1961 foram fatores importantes na ocupação do
Centro-Oeste. Os investimentos em infraestruturas e os transportes integrando as regiões aos
centros mais dinâmicos foram fundamentais nesse processo. A construção de rodovias, como a BR
364 (Brasília - Cuiabá), a BR 153 (Goiânia – São José do Rio Preto), a BR 163 (Cuiabá – Santarém), e
a BR 364 (Cuiabá – Porto Velho), são exemplos de integração desses centros dinâmicos. Já nos
anos de 1970, foram colocados em prática diversos programas que contribuíram para a formação
da estrutura produtiva e a urbanização do Centro-Oeste, tais como a criação do Sistema Nacional
de Crédito Rural (SNCR), o Conselho de Desenvolvimento da Pecuária de Corte (CONDEPE), o
Programa de Desenvolvimento dos Cerrados (POLOCENTRO), o Programa Especial de
Desenvolvimento do Pantanal (PRODEPAN), o Programa Especial de Desenvolvimento da Grande
Dourados (PRODEGRAN) e o Programa Especial de Desenvolvimento da Região Geoeconômica de
Brasília (PERGEB), a constituição das empresas de pesquisa agropecuárias estatais, como a
EMBRAPA, entre outras, foram capazes de fazer com que a região passasse a atuar como fronteira
agrícola. Consequentemente, a região passou a atrair um elevado contingente populacional, após a
construção de Brasília, sendo uma das regiões com um dos processos de urbanização mais
consolidados do país. Todos esses fatores foram fundamentais na estruturação da região como um
“celeiro do mundo”, conforme aponta a questão, atuando no cenário globalizado integrado aos
setores essenciais da economia globalizada. A atuação no mercado internacional com a venda de
commodities, como uma das maiores produtoras de soja, cana-de-açúcar, milho, entre outros
produtos importantes, fez com que a região Centro-Oeste estabelecesse forte posição econômica.
Gabarito: Certo
28.
A expansão da fronteira agrícola na Amazônia Legal é marcada por conflitos entre assentados
e grandes projetos agropecuários e de mineração e por intensa devastação e desperdício dos
recursos naturais e da biodiversidade, o que compromete o futuro da região.

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Comentários
O espaço da Amazônia Legal, que nos anos dos governos militares tornou-se meta de grandes
contingentes de colonos vindos do Sul e Nordeste, vem se alterando continuamente, numa área de
muitos conflitos fundiários. Os acessos à propriedade rural, assim como às tecnologias, aos
créditos agrícolas, aos insumos, entre todos os outros elementos que estão vinculados à produção
agrícola, são cada vez mais restritos a grandes produtores articulados com grandes empresas que
passaram a atuar na produção agropecuária.
A mineração é outro grande problema abordado na questão. Há muitas áreas de conflitos em que
de um lado estão as empresas mineradoras, como a Vale e o Projeto Grande Carajás, e outros
mineradores, e de outro, a população local e muitos povos indígenas, que sofrem em seus
territórios a possibilidade de desapropriação de áreas destinadas para exploração desses recursos
minerais, como é o caso recente ocorrido no então governo Temer, em 2017, na Renca
(ReservaNacional do Cobre e Associados), muito rica em ouro e outros minérios, e que tem
grandes reservas naturais e terras indígenas. Outro caso de grandes conflitos é na mina de níquel
Onça Puma, localizada em Ourilândia do Norte, no Pará, que teve suas atividades suspensas por
contaminação das águas do rio Cateté, utilizado pela comunidade indígena Xikrin para pesca,
banho e outras atividades.
Assim, o espaço Amazônico passa de um espaço de possibilidades de resoluções de conflitos no
campo, atrelado com o fluxo migratório de outras regiões, de trabalhadores rurais sem-terra, onde
a terra tem um significado simbólico de “todos”, e passa a ser área de reprodução e produção
desses conflitos fundiários, consequência do avanço cada vez maior da fronteira agrícola e do arco
do desmatamento. Sem muitos incentivos, créditos e condições, a população de trabalhadores
rurais que migram em busca de melhores condições de vida acaba se marginalizando em áreas das
cidades ou vilarejos típicos nessa região. Um exemplo é o caso de Juruti, também no Pará, onde a
população era de 10 mil habitantes e, após o início da exploração mineral, saltou para 20 mil
habitantes. Esse aumento na população gera grandes problemas, pois demanda mais serviços
básicos como saúde, educação, infraestrutura, entre tantos outros. Além do aumento da
criminalidade.

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Gabarito: Certo

29. (CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência)


Julgue o item subsequente a respeito da evolução da estrutura fundiária rural e dos
movimentos demográficos no território brasileiro.

A agricultura científica e o agronegócio têm impacto direto na concentração fundiária e no


mercado de trabalho no campo, pois as empresas agrícolas compram ou arrendam vastas
extensões de terra para o cultivo e geram empregos especializados, impondo novas relações
de trabalho para os agricultores que não têm condições técnicas e financeiras para competir
com esse modelo de agricultura.
Comentários
As transformações que ocorreram no mundo do trabalho nas últimas décadas podem ser
observadas também no espaço rural. A utilização cada vez mais crescente de máquinas no campo
fez com que a demanda de trabalhadores alterasse. O perfil que o agronegócio exige é de um
trabalhador mais qualificado, ou seja, aquele que possui formação específica para atender as
exigências do mercado: agrônomos, médicos veterinários, zootecnistas, economistas,
administradores, entre outras profissões que não exigem formação superior, mas uma formação
especializada, como mecânicos, piloto de avião, operador de máquinas etc. Assim, muitos
trabalhadores que atuavam no campo com trabalhos manuais e suas forças brutas tiveram seus
empregos substituídos, acompanhados pelo processo de mecanização. Inclusive, dificuldades
desses empregados em se reintegrarem a outros setores são observadas devido ao baixo nível de
escolaridade e pouca capacitação.
Contudo, é preciso lembrar que o trabalho manual não foi extinto no meio rural, mas a sua
demanda sim. Mesmo com a crescente oferta para profissionais altamente qualificados ou para

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cargos de liderança, puxados pela expansão do agronegócio, áreas como pecuária de corte, de leite
e sucroenergética ainda buscam mão de obra primária (sem qualificação) no mercado. Segundo
dados da Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura (Contag), nas regiões Nordeste,
Sudeste e Centro-Oeste, ainda existem muitos trabalhos manuais, como nas lavouras de canas
nordestinas. Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregos e desempregados (Caged), órgão
ligado ao Ministério do Trabalho, as contratações na agropecuária são sazonais, ou seja, em
determinadas épocas do ano, e os períodos em que o setor mais emprega é no início e no meio do
ano. Esse movimento sazonal das culturas gera a característica do setor, com muitos contratos de
curto prazo que viabilizam a informalidade, outro elemento encontrado no espaço agrário
brasileiro. Os trabalhos informais são portas de entrada para outras formas de trabalhos
degradantes, como o emprego de mão de obra escrava no campo.

Gabarito: Certo
30. (CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência)
Julgue o item subsequente a respeito da evolução da estrutura fundiária rural e dos
movimentos demográficos no território brasileiro.
A internacionalização da agropecuária brasileira ainda é totalmente dependente de
investimentos de conglomerados e empresas estrangeiras que compram empresas nacionais
do setor e terras para cultivo.
Comentários
É importante ficar atento quando as questões utilizam termos que generalizam as informações
apresentadas, pois sempre tendem a estar erradas. Nesse caso, o fato está em dizer que a
internacionalização da agropecuária brasileira ainda é TOTALMENTE dependente de investimentos
de conglomerados e empresas estrangeiras. Apesar de o mercado nacional ter uma íntima relação
com o mercado agropecuário mundial, pois grande parte de sua produção é voltada para a
exportação, a maior parte dos investimentos atuais no agronegócio brasileiro é nacional.
Investimentos e créditos agrícolas subsidiados por bancos nacionais e empresas do ramo
possibilitam o desenvolvimento do setor. No país, o agronegócio representa cerca de 21% do PIB e

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ainda apresenta grande papel para a relevância do país no cenário mundial. Contudo, deve ser
observada a sua dependência de insumos internacionais. O país ainda importa cerca de 75% desses
insumos. Conforme cresce a safra, sobem também os números que amarram a produção do país
aos mercados internacionais.
Gabarito: Errado
31. (CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência)
Com referência à divisão inter-regional do trabalho e da produção no Brasil, julgue o item a
seguir.
As atividades corporativas de empresas nacionais e internacionais (produção, circulação,
distribuição e consumo) integram partes expressivas do território brasileiro, por meio de
redes de infraestruturas, de informação e comunicação.
Comentários
Não se deixe enganar pela questão e pelo senso comum. O país é um grande potencial econômico
e possui integração territorial fruto de políticas de estado feitas principalmente após 1930.
Atualmente, o país possui um complexo parque industrial, apesar de estar concentrado sobretudo
nos estados do Centro-Sul e nas regiões metropolitanas do país. Essa região possui a economia
mais diversificada do país, com intensas atividades econômicas, com o maior aproveitamento de
terras para agricultura e pecuária, com uma elevada taxa de industrialização e urbanização. Essa
região também é responsável por produzir a maior parte do produto interno bruto, liderando a
produção nacional em todos os setores brasileiros. As indústrias que se destacam são a
metalúrgica, a automobilística, a têxtil, a petroquímica e a de aviação. Mesmo com o importante
eixo econômico entre São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, a região conta com outros polos
industriais importantes, como Volta Redonda, Timóteo, Ipatinga, Goiânia, Brasília, Curitiba,
Campinas, entre outros. A agricultura e o agronegócio são elementos importantes no processo de
integração da região, sendo base da economia do nosso país. O Brasil é um dos maiores
exportadores agrícolas do mundo, tem uma das melhores distribuições entre fontes renováveis e
não renováveis dentro de sua matriz energética, e toda a produção é integrada com uma
infraestrutura de transporte. Temos a 4º maior malha rodoviária do mundo. Esse transporte é o
principal sistema logístico por onde passam mais de 60% de toda a carga movimentada no
território brasileiro. Atualmente o país é o 8º maior mercado da indústria automobilística do
mundo. Por ser um país de dimensões continentais, o Brasil tem, no setor de telecomunicações,
um forte papel no que tange a integração dos diversos setores sociais e econômicos. Esse setor
que engloba os serviços de telecomunicações, serviços de valor agregado e produtos utilizados
para a prestação desses serviços, de acordo com o IBGE, possui uma rede que possibilita a
integração nacional, tendo como base a informação.
Gabarito: Certo
32. (CESPE - 2013 - SEDUC-CE - Professor Pleno I - Geografia)
Entende-se por fronteira agrícola moderna a ocupação de áreas para as atividades agrícolas
com alto conteúdo tecnológico e organizacional, em substituição à pecuária extensiva, às
formas tradicionais de cultura e(ou) à cobertura vegetal original. Atualmente, a área ocupada

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pela fronteira agrícola moderna coincide, proximamente, à área de abrangência do chamado


polígono dos solos ácidos, que ocupa a maior parte da região Centro-Oeste, parte do estado
de Minas Gerais e do Tocantins, bem como algumas regiões do Nordeste.
S. Frederico. Gênese e consolidação da rede urbana na região de fronteira agrícola moderna.
In: E. Costa e R. Oliveira. As cidades entre o real e o imaginário: estudos no Brasil (com
adaptações).
Ainda com relação à fronteira agrícola moderna, é correto afirmar que a construção de
Brasília possibilitou:
A) a concentração da maior parcela da produção agrícola no centro-norte do país, a partir da
década de 70 do século XX.
B) a formação de uma rede urbana brasileira sustentada por novas relações de trabalho
advindas do contato entre o campo e a cidade, a partir da década de 70 do século XX.
C) a construção de ferrovias para o escoamento da produção.
D) a integração nacional por meio da navegação de cabotagem.
E) a transformação do Centro-Oeste em centro decisório econômico relativo à exportação da
produção agrícola.
Comentários
Apesar de a construção de Brasília ser fundamental para a integração da região Centro-Oeste, que
tem se transformado em uma importante zona industrial no país, como algumas áreas no estado
de Goiás, a urbanização da região Centro-Oeste também se relaciona com as relações de produção
agrícola e as práticas agropecuárias.
A população da região apresentou um rápido crescimento vegetativo, após a década de 1960, e
continua apresentando crescimento desde então. Nas últimas décadas, houve uma forte explosão
demográfica intensificada sobretudo pela modernização e expansão das atividades agropecuárias,
com a ampliação da infraestrutura de transporte, integrando o setor aos principais portos e zonas
econômicas do país. Esse processo facilitou a ocupação da região nas áreas próximas às rodovias
que cortam os estados, e integrou o sistema agrícola aos setores econômicos e industriais do país.
A inserção de máquinas, resultado do processo de modernização do campo, fez com que muitas
pessoas deixassem as áreas rurais, devido à falta de empregos, em busca de melhores condições
de vida e de trabalho nos centros urbanos. O êxodo rural ocorrido resultou no rápido crescimento
da população que ocupou os centros urbanos, e até mesmo no aparecimento de novas
centralidades urbanas. Projetos de incentivo ao povoamento também foram um elemento
importante no impulso da elevação do número de habitantes, com créditos e preços baixos da
terra, facilitando o seu acesso.
A – Incorreto. Não há concentração da maior parcela da produção agrícola no centro-norte do país,
a partir da década de 70 do século XX. Ao contrário, a região norte é uma das regiões menos
ocupadas devido à Floresta Amazônica, que é uma barreira natural para o processo de ocupação.
C – Incorreto. No país, durante aproximadamente 100 anos, o investimento em ferrovias foi
praticamente o mesmo, não alterando o quadro ferroviário do Brasil.

