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Projeto

Cartilha
Adubação
Verde
Cartilha
Adubação
Verde

Instituto Federal Goiano – IF Goiano


Urutaí – Goiás – Brasil
Fevereiro, 2016
Copyright © 2016 Prof. Dr. Milton Sérgio Dornelles

Imagem da capa: Lucas Machado


Diagramação: Darlan de Araújo Ramos / Lucas Machado.
Elaboração: Ígor de Jesus Santana / Osvânio Lino Nunes Junior / Millene Aparecida
Gomes / Darlan de Araújo Ramos / Milton Sérgio Dornelles.
Revisão de texto: Milton Sérgio Dornelles / Lucas Machado.

Parceria: Projeto Agente Jovem de ATER / Escola Família Agrícola de Goiás – EFAGO.
Financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Ciência e Tecnologia – CNPq
- SECIS / MCTI (Edital Nº 81/2013).
Impressão pelo Projeto Agente Jovem de ATER (EFAGO/PETROBRAS)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Sistema Integrado de Bibliotecas – SIBI/IF Goiano Câmpus Urutaí

C322
Cartilha adubação verde / Milton Sérgio Dornelles...[et al.]. --
Urutaí, GO: IF Goiano, 2016. -- 37 fls.

Cartilha produzida pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em


Agroecologia - NEPA/IF Goiano.

1. Adubação. 2. Reciclagem de nutrientes. 3. Plantas de


cobertura. 4. Recuperação de solos. 5. Manejo ecológico. I.
Dornelles, Milton Sérgio. II. Machado, Lucas. III. Santana, Ígor
de Jesus. IV. Nunes-Junior, Osvânio Lino. V. Ramos, Darlan de
Araújo. VI. Gomes, Millene Aparecida. VII. NEPA. VIII. IF
Goiano. IX. Título.

CDU 631/635

2016
Todos os direitos reservados
Núcleo de Estudos e Pesquisas em Agroecologia - NEPA
IF Goiano Câmpus Urutaí
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EQUIPE INTERDISCIPLINAR DO
NEPA 2015

Coordenação Geral Estudantes Bolsistas - ITI-A


Prof. Milton Sérgio Dornelles Darliton Machado da Rocha
Igor de Jesus Santana
Docentes/Servidores Jerrany Pereira da Silva
Prof. Victor Tomaz de Oliveira Laerte Mendonça Neto
Tec. Fábio de Oliveira Borges Lorena Moises Dutra
Luccas Geovani Alves da Silva
Bolsista DCR/CNPq Mariane Sousa de Jesus Santana
Ciro Miguel Labrada Silva Osvânio Lino Nunes Junior
Rubens Alceu Kraemer
Bolsista EXP-C/CNPq Rodolpho Fernandes dos Santos Lima
Horst Grassmann Pfeiffer
Estudantes Bolsistas - ITI-B
Bolsistas DTI-C/CNPq Gabriel Hudson Oliveira Silva
Darlan de Araújo Ramos Igor Luiz Moreira
Gesiane Ribeiro Guimarães Leia Rodrigues Neves
Mayara Rúbia Sampaio Gonçalves Wanderson de S. E. dos Santos
Millene Aparecida Gomes
Paula Regina de Oliveira
Sumário

Adubação Verde ............................................................ 07


Outros benefícios da Adubação Verde ...................... 08
Calopogônio (Calopogonium mucunoides Desv.) .... 08
Crambe (Crambe abyssinica Hochst) ......................... 10
Crotalária juncea (Crotalaria juncea L.) ...................... 11
Crotalária ochroleuca (Crotalaria ochroleuca) .......... 12
Crotalária spectabilis (Crotalaria spectabilis) ........... 14
Feijão-de-Porco (Canavalia ensiformis DC.) .............. 15
Feijão Guandu-anão (Cajanus cajan) .......................... 16
Feijão Guandu-forrageiro (Cajanus cajan) ................. 17
Girassol (Helianthus annuus L.) .................................. 19
Lab-Lab (Dolichos lablab L.) ........................................ 21
Milheto (Pennisetum glaucum L.) ............................... 22
Mucuna Cinza (Mucuna cinerea) ................................. 24
Nabo-forrageiro (Raphanus sativus L.) ..................... 25
Soja perene (Neonotonia wightii) ................................ 27
Tremoço-branco (Lupinus albus) ................................ 29
Referências Bibliográficas ........................................... 31
Agradecimentos ............................................................ 33
Adubação Verde

