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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA “LUIZ DE QUEIROZ”


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DO SOLO
LSO 0526 – Adubos e Adubação

Condicionadores de solo: obtenção,


características e efeitos no solo
Caracterização e uso eficiente do sulfato de cálcio

Prof. Dr. Godofredo Cesar Vitti


Prof. Dr. Rafael Otto
Doutoranda: Lílian Angélica Moreira
Práticas corretivas
calagem, gessagem e fosfatagem

 Sistema Radicular

Absorção Absorção
 
Água Nutrientes
Profundidade de enraizamento de
diversas culturas
Profundidade do sistema
Local Cultura radicular
(cm)
Milho 20
Brasil Feijão 20
Cana-de-açúcar 60
Feijão 50 - 70
Outros
Milho 100 - 170
países
Cana-de-açúcar 120 - 200
Práticas corretivas

Al x Sistema radicular

Ca x Sistema radicular
Práticas corretivas

Sistema radicular profundo


Manejo químico do solo
Calagem (*)
Gessagem (*)
Fosfatagem (*)
Adubação verde (*)
Adubação orgânica (*)
Adubação mineral
Via solo
Via foliar
Via muda
(*) Práticas que visam aumentar a eficiência da adubação mineral,
isto é, diminuir o valor de “f”

ADUBAÇÃO = (Planta - Solo) x f


1. Conceito
O sulfato de cálcio pode se apresentar, ou ocorrer
sob três formas principais:

1.1 Anidrita
1.2 Gipsita (gesso natural)
1.3 Gesso agrícola (fosfogesso)
1.1 Anidrita - CaSO4
Tabela 2. Composição química e garantias da anidrita (CaSO4).
Composição química Garantias (%)
CaO 41,2
Ca 29,4
SO3 58,8
S 23,5
Fonte: Vitti (2000)

Jazidas: Piauí, Maranhão, Ceará, Rio Grande do


Norte, Pernambuco e Rio de Janeiro.

Uso: Indústria cimenteira.


1.2 Gesso Natural (Gipsita CaSO4.2H2O)
Tabela 3. Composição química e garantias do gesso natural.
Composição química Garantias (%)
CaO 32,5
Ca 23,2
SO3 46,6
S 18,6
R2O3(Fe2O3 + Al2O3) 0,5
Fonte: Vitti (2000)

Ocorrência:
a) Natural - jazidas no Brasil 980 milhões t: produção 9
milhões t ano-1: Piauí, Pernambuco, Ceará e Maranhão.
b) Extração do sal marinho – 70 kg Gipsita/Tonelada de sal.
Frente de lavra no polo gesseiro de Pernambuco.

(Baltazar, Bastos e Luz 2003)


Pernambuco: 700 milhões toneladas Gipsita –
1,1 milhão t/ano de gesso – Chapada do Araripe.

Industrial
Uso
Fonte de S, condicionador de sub-solo –
Vale do São Francisco (Pernambuco e Bahia), Vale
do AÇU (Rio Grande do Norte), Vale do Jaguaribe
(Ceará).
Figura. Frente de lavra em Araripina-PE

(Baltar, Bastos e Luz 2003)


1.3 Gesso agrícola (Fosfogesso)
Obtenção dos Adubos Fosfatados Acidulados
Via Ác. Sulfúrico
H2O S O2

Concent. Apatítico + H2SO4 Ca(H2PO4)2 + CaSO4


Superfosfato simples

CaSO4.2H2O
Fosfogesso
H3PO4
Concent. Apatítico NH3

Ca (H2PO4)2 NH4H2PO4 (MAP)


Superfosfato triplo (NH4)2HPO4 (DAP)
MALAVOLTA (1979)
1. Conceituações
a) Legislação Brasileira Instrução Normativa SDA n.º 35
(04/julho/2006). Artigo 5º, Seção IV, Capítulo II:
garantias mínimas de produtos classificados como
corretivos de sodicidade.
Tabela4. Garantias e especificações do sulfato de cálcio.
Material corretivo de Garantia
Características Obtenção Observação
sodicidade mínima
Cálcio determinado na 1) Produto resultante
O produto anidrita de
forma elementar. Ou de da fabricação do ácido
16% de Ca sulfato de cálcio (CaSO4)
óxido e enxofre na fosfórico;
não poderá ser registrado
Sulfato de cálcio forma elementar. 2) Beneficiamento da
por não apresentar
gipsita.
22% de CaO características corretivas
13% de S de sodicidade do solo.

Outros Demais produtos que apresentem característica de corretivo de sodicidade.


