--

UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE MOÇAMBIQUE

Curso de Licenciatura em Agronomia

3º Ano

Cadeira: Mecanização Agrícola

Tema: Impactos socioeconómicos da mecanização agrícola

Discentes:
Edma Da Laura Alfredo Bonoze
Hélio Nordine Daudo Charifo
Ivan Joaquim Coane Gelo
Malena Do Rogeiro Tomé

Beira Abril
2023

-
--

UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE MOÇAMBIQUE

Curso de Licenciatura em Agronomia

Cadeira: Práticas Profissionais 1

Tema: Impactos socioeconómicos da mecanização agrícola

Discentes:
Edma Da Laura Alfredo Bonoze
Hélio Nordine Daudo Charifo
Ivan Joaquim Coane Gelo
Malena Do Rogeiro Tomé

Docente:
Ismail Suleinmane

-------

Beira
2023

-
--

1.INTRODUCAO.
A agricultura -é uma actividade milenar, que primeiramente visa a produção de alimentos. É fato que
sua importância não é alvo de questionamento, no que diz respeito ao atendimento de uma das
necessidades básicas dos seres humanos. A agricultura é um exemplo de como a evolução das técnicas
exerce uma directa influencia sobre o processo de produção do espaço geográfico. Desde a pré-história,
a humanidade utilizava os frutos da produção agrícola para a subsistência e, mais tarde para a produção
de excedentes.
A agricultura foi uma das primeiras actividades desenvolvidas ao longo da história da humanidade. O
seu período de elaboração ocorreu durante o período histórico chamado de Neolítico (por volta de 8000
a. C.), naquilo que ficou conhecido como a Revolução Neolítica. Afinal, foi graças a agricultura que os
povos anteriormente nómades sedentarizaram-se, ou seja, passaram a viver em moradias fixas, pois
poderiam utilizar e cultivar o solo para o sustento próprio.
A partir do século XVIII, a emergência da Revolução Industrial gerou profundos impactos nas
estruturas socio espaciais e na organização do ser humano em sociedade. Um desses efeitos refletiu na
evolução das técnicas agrícolas, pois os países que se industrializaram iniciaram um processo de
mecanização gradativa das práticas rurais e de uso do solo. Desse modo, o número de pessoas vivendo
no espaço rural passou a ser menor nesses países, pois a urbanização acelerou-se graças ao êxodo rural
(migração em massa do campo para cidade). Por outro lado, a produtividade do campo intensificou-se
graças a implementação de maquinários, o que representou uma evolução que se estendeu durante todo
o século XIX e meados do século XX, em um período conhecido como Revolução Agrícola.
Nesse momento, os centros urbanos passaram a coordenar as práticas agrícolas e a centralizar a
economia, o que tornou o campo subordinado as cidades. Durante o século XX, a revolução agrícola
permitiu a consolidação de uma nova transformação no meio técnico do campo, fomentando aquilo que
ficou conhecido como a Revolução Verde também conhecida como a terceira revolução industrial.
Com o decorrer do tempo, com pequenos avanços da humanidade uma das coisas que mudou, foi a
maneira de como os agricultores cultivavam a terra. E os resultados dessa mudança, não foram apenas
positivos. No que diz respeito aos recursos naturais e ao meio ambiente existe uma grande preocupação
com relação a essa mudança.
A Revolução Verde foi um fenómeno marcado pelo emprego da tecnologia no meio rural, suas
principais características relacionavam-se com a utilização de máquinas, equipamentos, defensivos
agrícolas e outros mecanismos que propiciaram o aumento da produção agrícola.
A Revolução Verde consistiu em uma iniciativa liderada pelos Estados Unidos e demais países de
ampliar o desenvolvimento da agricultura para combater a fome principalmente em países
subdesenvolvidos.
Sua aplicação consistiu n introdução de técnicas mais modernas, como a biotecnologia, a mecanização
intensiva, o emprego de fertilizantes e de sementes VAR (Variedades de Alto Rendimento, mais
resistentes aos produtos químicos do campo), maior uso de agrotóxicos, técnicas de correcção do solo,
entre outros.
Ela foi iniciada por meio da atuação de agricultores pioneiros que buscavam aumentar a produtividade
do campo e, por consequência, a disponibilidade de alimentos para a sociedade. Essa revolução das
práticas agrícolas foi causada, em especial, pela dificuldade de abastecimento alimentar dos países,
ainda mais com o aumento populacional global.
A Mecanização Agrícola-é uma das áreas da Engenharia Agrícola, que se dedica ao processamento,
execução e desenvolvimento dos processos de produção agrícolas por meio da utilização de máquinas,
implementos, ferramentas mecânicas ou qualquer outro meio mecânico.