É uma técnica de enriquecer o solo com plantas de cobertura em


sucessão, rotação ou em consórcio com as culturas, principalmente
leguminosas, a fim de preservar ou recuperar sua função ecológica,
melhorando seus aspectos físicos, químicos, hídricos e biológicos
(CARVALHO et al., 2014).
A adubação verde vem sendo uma das mais importantes técnicas de
melhorias de solos e felizmente tem sido bastante divulgada. Matéria
orgânica incorporada ao solo gera um aumento de húmus e
produtividade nas colheitas (ESCOBAR, 1933). O material orgânico
produzido pelos adubos verdes, geralmente com teores elevados de macro
e micronutrientes, proporciona uma melhora da capacidade de troca
catiônica, da infiltração e da retenção de água nos microporos,
promovendo melhores condições para o desenvolvimento da meso, macro
e microfauna do solo. Outro fator importante é que algumas plantas
utilizadas como adubo verde são inibidoras de algumas espécies de
nematoides e plantas espontâneas (infestantes) (Miyasaka, 1984).
Os resíduos orgânicos da adubação verde sobre o solo e o aumento do
teor de matéria orgânica propiciam melhores condições para instalação de
uma densa e diversificada comunidade de organismos na camada
superficial (Pitelli & Durigan, 2001). O solo possui uma imensa diversidade
da microbiota, e as principais atividades destes organismos são:
decomposição da matéria orgânica, produção de húmus, ciclagem de
nutrientes e energia (incluindo a fixação de nitrogênio atmosférico),
produção de compostos complexos que contribuem para a agregação
do solo, decomposição de xenobióticos e controle biológico de pragas
e doenças (Moreira & Siqueira, 2006).
Os adubos verdes auxiliam na recuperação da estruturação do solo
com o crescimento do seu sistema radicular e a adição de matéria
orgânica, propiciando as atividades dos microrganismos que promovem
a aglutinação mecânica do solo (Lima Filho et al., 2014).

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Outro benefício do uso de adubos verdes é o controle da erosão do solo,
que a cobertura viva ou cobertura morta pode propiciar ao terreno. A
cobertura gerada evita o impacto direto das gotas da chuva e promove
maior infiltração e menor escoamento superficial de água (MONEGAT,
1991).
A prática da adubação verde é realizada com o corte da parte aérea das
plantas por meio de uma roçadeira, triton ou rolo-faca, em pleno estágio de
florescimento, deixando a matéria cortada sobre o solo. É nesse período
que as plantas têm uma quantidade de nitrogênio (N) e umidade elevadas,
servindo de fonte de alimento ideal para os organismos decompositores.
Com essas condições ideais, a matéria orgânica e os nutrientes são
liberados no solo, tornando-os disponíveis para as plantas (Lima Filho et
al., 2014).

Outros benefícios da adubação verde


1. Aumento da receita: devido ao ganho de produtividade e melhoria da
qualidade do produto;
2. Preservação do solo: pelo combate à erosão e melhoria dos atributos
físicos, químicos e biológicos do solo;
3. Redução do custo de produção: com a economia no consumo de
adubo nitrogenado, no controle de ervas daninhas e de nematoides.

Calopogônio (Calopogonium mucunoides Desv.)


O calopogônio é uma leguminosa forrageira perene, rastejante, de
crescimento estival, nativa do trópico sul americano. Surge como uma
alternativa para a alimentação animal de pastejo, devido ao bom valor
nutritivo e a capacidade de incorporar expressivas quantidades de
nitrogênio ao solo (80 a 120 kg/ha/ano).

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Tem como características a capacidade de vegetar satisfatoriamente em
condições de acidez elevada e de baixa fertilidade natural de solos. Tem
enorme tolerância à seca e potencial de uso como adubo verde. Como
cobertura, é capaz de fixar nitrogênio que retorna ao solo pela
incorporação da planta ou queda das folhas, sendo uma das leguminosas
mais comuns entre produtores (Vilela, 2001).
O calopogônio é usado em cultivos associados ou em consórcio, tendo a
capacidade de fixar nitrogênio para as gramíneas. Seu estabelecimento é
fácil, com preparo mínimo do solo, sendo um fornecedor natural de
nitrogênio. Pode ser utilizado na pastagem para completar a adubação de
fósforo e micronutrientes.
Deste modo, o calopogônio pode ser usado sob a forma de feno, pastejo
direto, fornecido puro ou consorciado com gramíneas, para a formação de
bancos-de-proteína ou através de cortes para fornecimento em cochos.

Calopogônio em florescimento Plantação de Calopogônio

Consórcio de Calopogônio
com pastagem

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Consórcio em Sistemas
Agroflorestais

Crambe (Crambe abyssinica Hochst)


O crambe é uma oleaginosa pertencente à família das Brassicaceae.
Originário da região quente e seca da Etiópia, o crambe foi domesticado na
zona fria e seca do Mediterrâneo.
Apresenta aspectos importantes como: alta tolerância à seca; ciclo curto
(85 a 90 dias); boa produção de grãos (1.000 a 1.500 kg/ha); bom teor de
óleo (36 a 38%); forte demanda do óleo para a indústria química; ótimas
características para produção de biodiesel; baixa incidência de pragas; em
condições de clima mais seco, sem excessos de chuva, não apresenta
doenças; baixo custo de produção; não exige novas máquinas ou
equipamentos para seu cultivo. Uma noticia recente da pesquisa: o crambe
tem apresentado bons resultados no controle de nematoides.

Detalhe da floração Plantação do


do crambe crambe para óleo
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Crotalária-juncea (Crotalaria juncea L.)

