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Domínio de Referência 1: Contexto Privado.

Tema: Valores Éticos e Culturais

Queremos um mundo mais sustentável, com economias estáveis e sociedades


mais justas e inclusivas. É um objetivo difícil, mas não impossível se contarmos
com a participação dos governos, instituições, empresas e, principalmente, de
uma cidadania responsável e comprometida.

Não se nasce cidadão exemplar, é preciso formá-lo. Da mesma forma que


aprendemos matemática e idiomas, deveríamos fazer um mestrado naquelas
lições básicas para o convívio social tal como: respeito, empatia, igualdade,
solidariedade ou pensamento crítico. Sem estes e outros princípios éticos que
nos definem como seres humanos, dificilmente seremos capazes de construir
um mundo melhor.

Desde muito cedo que venho a incutir na minha filha alguns valores muito
importantes que a irão ajudar no futuro, esses valores devem ser
transmitidos desde pequenos como o simples gesto de partilhar, de saber
que se magoa a eles aos outros também irá magoar. Desde os 4 anos que
incuto à minha filha que pode existir amor entre duas pessoas do mesmo
sexo, ou que há pessoas que se sentem melhor em serem mulheres ou
homens e que está tudo bem, isso não irá afetar em nada a saúde ou o
bem-estar dela, mas sim o que o mais importante é a tolerância, o
respeito, o amor pelo próximo e a empatia.

Na escola da minha filha existem várias crianças que infelizmente não


podem ter o tanto de comida que a minha filha tem, então muitas vezes na
lancheira da minha filha mando lanche a mais para que ela possa dividir
com os meninos que não tem o que comer, pois conheço caso de
crianças que a única refeição que consomem é a da escola mesmo nas
férias escolares o refeitório faz refeições para as crianças do 1 e do 2
escalão mesmo a minha filha não precisando dessa refeição peço sempre
para que seja entregue a crianças que realmente precisem.

“Voluntariado”:
Na instituição onde residi durante 1 ano e meio, mensalmente, em regime de
voluntariado, ajudávamos no projeto de distribuição de alimentos, roupas e
brinquedos. A minha principal missão na altura era selecionar e colocar em
sacos os bens, e posteriormente entregá-los a quem os necessitasse de vir
receber.

Este projeto tem como objetivo prestar o apoio às famílias e/ou indivíduos
carenciados, distribuindo géneros alimentares assim como roupa e brinquedos,
e, assim tentar colmatar situações familiares graves de carência económica.

Almoço de convívio
Fundadora Luiza Andaluz

Principais valores educativos

A educação é baseada em valores que aborda várias questões relacionadas


com o civismo e a ética, entre as quais:
A empatia
Quando nos colocarmos no lugar das outras pessoas em termos
emocionais, melhoramos a capacidade para resolver conflitos e entender as
opiniões dos outros.

A igualdade de oportunidades
É o princípio de que todos somos iguais, e é um dos pilares da democracia e,
além disso, favorece a inclusão social e a vida em Sociedade.

O respeito pelo meio ambiente


A educação baseada em valores faz-nos perceber sobre as consequências dos
nossos atos no planeta e nos incute o respeito pela natureza.

 O cuidado da saúde
Devemos minimizar os riscos para a saúde promovendo atitudes adequadas e
abordando a educação em saúde a partir de uma visão dinâmica, pessoal e
que chegue a todos.

 O pensamento crítico
Esta forma de pensar torna-nos mais observadores, ensina-nos a reconhecer a
informação da qualidade e ajuda-nos a resolver melhor os problemas.
Atualmente existem duas teorias diferentes sobre a natureza dos valores. 

A pedagogia tradicional reconhece regras éticas diretas e universais que


podem ser adquiridas com a aprendizagem. Todavia, uma abordagem mais
inovadora defende que a moral é relativa e que depende de cada pessoa.

Referente às estratégias mais habituais para educar com base em


valores:

 Recusar a discriminação.

 Denunciar as atitudes menos boas para a sociedade sem condenar os


outros.