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D – Incorreto. Apesar de ser um modal muito importante para o país, visto que a grande parcela da
população e a concentração de indústrias no Brasil estão próximas às áreas litorâneas, a
cabotagem representa apenas 9,6% da matriz brasileira de transporte de carga.
E – Incorreto. A região é a maior produtora agrícola do país, contudo as decisões econômicas e a
maior parte das empresas ligadas a agroindústrias possuem sede em São Paulo, sendo esse o
centro decisório econômico do setor.

http://www.tecnologistica.com.br/portal/artigos/66018/um-retrato-da-navegacao-de-cabotagem-no-brasil/

Gabarito: B

33. (CESPE - 2013 - SEDUC-CE - Professor Pleno I - Geografia)


Entende-se por fronteira agrícola moderna a ocupação de áreas para as atividades agrícolas
com alto conteúdo tecnológico e organizacional, em substituição à pecuária extensiva, às
formas tradicionais de cultura e(ou) à cobertura vegetal original. Atualmente, a área ocupada
pela fronteira agrícola moderna coincide, proximamente, à área de abrangência do chamado
polígono dos solos ácidos, que ocupa a maior parte da região Centro-Oeste, parte do estado
de Minas Gerais e do Tocantins, bem como algumas regiões do Nordeste.
S. Frederico. Gênese e consolidação da rede urbana na região de fronteira agrícola moderna.
In: E. Costa e R. Oliveira. As cidades entre o real e o imaginário: estudos no Brasil (com
adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial, e considerando os múltiplos aspectos que ele
suscita, assinale a opção correta.
A) Com o avanço da fronteira agrícola moderna, emergiram novas cidades brasileiras, nas
quais passou a ocorrer uma inversão: o campo tornou-se menos funcional para as cidades e
as cidades tornaram-se funcionais para o campo.
B) A fronteira agrícola moderna se configurou mais intensamente em São Paulo que nos
demais estados.
C) Entre os serviços ofertados pelas cidades do agronegócio, destaca-se a comercialização dos
grãos realizada pelos escritórios comerciais importadores das grandes empresas (tradings).
D) A difusão do meio técnico científico-informacional, em determinadas regiões de fronteira
agrícola moderna, propiciou que ações e objetos agregassem valor fundamentado no

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desenvolvimento da ciência e da informação, contudo essa difusão não favoreceu a


proliferação de serviços com múltiplas especializações.
E) No caso da região pantaneira brasileira, a integração territorial promovida pela construção
das rodovias, associada à inexistência de heranças territoriais de grande monta, facilitou a
rápida difusão da agricultura moderna nessa área.
Comentários
A cidade tornou-se o centro da realização da produção agrícola moderna. São nelas que a
quantidade e a qualidade dos consumos produtivos e consuntivos, associados ao poder de
interconexão com os demais centros,vão redefinir a nova hierarquia urbana na fronteira agrícola
moderna, de acordo com Samuel Frederico, autor do texto citado. Algumas cidades se tornam
novos centros enquanto outras perdem a posição exercida em períodos anteriores. Essa nova
estruturação é acompanhada de uma maior especialização dos núcleos urbanos, aprofundando a
divisão territorial do trabalho e acarretando a necessidade da criação de mais fluxos.
B – Incorreto. De acordo com o próprio texto (na integra), “a expansão da fronteira agrícola
moderna ocorreu principalmente em direção às áreas de Cerrado, também conhecidas como
polígono dos solos ácidos ou planaltos tropicais interiorizados”.
C – Incorreto. As cidades do agronegócio não são importadoras e sim EXPORTADORAS de grãos.
D – Incorreto. O final da afirmativa está errado, isto é, FAVORECEU a especialização funcional dos
novos objetos e ações.
E – Incorreto. O erro está em dizer “à INEXISTENCIA de heranças territoriais de grande monta”, o
que não é verdade.
Fonte: FREDERICO, Samuel. As cidades do agronegócio na fronteira agrícola moderna brasileira.
http://revista.fct.unesp.br/index.php/cpg/article/view/1933/1813
Gabarito: A
(CESPE - 2017 - Instituto Rio Branco - Diplomata)
O Brasil é, na América Latina, um dos países que mais reorganizou sua atividade agropecuária
desde meados do século XX. Desde então, a reestruturação produtiva da agricultura brasileira
tem-se norteado pela racionalidade com funcionamento regulado pelas relações de produção
e distribuição globalizadas, direcionando-se, cada vez mais, ao atendimento da crescente
demanda do mercado urbano interno e à produção de commodities para a exportação, in
natura ou após passarem por algum tipo de transformação industrial, o que aumenta seu
valor agregado.
Denise Elias. Globalização, agricultura e urbanização no Brasil. Internet: (com adaptações).

Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue (C ou E) os itens seguintes,
acerca da estruturação e do funcionamento do agronegócio no Brasil.

34.
Característica marcante do atual período da agricultura brasileira é a ocupação de milhões de
hectares de cerrado pela agricultura moderna globalizada, ao mesmo tempo em que se

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aprofundam a divisão territorial do trabalho, os conflitos envolvendo povos e comunidades


tradicionais, o uso intensivo dos recursos naturais e a perda de biodiversidade.
Comentários
Atualmente, os efeitos do desmatamento na nova fronteira agrícola do Cerrado têm chamado
atenção dos ambientalistas e especialistas da área. Os quatros estados,Maranhão, Tocantins, Piauí
e Bahia, formam a parte norte do Cerrado batizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) de Matopiba. O interesse dos investidores agrícolas é motivado pelas
condições edafoclimáticas (do solo e do clima) favoráveis e pela posição geográfica estratégica, por
exemplo, em Tocantins, ao centro do Brasil. Caracterizadas pela alta incidência solar, as terras
tocantinenses recebem chuvas de dezembro a maio e costumam sofrer uma longa estiagem nos
demais meses.
Desde a colonização portuguesa, a posse e o domínio das terras brasileiras foram concentrados em
latifúndios espalhados pelo país. Tal situação é consequência do processo histórico de ocupação do
território nacional, que teve sua base erguida no latifúndio monocultor e escravista. Contudo, o
cenário descrito na questão aponta para o processo de modernização do campo brasileiro ocorrido
essencialmente após a década de 1970. A mecanização e a utilização cada vez maiores de
máquinas no espaço rural do país fizeram com que a demanda por empregos diminuísse cada vez
mais; consequentemente, a dificuldade da população camponesa em se manter no campo foi
aumentando. O êxodo rural é consequência desse processo. Além disso, o pequeno produtor
também encontrou grandes dificuldades em se manter no campo, vendendo suas terras para os
grandes produtores e migrando para as cidades. Esse processo concentrou ainda mais a terra em
uma pequena parte da população rural.
Gabarito: Certo
35.
Para atender, principalmente, ao mercado internacional, adotam-se, nas áreas do bioma
Cerrado, os modelos de ocupação do território e de produção desenvolvidos pelo
agribusiness nos países centrais do capitalismo global, que favorecem a produção em larga
escala, intensiva em tecnologia, a partir dos latossolos de média e alta fertilidade.
Comentários
No Gabarito consta que a assertiva está correta, no entanto, está errada. O erro está em dizer que
o latossolo possui média e alta fertilidade. O Cerrado é composto por diferentes tipos de solos, que
estão relacionados com a questão climática, bem como a formação vegetal e sua formação
geológica. De uma maneira geral, os solos do Cerrado são predominantemente dos Latossolos.
Esse tipo de solo é característico pela sua acidez e baixa fertilidade. De acordo com o site da
Embrapa:
Os latossolos são muito intemperizados, com pequena reserva de nutrientes para as plantas,
representado normalmente por sua baixa a média capacidade de troca de cátions. Mais de 95%
dos latossolos são distróficos e ácidos, com teores de fósforo disponíveis extremamente baixos.
Em geral, são solos com grandes problemas de fertilidade.

O fato de o relevo do Cerrado ser antigo significa que os seus solos foram bastante
trabalhados pelos agentes intempéricos (água, vento, organismosetc). O processo de lixiviação –

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lavagem da camada externa do solo pela água das chuvas – contribui para diminuir a sua
fertilidade ao longo do tempo. Contudo, a ausência de fertilidade dos solos foi resolvida após
estudos e pesquisas em nutrição dos solos feitas pela Embrapa. As técnicas agrícolas adotaram
manejos específicos como a calagem (correção da acidez por meio do calcário), adubos ricos em
potássio, fosfato, fósforo, magnésio, entre outras.
Fonte: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia16/AG01/arvore/AG01_96_10112005101956.html

Gabarito: Errado
36.
As regiões produtivas do agronegócio brasileiro são competitivas no mercado global de
commodities e caracterizadas pela especialização produtiva que atende a parâmetros
internacionais de qualidade e de custos.
Comentários
A posição do Brasil como um dos países da produção global e o crescente aumento de sua
influência no cenário internacional devem-se, em grande medida, à competitividade de suas
exportações. Atualmente o país é o 3º maior exportador do mundo, e elas têm papel crucial na
política econômica do Brasil, em especial porque o saldo comercial positivo representa um
importante fator de equilíbrio da balança de pagamento. Em geral, o bom desempenho da
economia brasileira, dentre os diversos fatores que influem no progresso desses índices, deve-se a
essas exportações de commodities, puxados pela soja (maior produtor e exportador atualmente
desse produto), cana-de-açúcar, milho, café, entre outros. As commodities representam cerca de
65% do volume exportado, enquanto os produtos manufaturados representam os 35% restantes. A
capacidade de preservação de uma estrutura produtiva do país se deve a um diversificado, denso,
complexo e competitivo sistema. Contudo, existem alguns gargalos relacionados à competitividade
dos exportadores, alguns deles: macroeconômicos, infraestruturais, burocráticos, custo de logística
e transporte, acesso a financiamentos para exportação e entraves tributários.
Gabarito: Certo

37. (CESPE - 2017 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


Foi a partir da realização da Conferência Eco 92, da qual resultou o Tratado de Quioto (em
1997), que a busca por energia menos poluente e renovável tornou-se uma prioridade em
alguns países, como a China e o Japão, que passaram a adicionar álcool (etanol anidro) à
gasolina, na busca de diminuir o uso do petróleo e a emissão de monóxido de carbono, um
dos gases responsáveis pelo efeito estufa. A partir daí, iniciou-se uma fase de preocupação
mundial pela proteção ambiental, por meio da criação de políticas e acordos internacionais,
principalmente no que se refere ao aquecimento global.
Lara C.G. Ferreira. As paisagens regionais da microrregião Ceres (GO) – das colônias agrícolas
nacionais ao agronegócio sucroenergético. Brasília, Tese de Doutorado, UnB, 2016.

Tendo o texto anterior como referência inicial e considerando os múltiplos temas por ele
evocados, julgue (C ou E) o item a seguir.