A crotalária-juncea é uma espécie originária da Índia, com ampla


adaptação às regiões tropicais. Leguminosa de verão, subarbustiva, com
ciclo anual, que pode atingir 3 metros de altura. Membro da família
Fabaceae, realiza associações com bactérias do solo, capazes de realizar
a fixação biológica de nitrogênio. Seu sistema radicular é do tipo pivotante,
com baixa capacidade de penetração em camadas compactadas, embora
seja pouco exigente em água. Não resiste a geadas, sendo o período ideal
para semeadura os meses de outubro e novembro, atingindo o pleno
florescimento entre 90 e 120 dias.
A crotalária-juncea produz fibras e celulose de alta qualidade, próprias para
a indústria de papel e outros fins. Recomendada para adubação verde, em
cultivo isolado, intercaladas a perenes, na reforma de canavial ou em
rotação com culturas graníferas. Pode fixar/reciclar entre 300 e 450 kg/ha
de nitrogênio e produzir de 10 a 15 ton/ha de massa seca. Apresenta
rápido crescimento inicial, o que favorece o controle de plantas
espontâneas, e antagonismo com algumas espécies de nematoides,
principalmente dos gêneros Meloidogyne e Helicotylenchus.

Plantio em faixas intercaladas Plantio consorciado com


cana-de-açúcar

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Plantio consorciado com milho

Clima: Regiões tropicais

Propagação: Sementes

Profundidade plantio: 2 - 3 cm de terra sobre a semente

Época de plantio: Outubro a Novembro

Espaçamento: 50 cm

Densidade: 25 kg/ha em linha e 30 kg/ha à lanço

Ciclo: Florescimento: 90 a 120 dias

Produção: Biomassa: 10 - 15 ton/ha


Fixação N: até 450 kg/ha

(BURLE, et al., 2006)

Crotalária-ochroleuca (Crotalária ochroleuca)


A Crotalária ochroleuca é proveniente da região tropical africana,
comumente cultivada como adubo verde e foi introduzida no Cerrado
Brasileiro na década de 1990. É uma leguminosa anual de verão. Suas
características: agressiva, rústica e com raízes capazes de romper as
camadas adensadas do solo, fazem dela uma planta resistente à seca, ao
frio, à baixa umidade no solo e ao sombreamento. Se adapta bem à solos
com baixa fertilidade. Possui porte arbustivo ereto, que varia de 0,5 a 2,7
m, com crescimento determinado.

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Má hospedeira de nematoides, contribui para a diminuição da população
destes, por isso é muito utilizada na sucessão da soja em áreas com
infestação mista dos nematoides das galhas e das lesões radiculares, com
destaque para o Pratylenchus brachyurus. Apresenta boa produção de
biomassa e fixação de nitrogênio, sendo também recomendada para
recuperação da capacidade produtiva do solo. Possui efeito supressor de
plantas espontâneas, em especial, no controle de Digitaria spp. e Cynodon
spp.
A alelopatia é vista com o propósito de se complementar os métodos de
controle de plantas espontâneas, evitando o uso de herbicidas, que
durante muito tempo foram apresentados como única alternativa.

Florescência da Crotalaria ochroleuca

Consórcio
com sorgo

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Crotalária spectabilis (Crotalaria spectabilis)

É uma leguminosa anual de verão, de crescimento inicial lento, possui raiz


pivotante profunda, podendo romper camadas compactadas. É de clima
tropical e subtropical, apresentando bom comportamento nos diferentes
tipos de textura de solo, inclusive nos solos relativamente pobres em
fósforo. Destaca-se também pela capacidade de fixação biológica de
nitrogênio atmosférico e produção de biomassa.
A Crotalária spectabilis apresenta um baixo fator de reprodução sobre
fitonematoides, em especial para os formadores de galhas, cisto e das
lesões radiculares, devido a presença da monocrotalina, um composto
secundário metabolizado pela planta. Devido ao seu porte médio, pode ser
utilizada nas entrelinhas de culturas perenes, sem prejudicar o trânsito de
máquinas ou pessoas.
Estudos mostram que o cultivo de Crotalária spectabilis, seguido do plantio
de milho, possibilitou o incremento de 10 a 15 sc/ha, resultado ligado
principalmente à boa produção de biomassa, ciclagem de nutrientes de
camada mais profundas e à alta capacidade de fixação biológica de
nitrogênio atmosférico que esta espécie apresenta.

(NEVES, 2009)

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Feijão-de-Porco (Canavalia ensiformis DC.)
O feijão-de-porco (cv. Comum), é uma planta tropical, originária das
Américas, pertencente à família Fabaceae. É uma planta anual e ereta,
com porte de arbusto, muito tolerante à seca e com bom crescimento em
solos pobres e ácidos, sendo bastante resistente à insetos e pragas.
Suas folhas grandes fornecem boa cobertura. É comestível: suas folhas
são usadas como verdura, e as sementes são cozidas como feijão comum,
embora tenham que passar por tratamento prévio para eliminar as várias
toxinas da planta.
Entre estas as aplicações, pode ser utilizada como cultura intercalar em
rotação com milho e feijão, nas entrelinhas de cafeeiro e mamoeiro.
Também é um ótima opção para cobertura e forração do solo. Do feijão-de-
porco têm sido extraídos os princípios ativos que agem como inseticidas,
herbicidas - a planta apresenta alelopatia - e fungicidas naturais. Muito
usado em adubação verde, no controle de nematoides e de tiririca.
É uma leguminosa de verão com crescimento inicial e fechamento rápido.
Excelente no controle de ervas espontâneas, principalmente da tiririca
(Cyperus rotundus). Devido ao seu porte baixo, recomenda-se cultivá-la
nas entrelinhas de culturas perenes, como citrus, cafeeiro, pupunha, etc. É
boa produtora de biomassa e na fixação de nitrogênio.