-
--

Os Produtos Agrícolas Transgénicos-são aqueles geneticamente modificados para serem mais

resistentes a pragas e a produtos químicos, além de permitirem o seu cultivo em tipos de solo e clima
originalmente pouco apropriados. O cultivo de produtos agrícolas transgénicos esta no centro de um
dos debates mais polémicos da atualidade. Os seus defensores argumentam que, o desenvolvimento
desse tipo de técnica e seus resultados ajudam no aumento da produção e, portanto, no combate a fome,
além de garantir o sustento e a lucratividade dos produtores.
Aqueles que se opõem aos produtos agrícolas transgénicos, consideram ruins os seus efeitos sobre a
saúde h6umana e também sobre a natureza, considerando que a melhor opaco de cultivo é a agricultura
orgânica (produtos ag5riculas naturais sem nenh6uma alteração genética). De todo, intende-se que a
evolução da agricultura e suas técnicas foi de fundamental importância para o desenvolvimento da
própria h6umanidade e o seu espaço geografico.

-
--

2. Objectivos
2.1. Objectivo geral

 Analisar os impactos socioeconómicos da mecanização agrícola.

2.2. Objectivos específicos

 Descrever os impactos causados pela mecanização agrícola;

 Identificar os tipos de impactos;
 Explicar as vantagens e desvantagens dos impactos causados pela mecanização agrícola.

 Metodologia

A metodologia-é o estudo dos métodos, isto é, o estudo dos caminhos para se cear a um
determinado fim. Também podemos considera-las de etapas a seguir num determinado
processo. Tem como objectivo captar e analisar as características dos vários métodos
indispensáveis, avaliar suas capacidades, potencialidades, limitações ou distorções e criticar
os pressupostos ou implicações de sua utilização. De modo geral, a metodologia de pesquisa é
o caminho que o trabalho vai seguir para alcançar seus objectivos.

Para elaboração deste trabalho, teve-se como base a pesquisa bibliográfica e segundo, Freitas e
Prodanov (2013) a pesquisa bibliográfica é aquela que é elaborada a partir de material já publicado,
constituído principalmente de: livros, revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, jornais,
boletins, monografias, dissertações, teses, material cartográfico, internet, com o objectivo de colocar o
pesquisador em contacto directo com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa. Na pesquisa
bibliográfica, é importante que o pesquisador verifique a veracidade dos dados obtidos, observando as
possíveis incoerências ou contradições que as obras possam apresentar.
A pesquisa bibliográfica é habilidade fundamental nos cursos de graduação, uma vez que
constitui o primeiro passo para todas as actividades académicas. Uma pesquisa de laboratório ou de
campo implica, necessariamente, a pesquisa bibliográfica preliminar. Seminários, painéis, debates,
resumos críticos, monográficas não dispensam a pesquisa bibliográfica. Ela é obrigatória nas pesquisas
exploratórias, na delimitação do tema de um trabalho ou pesquisa, no desenvolvimento do assunto, nas
citações, na apresentação das conclusões. Portanto, se é verdade que nem todos os alunos realizarão
pesquisas de laboratório ou de campo, não é menos verdadeiro que todos, sem excepção, para elaborar
os diversos trabalhos solicitados, deverão empreender pesquisas bibliográficas (ANDRADE, 2010, p.
25).

-
--

 Oque é Revolução Verde?