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No Brasil, o setor sucroalcooleiro, além da produção de açúcar e álcool, tem intensificado a


geração de energia a partir da queima da biomassa da cana, o que representa uma
alternativa ao tradicional modelo de energia hidrelétrica.
Comentários
O Brasil é destaque global no uso de biomassas. Entre as fontes para a produção de energia, a
biomassa apresenta grande potencial, e é considerada como uma alternativa viável para a
diversificação da matriz energética do país, em substituição aos combustíveis fósseis, como
petróleo e o carvão mineral. Com uma demanda cada vez maior por energia e com um menor
impacto ambiental, tem sido necessária a obtenção de fontes de energia alternativas, limpas e
renováveis. Entre as matérias-primas utilizadas como fonte de energia, a biomassa tem se
destacado como um produto renovável e com elevado potencial de uso na geração de energia
elétrica. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, biomassa é toda matéria orgânica não
fóssil, de origem animal ou vegetal que pode ser utilizada na produção de calor, seja para uso
térmico industrial, seja para geração de eletricidade e/ou que pode ser transformada em outras
formas de energia sólidas (carvão vegetal, por exemplo) líquidas (etanol, biodiesel) e gasosas.
Nesse contexto, o recente setor sucroenergético vem se destacando como fornecedor da matéria-
prima para produção de etanol, e também pelos produtos secundários gerados no processamento
da cana-de-açúcar.
Fonte: http://www.brasil.gov.br/noticias/infraestrutura/2011/12/brasil-e-destaque-global-no-uso-de-biomassa

Gabarito: Certo

38. (CESPE - 2017 - SEDF - Professor de Educação Básica - Geografia)


No atual período histórico, caracterizado pela forte internacionalização do modo de produção
capitalista, importantes transformações de ordem técnica, política e econômica têm
promovido intensa reestruturação produtiva e regional do Brasil e do mundo. A intensificação
do poder das empresas transnacionais sobre o espaço mundial é uma dessas manifestações.
Iná Elias de Castro. Política pública e conflito no espaço urbano. In: GEOgraphia, ano 18, n. º
36, 2016 (com adaptações).
Considerando esse texto, julgue o item a seguir.
Em contraponto ao processo de modernização produtiva, o setor agropecuário no Brasil
mantém uma estrutura baseada na produção para a exportação sem a agregação de valor,
representada pelo processo parcial ou total de transformação pela indústria nacional.
Comentários
O erro está em dizer que o Brasil mantém uma estrutura baseada na produção para a exportação
SEM A AGREGAÇÃO DE VALOR, o que não é verdade. O que acontece é que a base das exportações
brasileiras é baseada em produtos primários, commodities, como soja e minerais, que em alguns
casos passam por alguma transformação, como no caso das laranjas produzidas no país e que
viram sucos. Contudo, há uma carência de produção de mercadorias com maior valor agregado,
como os que demandam tecnologia. Segundo estudo do IPEA, a perda de competitividade e de

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mercado das exportações brasileiras de produtos com valor agregado se acentuou com a crise
global iniciada em 2008, além da forte participação da China no mercado mundial. Ainda, segundo
o estudo, nos últimos anos, as exportações brasileiras de matérias-primas e insumos básicos
cresceram muito acima daquelas de maior valor agregado dentro da mesma cadeia produtiva. O
Brasil possui uma política industrial e comercial menos pujante do que de outros países em
desenvolvimento, que permita ampliar a escala de produção de bens com maior valor agregado.
Além disso, possui um sistema tributário que onera produtos mais elaborados. Outro aspecto
reside na ausência de ações de política industrial, o que contribui para a manutenção desse
sistema de exportação característico do país, fazendo com que o Brasil continue a ser um
exportador de produtos de menor valor agregado.
Gabarito: Errado

39. (CESPE - 2017 - SEDF - Professor de Educação Básica - Geografia)


Julgue o item a seguir, relativo à interação entre sociedade e natureza.
O Brasil é o país que mais consome agrotóxicos no mundo, o que está relacionado à
contaminação dos solos. Antes de o Brasil assumir essa posição, a China era o maior
consumidor desses produtos.
Comentários
O Brasil lidera o ranking de maior consumidor de agrotóxicos do mundo desde 2008.
Anteriormente, os Estados Unidos ocupavam essa posição,hoje o país ocupa o segundo lugar.
Todos os anos são utilizados cerca de 7,3 litros de agrotóxicos por pessoa no país. Além disso, o
Brasil consome agrotóxicos que já foram proibidos em vários outros países.
O Ministério da Saúde, em seu relatório Nacional de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a
Agrotóxicos, constatou que as vendas aumentaram em 90,5% nos últimos anos, enquanto a área
plantada cresceu apenas 19,5%, ou seja, um crescimento desproporcional, sugerindo uma maior
exposição da população brasileira à contaminação. O glifosato é o agrotóxico mais utilizado no
Brasil, sendo classificado como provavelmente cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisa
em Câncer.

Gabarito: Errado

40. (CESPE - 2016 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


A mundialização não diz respeito apenas às atividades dos grupos empresariais e aos fluxos
comerciais que elas provocam. Inclui também a globalização financeira, que não pode ser
abstraída da lista das forças às quais deve ser imposta a adaptação dos mais fracos e
desguarnecidos.
François Chesnais. A mundialização do capital.São Paulo: Xamã, 1996 (com adaptações).

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Tendo como referência inicial o fragmento de texto apresentado, julgue (C ou E) o item


subsequente.
A agricultura moderna brasileira elabora usos e apropriações da terra com reduzida demanda
de recursos hídricos e maximização da fragmentação do território nacional.
Comentários
A agricultura é a atividade econômica que mais demanda água em todo o planeta, totalizando em
média um montante de 70%de todo o volume de água consumida no planeta, segundo dados da
FAO. Já no Brasil, o valor de consumo é de 72%. Além de mais consumir água, é a atividade que
mais desperdiça água. Ainda segundo a FAO, quase metade de toda a água empregada no campo é
desperdiçada e, caso a redução fosse de 10% do consumo, a quantidade de água seria suficiente
para abastecer duas vezes a população do planeta. E a tendência é de aumento. Segundo
estimativas, em 2025 o consumo será elevado em até 50% nos países em desenvolvimento.
Seguindo a tendência global de consumo, a irrigação é responsável pelo maior consumo de água
no Brasil, segundo a Agência Nacional das Águas (ANA). Ainda, o item traz uma afirmativa sobre a
fragmentação do território nacional, o que também não é verdadeiro. A intenção dos setores é a
de aumentar a integração do processo produtivo, evidenciado inclusive em políticas públicas de
ordenamento do território.
Gabarito: Errado

41. (CESPE - 2015 - MPOG - Geógrafo)


A respeito dos efeitos da reestruturação produtiva no território brasileiro, que ocorreu como
consequência da revolução tecnocientífica informacional, a partir da segunda metade do
século XX, julgue o próximo item.
Fatores como altos custos de transporte, barreiras impostas pela legislação ambiental e
dependência da importação de tecnologias relacionadas à produção agrícola limitaram a
expansão do agronegócio no território do Brasil, que, por sua vez, reorganizou o seu sistema
produtivo agropecuário de maneira superficial, de forma a manter precários o latifúndio e as
relações de trabalho no campo.
Comentários
O agronegócio é responsável por 46% do PIB nacional, impulsionando a economia do Brasil, que
tem como base o setor da agricultura. Outro fator importante de se analisar é o fato de que o
agronegócio é responsável por mais da metade das exportações brasileiras, tendo como principal
produto a exportação de commodities como soja, cana-de-açúcar, milho, café, entre outros
produtos. A produção industrial voltada para atender o mercado da agricultura também é
impulsionada pela crescente demanda no processo de mecanização e modernização do campo
brasileiro. O agrobusiness engloba um conjunto de seguimentos de insumos para a agropecuária
(fertilizantes, medicamentos veterinários, sementes, etc.), produção básica (feita ainda no campo),
agroindústrias (processamento de leite, produtos vegetais) e agrosserviços (unidade de
beneficiamento, prestações de serviço, unidades de comercialização e distribuição, etc.). Nesse
contexto, o agronegócio é responsável pela integração de diversos setores da economia no país,

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que estão diretamente relacionados aos produtos e subprodutos advindos das atividades agrícolas
ou pecuárias. Dentro desse contexto, a questão erra ao dizer que as barreiras impostas pela
legislação ambiental e a dependência da importação de tecnologias relacionadas à produção
agrícola limitaram a expansão do agronegócio, que por sua vez reorganizou o seu sistema
produtivo agropecuário de maneira superficial. Ao contrário, conforme observamos
anteriormente.
Gabarito: Errado

42. (CESPE - 2010 - SEDU-ES - Professor B - Ensino Fundamental e Médio - Geografia)


A respeito das recentes transformações do espaço agroindustrial brasileiro, julgue o item que
se segue.
A agropecuária modernizou-se pela integração ao conjunto da economia, em especial, ao
setor industrial.
Comentários
Após a década de 1950, as atividades agrícolas passaram por profundas transformações que
resultaram na sua modernização, tendo como consequência uma maior produtividade do setor. O
processo ocorreu no Brasil de forma mais intensa após 1970, envolvendo uma série de
procedimentos técnicos com uso de defensivos agrícolas e uma grande presença de máquinas no
campo e, posteriormente, um grande aparato tecnológico provido de variedades de plantas
modificadas geneticamente em laboratórios. São os OGMs – organismos geneticamente
modificados – espécies agrícolas que foram desenvolvidas para alcançar alta produtividade. Todo
esse setor foi beneficiado com o apoio da indústria, integrando no sistema agropecuário com um
forte apoio tecnológico. A integração da agropecuária é o núcleo do sistema agroindustrial,
interligando setores a montante, responsável pelo provimento de insumos, de máquinas e
implementos para a produção agropecuária (indústria para agricultura), com setores a jusante,
responsável pelo processamento, beneficiamento, transformação da produção agropecuária
(agroindústria) e pela distribuição, comercialização, armazenamento e transporte das produções
agropecuárias, além de outros serviços associados ao agronegócio.
Gabarito: Certo

(CESPE - 2015 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


O Brasil, terceira maior potência mundial agropecuária, enfrenta desafios logísticos, de
infraestrutura e legais para continuar a crescer nesse setor, competindo internacionalmente.
No que se refere a esse assunto e aos múltiplos aspectos a ele relacionados, julgue (C ou E) os
itens a seguir.

43.
Denominam-se demandas corporativas os investimentos públicos que, na visão política
nacional, são destinados a superar as deficiências em transporte, conferir competitividade e

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promover o crescimento sustentável do país, a partir do investimento estatal no setor de


logística, considerado área estratégica de segurança nacional.
Comentários
O crescimento econômico nacional se encontra com alguns problemas, muito por conta da
defasada infraestrutura logística brasileira. A pouca eficiência dessa área e a crise atual pela qual o
Brasil passa dificultam o desenvolvimento do país. Muitas empresas e indústrias procuram ofertar
seus produtos e serviços de modo mais rápido, barato e melhor que seus concorrentes, afim de
tornar o mercado mais competitivo. No entanto, para que isso aconteça, exige-se uma boa
infraestrutura dos modais de transporte, com o intuito de otimizar a logística, uma vez que eles
determinam o tempo de entrega e o valor final dos custos da operação dos produtos. Desse modo,
algumas iniciativas estão sendo implementadas por meio do Plano Nacional de Logística e
Transporte (PNLT), que tem como objetivo o melhoramento dos modais, principalmente das
rodovias e ferrovias. A integração do público e do privado (ou seja, governos e empreendedores
estão investindo em novas tecnologias para maior interação da cadeia produtiva) tem auxiliado na
competitividade. Há áreas focadas na otimização da cadeia de suprimentos que atuam para evitar
perdas e melhorar o tempo de resposta e entrega, sem comprometer a qualidade. Contudo, os
modais no panorama nacional necessitam da implementação de melhorias e da promoção da
multimodalidade. Apesar de o nosso país possuir uma extensa malha rodoviária (a 4ª maior do
mundo), ainda estamos longe quando somos comparados com outros países. Além dos desgastes
de muitos pavimentos e o excesso de peso dos caminhões, esse modal tem apenas 12,6% de suas
estradas pavimentadas, o que piora o quadro brasileiro e ainda eleva os custos logísticos de sua
utilização. A precariedade das estradas não oferece segurança e conforto ao transporte. Por outro
lado, a concessão de trechos aos cuidados da iniciativa privada onera ainda mais esse tipo de
transporte, aumentando o custo de frete no transporte da produção.