Feijão de porco nas Feijão de porco nas


entrelinhas do cafeeiro entrelinhas do mamoeiro
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Clima e Solo: Se desenvolve bem em climas tropicais e equatoriais e
em todos os tipos de solo

Propagação: Sementes (em linha ou a lanço)

Profundidade plantio: 3 - 4 cm de terra sobre a semente

Época de plantio: Out - Nov (Ideal) / Set - Mar (Possível)

Espaçamento: 0,5 m - 4 a 5 sementes/m linear

Densidade: Linha (100 kg/ha) e lanço (120 kg/ha)

Ciclo: Florescimento: 90 a 100 dias - Total: 180 dias

Produção: Biomassa: 3 a 6 ton MS/ha


Sementes:1,2 a 1,8 ton/ha
Fixação de N: 80 - 150 kg/ha

(CARVALHO et. al.,1999)

Feijão Guandu-anão (Cajanus cajan)

É uma leguminosa de flores amarelas ou amarelo avermelhada e folhas


trifoliadas. Possui ampla adaptação, preferindo os climas quentes e
úmidos. Vegeta e produz bem em vários tipos de solo, não sendo exigente
em fertilidade. São plantas de verão, de porte baixo, entre 1 e 1,5 metros
de altura e ciclo anual (cv IAPAR-43 - anão), são rústicas e têm boa
exploração radicular, descompactando os solos adensados e reciclando
nutrientes.
Pode ser utilizada nas entrelinhas de culturas perenes, como o citrus.
Recomendado como adubo verde por ser bom fixador de nitrogênio. O
grão é usado na alimentação humana, além de ser usado verde picado,
para fenação, silagem e pastejo. Produz quantidade de massa vegetal
satisfatória, e é utilizado também nas entrelinhas de alguns pomares.
Utilizado como principal planta para uso de adubação verde, por possuir
um sistema radicular profundo e ramificado, o que o torna resistente ao
estresse hídrico. Pouco exigente em solos.

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(Piraí Sementes, 2014)

Clima e Solo: Climas quentes e úmidos, solos mediamente férteis


apresenta melhor desenvolvimento
Propagação: Sementes
Hábito de crescimento: Arbustivo ereto
Profundidade de plantio: 2 - 3 cm de terra sobre a semente
Época de plantio: Outubro e novembro
Espaçamento: 50 cm entre linhas
Densidade: Linha: 18-20 sementes / m - Lanço: 45-50 / m²
Gasto com sementes: 30-35 kg/ha
Ciclo: Anual Florescimento: 90-120 dias Total: 150 dias
Produção Biomassa: 4-7 ton / ha de MS

Feijão Guandu-forrageiro (Cajanus cajan)

O Guandu-forrageiro é uma leguminosa de verão, de clima tropical e semi-


tropical, da família Leguminoseae, cultivada em países tropicais como
cobertura verde, para ensilagem e pastejo. Apresentam interações
simbióticas com bactérias do gênero Rizhobium, promovendo a fixação
natural de Nitrogênio atmosférico no solo (ARAÚJO et. al., 2004).

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É uma planta semi-perene de porte semi-ereto (ramificado), podendo
chegar de 2 a 3 m de altura (cv. IAC Fava Larga). Desenvolve-se bem em
solos ácidos e apresenta ótima adaptação em solo com deficiência hídrica.
Confere boa capacidade de cobertura do solo, chegando a produzir uma
massa verde de 20 a 30 ton/ha.
Tem como forte característica o sistema radicular agressivo, robusto, que
descompacta solos adensados, fazendo uma subsolagem “biológica” e
recicla nutrientes. É rústica e se desenvolve bem em solos de baixa
fertilidade, por isso é utilizada na recuperação de solos degradados. É
usada também como adubo verde, fornecendo nutrientes para o solo, e no
plantio de mudas no campo, evitando a radiação solar direta. Na
alimentação animal pode ser usada como fonte de proteína (folhas e
grãos), em pastejo e ensilagem.
Levando em consideração os cultivos agroecológicos, plantios em faixas e
consórcios entre culturas, o guandu-forrageiro tem papel na estruturação
do solo devido ao seu sistema radicular agressivo, e alta fixação de
nitrogênio.

Clima e Solo: Quente e úmido e apresenta boa adaptação a solos


ácidos e de baixa fertilidade
Propagação: Semente
Hábito de crescimento: Arbustivo ereto / ramificado
Profundidade plantio: 2-3 cm de terra sobre a semente
Época de plantio: Ideal: out - nov. Possível: set - mar
Espaçamento: 0,5 m entre linhas e 20 a 25 sementes/m linear
Densidade: 50 a 55 sementes/m² - 60-70 kg/ha
Ciclo: Até o florescimento: 150 a 180 dias
Produção de biomassa: 5 a 9 ton / ha de MS
Fixação de N: 120 a 220 kg/ha

(ARAÚJO et. al., 2004)

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Florescência de Feijão Feijão Guandu-forrageiro na
Guandu-forrageiro cultura da banana

Girassol (Helianthus annuus L.)