A Revolução Verde é uma nomenclatura utilizada para definir um conjunto de mudanças que
aconteceram na agricultura mundial na segunda metade do século XX. Essa transformação das
práticas agrícolas em nível global, aconteceu por meio do emprego de técnicas modernas de
cultivo. Desse modo, foi incentivado o uso de:
 Máquinas e equipamentos agrícolas;
 Variedades de plantas, e sementes modificadas, e melhoradas;
 Diferentes tipos de insumos, que garantam um bom desenvolvimento.
Essas medidas resultaram no crescimento da produtividade agrícola, especialmente, nos anos de 1969
e 1970. Além disso, elas foram responsáveis pela segurança alimentar de diversos países do globo e,
ainda, contribuíram para o desenvolvimento económico de várias nações. Devido a importância do
aumento da produção de alimentos e as mudanças estabelecidas pela transformação das culturas
agrícolas. E assim o processo de modernização da agricultura mundial ficou conhecida como
Revolução Verde.
Apesar dos inúmeros avanços tecnológicos e produtivos, a Revolução Verde apresenta um conjunto de
consequências, sendo algumas delas negativas, quando se trata do meio ambiente e da igualdade social.
Esses impactos resultaram na quebra do equilíbrio ambiental natural assim como prejudicaram animais
e plantas.
 Historial da Revolução Verde:
A história da Revolução Verde, esta atrelada ao contexto económico e social pós-segunda
guerra mundial (1939 a 1945), momento histórico em que havia uma grande preocupação com
a produção de alimentos em todo o mundo. A fome era reconhecida como uma ameaça mundial,
uma vez que vários países enfrentavam uma crise de abastecimento e havia um temor muito
grande de que, com o passar dos anos, a produção agrícola mundial não seria suficiente para
alimentar toda a população do globo. Sendo assim, diversos pesquisadores e produtores rurais
começaram a construir iniciativas para aumentar a produção do género agrícola no mundo. Na
visão desses especialistas, a agricultura mundial deveria focar-se no aumento e ganho de
produção, ou seja, em um maior volume produzido com o menor custo possível.
Um dos principais expoentes da Revolução Verde foi o Agrónomo Estadunidense (Norman Ernest
Borlaug 1914-2009). Ele foi um dos pioneiros em implementar e divulgar técnicas agrícolas modernas
de cultivo, sendo conhecido mundialmente como o “pai da Revolução Verde”. Os seus estudos estavam
voltados para o grande objectivo da revolução: aumentar a produção agrícola em nível mundial por
meio do emprego de técnicas modernas de cultivo. Ele foi um grande defensor dos transgénicos assim
como de toda a cadeia produtiva baseada no emprego da tecnologia no campo.

4.MECANIZACAO AGRICOLA:

4.1. Impactos causados.

Os impactos causados pela mecanização agrícola, podem ser mais ou menos, de acordo com as técnicas
usadas, os tipos de máquinas e os insumos utilizados na produção.
A inovação nas novas técnicas produtivas, a mecanização e a utilização de insumos para melhorar a
produtividade e diminuir as perdas por causas naturais provocaram significativos impactos para alg5uns
naturalistas e ambientalistas. Para outros, a mecanização agrícola aumentou a produtividade, e reduziu
o custo de produção em particular a mão-de-obra, mas também trouxe consigo impactos ambientais tais
como:

-
--

 Desmatamento;
 Poluição, do ar, agua e solo;
 Diminuição da biodiversidade e, a
 Erosão.

 O desmatamento da área a ser cultivada constitui talvez o primeiro impacto da produção

agrícola mecanizada. Isso porque o terreno a ser cultivado precisa estar limpo para que possa
fazer a preparação do solo e o plantio das sementes ou mudas. Entretanto, esse é apenas um dos
impactos ambientais possíveis de ser erado pela agricultura mecanizada ou mecanização
agrícola.

Fig.1. impactos ambientais causado pela mecanização agrícola (desmatamento),

A mecanização agrícola trouxe agilidade e rapidez na produção, além de diminuir bastante a mão-de-
obra. Todavia, para a utilização dessas maquinarias agrícolas, é preciso queimar combustível, como
óleo, diesel ou gasolina. Oque prejudica a qualidade do ar, ampliando a poluição atmosférica.

 A poluição dos solos e da água também pode ocorrer em virtude da utilização de insumos
agrícolas, como adubos químicos, correctores do solo, pesticidas (agrotóxicos). Quando a
lavoura recebe a cuva ou é irrigada, esses insumos podem escoar para os rios, e assim
contaminar os solos e ate mesmo o lençol freático;
 A diminuição da biodiversidade por causa do uso dos agro-tóxicos (pesticidas), que, muitas
vezes, são pulverizados por aviões e atingem as áreas vizinhas, matando, assim, animais e
plantas. O desmatamento citado anteriormente também contribui para a diminuição da
biodiversidade;

Fig.2. pulverização (agro-tóxicos).