Gabarito: Certo

44.
O atual modelo de uso do território brasileiro é marcado por uma regulação híbrida, cabendo
tanto à iniciativa privada quanto ao poder público as ações de planejamento e execução de
obras para escoamento da produção, por exemplo.
Comentários
O conceito de regulação que a questão traz não é no sentido de legislar, que é apenas a cargo do
setor público, é em um sentido mais amplo, de ordenar, planejar o território. A parceria entre os
setores públicos e privados tem alcançado resultados satisfatórios no planejamento e na execução
logística para escoamento de produção no país. Segundo estudos, o investimento na logística de
escoamento de safra é em torno de 7% a 9% do custo total de produção. A aplicação de
investimentos em obras estratégicas e o fortalecimento da logística no país são fundamentais para
garantir a competitividade e a expansão da produção de grãos no Brasil. A Parceria Público-
Privada, conhecida como PPP, é uma alternativa encontrada por muitos países na busca de
fomentar investimentos sem comprometer os escassos recursos públicos.

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Gabarito: Certo

45.
Os investimentos em infraestrutura no território brasileiro, incluindo energia elétrica e
transportes, mediante privatizações, concessões de serviços públicos a empresas privadas e
parcerias público-privadas, estão se tornando, gradativamente, um problema para o governo
federal em razão do desinteresse de grandes empresas nesse tipo de negócio.
Comentários
A questão erra em dizer que não há interesses de grandes empresas nas privatizações, concessões
de serviços públicos a empresas privadas e parcerias público-privadas. Ao contrário, as empresas
têm interessenesse tipo de negócio. O Governo Collor foi o primeiro a promover o programa de
privatização do Estado brasileiro, chegando a privatizar 18 empresas públicas brasileiras. O seu
plano, chamado de Programa Nacional de Desestatização, previa 68 privatizações. A maioria das
empresas foi do ramo de siderurgias. No Governo do Itamar, a continuidade foi dada, com
destaque para a Companhia Siderurgia Nacional e a Embraer. No governo de FHC, as privatizações
ganharam força, com destaque para a Vale do Rio Doce, Telebrás, Embratel, entre outras. Nos
outros governos dos anos 2000, as concessões que tomaram destaque. Lula concedeu diversas
rodovias federais, duas hidrelétricas, entre outros. No governo Dilma, foram 7 rodovias e 6
aeroportos, incluindo ferrovias e portos. Apesar da vontade de privatizações, o governo Temer não
teve tempo para as ações. No atual governo Bolsonaro, o mapeamento das estatais para
privatização já foi sinalizado, dentre elas os Correios, a Eletrobras e a CBTU. Fato é que, na história
recente do país, as empresas sempre sinalizaram o interesse nas empresas estatais, principalmente
nos setores importantes como o de hidrelétricas e de petróleo. Empresas chinesas e alemãs já
acenaram para diferentes governos o interesse em comprar algumas hidrelétricas no país, inclusive
muitas delas já estão atuando como parte de empresas que abriram seu capital.
Gabarito: Errado

(CESPE - 2013 - MPU - Analista - Geografia)


Desde o período colonial, o espaço geográfico brasileiro foi transformado e produzido
prioritariamente segundo as necessidades do mercado externo em detrimento da formação
econômica interna. Foi por meio dessa perspectiva colonizadora que, a partir de 1530, as
propriedades rurais se organizaram no Brasil.
Com relação às questões agrária e agrícola no Brasil, julgue os itens.

46.
A partir dos anos 50 do século passado, os países capitalistas desenvolvidos intensificaram o
processo de industrialização da agricultura no mundo subdesenvolvido como parte da
estratégia de revigoramento do capitalismo em âmbito mundial. Esse fato ficou conhecido
como Revolução Verde.

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Comentários
Após a década de 1950, as atividades agrícolas passaram por profundas transformações no
processo que resultou na sua modernização, tendo como consequência uma maior produtividade
do setor. Dentro do contexto de pós-guerra e na guerra fria, os Estados unidos incentivaram a
implementação de mudanças na estrutura fundiária e nas técnicas agrícolas em vários países
desenvolvidos, devido aos avanços e conhecimentos advindos do pós-guerra. O objetivo da
utilização de insumos, segundo os cientistas da época, era tentar erradicar a fome, aumentando a
produção de alimentos, dizimando, assim, a fome nos países subdesenvolvidos por meio de um
conjunto de práticas inovadoras. Esse processo ficou conhecido como Revolução Verde e
aumentou significativamente a produção de alimentos no mundo, contudo a fome não acabou. O
processo no Brasil ocorreu de forma mais intensa após 1970, e envolveu uma série de
procedimentos técnicos com uso de defensivos agrícolas, uma grande presença de máquinas no
campo e um grande aparato tecnológico provido de variedades de plantas modificadas
geneticamente em laboratórios. Os chamados OGMs – organismos geneticamente modificados –
são espécies agrícolas que foram desenvolvidas para alcançar alta produtividade. Todo esse setor
foi beneficiado com o apoio da indústria, integrando-se no sistema agropecuário com um forte
apoio tecnológico.
Gabarito: Certo

47.
A política de terras no Brasil e a existência da escravidão foram fatores favoráveis à imigração
estrangeira.
Comentários
É preciso estar atento ao que se pede: fatores favoráveis à imigração estrangeira no país, o que
não está relacionado à existência da escravidão. No primeiro caso, sim. A política de terras no
Brasil, desde sua colonização com o sistema de capitanias hereditárias, teve como política de
povoamento a partilha de terras por meio dos sistemas de sesmarias. Posteriormente, muitos
imigrantes foram atraídos, principalmente na região sul do país, tendo como incentivo a posse de
uma pequena propriedade. Muitos italianos e alemães vieram para o Brasil nesse período, fruto de
uma política de estado que gerou muitos debates. Outro ponto importante para não errar é o fato
de a questão trazer a escravidão como fator de imigração. Vale lembrar que o negro africano foi
escravizado, ou seja, sua vinda para o país foi de maneira forçada. Pela colocação da questão dá a
entender que esse tipo de migração é considerado o mesmo tipo de deslocamento migratório. O
que não é. Notem que os motivos do primeiro processo migratório não são o mesmo do segundo.
Gabarito: Errado

48.
No Brasil colônia, a terra era parte do patrimônio pessoal do rei, sendo obtida por meio de
doação. Com a lei de terras de 1850, extinguiu-se o regime de posse, contudo, as terras ainda

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foram mantidas como propriedade do Estado e a sua aquisição se dava somente por doação
estatal.

Comentários
A questão erra ao dizer que “as terras ainda foram mantidas como propriedade do Estado e sua
aquisição se dava SOMENTE por doação estatal”. No Brasil, antes da criação da Lei de Terras em
1850, os sesmeiros e posseiros realizavam a apropriação de terras aproveitando-se de brechas
legais que não definiam bem o critério de posse das terras. Mesmo depois da independência, em
1822, alguns projetos de lei tentaram regulamentar e dar uma definição melhor a respeito da
posse da terra. Contudo, foi apenas em 1850 que a Lei de Terras apresentou novos critérios com
relação aos direitos e deveres dos proprietários de terra. Com a lei, nenhuma sesmaria poderia ser
concedida a um proprietário de terras ou seria reconhecida a ocupação por meio da posse livre. As
chamadas terras devolutas só poderiam ser adquiridas por meio da compra junto ao governo, ou
seja, a lei estabeleceu a posse da propriedade apenas por meio da compra. A terra passou a ter um
valor econômico, justo no contexto do fim do tráfico negreiro e consequente política de imigração,
o que dificultou o acesso dessa parcela da sociedade a esse bem.
Gabarito: Errado

49.(Espcex (Aman) 2013)


Nos últimos anos, o Brasil tem realizado um enorme esforço no sentido de ampliar sua
participação no comércio internacional, buscando superar os elevados custos de
deslocamento que dificultam a chegada dos seus produtos aos mercados externos.
Dentre as principais propostas de ação da atual política de transporte no País, pode-se
destacar:
A) a completa substituição do sistema rodoviário, que é mais dispendioso, pelos sistemas
hidroviário e ferroviário.
B) a construção de estações intermodais a fim de permitir a integração dos diferentes meios
de transporte do País.
C) a construção de novas infraestruturas de circulação urbana (pistas expressas, viadutos)
com o propósito de reduzir congestionamentos e valorizar a paisagem urbana das grandes
cidades.
D) a eliminação do transporte de cabotagem com vistas a reduzir os custos portuários e a
intrincada burocracia administrativa.
E) a redução da participação dos investimentos e do controle do setor privado sobre o
transporte rodoviário e sobre o setor portuário a fim de eliminar, por exemplo, os custos com
pedágio.
Comentários

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Na última década, observa-se um crescimento nos investimentos do governo e a criação de PPPs


(Parcerias Público-Privadas) nas áreas de transportes e de logística para melhorar o desempenho
nas exportações, inclusive com a integração de vários modais.
Destacam-se: portos (exemplo: Suape – PE), portos-secos, ferrovias (exemplo: transnordestina) e
rodovias (exemplo: concessões para a iniciativa privada, como a Fernão Dias – SP/MG, Régis
Bittencourt – SP/PR) e hidrovias (exemplo: eclusa da hidrelétrica de Tucuruí – PA). Mesmo assim, o
investimento ainda é insuficiente para suprir as necessidades logísticas da produção brasileira.
Gabarito: B

50. (PUC-RS 2012)


O sistema de transportes é um elemento fundamental para as economias mundiais. Os custos
de deslocamento incidem sobre os custos das matérias-primas e dos produtos finais nos
mercados.
Sobre o sistema de transporte brasileiro, afirma-se:
I. O desenho do sistema de transportes reflete as desigualdades regionais entre a Região
Norte e a Região Sudeste.
II. As rodovias dominam a matriz da rede de transportes, elevando os custos de
deslocamento da produção nacional.
III. O sistema ferroviário apresenta uma malha conservada, com deslocamentos dos trens em
velocidade considerada ideal.
IV. A implantação de hidrovias, como o sistema hidroviário Tietê-Paraná, é uma das
alternativas para diminuir o impacto do valor do transporte no preço final de matérias-
primas.
Estão corretas apenas as afirmativas:
A) I e II.
B) I e III.
C) III e IV.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.
Comentários
I. CORRETO. O sistema de transportes caracteriza a dinâmica econômica do país, fato comprovado
ao se constatar que no Brasil o maior adensamento das redes de transportes encontra-se na parte
centro-sul, em especial, na região Sudeste.
II. CORRETO. Embora nas últimas décadas tenha ocorrido diversificação de investimentos, o modal
predominante no Brasil é o rodoviário, cuja relação entre volume transportado e consumo de
combustível é uma das mais onerosas, quando consideramos as dimensões continentais do país.

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III. INCORRETO. O sistema ferroviário no Brasil sofreu gradativa decadência desde o governo de
Washington Luís, na década de 1930, responsável por iniciar a “Era das Rodovias”, intensificada
após a década de 1950 com o governo JK, que priorizou o modal rodoviário.
IV. CORRETO. A relação entre o volume transportado e o consumo do combustível favorece o
modal hidroviário, cujo valor é menor.
Gabarito: D

51. (FGV 2012)


Analise os gráficos sobre meios de transporte no Brasil.

Comparando os gráficos, pode-se concluir que:


A) sob o aspecto de custo do frete, a diferença entre a matriz I e a II é mínima.
B) a matriz II favorece a economia dos fretes e é menos poluidora que a matriz I.
C) a matriz I emite menos gases poluidores do que a II, que, por sua vez, é mais econômica.
D) ambas oferecem vantagens: a matriz I é mais expandida, e a II garante economia de
combustível.
E) ambas têm pontos positivos: a matriz I, maior capacidade de expansão, e a II permite
maiores velocidades.
Comentários
Com um litro de combustível o transporte rodoviário transporta 25 toneladas; o ferroviário, 125
toneladas; e o hidroviário, 575 toneladas, portanto, a matriz II, por utilizar transportes com menor
consumo de combustível, é menos onerosa e menos poluidora, como citado corretamente na
alternativa [B].
Estão incorretas as alternativas:
[A], pois o custo do frete do transporte rodoviário predominante na matriz I é elevado e, portanto,
a diferença de custo entre as matrizes é expressiva;
[C], pois a matriz II é mais econômica e polui menos;

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[D], pois embora a matriz I seja a mais expandida, ou seja, a predominante no país, ela apresenta
elevados custos de operação e manutenção;
[E], pois a matriz I permite maiores velocidades com o transporte rodoviário.
Gabarito: B

52. (G1 - IFBA 2014)

A análise das figuras e seus conhecimentos sobre o setor de transporte brasileiro permitem
afirmar que:
A) a opção pelo maior investimento nas rodovias se inicia com Juscelino Kubitschek e seu
“plano de metas”.
B) apesar do baixo crescimento, a expansão das ferrovias, entre 1975 e 2005, ocorreu
principalmente na região Norte do país.
C) o modal rodoviário recebeu maior investimento por ser mais vantajoso nos deslocamentos
de longa distância.
D) durante todo o século XX, o Brasil priorizou os investimentos no modal rodoviário,
abandonando o modal ferroviário.
E) entre 1975 e 2005, os investimentos em expansão da malha ferroviária foram similares aos
investimentos em expansão da malha rodoviária.
Comentários
O predomínio do rodoviarismo no Brasil se iniciou com os investimentos em transportes realizados
pelo governo JK.