 Ter na ideia de que todos podemos mudar e que somos merecedores


de uma segunda oportunidade.
São muitos os aspetos da identidade e da cultura portuguesa, que fazem com
que o nosso país seja tão encantador. Desde o que se põe na mesa durante
um almoço de família, passando pelos hábitos mais comuns, os detalhes
culturais estão sempre presentes, sendo preservados e passados, de geração
em geração.

Doces

Os mais famosos e que sempre vão bem acompanhados de um cafezinho são


ovos moles, pastel de nata (ou pastel de Belém), bola de Berlim, torta de
nozes, torta de amêndoas, jesuítas, queijada, churros e farturas. Esses dois
últimos são muitos consumidos nas festas populares.

Café

O café entra nessa lista porque é um dos hábitos mais característicos dos
portugueses, eu pessoalmente não vivo sem ele ahahaha.

Num café ou restaurante, sempre tem alguém a fazer uma paragem rápida pela
manhã para tomar café ou depois do almoço e até depois do jantar, seja um
expresso (café curtinho) ou um abatanado (café longo).

Vinho

Os vinhos portugueses também fazem parte da nossa cultura e são


reconhecidos e premiados pela qualidade. E por aqui, o hábito de beber ao
menos uma tacinha durante a refeição também é cultural e vai da tua
preferência, verde, branco, tinto ou rosé.
A cerca de meia hora da cidade de Lisboa, Bucelas é uma sub-região de
vinhos muito especial. Considerada região demarcada desde 1911, esta tem
como cartão de visita o Arinto e é a partir desta casta branca que são
produzidos todos os vinhos. Esta região faz parte da Rota de Vinhos de
Bucelas, Carcavelos e Colares, cada uma delas com características únicas.

Fado

O fado é um dos mais tradicionais estilos musicais do nosso país. Em uma


apresentação tradicional de fado vemos o fadista (que canta), com o
acompanhamento de guitarras portuguesas e clássicas. A guitarra portuguesa
tem um formato diferente. Visitei diversas tasquinhas em Lisboa aquando da
minha avó era fadista e aos fins de semana me levava com ela a percorrer
todas as ruas para ela fazer o que mais gostava.

A minha avó fadista

Existem vários tipos de fado, como o fado do Marinheiro, fado de Coimbra, fado
de Lisboa, entre outros. E muitos temas podem fazer parte de uma letra do
estilo musical, mas os acontecimentos da vida cotidiana, as paixões, dores e
saudades estão muito presentes nas canções.

Religião
A religião é uma parte muito importante da cultura e da nossa identidade.
Assim, são muitas as pessoas que cultivam com firmeza hábitos de afirmação
de fé, como comparecer a missas semanalmente, ir a santuários cumprir
promessas e participar de festas religiosas. Além do Santuário de Nossa
Senhora de Fátima local que recebe milhares de visitantes todos os anos,
também integramos as rotas do Caminho de Santiago de Compostela
(como o Caminho Português da Costa), por
onde circulam muitos peregrinos todos os
anos.

Santuário de Fátima

Mosteiro da Batalha Festas


populares
Vila de Óbidos
As festas populares também são uma parte importante da nossa cultura que
merece destaque. São inúmeras que acontecem pelo país em várias fases do
ano.

Feira Medieval em Santarém

Nestes dias existem espetáculos de Fogo, Danças, Falcoaria, Treino de


armas, Feira de artigos regionais, mercado de sabores, caminhada, desfile
infantil, visita á Cisterna do Convento, entre muito mais.

Família

A proximidade com a família é muito


presente na cultura do nosso país. Em geral,
nós prezamos muito pela convivência,
gostamos de passar tempo junto com a família, ir à casa dos avós ou visitar os
pais.

Ainda se mantém o hábito de reunir a família para almoços, jantares e


comemorações que reúnem todos, dos mais velhos aos mais novos membros
da família como na Páscoa ou no Natal.