 Exaustão dos mananciais de água doce o maior responsável pelo consumo de água doce é a
atividade agrícola. Ela responde por mais da metade do consumo humano. Em tempos de
redução crescente de rios e córregos limpos, essa é uma questão preocupante. Apesar de existir
muitas questões relacionadas com a produção usando mecanização agrícola, e os impactos por
ela causados ao meio ambiente, tem havido uma crescente preocupação com essa questão.

-
--

Estudos e criação de técnicas que buscam diminuir os impactos ao meio ambiente que são cada
vez mais comuns.

 A erosão também fenómeno resultante dos impactos causados por mecanização agrícolas. Ela
também pode ser causada, pelo uso ou manuseamento inadequado dos solos. A retirada da
camada vegetal superficial que serve como cobertura do solo pode contribuir para o surgimento
das erosões. Além disso, a retirada da mata ciliar para plantio pode ocasionar o assoreamento
dos rios;

Fig.3. erosão. Impacto do manuseamento iniquado do solo.

O uso de máquinas, além de demandar altos investimentos iniciais, também pode afetar o
desenvolvimento da cultura ao induzir a compactação do solo e potencialmente danificar os colmos
remanescentes com o trafego de máquinas nas lavouras (Dias & Sentelas, 208; souza et al.,201;
Braunack & McGarry,2011).
Especificamente, a danificação da estrutura do solo afeta a sua capacidade de reter e conduzir ar, agua
e nutrientes, eventualmente, levando a redução de produtividade ( Usaborisut & Sukcharoenvipharat,
2012).
Além da compactação do solo, a redução da produtividade relacionada ao processo da mecanização
agrícola, pode decorrer da menor densidade de plantas por área plantada e da maior altura relativa em
que o colmo é cortado pelas colheitadeiras.( Nyko et., al. 2013).

5. Características da agricultura que fazem o uso das novas tecnologias,

insumos e maquinas (mecanização agrícola).

 É um sistema que apresenta alta taxa de nível de produtividade, devido a emprego de tantos
insumos e recursos tecnológicos, esse tipo de sistema de produção reduz o tempo de produção
e colheita, é uma modalidade agregada ao setor industrial, tanto como consumidor maquinário
agrícola, defensivos químicos e fertilizantes. É comum em países desenvolvidos e, nos países
subdesenvolvidos, a produção geralmente é destinada aa exportação para países ricos. Quando
a produção é para consumo dentro dos países subdesenvolvido, geralmente é destinada a
indústria (alimentícia, energia, têxtil e outras);
 Mecanização das lavouras com emprego a tratores. Assim como a Irrigação mecanizada dos
cultivos pelos usos de equipamentos como aspersores e gotejadores;
 O elevado investimento em pesquisa e desenvolvimento, sendo esse elemento a base para as
inovações produtivas empregadas no campo;

-
--

 Todas as etapas deste tipo de produção, são mecanizadas. Usando (tratores, colheitadeiras,
plantadoras ou semeadoras entre outros implementos utilizados para agilizar, otimizar e
aperfeiçoar a produção;
 A mão-de-obra utilizada nessa modalidade é qualificada, pois precisa dominar as técnicas
modernas e a operação do maquinário. Em comparação com o modelo de cultivo tradicional da
agricultura, a quantidade de trabalhadores é reduzida, pois a maior parte do trabalho é realizado
por máquinas;
 GPS, piloto automático, controladores eletrónicos, drones, veículos autónomos sensores e
cameras. Nos anos atras todos esses termos não faziam parte do vocabulário do produtor rural.
Mas, hoje, com a mecanização agrícola o cenário é totalmente o oposto, hoje o trabalho rural
ganhou tecnologias que otimizam os resultados no campo para atender uma demanda cada vez
maior. Além disso, os veículos autónomos trabalham por mais tempo duque seria possível se
fosse o caso de emprego da mão-de-obra humana.

Fig.4. A utilização de mão-de-obra qualificada é uma das características da mecanização

agrícola.