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Estão incorretas as alternativas:


[B], porque não ocorreu expansão do modal ferroviário no país;
[C], porque o rodoviarismo é mais oneroso;
[D], porque embora não tenha recebido investimentos significativos, o modal ferroviário não foi
abandonado;
[E], porque a malha rodoviária cresceu mais do que a ferroviária.
Gabarito: A

53. (UFSC-2014)

Os cinco trechos mais letais das rodovias federais em 2012


Rodovia Município Número de acidentes Número de mortos
BR 316 Ananindeua (PA) 1.355 32
BR 381 Betim (MG) 1.084 23
BR 101 Serra (ES) 1.209 20
BR 277 Guaraniaçu (PR) 46 20
BR 040 Guaraniaçu (PR) 16 18
Fonte: VEJA, ed. 2333, ano 46, n. 32, p. 101, 7 ago. 2013. [Adaptado]

Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).


01) Infere-se do quadro acima que o maior número de acidentes ocorreu no Agreste, uma das
sub-regiões do Complexo Regional do Nordeste.
02) Nos últimos anos, a frota de motocicletas aumentou consideravelmente. Menos seguras
que os automóveis, elas costumam ser o primeiro veículo motorizado de muitos brasileiros
que ascenderam socialmente, explicando, em parte, o crescimento das estatísticas de mortos
no trânsito.
04) O prefixo BR indica que é uma rodovia de administração federal, ou seja, não pode ser
alvo de privatização nem de cobrança de pedágio.
08) As rodovias BR com prefixo 3 interligam o território brasileiro no sentido Norte-Sul; em
Santa Catarina, a BR 375 estende-se de Florianópolis até Dionísio Cerqueira.
16) Considerando as informações contidas no quadro acima, no conjunto, o maior número de
mortos ocorreu em rodovias federais, em municípios que pertencem ao Complexo Regional
do Centro Sul.
Comentários
[01] INCORRETA. O maior número de acidentes ocorreu no Pará, região Norte do país.
[02] CORRETA. Nos últimos tempos, houve um aumento da frota de motocicletas, explicado em
parte por seu menor valor, que, em princípio, atende a um segmento da população de menor
renda.

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[04] INCORRETA. Embora o prefixo BR indique a condição de rodovia federal, esta pode ser
mantida pela iniciativa privada, o que, no Brasil, ocorre pelo modelo de concessões.
[08] INCORRETA. As rodovias que interligam o país no sentido norte-sul possuem prefixo 1. As
rodovias com prefixo 3 são do tipo diagonais.
[16] CORRETA. Dos cinco trechos mais letais das rodovias, quatro deles estão localizados no
Centro-Sul.
Gabarito: 02 + 16 = 18.

54. (Espcex (Aman) 2014)


Sobre as vias de circulação e suas interferências, no espaço econômico dos países, pode-se
afirmar que:
I. apesar da tendência de forte crescimento do modal rodoviário em países de dimensões
continentais, as ferrovias continuam a deslocar parcela significativa das cargas.
II. os elevados custos de deslocamento por via aérea fazem com que o volume e o valor
monetário das mercadorias transportadas sejam desprezíveis em relação ao transportado
pelos demais modais de transporte.
III. a fim de aumentar a velocidade e reduzir os custos de deslocamento, observa-se que os
sistemas de transporte modernos caracterizam-se pela complementariedade entre os
diferentes modais de transporte.
IV. a rugosidade espacial representada por ferrovias arcaicas, que dão acesso aos portos de
um país, reduz o poder de consumo de sua população.
V. a opção do governo brasileiro pelo transporte rodoviário justifica-se pelo fato de as
ferrovias e hidrovias serem lentas e inadequadas para o transporte de cargas a longas
distâncias.

Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão corretas.


A) II, III e IV.
B) I e II.
C) I, III e IV.
D) II e V.
E) I, III e V.
Comentários
As afirmativas incorretas são:
[II] Em relação aos demais tipos de transporte, o transporte aéreo de cargas é o mais caro,
portanto, o valor das mercadorias fica mais elevado.
[V] As hidrovias e as ferrovias são os sistemas ideais para longas distâncias devido à maior
capacidade de carga e ao menor custo quanto ao consumo de energia e manutenção.

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Gabarito: C

55. (UECE-2014)
A ferrovia norte-sul é uma obra que tem o objetivo de ampliar a capacidade de escoamento
da produção de mercadorias no Brasil. Sobre esta obra estratégica, analise as afirmações a
seguir.
I. Apresenta-se como uma alternativa mais econômica para o transporte de mercadorias e
cargas de longa distância.
II. Algumas das principais mercadorias a serem transportadas são: derivados de petróleo,
cimento, grãos, açúcar e álcool.
III. Interligará os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Tocantins, Maranhão e
Roraima, integrando o país inteiro a uma rede de logística.
É correto o que se afirma apenas em:
A) I.
B) III.
C) II e III.
D) I e II.
Comentários
[I] CORRETA – Com a ferrovia Norte-Sul, ocorrerá integração entre produção e escoamento de
áreas do Centro-Oeste ao Sudeste brasileiro, com o objetivo de reduzir os custos com transporte.
[II] CORRETA – A ferrovia será responsável pelo transporte de commodities e semimanufaturados.
[III] INCORRETA – A ferrovia liga as cidades de Estrela d´Oeste, em São Paulo, a Porto Nacional, no
estado do Tocantins, mas, diferente do que diz a afirmativa, não estará interligada ao estado de
Roraima.
Gabarito: D

1. (VUNESP - PM-SP - Aluno Oficial / 2019)


Leia o texto que descreve a organização de parte do espaço brasileiro nas décadas de 1970 e
1980.
No imaginário coletivo de novos investimentos e empresários do Centro-Sul, vislumbrava-se a
perspectiva de novos investimentos e a expansão de suas atividades. No horizonte camponês,

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as vítimas da seca do sertão nordestino e os expropriados pelo então recente processo de


mecanização das lavouras do Sul – avistavam um pedaço de terra e o recomeço da vida. O
movimento migratório rumo ao “Eldorado” atinge proporções consideráveis e faz brotar
cidades no “meio do nada”.
(Daniel Monteiro Huertas, in http://www.teses.usp.br/ Acesso em 25.04.2019. Adaptado)

O texto descreve:
A) a ocupação das áreas de cerrado no Matopiba.
B) a expansão da fronteira agrícola na Amazônia.
C) a integração do Pantanal às pastagens naturais do Centro-Oeste.
D) a penetração da agricultura familiar na zona da mata nordestina.
E) o avanço das lavouras canavieiras às margens da Belém-Brasília.

2.(VUNESP - Soldado - PM-SP / 2019)


Para superar os Estados Unidos e se tornar o principal produtor do mundo, o Brasil expandiu
por anos as lavouras destinadas ao produto. Só entre 2000 e 2014, a área destinada a plantar
essa commodity no interior do País – em estados como Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão –
cresceu 87%. Boa parte dela abrigava vegetação nativa, originalmente.
(https://super.abril.com.br/tecnologia/o-avanco -mapeado-pela-nasa/ Acesso em
18.05.2019. Adaptado)
O texto descreve a expansão da produção:
A) do milho pela caatinga.
B) do cacau pela floresta amazônica.
C) da cana de açúcar pela mata atlântica.
D) do café pela mata atlântica.
E) da soja pelo cerrado.
3. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2018)
O agronegócio centrado na fruticultura surgiu timidamente, à sombra da agroindústria, e
tomou um grande impulso em meados dos anos de 1980 com a estruturação de uma base
para exportação. A partir desse período, as frutas produzidas no Polo irrigado tiveram uma
trajetória ascendente com pequenas variações no volume exportado em função da
instabilidade das políticas cambiais e do próprio mercado externo, até meados dos anos de
1990. Entretanto, é a partir de 1997 que essa tendência se consolida e a participação das
principais frutas produzidas voltadas para mercado externo (uva e manga) passa a contribuir
com 90% do volume das exportações do país.

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(http://www.eng2016.agb.org.br. Acesso em 06.09.2018. Adaptado)


O texto se refere à consolidação do agronegócio:
A) no sopé da Chapada Diamantina.
B) no médio vale do rio São Francisco.
C) nos topos do planalto da Borborema.
D) nas vertentes da serra da Canastra.
E) no baixo vale do rio Parnaíba.

4. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2017)


Fronteira Agrícola é uma expressão utilizada para designar o avanço da produção
agropecuária sobre áreas com baixa ocupação demográfica. Atualmente, esse avanço ocorre
com:
A) as madeireiras atuando no desmatamento para, em seguida, ocorrer os assentamentos
geralmente formados por pequenas propriedades.
B) a ocupação de áreas despovoadas por migrantes que são atraídos pelo baixo preço das
terras, tornadas produtivas pela agricultura familiar.
C) a expansão do moderno agronegócio, mas também pelo aumento dos conflitos pela posse
de terras envolvendo posseiros e grileiros.
D) a substituição de cultivos de subsistência e criação extensiva de gado por atividades
modernas que incorporam grande quantidade de mão de obra.
E) a participação crescente de grandes grupos internacionais interessados na produção de
alimentos para abastecer o mercado mundial.

5. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2016)


Considere o gráfico.

Considerando a proporção de terras que ocupa, a agricultura familiar:

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A) emprega reduzido número de trabalhadores para a produção.


B) é realizada em grandes e médias propriedades rurais.
C) apresenta elevado nível tecnológico, responsável pela grande produtividade.
D) tem sido responsabilizada pelo forte êxodo rural, devido ao fraco desempenho.
E) é a principal responsável pela produção de gêneros alimentícios para o mercado interno.

6. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2015)


A questão está relacionada ao mapa apresentado a seguir.

O produto destacado no mapa é:


A) o milho que ocupa grandes extensões do interior brasileiro, e é o principal produto de
exportação da agricultura familiar.
B) a cana-de-açúcar que tem se interiorizado como parte da política de instalação de novas
usinas destinadas à produção de etanol.
C) o algodão que se tornou um produto agrícola muito atrativo para o agronegócio devido à
sua forte valorização no mercado mundial.
D) o café que, após esgotar as terras roxas do Sudeste e Sul do país, passou a ser cultivado
nas terras de cerrado e livres de geadas.
E) a soja que, além de ocupar grandes áreas do Brasil central, tem se expandido por áreas
antes cobertas pelo cerrado, no Nordeste.

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7. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2010)


Analise o texto e os gráficos, nos quais está representada a posição do Brasil em relação à
produção mundial de produtos selecionados, em 2007. Espaço, calor e água, empresários,
investimentos, pesquisa, inovação, ausência de reforma agrária e formação qualificada
permitiram um desenvolvimento considerável do agronegócio brasileiro. O país encontra-se
entre os principais produtores (laranja, açúcar, café, tabaco, frango, carne bovina e milho) e
exportadores (4,6% das exportações mundiais de produtos alimentícios).

Considerando o texto e os gráficos, é possível afirmar que:


I. Os resultados do agronegócio brasileiro demonstram a importância das regiões
agropecuárias do Sudeste e do Sul do país.
II. A produção de culturas temporárias (laranja e café) vinculadas à agroindústria tem
aumentado, principalmente na região Norte do país.
III. Houve avanço da frente pioneira, transformando áreas vegetadas em terras agrícolas, com
substituição de áreas de cerrado e da floresta amazônica pela pecuária e cultivo de soja.
IV. O dinamismo da agricultura brasileira não está associado à mobilidade territorial e à
conquista de novas terras agrícolas.

