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Referência:
em face do
I- DO OBJETO:
A prova objetiva fora realizada no ano de 2022 (dois mil e vinte e dois), cuja
homologação fora publicada no Diário Oficial do Município de São Gonçalo/RJ em
15/09/2022, conforme se vê no endereço eletrônico abaixo assinalado.
¨https://servicos.pmsg.rj.gov.br/diario/2022_09_15.pdf¨
Por fim, até a presente data nenhum candidato fora convocado para tomar
posse no cargo que lhes é de direito, sendo necessário é a intervenção do Poder
Judiciário para a resolução do conflito, promoção da lisura do certame e efetivação
dos direitos e garantias fundamentais de todos os candidatos.
Por outro lado, o poder geral de cautela, referente à concessão das tutelas de
urgência, encontra-se disciplinado no art. 300 e ss do Código de Processo Civil, cujo
qual reúne os pressupostos fundamentais para a sua concessão:
Vejamos:
Não é difícil achar nas publicações feitas pela Prefeitura de São Gonçalo/RJ
em sua página oficial no instagran (prefeiuradesg) comentários como: ¨a saúde da
população se encontra fadada a longas esperas para atendimentos¨, “a educação está
um caos”, “PRECISAMOS DE MAIS GUARDAS PARA POLICIAMENTO DE
NOSSAS ESCOLAS”.
Ressalta-se que a presente ação civil pública visa evitar a completa subversão
das prioridades governamentais e manobras desonestas visando arrecadação irregular
de verbas por meio de realização de certames, bem como coibir a flagrante lesão a
direitos e garantias fundamentais dos candidatos aprovados no concurso público
realizado, direitos estes que possuem amparo constitucional e infraconstitucional,
assim, fazendo com que o Município de São Gonçalo/RJ respeite e atue conforme
IMPÕE a lei.
VI – DOS FUNDAMENTOS
sendo certo que o impeditivo orçamentário não faz sentido para o não
provimento dos cargos oferecidos.
Entretanto, essa manobra jurídica não guarda relação com o bom Direto, dado
que, com a publicação do edital, pressupõe que o Administrador estudou os possíveis
impactos orçamentários em questão, bem como pelo fato de que a ressalva para
nomeação por conta do limite prudencial deve estar presente no instrumento editalício,
o que não acontece no presente caso (edital do certame anexo).
Dito isso, nos resta refletir sobre o que seria o princípio do equilíbrio
orçamentário? Princípio da prudência fiscal? Não sabemos... Talvez os juristas tenham
esquecido a natureza deontológica dos princípios.
Para que possamos melhor compreender o que acima fora exposto, vejamos: O
Administrador pensa: “Passamos por uma crise financeira. Não vou nomear os
aprovados no concurso x. Pois bem, podemos utilizar o princípio da prudência fiscal
para embasar nossa “motivação”! Não podemos esquecer do princípio do equilíbrio
orçamentário. Vou pesquisar mais algum para deixar essa questão bem “amarrada””.
E continua:
1
https://servicos.pmsg.rj.gov.br/diario/2022_09_15.pdf
E mais, os candidatos entraram em contato com a Administração Pública
Municipal para que informassem a expectativa de nomeação dos candidatos e
convocação para o Curso Introdutório, e, a resposta fora que seria realizada ou um
curso de formação unificado com todos os aprovados (vagas imediatas + reserva) ou
seria realizado 2 (dois) Cursos de Formação, um previsto para 03/2022 e o outro em
06/2022, o que não ocorreu até a presente data.
Em uma das reuniões, fora informado que não mais existe previsão para a
convocação dos candidatos, tanto os que compõem o número de vagas imediatas,
quanto os que integram o cadastro de reserva, ao argumento de que o Município de
São Gonçalo/RJ não possui orçamento para isso devido ao não recebimento dos
ROYALTIES, verba que segundo eles seria necessária para a nomeação dos
candidatos, dado que realizaram o certame em virtude da expectativa de recebimento
desta verba, bem como que fora ideia do governo anterior.
Não menos importante, pelo contrário, para que V.S.ª tenha conhecimento da
realidade fática hodierna do Município de São Gonçalo/RJ, com base nos dados
fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/rj/sao-goncalo.html, em 2021, o município
de São Gonçalo/RJ possuía 1.098,357 (UM MILHÃO, NOVENTA E OITO MIL,
TREZENTOS E CINQUENTA E SETE) habitantes em uma área de aproximadamente
248,160 Km2 (duzentos e quarenta e oito mil, cento e sessenta quilômetros
quadrados).
E mais, também, mas não só, lhe compete atuar mediante ações preventivas na
segurança escolar, zelando pelo entorno e participando de ações educativas com o
corpo discente e docente das unidades de ensino municipal, de forma a colaborar com
a implantação da cultura de paz na comunidade local. Vejamos o que diz a Lei
13.022/14:
Art. 4º É competência geral das guardas municipais a proteção de
bens, serviços, logradouros públicos municipais e instalações do
Município.
2https://servicos.pmsg.rj.gov.br/guardamunicipal/grupamentos.php#:~:text=Desde%20Junho%20de%2
01938%20a,todos%20os%20dias%20da%20semana.
Art. 5º São competências específicas das guardas municipais,
respeitadas as competências dos órgãos federais e estaduais:
Destarte, com base nos dados acima apresentados, constata-se que na área de
aproximadamente 248,160 Km2 (duzentos e quarenta e oito mil, cento e sessenta
quilômetros quadrados) possui uma população de 1.098,357 (UM MILHÃO,
NOVENTA E OITO MIL, TREZENTOS E CINQUENTA E SETE) habitantes que
contam com 110 (cento e dez) escolas Municipais, e, para efetivar a proteção destes
foram empregados 321 (trezentos e vinte e um) Guardas Municipais.
Ex.mo(ma), atos valem mais do que palavras, basta que olhe um pouco para o
passado e verás que desde a fundação da instituição da Guarda Municipal de São
Gonçalo/RJ que ocorreu em 1938 (mil novecentos e tinta e oito), (há 98 anos), conta
com apenas 321 (trezentos e vinte um) agentes para atender uma população de mais de
UM MILHÃO de habitantes.
É notório que apenas 321 (trezentos e vinte e um) Guardas Municipais não
conseguem atender aos interesses da população de São Gonçalo/RJ, visto que não
possui efetivo em virtude de uma administração incompetente que realiza a pratica de
atos administrativos para atender interesses de sua conveniência, consequentemente
submetendo os cidadãos que pagão seus impostos em dia e contribuem para que
tenham investimento em segurança pública a uma situação em que sua liberdade de
locomoção está completamente comprometida.
Agora nos resta uma dúvida Exa.. Como o Município de São Gonçalo/RJ pode
realizar um certame ofertando 40 (quarenta) vagas imediatas e 120 (cento e vinte)
reserva, sendo que o efetivo atual da Guarda Municipal (321 agentes) não está dentro
do efetivo mínimo (1.500) imposto pela Lei 10.022/14, notadamente em seu art. 7º,
III?
Douto julgador, quando a instituição não possui o seu efetivo completo, é sinal
de que existe cargos vagos, e, existindo cargos vagos, poderá abrir certame com vagas
imediatas para preencher os cargos vagos, se além disso tiver previsão incerta de
vacância, poderá no mesmo edital disponibilizar vagas em cadastro reserva.