 É indispensável a utilização de uma variedade considerável de insumos:

 Fertilizantes e corretores para o solo;
 Defensivos químicos, como herbicidas, fungicidas, inseticidas e pesticidas.

 É feita a seleção de sementes e espécies que são imunes ou mais resistentes a pragas e adequadas
ao tipo de solo e clima e que apresentam maior produtividade;
 Aplicação de técnicas e tecnologias, como biotecnologia (modificação genética de sementes e
plantas), irrigação, terraceamento, drenagem dos solos, etc.

6. Mecanização Agrícola e o meio ambiente.

 Agricultura Intensiva- é um sistema de produção que faz uso intensivo de insumos, tecnologia
e mecanização para aumentar a produtividade e reduzir o tempo de produção. É um sistema em
que há alto investimento financeiro, cultivo de um único produto agrícola (monocultura) e a
produção é destinada a exportação ou industrias. Esse sistema é fruto da evolução das novas
técnicas e avanços agrícola.

 A agricultura intensiva é conhecido como o processo que, faz a introdução, o desenvolvimento

e uso de máquinas (mecanização agrícola), durante o seu período de cultivo ou produção, ou
qualquer outro meio mecânico capaz de realizar uma actividade agrícola, desde a preparação
do seu terreno até a colheita. Ela objectiva sobretudo a otimização da produção agrícola,
buscando sempre aumentar a produtividade. Contudo, a sua implementação também trouxe
impactos tanto positivos assim como negativos, desde sociais até ambientais. Embora este tipo
de agricultura, tenha dado um salto expressivo no aumento da produtividade agrícola, essa

-
--

modalidade de cultivo sofre muitas críticas no que diz respeito aos impactos causados. Contudo
essas iniciativas alimentam a esperança de que a produção usando a mecanização agrícola possa
ter uma convivência mais amistosa com o meio ambiente um dia.

 Um dos problemas mais destacado e comentado causado pela mecanização agrícola, é a

compactação do solo em que, por serem muito pesadas, as máquinas acabam danificando o
solo de modo que diminuam os poros (pequenos buracos contidos no solo, criando um
ambiente hostil para os organismos que lá habitam. Além disso, a compactação do solo
desencadeia outros problemas como a emissão de gases do efeito estufa para a atmosfera, já
que a falta de oxigénio no solo cria condições perfeitas para os microrganismos que causam a
desnutrição (que envia N2O para a atmosfera) se proliferarem; aumento da erosão superficial
do solo, já que a agua tem dificuldade de infiltrar no solo; já que a compactação do solo
dificulta a movimentação da fauna presente no solo, que é responsável por repor os nutrientes.

Fig.5. o impacto da mecanização agrícola na compactação do solo.

 As principais queixas dos ecólogos e ambientalistas, residem no argumento de que esse

sistema de produção utiliza grande quantidade de combustíveis fosseis para o maquinário e
contamina o solo, ar e agua com minerais corretores do solo e agrotóxicos (amarolina ribeiro
2017).

7. Mecanização Agrícola e o seu impacto social.

 O êxodo rural, fomentado pela mecanização da produção, assim como pela concentração
fundiária e pela desigualdade social.
 A mecanização agrícola aumentou o desemprego, afectando principalmente os trabalhadores
rurais (sem classe ou nível académico), o aumento dos custos de produção obrigou muitos
agricultores de classe baixa das zonas rurais a venderem suas propriedades, para garantir o
sustento familiar.
 A maior eficiência económica se produz no sig5nificativo aumento da produção. Enquanto
um trabalh6ador braçal conseg5ue colh6er em torno de sete toneladas de cana-de-açúcar por
dia, uma máquina colhedora tem a possibilidade de alcançar mais de oitocentas toneladas por
dia.
 Uma máquina colhedora substitui cerca de 100 trabalhadores, o que contribuir com o aumento
de números de desepreg5ados na sociedade.