O Girassol é uma planta da família das Asteraceae, originária das


Américas (Peru). Por apresentar raízes do tipo pivotante, promove uma
considerável reciclagem de nutrientes, descompactação e aporte de
matéria orgânica no solo. Usado em adubação verde, devido a seu
desenvolvimento inicial rápido, à eficiência da planta na reciclagem de
nutrientes e por ser um agente protetor de solos contra a erosão e a
infestação de plantas espontâneas.
Pode ser plantado praticamente durante o ano todo, por ter boa resistência
à seca e à geada. Tem a possibilidade de ser plantado no intervalo entre
cultivos comerciais, pois seu ciclo é curto, podendo ser deitado ou
incorporado ao solo sem dificuldade a partir de 60 dias da semeadura.
Inibe a emergência de diversas plantas daninhas, principalmente as
gramíneas.
O girassol é uma planta resistente à seca e à geadas, boa
descompactadora de solos. Pode ser plantado o ano todo. Muito indicada
para atrair polinizadores.

19
Pode ser usada para recuperar solos compactados e pobres, e como
adubo verde nas entrelinhas de culturas perenes como café, citrus e outras
frutíferas.

Girassol na cultura do milho Girassol na cultura do citrus

Clima e Solo: Tropical, subtropical, resistente ao frio, calor, não


sensível ao fotoperíodo.

Propagação: Sementes

Profundidade plantio: 2-3 cm de terra sobre a semente

Época de plantio: Praticamente o ano todo

Espaçamento: 0,50 m entre linhas

Densidade: 10 a 15 kg por hectare

Ciclo: Florescimento: 60 dias após semeadura


Total: 90 a 130 dias

Produção de biomassa: 4 a 15 ton/ha MS

(DENUCCI, 2007)

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Lab-Lab (Dolichos lablab L.)

O labe-labe (Dolichos lablab cv. Rongai) é uma espécie que se supõe


originária da África e que é cultivada desde épocas remotas no Antigo
Egito e na Índia. É uma leguminosa anual ou bianual, de hábito
indeterminado, com altura entre 0,5 e 1,0 metro, de clima tropical e
subtropical, não tolerando geadas. Geralmente sensível ao fotoperíodo,
sendo algumas variedades de dias curtos e outras de dias longos.
Razoavelmente tolerante às secas prolongadas. Desde a antiguidade, é
usado na alimentação humana e como forragem verde para bovinos e
equinos. Algumas variedades, com suas vagens tenras e grãos, são
bastante apreciadas no consumo humano.
Pode ser usada como planta forrageira, consorciada com gramíneas
forrageiras, capineiras, feno e silagem. Tem boa palatabilidade e é rica em
proteína. Excelente produtora de biomassa e nitrogênio. É uma das plantas
que se presta para ser ensilada juntamente com o milho ou o sorgo
podendo, inclusive, ser semeado misturado com as sementes de milho.
Fixa entre 120 a 240 kg de N por hectare.

Plantio de cobertura Detalhe das folhas do lab-lab


com labe-labe

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Clima e Solo: Tropical, não tolera frio. Solos de baixa a média fertilidade

Propagação: Sementes

Hábito de crescimento: Trepadora (cipó) / indeterminado

Profundidade plantio: 2-3 cm de terra sobre a semente

Época de plantio: Ideal: Outubro-Novembro; Possível: Setembro-Março

Espaçamento: 0,5 m

Densidade: Linha 10-12 sementes/m - Lanço: 25-30/m2


Gasto com sementes: 50-60 kg/ha

Ciclo: Florescimento: 120-150 dias

Produção de biomassa: 3 - 6 ton/ha de MS

(Matsuda, 2014)

O labe-labe tem uma boa produção de biomassa, indicada como planta de


cobertura do solo e para restauração de terras pobres em nutrientes.
Cuidados devem ser tomados com a sucessão e rotação de culturas pois o
lab-lab é hospedeira de nematoides formadores de galhas.

Milheto (Pennisetum glaucum L.)


O milheto [Pennisetum glaucum (L.) R. Brown] é da família Poaceae, de
origem norte Africana (Etiópia). Uma opção importante dentre as espécies
vegetais para adubação verde. É uma planta anual, forrageira de verão, de
clima tropical, hábito ereto, porte alto, e pode atingir até 5 m de altura.
Dentre as principais características do milheto ressaltam-se: tolerância à
seca, capacidade em adaptar-se a diferentes solos, facilidade de produzir
sementes e boa adaptação à mecanização. Essa espécie vem sendo
utilizada com maior intensidade, no Cerrado, no período de safrinha
(fevereiro a abril) e na primavera (agosto a outubro), como adubo verde e
cobertura do solo para plantio direto e outras finalidades, por exemplo, na
integração lavoura-pecuária (BURLE et al., 2006).

22
Formação de cobertura morta ou palhada em sistema de plantio direto,
assim como no pastejo direto, forragem, silagem e produção de grãos.
O milheto apresenta elevado acúmulo de biomassa e nutrientes na parte
aérea das plantas, mostrando-se altamente promissor como adubo verde.
O momento mais adequado para o manejo do milheto para fins de
adubação verde ocorre quando os grãos encontram-se nos estágios
leitosos e pastosos.