1. Conceituações
b) Legislação Brasileira Instrução normativa n.º 5 de
23/02/2007, Anexo II: Especificações dos fertilizantes
minerais simples.
GARANTIA MÍNIMA/
FERTILIZANTE OBTENÇÃO OBSERVAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
Sulfato de Cálcio 16% de Ca Cálcio e enxofre 1)Produto resultante Apresenta também
13% de S determinados na da fabricação do características de
forma elementar. Ácido Fosfórico. corretivo de
2) Beneficiamento sodicidade.
de gipsita.
1. Conceituações
c) Legislação Brasileira

§ 5, Artigo 7, Seção V, Capítulo II da SDA/n.º 35: “O


produto sulfato de cálcio poderá ser registrado como
condicionador de solo classe “E” (produto que em
sua fabricação utiliza exclusivamente matéria-prima
de origem mineral ou química), cumprindo as
exigências da Tabela 1.
1.3 Gesso agrícola (Fosfogesso)

a) Origem
Ca10(PO4)6F2 + 10H2SO4 + 20H2O 10CaSO4.2H2O + 6H3PO4 + 2HF

Concentrado fosfático Gesso Agrícola Ac. Fosfórico

1 t P2 O5 4 a 5 t de Fosfogesso

BRASIL: 1.843.000t H3PO4/ano


(56% P2O5) 4.500.000 t gesso/ano
1.3 Gesso agrícola (Fosfogesso)
b) Caracterização
CaSO4.2H2O......................................................96,50%
CaHPO4.2H2O...................................................0,31%
[Ca3(PO4)2].3CaF2............................................. 0,25%
Umidade livre.................................................... 17%
CaO.................................................................... 26 - 28 %
S......................................................................... 15%
P2O5................................................................... 0,75%
SiO2(insolúveis em ácidos)................................ 1,26%
Fluoretos (F)...................................................... 0,63%
R2O3(Al2O3+F2O3)............................................. 0,37%
1.3 Gesso agrícola (Fosfogesso)
c) Solubilidade
Solubilidade
Produto
g / 100 mL
CaCO3 (PRNT = 100%) 0,0014
CaSO4.2 H2O (gesso) 0,204

0,204
150 vezes mais solúvel o gesso agrícola
0,0014
1.3 Gesso agrícola (Fosfogesso)

d) Forma física

Pó Branco (Farelado)
Deposição de fosfogesso em pilhas

(Cajazeiras & Júnior)


1.3 Gesso agrícola (Fosfogesso)

e) Comportamento do gesso no solo


e.1) Dissociação

CaSO42H2O H2O Ca2+ + SO42- + CaSO40

Fertilizantes Condicionador
de subsuperfície
1.3 Gesso agrícola (Fosfogesso)
Distribuição de sulfato (SO42-) e de Ca + Mg trocáveis em diferentes
profundidades de um latossolo argiloso, sem e com aplicação de gesso,
após um período de 39 meses (Sousa et al., 1996).

SO 4 2-(me/100g) Ca + Mg (me/100g)

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0 1 2 3 4 5


0 0
10 10
Profundidade (cm)

Profundidade (cm)
20 com gesso 20
30 30 com gesso
40 sem gesso
40 sem gesso
50 50
60 60
70 70
80 80
90 90
1.3 Gesso agrícola (Fosfogesso)
e.2) Gesso e pH  Portanto, gesso agrícola
não corrige pH do solo

H2O
CaSO4.2H2O Ca++ + SO4=
SO4= + 2H+ H2SO4
H2SO4 (ácido forte) 2H+ + SO4=
Obs.: Calcário = OH- + H+ H2O
OH- + Al+++ Al(OH)3
1.3 Gesso agrícola (Fosfogesso)

e.3) Correspondência entre o gesso aplicado e


os teores de Ca no solo
1 t ha1-1t /ha Gesso Agrícola (17%
umidade)

200 kg/ha de Ca = 260 kg/ha de


CaO
150 kg/ha de S
5,0 mmolc Ca / dm -3 ou 0,5 cmolc Ca / dm-3
2. Emprego do gesso agrícola

2.1 Efeito fertilizante


2.2 Correção de solos sódicos
2.3 Condicionador de subsuperfície
2.4 Condicionador de estercos
2.5 “Preventivo” de enfermidade de plantas
2.1 Efeito Fertilizante
• Fonte de enxofre
-Respostas ao enxofre

• Baixo teor de S nos solos tropicais (Oxisolos e Ultissolos);

• Uso de adubos simples e de fórmulas de adubação carentes


em S;

• Variedades mais produtivas  maior extração de S.


• Fonte de enxofre
Interpretação dos teores de S do solo

S (mg dm-3)
Classes
NH4OAc.HoAc. Ca(H2PO4)2 - 500 ppm P
Muito baixo 0,0 - 5,0 0,0 - 2,5
Baixo 5,1 - 10,0 2,6 - 5,0
Médio 10,1 - 15,0 5,1 - 10,0
Adequado > 15,0 > 10,0
Fonte: Vitti (1989)

Obs: 8500 amostras 75% teores B e MB

1 mg S dm-3 = 2 kg S ha-1

Portanto, 15 mg dm-3 = 30 kg ha-1 S


Conteúdo de S em algumas culturas
Produção S total
Cultura
t ha-1 kg ha-1
Arroz 8,0 12
Trigo 5,4 22
Milho 11,2 34
Amendoim 4,5 24
Soja 4,0 28
Algodão 4,3 34
Capim (Pangola) 26,4 52
Abacaxi 40,0 16
Cana-de-açúcar 224,0 96
Resposta na produção de várias culturas ao gesso agrícola como fonte de S

Cultura Aumento (%)