-
--

8. Mecanização Agrícola e o seu impacto económico.

 No que tange o aspecto económico, as mudanças impostas pelo novo reg5ramento exig5em
um considerável investimento inicial.
 Economia de tempo- é inegável a otimização do tempo que a mecanização g5arante ao
processo produtivo. Em todas as etapas, desde a o preparo do solo ate a colheita, isso porque
as máquinas tornam o trabalh6o mais ágil.
 Em produções de alta escala, as actividades seriam praticamente inviáveis sem o uso dessas
tecnologias. Tendo em vista a crescente demanda por alimentos, somente a mecanização
poderia dar conta da produção diante deste tipo de situação.
 Economia de recursos a mecanização pode reduzir os custos da produção em percentagens
variadas de acordo com, o tipo de sector, o tipo de investimento e, o tipo de gerência.

9. VANTAENS E DESVANTAENS.
9.1. Vantagens da mecanização agrícola:
 Maior agilidade e eficiência das actividades;
 Conforto para o trabalhador, durante a execução das tarefas;
 Explorações de áreas maiores;
 Mais segurança durante o trabalho;
 Aumento da produtividade nas produções;
 Economia de tempo;
 Controle de qualidade do produto;
 Redução da mão-de-obra;
 Economia de recursos, reduzindo o desperdício de insumos;
 Maximização do lucro final;
 Capacidade de planeamento e antecipação- em vez de depender do clima para plantar e
colher, agora com as novas tecnólogas agrícolas, é possível saber a ora certa de plantar,
manejar, colher e ate mesmo vender os produtos obtidos no campo. Assim os produtores
conseguem planejar melhor as safras e, também, se antecipar a mudanças no clima trazidas
pelas diferentes estacoes de tempo.

9.2. Desvantagens da mecanização agrícola:

 A principal desvantagem apontada nesse sistema de produção é o seu alto custo de
investimento para a sua implementação;
 A mecanização aumentou o desemprego;
 Contribui para o desmatamento;
 Causa a diminuição da fauna e a flora, consequentemente o desequilíbrio natural do meio
ambiente;
 As máquinas somente devem ser operadas por trabalhadores especializados e qualificados;
 Aumentam os fenómenos do solo como a erosão e a compactação pelo trafego das máquinas
pesadas;
 O trafego das máquinas podem fazer com que se reduza a porosidade do solo, dificultando a
penetração de água e minerais no solo, resultando assim na perca de fertilidade do solo.

-
--

10. Conclusão.
A Mecanização Agrícola-é uma das áreas da Engenharia Agrícola, que se dedica ao processamento,
execução e desenvolvimento dos processos de produção agrícolas por meio da utilização de máquinas,
implementos, ferramentas mecânicas ou qualquer outro meio mecânico.
O uso de máquinas, além de demandar altos investimentos iniciais, também pode afetar o
desenvolvimento da cultura ao induzir a compactação do solo e potencialmente danificar os colmos
remanescentes com o trafego de máquinas nas lavouras (Dias & Sentelas, 208; souza et al.,201;
Braunack & McGarry,2011).
A mão-de-obra utilizada nessa modalidade é qualificada, pois precisa dominar as técnicas modernas e
a operação do maquinário. Em comparação com o modelo de cultivo tradicional da agricultura, a
quantidade de trabalhadores é reduzida, pois a maior parte do trabalho é realizado por máquinas.
A mecanização agrícola trouxe agilidade e rapidez na produção, além de diminuir bastante a mão-de-
obra. Todavia, para a utilização dessas maquinarias agrícolas, é preciso queimar combustível, como
óleo, diesel ou gasolina. Oque prejudica a qualidade do ar, ampliando a poluição atmosférica.
As principais queixas dos ecólogos e ambientalistas, residem no argumento de que esse sistema de
produção utiliza grande quantidade de combustíveis fosseis para o maquinário e contamina o solo, ar
e agua com minerais corretores do solo e agrotóxicos (amarolina ribeiro 2017).

-
--

11. Referencias Bibliográficas.

Kline, C.K.; reen, D.A.G.; DONAUE, r.;1969. Agricultural mechanization in equatorial Africa.
Collee of agriculture and Natural Rsources.
Ustulin, Edson Jose –CANA-DE-ACUCAR-Proteger u meio ambiente e continuar a gerar empregos.
Michian state university, East Lansing.
MIALHE, L. Manual de Mecanizacao Agricola. Editora Agronomica Lisboa, 1984, 301p.
http://www.canaoeste.com.br/
http://www.zootecniabrasil.com.br/