Estão corretas apenas as alternativas


A) II e III.
B) I e II.
C) III e IV.
D) I e III.

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E) II e IV.

8. (VUNESP 2017 – Soldado PM 2ª Classe)


Observe o gráfico para responder à questão.

A leitura do gráfico e os conhecimentos sobre as atividades econômicas brasileiras permitem


afirmar que, no título do gráfico, o “X” deve ser substituído por:
A) grãos.
B) automóveis.
C) cana-de-açúcar.
D) aço.
E) café.

9. (VUNESP 2013 – Soldado PM 2ª Classe)


A questão está relacionada com o mapa apresentado a seguir.

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Sobre as áreas aptas para a cultura canavieira, é correto afirmar que:


A) apresentam grande deficiência de água.
B) são extensas planícies inundáveis nos meses chuvosos.
C) mantiveram as paisagens vegetais inalteradas.
D) apresentam predomínio de clima semiárido.
E) eram originalmente recobertas por florestas e cerrado.

10. (VUNESP 2012 – Soldado PM 2ª Classe)


Nos últimos 20 anos, os níveis tecnológicos alcançados pelos produtores rurais brasileiros
atingiram patamares expressivos que podem ser mensurados pelo aumento da produtividade
no campo. Isso explica, por exemplo, o fato de o Brasil ter conseguido dobrar a produção de
grãos com a mesma área plantada.
Hoje o agronegócio, entendido como a soma dos setores produtivos com os de
processamento do produto final e os de fabricação de insumos, responde por quase um terço
do PIB do Brasil e por valor semelhante das exportações totais do país.
(http ://www.uff.br/ Adaptado)
I. A soja foi uma das principais responsáveis pelo crescimento do agronegócio no país.

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II. O crescimento das atividades no campo só foi possível graças à redistribuição das terras
que deixaram de ser concentradas.
III. As propriedades familiares que cultivaram cana-de-açúcar foram as que apresentaram
maior nível de rentabilidade no campo brasileiro.

Com relação ao texto, está correto o contido apenas em:


A) l.
B) I e II.
C) I e III.
D) II.
E) II e III.

11. (VUNESP 2008 – Soldado PM 2ª Classe)


Em 1978, 150 mil quilômetros quadrados da floresta amazônica tinham sido desmatados.
Cerca de 30 anos depois, a área saltou para 700 mil, ou seja, o equivalente a 3 vezes a área do
estado de São Paulo. É importante lembrar que a cada 10 segundos, uma área equivalente ao
estádio de futebol do Maracanã é desmatada. Entre as principais causas do desmatamento,
podem-se citar:
A) o crescimento das cidades e a exploração da borracha.
B) a ação dos posseiros e a expansão de aeroportos clandestinos.
C) o trabalho das madeireiras e a expansão urbana.
D) a expansão da pecuária e a dos cultivos, como a soja.
E) a exploração da castanha-do-pará e a agricultura de subsistência.

12. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2011)


O Comitê Organizador Local e a Fifa escolheram doze cidades-sede brasileiras para sediar a
Copa do Mundo de 2014. São elas: Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG),
Fortaleza (CE), Manaus (AM), Cuiabá (MT), São Lourenço da Mata (PE), Porto Alegre (RS),
Salvador (BA), São Paulo (SP), Natal (RN) e Curitiba (PR). A reportagem intitulada “Prontos
para a Copa de 2038” traz as seguintes considerações: Ainda pior do que os estádios...
Nuvens negras rondam os aeroportos brasileiros. Apenas seis dos treze terminais localizados
nas regiões que receberão jogos da copa começaram a ser reformados. O projeto mais
portentoso – e um dos mais atrasados – é a construção do terceiro terminal do aeroporto de
Guarulhos (SP), obra crucial para o sucesso do torneio. Será por lá que a maior parte dos
turistas chegará ao país. E será a partir daquela pista que eles levantarão voo rumo a outros
estados. No aeroporto do Galeão (RJ), a reforma está orçada em 687 milhões de reais. Dessa

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quantia, foram liberados 64 milhões desde 2008, quando começaram as obras. Nesse ritmo
de execução orçamentária, o terminal só ficará pronto vinte anos depois... E, para piorar, um
dos casos mais eloquentes é o aeroporto de Confins, em Belo Horizonte (MG). Suas obras de
reforma nem sequer começaram...
(Veja, 25 de maio de 2011. Adaptado.)

Considerando a necessidade de maior ou menor investimento nos aeroportos brasileiros, é


possível afirmar que:
A) maior atenção deverá ser dada aos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.
B) menor atenção deverá ser dada aos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Confins.
C) menor atenção deverá ser dada aos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
D) maior atenção deverá ser dada aos doze aeroportos das cidades-sede.
E) menor atenção deverá ser dada aos doze aeroportos das cidades-sede.

13. (IDECAN - 2015 - Colégio Pedro II - Professor - Geografia)


O trecho da reportagem retrata um conflito comum no espaço agrário brasileiro.
A comunidade Guarani Kaiowá mais ameaçada do momento, o tekohaApyka'i, no município
de Dourados (MS), poderá enfrentar mais uma reintegração de posse.
Uma nova manobra judicial garantiu que uma decisão ‒ já cumprida ‒ da Justiça Federal de
2009, em favor (...) proprietário da Fazenda Serrana, fosse, mais uma vez, utilizada contra os
indígenas.
Agora, os Kaiowá têm 30 dias para sair do local, onde estão acampados desde setembro de
2012. O prazo para o despejo passa a contar a partir desta segunda-feira, 27. A liderança da
comunidade, Damiana, reafirma que os indígenas não sairão da terra.
(Disponível em: http://www.brasildefato.com.br/node/27250. Publicada em: 28/01/2014.
Acesso em: 28/09/2014.)

Considerando as características da região mencionada no texto, assinale a alternativa que


melhor apresenta uma causa e uma consequência do problema retratado.
A) O avanço da agricultura de cana‐de‐açúcar para a produção de biocombustíveis e o
comprometimento do modo de vida indígena.
B) O avanço das áreas de pasto para a pecuária intensiva leiteira e o assassinato frequente de
lideranças indígenas.
C) O interesse dos proprietários em expandir a produção de laranja e a alta mortalidade
infantil da população indígena.

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D) O avanço das grandes fazendas produtoras de café e a precarização das condições da mão
de obra indígena nas lavouras.

14. (CESPE - 2017 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


O Brasil é, na América Latina, um dos países que mais reorganizou sua atividade agropecuária
desde meados do século XX. Desde então, a reestruturação produtiva da agricultura brasileira
tem-se norteado pela racionalidade com funcionamento regulado pelas relações de produção
e distribuição globalizadas, direcionando-se, cada vez mais, ao atendimento da crescente
demanda do mercado urbano interno e à produção de commodities para a exportação, in
natura ou após passarem por algum tipo de transformação industrial, o que aumenta seu
valor agregado.
Denise Elias. Globalização, agricultura e urbanização no Brasil. Internet: (com adaptações).

Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca
da estruturação e do funcionamento do agronegócio no Brasil.
A expansão da moderna agricultura nos biomas Cerrado e Amazônia tem-se constituído a
partir de reduzidos fluxos migratórios em direção às pequenas e médias cidades dessas
regiões e de poucos conflitos no campo, uma vez que a mecanização excessiva das atividades
agrárias gera poucos empregos tanto no campo quanto na cidade.

15. (ADVISE - 2013 - Prefeitura de Ivorá - RS - Professor - Séries Iniciais)


Sabemos que a Reforma agrária no Brasil tem sido alvo de grandes manifestações a favor de
agricultores desprovidos de terras para plantar. Entre essas manifestações, muitas delas são
promovidas por movimentos que se agrupam para reivindicar terras ao Governo. Assinale a
alternativa abaixo que indica um movimento criado com o propósito de reivindicar terras
para agricultores que não tem onde plantar.
A) Movimento dos Sem Teto
B) Movimento dos Sem Terras
C) Movimento dos Sem Emprego
D) Movimento de Libertação dos Sem Terras
E) Movimento dos Agricultores Aposentados

16. (FCC - 2016 - SEDU-ES - Professor - Geografia)


Novos estudos sobre o campo brasileiro estão sendo reunidos em um Atlas da Terra que, de
modo geral, não apresentará grandes novidades, pois
A) as médias propriedades ocupam menos de 10% das terras agrícolas.

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B) os minifúndios passaram a representar 40% da área agrícola do país.


C) as pequenas propriedades têm menor peso relativo que os minifúndios.
D) as terras indígenas somam cerca de 30% do território nacional.
E) a última década se caracterizou por nova concentração de terras.

17. (FCC - 2012 - SEE-MG - Professor de Educação Básica - História)


Analise a tabela abaixo.

O desequilíbrio na distribuição de terras demonstrado na tabela pode ser apontado como um


dos responsáveis pela:
A) implantação do capitalismo no campo, que transformou os latifúndios em terras
produtivas e a luta pela reforma agrária em coisa do passado.
B) transformação do latifúndio em grandes empresas rurais produtivas, gerando milhões de
empregos no campo, estimulando o êxodo urbano.
C) superação do antigo “modelo” brasileiro de reforma agrária, encerrando o ciclo de
distributivismo equitativo de terras improdutivas no país.
D) expulsão da população do campo e sua concentração nas grandes cidades, provocando a
favelização e o “inchaço” da periferia urbana.

18. (FGV - 2014 - SEDUC-AM - Professor - Geografia)


“A Comissão Pastoral da Terra documenta, desde a década de 1980, as ocorrências de
conflitos e violências no campo brasileiro, cujos dados são publicados desde 1984 no
“Caderno conflitos no campo”. Paralelamente aos dados, a pastoral ligada à igreja católica
também publica manifestos e relatos de diversos casos de violência contra a pessoa, posse e
propriedade de camponeses e trabalhadores rurais. Os relatos e fotos que retratam a
barbárie no campo brasileiro mostram uma população pobre, submetida a toda sorte de
privação e exploração (...)”

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(Girardi, Eduardo Paulon. A violência no campo. In Atlas da Questão Agrária Brasileira.


Disponível em http://www2.fct.unesp.br/nera/atlas/violencia.htm)

De acordo com o mapa, os casos registrados de violência no campo se concentram:


A) em regiões onde há o predomínio de pequenas propriedades de agricultura familiar.
B) em regiões de agricultura moderna integradas ao mercado externo.
C) em regiões onde os movimentos socioterritoriais são mais atuantes.
D) em regiões de vastas terras disponíveis cobertas por florestas.
E) em regiões de maior concentração de infraestrutura de transportes.

19. (FGV - 2014 - SEDUC-AM - Professor - Geografia)


“Principalmente a partir da II Guerra Mundial (1939-1945), o Brasil modernizou o processo
produtivo da agricultura, com a incorporação de máquinas e implementos agrícolas, e
também passou a usar adubos sintéticos e agrotóxicos em suas lavouras. Isso tornou o setor
agrícola mais dependente dos setores urbano e industrial, que fornecem as máquinas e os
produtos químicos que os produtores rurais utilizam.”
(Marafon, Glaucio José. O desencanto da terra: produção de alimentos, ambiente e
sociedade. Rio de Janeiro: Garamond, 2011.)

Assinale a opção que indica uma das consequências do processo descrito no fragmento
acima.
A) O aumento da concentração fundiária.
B) A expansão da área destinada à produção de alimentos.
C) A diminuição da erosão dos solos.

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D) A redução do emprego de trabalhadores temporários.


E) A fixação de uma nova fronteira agrícola.

20. (CESPE - 2013 - MPU - Analista - Geografia)


Desde o período colonial, o espaço geográfico brasileiro foi transformado e produzido
prioritariamente segundo as necessidades do mercado externo em detrimento da formação
econômica interna. Foi por meio dessa perspectiva colonizadora que, a partir de 1530, as
propriedades rurais se organizaram no Brasil.
Com relação às questões agrária e agrícola no Brasil, julgue o item.
Ao longo da história fundiária brasileira, ocorreram diversas manifestações, movimentos,
revoltas e pressões de trabalhadores rurais pelo acesso à terra, muitas com ganho de causa.
Esses movimentos sempre foram amplamente divulgados pelas mídias oficiais.