Milheto consorciado com Milheto como cobertura e


braquiária, na primavera ou início controle de nematoides do solo
do período das águas

Clima e Solo: Tropical, solos leves e bem drenados

Propagação: Sementes

Hábito de crescimento: Touceira ereto

Profundidade plantio: 2-3 cm de terra sobre a semente

Época de plantio: Ideal: Out-Nov - Possível: Set-Mar

Espaçamento: 20 e 25 cm

Densidade: 50 a 55 sementes / m - 12 kg / ha

Ciclo anual: Até o florescimento: 60 - 80 dias

Produção de Biomassa: 8 a 10 ton / ha MS

(BURLE, et al., 2006)


(Dourados, 2011)
23
Mucuna Cinza (Mucuna cinerea)
A mucuna, uma leguminosa (Fabaceae) originária da África, de hábito de
crescimento trepador (cipó), atinge cerca de 0,5 a 1 m de altura. Tem ciclo
cerca de 30 dias menor que a mucuna preta. Necessita de quebra de
dormência, é de rápido crescimento, trepadeira, recomendada para
consórcio com culturas perenes e semi-perenes. Tolerante à seca,
sombreamento, altas temperaturas e ligeiramente resistente a
encharcamento. Resistente à cigarrinha. Trabalhos demonstram que sua
palhada degrada cerca de 90% em 30 dias.
Tem grande capacidade de supressão sobre ervas espontâneas, é má
hospedeira de nematoides, principalmente, Meloidogyne, mas também em
gêneros de cisto e reniforme.

Mucuna-cinza em consórcio com


o nabo-forrageiro.

Mucuna-cinza em Mucuna-cinza em
consórcio com milho consórcio com manga
24
Possui toxinas que não possibilitam o pastejo. Podem ser realizados
coquetéis, como por exemplo em trabalhos com feijão-de-porco e nabo
forrageiro.
A mucuna-cinza apresenta melhores resultados como planta cobertura do
solo e adubo verde em relação aos demais adubos verdes, mesmo
plantada no final do período de chuvas. Indicada nos plantios nas
entrelinhas de culturas perenes e semi-perenes.

Clima e solo: Todos solos bem-drenados, tropical e equatorial


Propagação: Sementes
Hábito de crescimento: Trepadeira (cipó)
Profundidade plantio: 2-3 cm de terra sobre a semente
Época de plantio: Ideal: Out-Nov - Possível: Set-Mar
Espaçamento: 0,5 m - 3 a 4 sementes / m linear
Densidade: Linha: 70 kg/ha - À lanço: 90 kg/ha
Ciclo anual: Até o florescimento: 90 a 100 dias
Produção de biomassa: 7 a 8 ton / ha MS
Fixação de N: 170 a 220 kg/ha

(CARVALHO et. al.,1999)

Nabo-forrageiro (Raphanus sativus L.)

O nabo forrageiro (Raphanus sativus L.) é uma planta anual da família das
crucíferas, de hábito de crescimento ereto, herbáceo, com intensa
ramificação e altura variada. É uma planta muito vigorosa, com sistema
radicular pivotante e agressivo, capaz de romper camadas de solo
extremamente adensadas e/ou compactadas e a profundidades elevadas.

25
Apresenta características alelopáticas muito acentuadas que lhe conferem
a condição de inibir a emergência e o desenvolvimento de uma série de
plantas espontâneas. Até o momento, não existem pragas ou doenças que
causem danos significativos, que mereçam controle e que venham
comprometer economicamente a cultura.
É utilizada como adubação verde, ao fornecimento de massa (palha) para
o plantio direto, como cobertura do solo e reciclagem de nutrientes. Com
menor frequência, destina-se à alimentação animal e ao pasto apícola.
Recentemente seu uso vem sendo ampliado, com destaque para os grãos
que estão sendo considerados como excelente fonte de matéria-prima para
produção de biocombustível.
O nabo forrageiro é uma planta que possui sistema radicular pivotante,
apresentando boa opção para a descompactação do solo, além de poder
ser ótima planta recicladora de nutrientes. É utilizada na alimentação de
bovinos e ainda pode ser utilizada na fabricação do biodiesel.

Propagação: Sementes

Hábito de crescimento: Herbáceo determinado

Profundidade plantio: 2-3 cm de terra sobre a semente

Época de plantio: Abril a Maio (inverno)

Espaçamento: 25 cm entre linhas

Densidade: Linha: 25-30 sementes / m - Lanço: 120-140 / m2


Gasto com sementes: 12-15 kg/há

Ciclo: Anual Ciclo até o florescimento: 60-90 dias

Produção Biomassa: 2 a 3 ton / ha MS

Fonte: www.cati.sp.gov.br/new/acervotecnico.php?ID=18
Fonte: www.cpac.embrapa.br/download/1941/t

26
Cultivo solteiro de Nabo-forrageiro na entrelinha
Nabo-forrageiro da cultura do café

Soja perene (Neonotonia wightii)

A soja perene é uma leguminosa originária da África tropical e subtropical,


especialmente das regiões ocidentais. Da família Leguminoseae, é
cultivada em países tropicais como cobertura verde e para pastejo.
Planta de hábito rasteiro, trepador e de ciclo perene, não tolera solos com
drenagem deficiente e alta concentração de alumínio. Exigente quanto à
fertilidade, a Soja Perene apresenta crescimento inicial lento, e rápido após
o estabelecimento. Apresenta interações simbióticas com bactérias
fixadoras de N2 atmosférico, promovendo a fixação natural deste elemento
no solo (FRANÇA, BAHIA FILHO e CARVALHO, 1993).
A soja perene possui um sistema radicular muito vigoroso e profundo,
podendo reciclar nutrientes de camadas mais profundas e adensadas.
É utilizada como adubação verde, principalmente como cobertura
permanente consorciada com fruteiras, permitindo também servir como
forragem para alimentação animal, devido à sua boa palatabilidade e
digestibilidade.