Feijoeiro 9
Repolho 9
Citros 10
Cafeeiro 22-40
Algodoeiro 42
Milho 15
Colonião 25
Colza 50
Arroz 15
Soja 20-30
Cana 08-20
Amendoim 30
Sorgo sacarino 9
Trigo 20
MALAVOLTA e VITTI (1986)
Efeitos da aplicação de gesso agrícola na produção de grãos de soja e feijão em solos
do Estado de São Paulo (*).
Kg ha-1
Tipo de Solo Cultura
+ Gesso __ Gesso Diferença
Latossolo Roxo Soja 1789 1306 + 483
Latossolo Vermelho Amarelo fase arenosa Soja 1608 1258 + 350
Latossolo Vermelho Escuro fase arenosa Soja 1616 1130 + 426
Arenito Botucatu Soja 1608 1258 + 350
Podzólico Vermelho Amarelo Var. Laras Feijão 2216 1961 + 255
Podzólico Vermelho Amarelo Var. Laras Feijão 872 550 + 322
Latossolo Vermelho Escuro fase arenosa (*) Feijão (*) 1699 1104 + 595
(*)Emtodos os ensaios foi utilizado 100 kg/ha de gesso, exceção ao último no qual foi
empregado 250 kg/ha.
Fonte: Vitti e Malavolta (1985)
Enxofre na Soja

N2 + 3H2 Fe / Mo 2NH3 2H2O S/Fe 2H2 + O2


Nitrogenase Ferrodoxina
F B N H2O
N2
FOTOASSIMILADOS

Fixação Biológica
NITROGENASE
H2
FERRODOXINA

PROTEÍNAS

Mo Co
do Nitrogênio NH3
HIDROGENASE

Aminoácidos

Ni
Fe
Fatores de sucesso na fixação biológica
do N2 do ar
• Inoculação eficiente
• Acrescentar Mo, Co e Ni nas sementes
Mo / Fe
N2 + 3H2 2 NH3
• Fornecimento adequado de P e S
S
2 H2O 2 H2 + O2
• Calagem adequada: Ca e Mg
• Sanidade da Soja
SOJA
Conceição das Alagoas/MG

Sem gesso

Com gesso
SOJA
SOJA
SOJA
“Calagem e gessagem em diferentes sistemas de produção”
DEFICIÊNCIA DE S

Fonte: Dirceu L. Broch (Fundação MS)


Enxofre no Cafeeiro

Cafeeiro com deficiência de Cafeeiro que recebeu S na


S, sintomatologia forma de gesso.
semelhante à deficiência de
N.
(Lott et al., 1960) (Lott et al., 1960)
Enxofre no Cafeeiro
Dados experimentais
Respostas ao cafeeiros às doses de S com gesso em kg ha em café
beneficiado. Média de 8 produções em solo de cerrado de Matão – SP.
S (kg ha-1) Produção média (kg ha-1)
0 1.345
16,8 2.079
33,6 2.386 (82% )
67,2 2.446
134,5 2.214
Fonte: Freitas et al . (1961)
Influência de gesso e fosfato em pastagem
de brachiária

Matéria Proteína Taxa de


Kg de peso
Tratamento Seca Bruta lotação
vivo/ha/ano
(kg/ha) (%) (UA/ha)
Fosfato
2775 7,19 0,70 161,3
+Gesso
Fosfato 2304 6,25 0,58 110,1
Controle 1851 6,19 0,47 69,1
Obs.: Gesso - aumenta leguminosas nativas
(Ex.: Stylozantes, Desmodium, Centrosema)
2.1 Efeito Fertilizante
Quando?

S < 15 mg dm-3 (0 – 20 cm) (soja e feijão) ou (20 – 40


cm) (milho, arroz, algodão e cana-de-açúcar) e não
necessitou de gesso como condicionador.
Quanto?
S (mg dm-3) Gesso (kg ha-1)
0-5 1000
6-10 750
11-15 500
> 15 0
2.1 Efeito Fertilizante
Outras fontes de enxofre
2.2 Efeito fertilizante
• Fonte de cálcio
-Principal fonte: Calcário Plantas calcífilas:
Algodão
• Uso: Amendoim
Batata
➢ Ca/Mg < 2,0/1,0
Tomate
➢ V% adequado Maçã
➢ pH adequado Manga
Café
Citros
2.2 Efeito fertilizante
• Fonte de cálcio
-Principal fonte: Calcário
Absorção do amendoim:
Partes da planta Distribuição relativa
F* R*
Ca S Ca S
Folhas 3,9 18,0 66,0 30,0
Hastes 2,9 6,4 17,2 27,1
Casca 4,9 17,3 3,0 7,1
Vagens 88,3 58,3 13,6 35,8
* F= zona de frutificação / R= zona de raízes
Amendoim
Exigência: 113 a 200 kg ha-1 de Ca
Acúmulo de matéria seca
4000

3500 Planta inteira


Parte aérea
Matéria seca (mg/Kg)

3000
Fruto
2500

2000

1500

1000

500

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Idade (semanas)
Amendoim
- promove casca firme e sadia;
- diminui vagens chochas;
- melhor formação dos frutos;
- maior fertilidade das flores;
Funções do Ca
- maior número de ginóforos
- maior crescimento radicular;
- “controla” doenças causadoras de
podridões do solo.
Amendoim