21. (ACAFE - 2008 - PC-SC - Investigador de Polícia)


Leia os versos abaixo do poema “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto.
“Essa cova em que estás / Com palmos medida.
É a conta menor / que tiraste em vida.
É de bom tamanho / Nem largo nem fundo,
É a parte que te cabe / deste latifúndio.”

A realidade agrária brasileira, em parte, está descrita nos versos acima. Assinale a alternativa
correta sobre essa temática.
A) O latifúndio, dominante em todas as regiões do Brasil, é o resultado de um processo
colonizatório que teve como fundamento o trabalho livre.
B) A concentração da propriedade fundiária rural coloca um grande número de pessoas
desprovidas desse bem fundamental para a sobrevivência, a terra.
C) Atualmente a questão agrária e seus conflitos estão resolvidos nas regiões Sul e Sudeste do
país, estando, ainda, por se resolver no Nordeste e Norte do Brasil.
D) A concentração da propriedade fundiária está relacionada ao desenvolvimento industrial
do Brasil, a partir de meados da década de 50 do século passado.

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22. (FUNCEFET - 2011 - Prefeitura de Nilópolis - RJ - Professor - Geografia)

A partir dessa imagem, pode-se afirmar que:


A) a luta dos trabalhadores rurais sem terra no Brasil é, extremamente, injustificável.
B) o processo de Reforma agrária no Brasil é ineficaz, devido à influência política dos grandes
proprietários de terra.
C) o Brasil possui uma grande concentração de terras (fundiária), sendo que apenas uma
pequena quantidade de proprietários possui grandes extensões de terras.
D) a maior parte das terras improdutivas, no território brasileiro, estão sob a posse de
pequenos produtores rurais que não querem mais se dedicar à produção agrícola

(CESPE - 2008 - SEPLAG-DF - Professor - Geografia)


Hoje, tanto os cinturões quanto as frentes pioneiras revelam que o território brasileiro tem
incorporado muitas das características da chamada revolução agrícola, especialmente nas
culturas de exportação, aquelas que consolidam a divisão territorial do trabalho mundial.
Assim, esses produtos acabam por invadir, com velocidade cada vez maior, áreas antes
destinadasàs produções domésticas.
M. Santos e M. L. Silveira. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de
Janeiro; Record, 2008, p. 120 (com adaptações)
Acerca da evolução da atividade agrícola no país, julgue os itens que se seguem.

23.
Os conflitos pela posse de terra no Brasil revelam uma limitação no quadro natural do país: a
inexistência de solos aptos para a exploração agrícola.

24.
Com a modernização no campo, desapareceram as relações de trabalho calcadas no
arrendamento, na escravidão por dívida e na figura do trabalhador conhecido como bóia-fria.

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25.
No processo de modernização no campo, o pequeno agricultor vê-se excluído da dinâmica
das atividades agrícolas em função do baixo volume de produção por este alcançado.

26. (CESPE - 2010 - MPU - Analista - Geografia)


Com base nos dispositivos legais, julgue o item que se segue, a respeito de licenciamento e
delimitação de APP.
Para regularização fundiária sustentável de área urbana, a intervenção na vegetação ou a sua
supressão em APP pode ser autorizada, pelo órgão ambiental competente, nas áreas
ocupadas por população de baixa renda, predominantemente residenciais e incluídas no
plano de regularização fundiária sustentável do município.

(CESPE - 2018 - ABIN - Oficial de Inteligência)


A respeito da dinâmica do agronegócio brasileiro, julgue os itens que se seguem.

27.
A partir da adoção de políticas públicas de ocupação do território nacional durante o regime
militar, a fronteira agrícola expandiu-se para o Centro-Oeste, que passou a ser visto como
“celeiro do mundo”, destinado à produção de commodities como as do complexo grão carnes
e à agropecuária em larga escala.

28.
A expansão da fronteira agrícola na Amazônia Legal é marcada por conflitos entre assentados
e grandes projetos agropecuários e de mineração e por intensa devastação e desperdício dos
recursos naturais e da biodiversidade, o que compromete o futuro da região.

29. (CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência)


Julgue o item subsequente a respeito da evolução da estrutura fundiária rural e dos
movimentos demográficos no território brasileiro.

A agricultura científica e o agronegócio têm impacto direto na concentração fundiária e no


mercado de trabalho no campo, pois as empresas agrícolas compram ou arrendam vastas
extensões de terra para o cultivo e geram empregos especializados, impondo novas relações
de trabalho para os agricultores que não têm condições técnicas e financeiras para competir
com esse modelo de agricultura.

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30. (CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência)


Julgue o item subsequente a respeito da evolução da estrutura fundiária rural e dos
movimentos demográficos no território brasileiro.
A internacionalização da agropecuária brasileira ainda é totalmente dependente de
investimentos de conglomerados e empresas estrangeiras que compram empresas nacionais
do setor e terras para cultivo.

31. (CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência)


Com referência à divisão inter-regional do trabalho e da produção no Brasil, julgue o item a
seguir.
As atividades corporativas de empresas nacionais e internacionais (produção, circulação,
distribuição e consumo) integram partes expressivas do território brasileiro, por meio de
redes de infraestruturas, de informação e comunicação.

32. (CESPE - 2013 - SEDUC-CE - Professor Pleno I - Geografia)


Entende-se por fronteira agrícola moderna a ocupação de áreas para as atividades agrícolas
com alto conteúdo tecnológico e organizacional, em substituição à pecuária extensiva, às
formas tradicionais de cultura e(ou) à cobertura vegetal original. Atualmente, a área ocupada
pela fronteira agrícola moderna coincide, proximamente, à área de abrangência do chamado
polígono dos solos ácidos, que ocupa a maior parte da região Centro-Oeste, parte do estado
de Minas Gerais e do Tocantins, bem como algumas regiões do Nordeste.
S. Frederico. Gênese e consolidação da rede urbana na região de fronteira agrícola moderna.
In: E. Costa e R. Oliveira. As cidades entre o real e o imaginário: estudos no Brasil (com
adaptações).
Ainda com relação à fronteira agrícola moderna, é correto afirmar que a construção de
Brasília possibilitou:
A) a concentração da maior parcela da produção agrícola no centro-norte do país, a partir da
década de 70 do século XX.
B) a formação de uma rede urbana brasileira sustentada por novas relações de trabalho
advindas do contato entre o campo e a cidade, a partir da década de 70 do século XX.
C) a construção de ferrovias para o escoamento da produção.
D) a integração nacional por meio da navegação de cabotagem.
E) a transformação do Centro-Oeste em centro decisório econômico relativo à exportação da
produção agrícola.

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33. (CESPE - 2013 - SEDUC-CE - Professor Pleno I - Geografia)


Entende-se por fronteira agrícola moderna a ocupação de áreas para as atividades agrícolas
com alto conteúdo tecnológico e organizacional, em substituição à pecuária extensiva, às
formas tradicionais de cultura e(ou) à cobertura vegetal original. Atualmente, a área ocupada
pela fronteira agrícola moderna coincide, proximamente, à área de abrangência do chamado
polígono dos solos ácidos, que ocupa a maior parte da região Centro-Oeste, parte do estado
de Minas Gerais e do Tocantins, bem como algumas regiões do Nordeste.
S. Frederico. Gênese e consolidação da rede urbana na região de fronteira agrícola moderna.
In: E. Costa e R. Oliveira. As cidades entre o real e o imaginário: estudos no Brasil (com
adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial, e considerando os múltiplos aspectos que ele
suscita, assinale a opção correta.
A) Com o avanço da fronteira agrícola moderna, emergiram novas cidades brasileiras, nas
quais passou a ocorrer uma inversão: o campo tornou-se menos funcional para as cidades e
as cidades tornaram-se funcionais para o campo.
B) A fronteira agrícola moderna se configurou mais intensamente em São Paulo que nos
demais estados.
C) Entre os serviços ofertados pelas cidades do agronegócio, destaca-se a comercialização dos
grãos realizada pelos escritórios comerciais importadores das grandes empresas (tradings).
D) A difusão do meio técnico científico-informacional, em determinadas regiões de fronteira
agrícola moderna, propiciou que ações e objetos agregassem valor fundamentado no
desenvolvimento da ciência e da informação, contudo essa difusão não favoreceu a
proliferação de serviços com múltiplas especializações.
E) No caso da região pantaneira brasileira, a integração territorial promovida pela construção
das rodovias, associada à inexistência de heranças territoriais de grande monta, facilitou a
rápida difusão da agricultura moderna nessa área.

(CESPE - 2017 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


O Brasil é, na América Latina, um dos países que mais reorganizou sua atividade agropecuária
desde meados do século XX. Desde então, a reestruturação produtiva da agricultura brasileira
tem-se norteado pela racionalidade com funcionamento regulado pelas relações de produção
e distribuição globalizadas, direcionando-se, cada vez mais, ao atendimento da crescente
demanda do mercado urbano interno e à produção de commodities para a exportação, in
natura ou após passarem por algum tipo de transformação industrial, o que aumenta seu
valor agregado.
Denise Elias. Globalização, agricultura e urbanização no Brasil. Internet: (com adaptações).

Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue (C ou E) os itens seguintes,
acerca da estruturação e do funcionamento do agronegócio no Brasil.

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34.
Característica marcante do atual período da agricultura brasileira é a ocupação de milhões de
hectares de cerrado pela agricultura moderna globalizada, ao mesmo tempo em que se
aprofundam a divisão territorial do trabalho, os conflitos envolvendo povos e comunidades
tradicionais, o uso intensivo dos recursos naturais e a perda de biodiversidade.

35.
Para atender, principalmente, ao mercado internacional, adotam-se, nas áreas do bioma
Cerrado, os modelos de ocupação do território e de produção desenvolvidos pelo
agribusiness nos países centrais do capitalismo global, que favorecem a produção em larga
escala, intensiva em tecnologia, a partir dos latossolos de média e alta fertilidade.

36.
As regiões produtivas do agronegócio brasileiro são competitivas no mercado global de
commodities e caracterizadas pela especialização produtiva que atende a parâmetros
internacionais de qualidade e de custos.

37. (CESPE - 2017 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


Foi a partir da realização da Conferência Eco 92, da qual resultou o Tratado de Quioto (em
1997), que a busca por energia menos poluente e renovável tornou-se uma prioridade em
alguns países, como a China e o Japão, que passaram a adicionar álcool (etanol anidro) à
gasolina, na busca de diminuir o uso do petróleo e a emissão de monóxido de carbono, um
dos gases responsáveis pelo efeito estufa. A partir daí, iniciou-se uma fase de preocupação
mundial pela proteção ambiental, por meio da criação de políticas e acordos internacionais,
principalmente no que se refere ao aquecimento global.
Lara C.G. Ferreira. As paisagens regionais da microrregião Ceres (GO) – das colônias agrícolas
nacionais ao agronegócio sucroenergético. Brasília, Tese de Doutorado, UnB, 2016.

Tendo o texto anterior como referência inicial e considerando os múltiplos temas por ele
evocados, julgue (C ou E) o item a seguir.
No Brasil, o setor sucroalcooleiro, além da produção de açúcar e álcool, tem intensificado a
geração de energia a partir da queima da biomassa da cana, o que representa uma
alternativa ao tradicional modelo de energia hidrelétrica.

38. (CESPE - 2017 - SEDF - Professor de Educação Básica - Geografia)


No atual período histórico, caracterizado pela forte internacionalização do modo de produção
capitalista, importantes transformações de ordem técnica, política e econômica têm

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promovido intensa reestruturação produtiva e regional do Brasil e do mundo. A intensificação


do poder das empresas transnacionais sobre o espaço mundial é uma dessas manifestações.
Iná Elias de Castro. Política pública e conflito no espaço urbano. In: GEOgraphia, ano 18, n. º
36, 2016 (com adaptações).
Considerando esse texto, julgue o item a seguir.
Em contraponto ao processo de modernização produtiva, o setor agropecuário no Brasil
mantém uma estrutura baseada na produção para a exportação sem a agregação de valor,
representada pelo processo parcial ou total de transformação pela indústria nacional.

39. (CESPE - 2017 - SEDF - Professor de Educação Básica - Geografia)


Julgue o item a seguir, relativo à interação entre sociedade e natureza.
O Brasil é o país que mais consome agrotóxicos no mundo, o que está relacionado à
contaminação dos solos. Antes de o Brasil assumir essa posição, a China era o maior
consumidor desses produtos.