Diferenças da cultura portuguesa para a brasileira

É verdade que existem pontos em comum entre a cultura brasileira e a


portuguesa, mas depois de viver em Portugal (num ponto de vista de uma
amiga brasileira e tem a filha na turma da minha pequena) fica mais fácil
entender que também existem várias diferenças culturais entre os dois países.
Por exemplo na língua (Português) embora seja a mesma língua ambas são
faladas de forma bastante diferente. Outra diferença de culturas é a questão de
fazermos amizades, no dia a dia também acabamos por perceber pequenos
hábitos que são diferentes entre os dois países, como a forma de encontrar
amigos. Nós portugueses costumamos levar mais tempo para fazer amizades,
enquanto os brasileiros são mais rápidos. Mas de novo, não se trata do certo
ou errado, é apenas diferente.

Domínio de Referência 4: Contexto Macro-estrutural.

Tema: Escolhas Morais Comunitárias


A inclusão continua a enfrentar dificuldades. As comunidades ciganas são
parte integrante da sociedade e da economia europeia, mas são também
muitas vezes vítimas de preconceito, discriminação e exclusão.

Durante séculos os ciganos pertenceram a uma cultura sem escrita, sem


literatura própria. É um povo de tradição oral e não literária. Essa falta de uma
escrita que possa contar os seus costumes, os seus pontos de vistas e
experiências, dificulta a interpretação da memória da cultura cigana e a análise
sobre as suas práticas sociais.

A integração não significa necessariamente a inclusão. A integração não se


refere apenas a realidades objetivas (poder ir à escola ou ir ao médico sem
pagar, por exemplo) mas implica as atitudes subjetivas face a essas realidades
(perceber, sentir e acreditar que vale a pena ir à escola, ou que vale a pena ir
ao médico). Em Portugal, as comunidades ciganas são um dos grupos mais
afetados pela pobreza e a exclusão social e no qual persistem muitos
preconceitos e estereótipos. As condições precárias de habitação, as baixas
qualificações escolares e profissionais, e a dificuldade de acesso à maioria dos
bens e serviços de saúde, emprego, educação e formação, entre outras
carências, marcam a vida nestas comunidades onde a pobreza tende a ficar e
a transmitir-se de geração em geração.

Com a crise, o retrato social de Portugal nos últimos anos é traçado com
“desigualdades sociais”, a crise cavou bem fundo na situação social dos
desempregados, dos trabalhadores precários, dos pobres, dos que têm menos
estudos, dos nossos jovens em transição para o mercado de trabalho, das
mulheres com menos recursos, dos imigrantes mais desfavorecidos, daqueles
que todos os dias saem do nosso país para irem ao encontro de melhores
oportunidades de trabalho e uma melhor qualidade de vida. Desde a crise que
veio para ficar em 2008 o que aconteceu no nosso país em termos de
desigualdades em setores como no emprego, na educação, nos rendimentos e
na Saúde. Desde há quase uma década, Portugal viveu (e ainda vive) uma
crise social e económica profunda que afetou a sociedade em geral, mas recai
particularmente nos grupos mais vulneráveis e menos protegidos que
conheceram não só um agravamento das suas condições de vida, como uma
redução das oportunidades e ambições. A crise cavou fundo na situação social
dos desempregados, dos trabalhadores precários, dos pobres, dos pouco
escolarizados, dos jovens em transição para o mercado de trabalho, das
mulheres com menos recursos, dos imigrantes mais desfavorecidos, daqueles
que saíram do país ao encontro de melhores oportunidades, dos que têm
menos capacidades.

Não é novidade, que os últimos tempos têm sido particularmente desafiantes e,


após dois anos de pandemia, que agravaram as desigualdades. Observamos
uma sociedade dividida, que reforçaram incertezas, estereótipos, discursos de
ódio e desigualdades. As Organizações da Sociedade, que procuram fazer face
aos diversos desafios globais através da Educação para o Desenvolvimento e
Cidadania, olham com tristeza para estes dados, e preocupam-se com a fraca
consciência coletiva e mobilização dos cidadãos.

Temos de refletir e atuar duramente rumo à transformação social, porque as


desigualdades e a pobreza também são combatidas com conhecimento, com
informação, com a forma como eu vivo/existo no mundo, e com a influência e o
poder que cada cidadão tem.

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