27
Para os cultivos agroecológicos, a soja perene, seja em cultivo solteiro ou
consorciado com outras culturas, desempenha um papel importante na
ciclagem de nutrientes, devido ao seu sistema radicular ser vigoroso e
profundo, e realizar boa fixação de nitrogênio atmosférico no solo.

Soja perene em Soja em cultivo com pastagem


cultivo solteiro

Clima e Solo: Tropical e subtropical; fértil, com boa drenagem e baixo


teor de alumínio

Propagação: Semente, estacas e brotos

Profundidade plantio: 2-3 cm de terra sobre a semente

Época de plantio: Ideal: Out-Nov - Possível: Set-Mar

Espaçamento: 0,5 m - 35 a 40 sementes / m linear

Densidade: 80 a 90 sementes/m² - 6 kg/ha

Ciclo: Florescimento: 120 -150 dias Total: Perene

Produção de biomassa: 4 a 5 ton/ha de MS

Nitrogênio fixado: 180 a 200 kg/ha/ano

(FRANÇA et al., 1993)

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Tremoço-branco (Lupinus albus)
Tremoço branco é uma leguminosa da mesma família da ervilha, com ciclo
de 130 a 150 dias. Uma planta herbácea, anual, de porte ereto,
crescimento determinado e adaptado a climas temperados e sub tropicais.
Suas sementes, de tom amarelado, possuem alto teor de proteína. Podem
apresentar também alto teor de alcalóides, eliminados por masseração em
água, antes de seu emprego para consumo humano.
Apresenta excelentes resultados de ganhos de produtividade na cultura do
milho em sucessão. Possui efeito alelopático em soja e alface e atua como
possível herbicida natural de poaia branca (Richardia brasiliensis Gomes)
e picão preto (Bidens pilosa L.).

Morango consorciado com


tremoço em Amparo (SP).

Medianamente exigente em fertilidade do solo. Bom produtor de biomassa


e fornecimento de nitrogênio, além de ser indicado para a proteção e
recuperação das condições físicas e biológicas do solo.
Independente das condições de fertilidade do solo, o Tremoço Branco
destaca-se na produção de fitomassa seca e na acumulação de nitrogênio
na parte aérea.

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Clima e Solo: Climas temperados e subtropicais em solos
medianamente férteis

Propagação: Sementes

Profundidade plantio: 2-3 cm de terra sobre a semente

Época de plantio: Fevereiro a Julho

Espaçamento: 50 cm entre linhas

Densidade: 12 a 15 sementes / m linear


Gasto com sementes: 75-85 kg/ha

Ciclo: Anual Florescimento: 130-140 dias Total: 140 dias


Produção de biomassa: 2 a 3 ton/ha/ano

(Sementes de Produção Tecnológica, 2001)

Nodulação e fixação de N em plantas


de tremoço branco

30
Referências bibliográficas

ARAÚJO, F. A.; MENEZES, E. A.; SANTOS, C. A. F. Recomendação de


variedade de guandu forrageiro. EMBRAPA. 2ª edição,2004.
BURLE, M.L.; CARVALHO, A.M.; AMABILE, R.F.; PEREIRA, J.
Caracterização das espécies de adubo verde. In. CARVALHO, A.M.;
AMABILE, R.F. Adubação verde. Planaltina-DF: Embrapa Cerrados, 2006.
369 p.
CARVALHO, A.M. de; MIRANDA, J.C.C. de; MIRANDA, L.N. de; RAMOS,
M.L.G.; RIBEIRO JÚNIOR, W.Q. Adubação verde no Cerrado In: LIMA
FILHO, O.F. de; AMBROSANO, E.J.; ROSSI, F.; CARLOS, J.A.D. (Eds.)
Adubação verde e plantas de cobertura do Brasil. Brasília: Embrapa, 2014.
p. 345-372.
CARVALHO, A.M. et. al. Manejo de adubos verdes no cerrado.EMBRAPA
CERRADOS, Planaltina, n.4, p.1-28; dezembro,1999.
Colodetti et al. Crambe: aspectos gerais da produção agrícola.
Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.8, N.14
(2012) p.258-269.
DENUCCI, Sylmar. Girassol como adubo verde. Disponível em:
<http://www.cati.sp.gov.br/new/acervo-tecnico.php?ID=15 >. Acesso em:
13 de outubro de 2015.
DOURADOS, MS. Estádio mais adequado de manejo do milheto para fins
de adubação verde. Comunicado Técnico, 171 - Embrapa Agropecuária
Oeste. 6p.
ESCOBAR, C. G. O adubo verde. [Rio de Janeiro]: Ministério da
Agricultura, 1933. 5 p.
FRANÇA, G.E., BAHIA FILHO, A.F.C., CARVALHO, M.M. Influência do
magnésio, micronutrientes e calagem no desenvolvimento e fixação
simbiótica de nitrogênio na soja perene var. Tinaroo (Glycine wightii) em
solo de cerrado. Pesq. Agropec. Bras., RJ, 8: 197-202, 1993.