40. (CESPE - 2016 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


A mundialização não diz respeito apenas às atividades dos grupos empresariais e aos fluxos
comerciais que elas provocam. Inclui também a globalização financeira, que não pode ser
abstraída da lista das forças às quais deve ser imposta a adaptação dos mais fracos e
desguarnecidos.
François Chesnais. A mundialização do capital.São Paulo: Xamã, 1996 (com adaptações).

Tendo como referência inicial o fragmento de texto apresentado, julgue (C ou E) o item


subsequente.
A agricultura moderna brasileira elabora usos e apropriações da terra com reduzida demanda
de recursos hídricos e maximização da fragmentação do território nacional.

41. (CESPE - 2015 - MPOG - Geógrafo)


A respeito dos efeitos da reestruturação produtiva no território brasileiro, que ocorreu como
consequência da revolução tecnocientífica informacional, a partir da segunda metade do
século XX, julgue o próximo item.
Fatores como altos custos de transporte, barreiras impostas pela legislação ambiental e
dependência da importação de tecnologias relacionadas à produção agrícola limitaram a
expansão do agronegócio no território do Brasil, que, por sua vez, reorganizou o seu sistema
produtivo agropecuário de maneira superficial, de forma a manter precários o latifúndio e as
relações de trabalho no campo.

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42. (CESPE - 2010 - SEDU-ES - Professor B - Ensino Fundamental e Médio - Geografia)


A respeito das recentes transformações do espaço agroindustrial brasileiro, julgue o item que
se segue.
A agropecuária modernizou-se pela integração ao conjunto da economia, em especial, ao
setor industrial.

(CESPE - 2015 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


O Brasil, terceira maior potência mundial agropecuária, enfrenta desafios logísticos, de
infraestrutura e legais para continuar a crescer nesse setor, competindo internacionalmente.
No que se refere a esse assunto e aos múltiplos aspectos a ele relacionados, julgue (C ou E) os
itens a seguir.

43.
Denominam-se demandas corporativas os investimentos públicos que, na visão política
nacional, são destinados a superar as deficiências em transporte, conferir competitividade e
promover o crescimento sustentável do país, a partir do investimento estatal no setor de
logística, considerado área estratégica de segurança nacional.

44.
O atual modelo de uso do território brasileiro é marcado por uma regulação híbrida, cabendo
tanto à iniciativa privada quanto ao poder público as ações de planejamento e execução de
obras para escoamento da produção, por exemplo.

45.
Os investimentos em infraestrutura no território brasileiro, incluindo energia elétrica e
transportes, mediante privatizações, concessões de serviços públicos a empresas privadas e
parcerias público-privadas, estão se tornando, gradativamente, um problema para o governo
federal em razão do desinteresse de grandes empresas nesse tipo de negócio.

(CESPE - 2013 - MPU - Analista - Geografia)


Desde o período colonial, o espaço geográfico brasileiro foi transformado e produzido
prioritariamente segundo as necessidades do mercado externo em detrimento da formação
econômica interna. Foi por meio dessa perspectiva colonizadora que, a partir de 1530, as
propriedades rurais se organizaram no Brasil.
Com relação às questões agrária e agrícola no Brasil, julgue os itens.

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46.
A partir dos anos 50 do século passado, os países capitalistas desenvolvidos intensificaram o
processo de industrialização da agricultura no mundo subdesenvolvido como parte da
estratégia de revigoramento do capitalismo em âmbito mundial. Esse fato ficou conhecido
como Revolução Verde.

47.
A política de terras no Brasil e a existência da escravidão foram fatores favoráveis à imigração
estrangeira.

48.
No Brasil colônia, a terra era parte do patrimônio pessoal do rei, sendo obtida por meio de
doação. Com a lei de terras de 1850, extinguiu-se o regime de posse, contudo, as terras ainda
foram mantidas como propriedade do Estado e a sua aquisição se dava somente por doação
estatal.

49.(Espcex (Aman) 2013)


Nos últimos anos, o Brasil tem realizado um enorme esforço no sentido de ampliar sua
participação no comércio internacional, buscando superar os elevados custos de
deslocamento que dificultam a chegada dos seus produtos aos mercados externos.
Dentre as principais propostas de ação da atual política de transporte no País, pode-se
destacar:
A) a completa substituição do sistema rodoviário, que é mais dispendioso, pelos sistemas
hidroviário e ferroviário.
B) a construção de estações intermodais a fim de permitir a integração dos diferentes meios
de transporte do País.
C) a construção de novas infraestruturas de circulação urbana (pistas expressas, viadutos)
com o propósito de reduzir congestionamentos e valorizar a paisagem urbana das grandes
cidades.
D) a eliminação do transporte de cabotagem com vistas a reduzir os custos portuários e a
intrincada burocracia administrativa.
E) a redução da participação dos investimentos e do controle do setor privado sobre o
transporte rodoviário e sobre o setor portuário a fim de eliminar, por exemplo, os custos com
pedágio.

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50. (Pucrs 2012)


O sistema de transportes é um elemento fundamental para as economias mundiais. Os custos
de deslocamento incidem sobre os custos das matérias-primas e dos produtos finais nos
mercados.
Sobre o sistema de transporte brasileiro, afirma-se:
I. O desenho do sistema de transportes reflete as desigualdades regionais entre a Região
Norte e a Região Sudeste.
II. As rodovias dominam a matriz da rede de transportes, elevando os custos de
deslocamento da produção nacional.
III. O sistema ferroviário apresenta uma malha conservada, com deslocamentos dos trens em
velocidade considerada ideal.
IV. A implantação de hidrovias, como o sistema hidroviário Tietê-Paraná, é uma das
alternativas para diminuir o impacto do valor do transporte no preço final de matérias-
primas.

Estão corretas apenas as afirmativas:


A) I e II.
B) I e III.
C) III e IV.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.

51. (Fgv 2012)


Analise os gráficos sobre meios de transporte no Brasil.

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Comparando os gráficos, pode-se concluir que:


A) sob o aspecto de custo do frete, a diferença entre a matriz I e a II é mínima.
B) a matriz II favorece a economia dos fretes e é menos poluidora que a matriz I.
C) a matriz I emite menos gases poluidores do que a II, que, por sua vez, é mais econômica.
D) ambas oferecem vantagens: a matriz I é mais expandida, e a II garante economia de
combustível.
E) ambas têm pontos positivos: a matriz I, maior capacidade de expansão, e a II permite
maiores velocidades.

52. (G1 - IFBA 2014)

A análise das figuras e seus conhecimentos sobre o setor de transporte brasileiro permitem
afirmar que:
A) a opção pelo maior investimento nas rodovias se inicia com Juscelino Kubitchek e seu
“plano de metas”.
B) apesar do baixo crescimento, a expansão das ferrovias, entre 1975 e 2005, ocorreu
principalmente na região Norte do país.
C) o modal rodoviário recebeu maior investimento por ser mais vantajoso nos deslocamentos
de longa distância.
D) durante todo o século XX, o Brasil priorizou os investimentos no modal rodoviário,
abandonando o modal ferroviário.

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E) entre 1975 e 2005, os investimentos em expansão da malha ferroviária foram similares aos
investimentos em expansão da malha rodoviária.

53. (Ufsc 2014)

Os cinco trechos mais letais das rodovias federais em 2012


Rodovia Município Número de acidentes Número de mortos
BR 316 Ananindeua (PA) 1.355 32
BR 381 Betim (MG) 1.084 23
BR 101 Serra (ES) 1.209 20
BR 277 Guaraniaçu (PR) 46 20
BR 040 Guaraniaçu (PR) 16 18
Fonte: VEJA, ed. 2333, ano 46, n. 32, p. 101, 7 ago. 2013. [Adaptado]

Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).


01) Infere-se do quadro acima que o maior número de acidentes ocorreu no Agreste, uma das
sub-regiões do Complexo Regional do Nordeste.
02) Nos últimos anos, a frota de motocicletas aumentou consideravelmente. Menos seguras
que os automóveis, elas costumam ser o primeiro veículo motorizado de muitos brasileiros
que ascenderam socialmente, explicando, em parte, o crescimento das estatísticas de mortos
no trânsito.
04) O prefixo BR indica que é uma rodovia de administração federal, ou seja, não pode ser
alvo de privatização nem de cobrança de pedágio.
08) As rodovias BR com prefixo 3 interligam o território brasileiro no sentido Norte-Sul; em
Santa Catarina, a BR 375 estende-se de Florianópolis até Dionísio Cerqueira.
16) Considerando as informações contidas no quadro acima, no conjunto, o maior número de
mortos ocorreu em rodovias federais, em municípios que pertencem ao Complexo Regional
do Centro Sul.

54. (Espcex (Aman) 2014)


Sobre as vias de circulação e suas interferências, no espaço econômico dos países, pode-se
afirmar que:
I. apesar da tendência de forte crescimento do modal rodoviário em países de dimensões
continentais, as ferrovias continuam a deslocar parcela significativa das cargas.
II. os elevados custos de deslocamento por via aérea fazem com que o volume e o valor
monetário das mercadorias transportadas sejam desprezíveis em relação ao transportado
pelos demais modais de transporte.

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III. a fim de aumentar a velocidade e reduzir os custos de deslocamento, observa-se que os


sistemas de transporte modernos caracterizam-se pela complementariedade entre os
diferentes modais de transporte.
IV. a rugosidade espacial representada por ferrovias arcaicas, que dão acesso aos portos de
um país, reduz o poder de consumo de sua população.
V. a opção do governo brasileiro pelo transporte rodoviário justifica-se pelo fato de as
ferrovias e hidrovias serem lentas e inadequadas para o transporte de cargas a longas
distâncias.

Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão corretas.


A) II, III e IV.
B) I e II.
C) I, III e IV.
D) II e V.
E) I, III e V.

55. (Uece 2014)


A ferrovia norte-sul é uma obra que tem o objetivo de ampliar a capacidade de escoamento
da produção de mercadorias no Brasil. Sobre esta obra estratégica, analise as afirmações a
seguir.
I. Apresenta-se como uma alternativa mais econômica para o transporte de mercadorias e
cargas de longa distância.
II. Algumas das principais mercadorias a serem transportadas são: derivados de petróleo,
cimento, grãos, açúcar e álcool.
III. Interligará os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Tocantins, Maranhão e
Roraima, integrando o país inteiro a uma rede de logística.
É correto o que se afirma apenas em
A) I.
B) III.
C) II e III.
D) I e II.

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14. GABARITO

1. Alternativa B 19. Alternativa A 37. Alternativa C


2. Alternativa E 20. Alternativa E 38. Alternativa E
3. Alternativa B 21. Alternativa B 39. Alternativa E
4. Alternativa C 22. Alternativa C 40. Alternativa E
5. Alternativa E 23. Alternativa E 41. Alternativa E
6. Alternativa E 24. Alternativa E 42. Alternativa C
7. Alternativa D 25. Alternativa C 43. Alternativa C
8. Alternativa A 26. Alternativa C 44. Alternativa C
9. Alternativa E 27. Alternativa C 45. Alternativa E
10. Alternativa A 28. Alternativa C 46. Alternativa C
11. Alternativa D 29. Alternativa C 47. Alternativa E
12. Alternativa D 30. Alternativa E 48. Alternativa E
13. Alternativa A 31. Alternativa C 49. Alternativa B
14. Alternativa E 32. Alternativa B 50. Alternativa D
15. Alternativa B 33. Alternativa A 51. Alternativa B
16. Alternativa E 34. Alternativa C 52. Alternativa A
17. Alternativa D 35. Alternativa E 53. 02 + 16 = 18
18. Alternativa C 36. Alternativa C 54. Alternativa C
55. Alternativa D

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Sergio
Prof. SérgioHenrique
Henrique
Aula
Aula 04 –05Agricultura e Transportes.

15. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Muito bem, querido concurseiro. Se você chegou até aqui é um bom sinal: o de que tentou
praticar todos os exercícios. Não se esqueça da importância de ler a teoria completa e consultá-
lasempre. Não se esqueça dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para alcançá-los.
Sonhe alto, pois “quem sente o impulso de voar nunca mais se contentará em rastejar”. Encontro
você na nossa próxima aula.
Bons estudos, um grande abraço e foco no sucesso.

Até logo...

Prof. Sérgio Henrique Lima Reis.

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