Zona de frutificação

Zona de raízes
Amendoim
Efeito do gesso agrícola na produção do amendoim

Doses de gesso Produção (kg/ha)


(kg/ha) Em casca Em grãos
0 1.644 1.002
125 1.712 1.122
250 1.879 1.207
500 1.927 1.273
Fonte: Pivetta (1978)
Amendoim

Efeito do gesso em amendoim Tatu V- 53 em Latossolo


textura média de Guariba -SP
Gesso Grãos
(kg/ha)
Sacos/ha % aumento
(kg/ha)
0 3281 131 0
500 3510 140 7
1000 4114 164 25
1500 3972 159 21
Fonte: Cruz e Vitti (1988)
Amendoim
Resultados da aplicação de doses crescentes de calcário e gesso na produção
de vagens de amendoim (Quaggio et al., 1988)
Tratamentos Produções médias
Média dos três
Das águas Das águas
Calcário Gesso Da seca (1980) cultivos
(1979/80) (1980/81)
--- t/ha --- Kg/ha
0 3809 1640 1067 2162
1L 1969 1369 1579 2305
0 1C 1619 1499 2017 2378
2L 4249 1304 1750 2434
2C 3864 1511 1737 2370
0 4185 1800 1750 2578
1L 3862 1302 1612 2258
1,5 1C 3986 1608 2008 2534
2L 4339 1599 2062 2969
2C 3708 1771 1975 2484

L = aplicação a lanço; C = aplicação em cobertura

Aumento de 1,0 t de grãos/ha com adição de 1t de gesso/ha


Amendoim

Usina Amália
Amendoim
Amendoim
Amendoim
Amendoim

500 kg.ha-1 (Localizado)


Recomendações:

1000 kg.ha-1 (Área total)

Época: Dose total no início do florescimento


Amendoim

Época de aplicação: florescimento


Tabela 18. Interpretações das relações Ca/Mg do solo para citros.

Ca/Mg Interpretação
1a3 baixa
4a6 normal
7 a 10 alta
> 10 muito alta

Ca++ > Mg++ > K+


9 3 1
a
25 5 1
Ca x Produção

y = 108 + 120,3 x
y = kg frutos/4 plantas
x = % Ca foliar

Para uma produção de 4 caixas/pé equivalente


a 164kg o teor de cálcio foi de 4,5%.
VISUALIZAÇÃO DE DEFICIÊNCIA (Ca)
VISUALIZAÇÃO DE DEFICIÊNCIA (Ca)
VISUALIZAÇÃO DE DEFICIÊNCIA (Ca)
Principais Variedades (Cultivares) - Manga

➢Keitt
➢Haden “Soft Nose”
➢Palmer
➢Tommy Atkins
➢Van Dyke
➢Kent
Palmer
Tommy Atkins

Haden
Polpa de manga com soft-nose

Fonte: Santos Filho e Matos (2000).


Figura. Soft-nose ou apodrecimento da polpa em manga
Tommy Atkins (município de Cândido Rodrigues, SP).
Figura. Detalhe de soft-nose em corte transversal de manga Tommy Atkins
(município de Cândido Rodrigues, SP).
Ocorrência:
Relação N / Ca > 0,5
Young & Miner (1961) concluíram que a incidência de
"soft-nose" aumenta quando a relação N/Ca nas folhas da
manga é superior a 0,5.

Y = - 127,2 + 148,8 N + 45,0 Ca - 51,3 N/Ca


 explicou 64% da ocorrência da “Soft Nose”
Exemplo:
Relação N / Ca = 0,6, ou seja:
1Kg de N para 1,66Kg de Ca
Y = - 127,2 + 148,8 (1,0) + 45,0 (1,66) - 51,3 (0,6)
Y= 65,5%
Influência da aplicação de fertilizantes N, P e K e gesso sobre
a produção e qualidade dos frutos da mangueira.
Frutos Ca no solo N/Ca folhas Frutos normais
N P2O5 K2O gesso
por 1988 1991 1988 1991 1988 1991
g / planta planta¹ meq/100dm³ %

0 0 0 0 139 0,9 1,1 1,0 1,0 15 40

150 200² 480 0 162 0,5 2,4 1,0 0,9 46 86

300 200² 480 0 155 0,4 1,6 1,0 0,8 44 83

0 200² 480 0 203 0,8 2,4 0,9 0,8 40 92

150 200³ 480 2,9 245 1,6 3,1 0,9 0,4 40 97

300 200³ 480 2,9 198 1,6 3,5 1,0 0,5 33 58

600 200³ 480 2,9 150 2,5 1,0 0,7 0,5 35 89

(1)
Média de Quatro safras . (2)Superfosfato simples e (3)Superfosfato triplo.
Fonte : Pinto et al. (1994)
Manga

Recomendação de gessagem, de acordo com a classificação


textural – Fonte de Ca.
Dose de gesso agrícola (cultura perene)
Textura do solo
kg.ha-1
Argila < 30 até 2000