31
Referências bibliográficas

LIMA FILHO, O.F.de; AMBROSANO, E.J.; ROSSI, F.; CARLOS, J.A.D.


Adubação verde e plantas de cobertura no Brasil: fundamentos e prática.
1º ed. Brasília, DF: Embrapa, 2014 v.2 p. 478.
Matsuda - O portal do agronegócio. Disponível em: <
http://matsuda.com.br/Matsuda/Web/sementes/Default.aspx?varSegmento
=Sementes&idproduto=S10110116583553>. Acesso em: Março de 2014.
MIYASAKA, S. Histórico do estudo de adubação verde, leguminosas
viáveis e suas características. Adubação Verde no Brasil. Campinas:
Fundação Cargill, 1984. p.64-123.
MONEGAT, C. Plantas de cobertura do solo: características e manejo em
pequenas propriedades. 2º ed. Chapecó: [s.n], 1991. 336 p.
Moreira, F. M. S., Siqueira, J. O. (2006). Microbiologia e bioquímica do
solo. 2º ed. Lavras, UFLA.
Neves, M. C. P. Crotalária. Embrapa Agrobiologia, vol. 01, 2009.
Oliveira, R.C. Cultura do Crambe. 1 ed. Cascavel: Assoeste, 2013.70 p.
Piraí Sementes. Disponível em: <http://www.pirai.com.br/texto-b34-
feijao_guandu_anao.html> . Acesso em : Março de 2014.
Sementes de Produção Tecnológica. 2001. Disponível em:
<http://www.seprotec.com.br/sementes/tremoco-branco.html> Acesso em:
Março de 2014.

32
Agradecimentos

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico


(CNPq-SECIS/MCTI), Projeto em Rede CVT em Agroecologia (Chamada
MCTIMAPA/MDA/MEC/MPA/ CNPq Nº 81/2013), pelo apoio financeiro e
bolsas concedidas.
Ao IF Goiano - Câmpus Urutaí pelo apoio concedido ao NEPA, de estrutura
da Fazenda Agroecológica Vivá, de laboratórios e bolsas concedidas.
À PETROBRAS, pelo patrocínio do projeto Agente Jovem de Ater.

Projeto Agente Jovem de Ater


Escola Família Agrícola de Goiás
Esta cartilha foi impressa através da parceria com o projeto Agente Jovem
de Ater, realizado pela Escola Família Agrícola de Goiás, com patrocínio
da PETROBRAS.
O objetivo do projeto é formar jovens rurais para atuarem como Agentes de
Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), com foco na agricultura
familiar e na agroecologia, contribuindo para a permanência da juventude
no campo e para o desenvolvimento rural sustentável dos municípios de
Goiás, Orizona e Uirapuru (GO) e do Território da Cidadania Vale do Rio
Vermelho.
Participam do projeto 160 (cento e sessenta) jovens do campo, filhos de
agricultores familiares tradicionais e assentados da reforma agrária,
estudantes das três Escolas Famílias Agrícolas do Estado de Goiás, as
EFAs de Goiás (EFAGO), Orizona (EFAORI) e Uirapuru (EFAU).
Para conhecer mais:
agentejovemdeater@gmail.com
www.agentejovemdeater.com.br
33
NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS
EM AGROECOLOGIA
(NEPA / IFGOIANO)

Quem é o NEPA?
O Núcleo de Estudos e Pesquisa em Agroecologia - NEPA é um
grupo de pessoas formado por estudantes, professores, técnicos do
Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí (IF Goiano - Câmpus Urutaí) e
pessoas da comunidade, produtores rurais do município de Urutaí e
outros municípios vizinhos, que cultivam experiências e debatem temas
relevantes na área de agroecologia e sistemas de produção de bases
ecológicas.
O NEPA, com sede no Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
desenvolve atividades de educação profissional e extensão tecnológica
envolvendo estudantes de nível superior e de nível técnico em diversas
áreas do conhecimento (Agronomia, Engenharia Agrícola, Gestão
ambiental, Biologia, Alimentos, Técnico em Agropecuária) formados para
atuar no desenvolvimento de atividades da produção de alimentos
agroecológicos.

34
Missão do NEPA:
O Núcleo de Estudos e Pesquisa em Agroecologia - NEPA tem missão de:
o criar ambiência (estrutura, espaço e tempo) visando à formação de
profissionais preparados para atuar na educação profissional e
extensão tecnológica;
o formar uma massa crítica de profissionais para desenvolver estudos e
pesquisas em agroecologia, enquanto ciência emergente e política
pública inovadora para a agricultura familiar e agricultura camponesa
brasileira;
o contribuir para o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida da
população, por meio do uso sustentável dos recursos naturais e da
oferta e consumo de alimentos saudáveis, conforme instituído pela
Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - PNAPO
(Decreto nº 7.794, de 20 de agosto de 2012);
o consolidar-se como um núcleo de referência para a construção e
socialização de conhecimentos relacionados à agroecologia e aos
sistemas orgânicos de produção e comercialização de alimentos,
operacionalizando o princípio da “indissociabilidade do ensino-
pesquisa-extensão” no âmbito do IF Goiano - Câmpus Urutaí e região
do entorno.

Para conhecer mais:


eventos.nepa@gmail.com
milton.dornelles@ifgoiano.edu.br
http://nepagroecologiaifgoiano.comunidades.net/
https://www.facebook.com/groups/747258615284570/

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