Argila > 30 até 3000

Repetir aplicação após 3 anos dependendo do


resultado da análise de solo 20 a 40 cm
Efeitos do gesso agrícola na cultura da macieira
Tratamento Ano
1985 1986
Cálcio nas folhas (%)
Sem gesso 1,35 1,04
Com gesso 1,36 1,58
Cálcio nos frutos (%)
Sem gesso 0,029 0,029
Com gesso 0,030 0,035
Frutos (kg planta-1)
Sem gesso 6,8 4,4
Com gesso 7,0 9,1
Frutos (números planta-1)
Sem gesso 68 76
Com gesso 56 75
Pavan, Bingham e Peryea (1987)
“Bitter pit” - Maçã
“Bitter pit” - Maçã
2.2 Correção de solos sódicos
Efeito dos sais sobre o solo
2.2 Correção de solos sódicos
Efeito dos sais sobre o solo
2.2 Correção de solos sódicos
Efeito dos sais sobre o solo
RAS PROBLEMAS DE INFILTRAÇÃO
0–5 sem problema RAS = Na
5 – 10 Problemas crescentes Ca + Mg
> 15 severos problemas
2

Tipo de Solo CE PSl


ds/m %
Normal <2,0 <15
Ligeramente salino 2,1- 3,9 <15
Salino >4,0 <15
Sódico (no –alcalino)
salino <4,0 >15
–sódico (salino
Salino -alcalino) >4,0 >15
2.2 Correção de solos sódicos

Reação:

- Na
ARGILA + CaSO4.2H2O  ARGILA Ca + NaSO4-

- Na

Solo sódico Gesso Solo normal Lavagem


Classificação, índices relacionados com
salinidade e modo de recuperação do solo
Solos C.E.1 (dS/m) pH em água PST2 Recuperação
Normal <4,0 - <15 -
Salino > 4,0 <8,0 <15 Lavagem dos sais
Sódico até 4,0 8,5 a 10,0 >15 Gesso e lavagem
Salino - Sódico > 4,0 - >15 Gesso e lavagem
1Condutividadeelétrica;
2Porcentagem de sódio trocável

PST = Na X 100
CTC
2.2 Correção de solos sódicos

NG= (PSTI – PSTF) x CTC x 86 x h x ds


100
NG = Necessidade de Gesso, em kg/ha
PSTI – PSTF = diferença entre a % de saturação inicial de sódio e a
final desejada
CTC = capacidade de troca catiônica em subsuperficie, em cmolc/dm3
86 = equivalente grama do gesso
h = profundidade do solo que se deseja recuperar, em cm
ds = densidade do solo (g/cm3)

Richards (1974)
2.2 Correção de solos sódicos

Relação entre as quantidades de gesso ou de enxofre e de sódio trocável


Na Gesso* S*
meq/100 g t/ha t/ha
1 4,2 0,77
2 8,4 1,54
3 12,6 2,33
5 21,0 3,88
8 33,6 6,21
10 42,0 7,77
* Correção na profundidade de 0-30 cm

Fonte: USDA, 1954


2.2 Correção de solos sódicos

Recuperação de áreas com excesso de resíduos:


Cana-de-açúcar: vinhaça (alto K).

Outras culturas: polpa cítrica celulose (alto Na).


2.2 Correção de solos sódicos
Cana-de-açúcar

Recuperação de áreas com excesso de vinhaça

(alto K)
Reação:
-K
ARGILA + CaSO4.2H2O  ARGILA Ca + KSO4-
-K
Solo com
Gesso Solo normal Lavagem
excesso de K
2.3 CONDICIONADOR DE SUB-
SUPERFÍCIE
• Aspectos gerais
Distrófico (V < 30%)
Solos com horizonte B
Álico (m > 50%)

Al
m= x 100
Al + Ca + Mg + K

Em sub-superfície: Baixo teor de Ca; Alto teor de Al

Veranicos
Dias de
veranico 8 10 13 18 22
Frequência 3 x ano 2 x ano 1 x ano 2 x 7anos 1 x 7anos

40
cm
50
Profundidade cm
do solo que
atinge ponto
de murcha
permanente 65
cm

90
cm
110
Solo cm
úmido

Probabilidade de ocorrência de veranicos


CPAC Brasília, 1975
adaptado de Wolf
Dias de
veranico 10 15 20 25 30
Frequência 1 x ano 1 x ano 1 x ano 1 x ano 1 x 2 anos

50
cm
75
Profundidade cm
do solo que
atinge ponto
de murcha
permanente 100
cm

125
cm
150
Solo cm
úmido

Probabilidade de ocorrência de veranicos


EMBRAPA, 2013
2.3 CONDICIONADOR DE SUB-
SUPERFÍCIE
• Mecanismos/Resultados
Consequências:

(1) aumento do cálcio em profundidade;


(2) diminuição na saturação por alumínio isto é, pelo
aumento do Ca na CTC efetiva;
(3) diminuição na absorção de Al pelas raízes devido
a formação de AlSO4+ .
2.3 CONDICIONADOR DE SUB-
SUPERFÍCIE
• Mecanismos/Resultados
Consequências:
Dissociação do CaSO40 em profundidade

H2O
CaSO4.2H2O Ca++ + SO4= + CaSO40
Troca iônica entre o Ca2+ do gesso e o Al3+ adsorvido a fração argila
 Ca++
 Al3+
ARGILA + 3Ca++ ARGILA  Ca++ + 2Al3+
 Al3+  Ca++
2.3 CONDICIONADOR DE SUB-
SUPERFÍCIE
• Mecanismos/Resultados
Consequências: Complexação do Al3+

CaSO4.2H2O x CaCl2

Al3+ + OH- AlOH2+


(tóxico)
Al3+
AlOH2+ + OH- AlOH+
(Não tóxico)
AlOH+ + OH- AlOH0
(Não tóxico) AlSO4+ AlCl2+
(Não tóxico) (tóxico)
Al3+ + 3OH- Al(OH)3
(tóxico) (Não tóxico)
Enraizamento
cm NORMAL COMPACTAÇÃO TOXIDEZ DE ALUMÍNIO DEF. DE CALCIO
0

27 cm
31 cm 33 cm
40

76 cm
80
2.3 CONDICIONADOR DE SUB-
SUPERFÍCIE
• Mecanismos/Resultados
Nutrientes absorvidos (contidos na palha e grãos) pela cultura do trigo, submetida a
veranico na época da floração, em função da aplicação de gesso agrícola ao solo.
N P K Ca Mg S
Gesso
kg/ha
Sem 80 15 53 12 11 7
Com 120 22 80 16 16 12
Fonte: Sousa et al. (1996)
2.3 CONDICIONADOR DE SUB-SUPERFÍCIE
• Mecanismos/Resultados

Diagnóstico
Culturas anuais / perenes 20 a 40; 40 a 60 cm (anuais)
Amostragem de solo

20 a 40; 40 a 60; 60 a 80 cm (perenes)

Ca < 5,0 mmolc dm-3 ou 0,5 cmolc dm-3 e/ou

Al > 5,0 mmolc dm-3 ou 0,5 cmolc dm-3 e/ou


Saturação por alumínio (m%) > 30 (CFSEMG, 1989)
V < 35% (Vitti e Mazza, 2002)
2.3 CONDICIONADOR DE SUB-SUPERFÍCIE
• Mecanismos/Resultados

Diagnóstico

Culturas anuais / perenes Camadas compactadas


Abertura de trincheiras
Principalmente culturas perenes

100 cm de profundidade

Localização: entre duas plantas da cultura perene


(estende-se até o meio da entre-linha)
2.3 CONDICIONADOR DE SUB-SUPERFÍCIE

DIAGNÓSTICO PARA RECOMENDAÇÃO

Amostras de 20 a 40cm

- Ca < 5 mmolc dm-3


- Al > 5 mmolc dm-3
- Saturação por alumínio (m%) > 30
ou
- Saturação por bases (V% < 30)
2.3 CONDICIONADOR DE SUB-SUPERFÍCIE
CRITÉRIOS PARA RECOMENDAÇÃO

1) EMBRAPA (SOUSA et al., 2004)

Culturas anuais NG (kg/ha) = 50 x argila (%)


ou
5,0 x argila (g kg-1)

Culturas perenes NG (kg/ha) = 75 x argila (%)


ou
7,5 x argila (g kg-1)
 Um dos critérios mais consolidados
 Porém nem todo produtor faz análise granulométrica
2.3 CONDICIONADOR DE SUB-SUPERFÍCIE

CRITÉRIOS PARA RECOMENDAÇÃO

2) VITTI et al. (2004)


V < 35 % (camada de 20 a 40 cm)
NG (t/ha) = (50 – V1) x CTC
500
50 = saturação por bases desejada em subsuperfície
V1 = saturação por bases atual do solo em subsuperfície
CTC = capacidade de troca catiônica em subsuperfície em mmolc/dm-3

 Bastante utilizado para cana-de-açúcar


 Também tem sido usado para outras culturas
Na cultura da cana-de-açúcar

1 t /ha Gesso Agrícola (17% umidade)

5,0 mmolc Ca / dm -3 ou 0,5 cmolc Ca / dm -3


2.3 CONDICIONADOR DE SUB-SUPERFÍCIE
CRITÉRIOS PARA RECOMENDAÇÃO

3) CAIRES E GUIMARÃES (2016)


Camada diagnóstico: 20-40 cm

Elevação da saturação por Ca na CTCe


O método se baseia em elevar a saturação por CaCTCe do subsolo
(20-40 cm) a 60%

NG (t ha-1) = (0,6 x CTCe - teor de Ca cmolc dm-3) x 6,4

 Método recente
 Desenvolvido para região Sul
Métodos de Recomendação de Gesso
Jaguariaíva – (PR)
Profundidade Argila Al Ca Mg K m
(cm) % cmolc dm-3 %
20 - 40 17 1,4 0,2 0,2 0,09 74

Ca ≤ 0,4Cmolc.dm-3 /AI ≥ 0,5 Cmolc.dm-3 / Saturação por AI (m) 40%


(Raij et al, 1996; Ribeiro et al., 1999; Sousa & Lobato, 2002)

Saturação por CaCTCe= 11% (< 54%)


(Caíres & Guimarães, 2016)

Teor de Argila Sousa & Lobato (2002) Raij et al.(1996)

NG (kg.ha-1) = 50 x Argila (%) = 50 x 17 = 850 = 0,85 t ha-1


NG (kg.ha-1) = 60 x Argila (%) = 60 x 17 = 1020 = 1,0 t ha-1
Elevação da saturação por Ca na CTCe (Caíres & Guimarães, 2016)
NG (t ha-1) = (0,6 x CTCe — teor de Ca em cmolc.dm-3) x 6,4
NG (t ha-1) = (0,6 x 1,89 — 0,2) x 6,4 = 6,0 t ha-1
Produção de milho e soja em resposta à aplicação de gesso em um Latossolo
Vermelho-Amarelo distrófico típico, textura areia franca, sob sistema plantio direto.
*: P < 0,05.
+ 32
Milho Sc ha-1
8000

7000
Produção de grãos (kg ha-1)

6000
Y = 5299,00 + 474,70x – 25,39x²
R² = 0,97*
5000

4000 Soja +16


Sc ha-1
3000

Y = 2045,00 = 244,40x – 13,96x²


2000 R² = 0,99*
0
0,0 1,5 3,0 6,0 12,0
Gesso (t ha-1)

Eduardo Caires - UEPG


Confronto entre a necessidade de gesso (NG) estimada por diferentes
métodos e as doses associadas com as produtividades máximas de milho, soja,
trigo e cevada obtidas em experimentos realizados em solos sob plantio direto da
região Sul do Brasil.
NG estimada (t ha-1)

Métodos
50 x Argila (%) 60 x Argila (%)
propostos
4 r = 0,20 6 r= 9 r=
0,20 0,83
3 6
4
2
2 3
1
0 0 0
0 2 4 6 8 10 0 2 4 6 8 10 0 2 4 6 8 10

NG para a máxima produtividade (t ha-1)


FONTES usadas para a extração dos dados: Caires et al. (2001), Caires et al. (2002), Caires et al.
(2011), Rampim et al. (2011), Dália Nora & Amado (2013), Michalovicz et al. (2014), Pauleth et al.
(2014), Zandoná et al. (2015) e Los Galetto (2016).
Eduardo Caires - UEPG
2.3 CONDICIONADOR DE SUB-SUPERFÍCIE

CRITÉRIOS PARA RECOMENDAÇÃO

4) CIRCULAR TÉCNICA IPEF 2015

NG (kg ha-1) = (4 – Ca20-40) x 20 x Profcm x 10


%Cagesso (18%)

Recomendada nas condições:


• Plantações estabelecidas no Cerrado
• Região que apresenta alta limitação hídrica
• Solo com teor Ca no subsolo inferior a 4 mmolc dm-3

 Recomendada para Eucalipto


RESPOSTA DAS CULTURAS
AO GESSO AGRÍCOLA
SOJA

Slide original: Eros Francisco (2014)


Resultados com o uso de gesso (cana-planta)
- Produção em t ha-1 na cana planta (LVd) m = 80% e Argila > 70% - PE

Colheita 1 - Trapiche
147
127,5
117,75
98,75
TCH
TAH

12,27 15,13 14,46 18,15

Testemunha Calcário 2ton Gesso 2 ton Gesso 1 ton


+calcário 1 ton
Fonte: Oliveira et al. (2005)
Resultados com o uso de gesso (cana-soca)

- Efeito Residual, Produção em t ha-1 na 1° soca

Colheita 2 - Trapiche

103,3
88,84
80,57
72,31
TCH
TAH

Testemunha Calcário 2ton Gesso 2 ton Gesso 1 ton


+calcário 1 ton

(Oliveira et al., 2005)


Fonte: Sousa et al. (2015)
2.3 CONDICIONADOR DE SUB-SUPERFÍCIE
• Mecanismos/Resultados
Ação do gesso na saturação por bases do solo e na produtividade de soqueiras de cana,
cv. SP 70-1143, em solo arenoso distrófico. Destilaria Galo-Bravo, Ribeirão Preto, SP
Profundidade V* 2º corte 3º corte 4º corte
Tratamento Média
(cm) (%) 09/84 09/85 07/86
------------------Produtividade (t/ha)------------------
NK 0-20 60 97 106 59 87
20-40 25
40-60 15
NK + 0,5 t/ha 0-20 60 99 114 60 91
20-40 58
40-60 18
NK + 1 t/ha 0-20 60 96 113 82 97
20-40 48
40-60 25
NK + 2 t/ha 0-20 64 105 125 71 101
20-40 45
40-60 23
*Análises feitas três anos após instalações. Fonte: DEMATÊ, 1986.
2.3 CONDICIONADOR DE SUB-SUPERFÍCIE
• Mecanismos/Resultados
Distribuição de raízes no solo 27 meses após a aplicação dos tratamentos

Fonte: MORELLI et al. (1992)


2.4. CONDICIONADOR DE ESTERCOS
Perdas de amônia durante a fermentação de esterco
Aplicação de Gesso Agrícola
 Adicionar 5 a 10% de
gesso agrícola

Us Catanduva – V.O.
2.4. CONDICIONADOR DE ESTERCOS

Quantidade de gesso a adicionar em função do tipo de esterco:


Esterco kg gesso.dia -1
Gado e cavalo 0,25 a 0,50 kg/cabeça
Porco e ovelha 0,125 a 0,25 kg/cabeça
Galinha e frango 0,25kg/100 cabeças
(Fonte: MALAVOLTA et al., 1981).

Compostagem = 10 % de gesso agrícola


2.5 Preventivo de enfermidades de plantas

Efeito da aplicação superficial de 2,0 t ha-1 de gesso agrícola na emergência


de plântulas de algodão.

Dias após emergência


Tratamento 3 4 5 9 12
______________ Emergência (%) ______________

Controle 12 22 35 56 68
Gesso agrícola 37 45 55 69 79
MILLER (1988)
2.5 Preventivo de enfermidades de plantas

Efeito da adição de cálcio, em substrato infestado ou não com


Phythium spp., sobre a média percentual de plantas sadias de tomate.
Média de plantas sadias
Dose Infestado Infestado
Fontes de Ca Não
t há-1 ** pH com P. com P.
infestado
myriotylum dermatum
Gesso 10 4,3 79,3 a 56,8 a 51,3 a
Gesso 5 4,2 84,3 a 71,8 a 49,8 a
Gesso +
Dolomita 5 5,5 88,3 a 44,3 b 16,5 a
Dolomita 5 6,3 91,5 a 4,0 c 9,8 b
Dolomita 10 6,2 90,8 a 1,0 c 9,5 b
Controle 0 4,3 81,0 a 1,0 c 22,8 b
* Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Duncan (5%).
** 0 a 15 cm de profundidade
3. TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO
SEQUÊNCIA DE APLICAÇÃO DE CORRETIVOS

1. Calagem (incorporação profunda – até 40 cm)

2. Gessagem (incorporação moderada – até 20 cm)

3. Fosfatagem (incorporação superficial – até 10 cm)

4. Plantio

OUTRA OPÇÃO É APLICAÇÃO DE CALCÁRIO E GESSO MISTURADOS


3. TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO

Dosador de corretivo do tipo “Força Gravimétrica”

A A) De dois discos e dosador volumétrico


tipo esteira

B B) De um disco e dosador gravimétrico

Fonte: LUZ (1989)


3. TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO
De dois discos e dosador volumétrico tipo esteira
3. TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO
De dois discos e dosador volumétrico tipo esteira
3. TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO
Aplicação incorreta
3. TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO
Esquema da coleta do perfil transversal de aplicação

Trator  N

O E

Aplicador de Corretivo

Coletores


Eixo de Aplicação Fonte: LUZ (1997)
3. TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO
Esquema da coleta do perfil longitudinal de aplicação

Trator  N

O E

Aplicador de Corretivo 

Coletores 

Fonte: LUZ (1997)


CALCÁRIO MISTURADO COM GESSO

Dologesso
Produtos Características
Calcário dolomítico Fosfogesso CaO MgO S PRNT
----------------------------------------------%----------------------------------------------
80 20 30 10 3,0 75
70 30 30 9 4,5 65
60 40 30 8 6,0 55
50 50 30 8 7,5 45

DGMS – Dolomítico Gesso Micronizado S-enxofre


CaO MgO S PRNT
------------------------------------------%-------------------------------------------
31-33 14-17 2,25 80-83
Menor quantidade de gesso (15%), produto micronizado com
maiores valores de Mg e PRNT
CALCÁRIO MISTURADO COM GESSO

Calcário tradicional Dologesso micronizado


Possibilidade de maior descida no
0,8 cm ano-1 Revolvimento
perfil de solo

H+ H+ H+ Al3+ H Al3+ H H Al3+ H+ H+ Al3+ H Al3+ H H+ Al3+


+ + + H+ + +
gesso gesso gesso
H+ Al3+ Al3+ H+ Al3+ H+ Al3+ H+ Al3+ Al3+ H+ Al3+ H+ Al3+
H+ H+ H+ H+
Al3+ Al3+ Al3+ Al3+ Al3+
Superfície (0 – 20Alcm)
3+
Al3+ Al3+
Al3+ Al3+ Al3+ Al3+
Al3+ Al3+ Al3+ Al3+ Al3+
Al3+
Al3+
4. VIABILIDADE ECONÔMICA
Pólos de distribuição de gesso agrícola

Uberaba - MG
Cubatão - SP
Jacupiranga – SP
Catalão – GO
Imbituba- SC

Preço dependente do frete


Gesso Agrícola

A utilização correta desse insumo no sistema


agropecuário inicia-se com amostragem e análise
do solo, continua com a correção do solo através
do uso do calcário, seguida da aplicação de gesso
agrícola e termina com a aplicação do fertilizante.
Conclusões

1. O gesso agrícola tem diversas funções: fonte de S ou


Ca, condicionador de subsuperfície, correção de
solos sódicos ou condicionador de composto
orgânico
2. O uso mais comum é como condicionador de
subsuperfície  resistência a veranicos
3. Melhor resultado quando associado com calcário 
gesso não corrige o pH
Conclusões

4. Regiões Sul e Sudeste  gesso agrícola


5. Região Norte e Nordeste  gesso natural (gipsita)
5. Região do Cerrado (alto preço devido a frete)
 uso do Superfosfato Simples é uma opção
7. Diversos critérios para recomendação: use aquele
mais apropriado para a região e cultura em questão
Obrigado!
Prof. Dr. Godofredo Cesar Vitti
gcvitti@usp.br
Prof. Dr. Rafael Otto
rotto@usp.br

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