Você está na página 1de 2

CP4B – Processos Identitários

Reflexão

Aveiro, 06 maio 2019

O ser humano em sociedade?!


Atualmente vivemos num mundo influenciado pelas mais diversas culturas. Cada
cultura tem sua identidade própria, sua forma de sentir, ser e estar na vida. Suas crenças,
tradições e costumes são o seu alimento que faz mover seu motor numa determinada
direção. A identificação com uma identidade cultural, seja pela língua, religião, raça,
costumes..., se de certa forma nos une, por outro lado, fecha-nos para novas
possibilidades que podem abrir e expandir nossos horizontes para descobrir outras
formas de ser e estar na vida.

O aumento exponencial da globalização teve um papel ainda mais impactante


para que as sociedades se tornam-se mais multiculturais. Isto fez com que tivéssemos
acesso a bens, serviços e contacto com outras culturas que até então desconhecíamos.
Hoje, com apenas um clique no rato e através de uma “janela” podemos sentir o aroma,
mesmo que virtual, do outro lado do mundo e conhecer o que até então era
desconhecido. Se por um lado isto veio facilitar-nos a vida até certo ponto, por outro
lado, fez com que, começássemos a ter mais relações virtuais do que reais. Sinto que a
falta do contacto humano pode vir a ser um mal futuro, uma carência que estejamos a
desenvolver, algo que teremos de reivindicar para podermos viver de uma forma mais
empática.
Cada um de nós, sendo como um grupo ou individualmente, estamos inseridos
numa sociedade formada por pessoas de diferentes culturas. Todos nós temos hábitos,
crenças e formas de estar e de ser diferentes. O meio ambiente no qual estamos
inseridos acaba por ter um papel determinante naquilo que somos hoje. Pergunto-me
eu: Com toda esta diversidade global, quem sou eu? Por vezes, confundido no meio de
tanta diversidade e diferença é muito fácil um individuo ou sociedade perder sua
identidade, aquilo que o diferencia um do outro. É necessário alguma maturidade e
discernimento para que não possamos perder-nos nesse labirinto multicultural sem
adquirir hábitos e crenças de outras culturas que possam vir a desvirtuar-nos. Respeito
a diferença que existe entre os seres humanos e suas diferentes culturas, mas fico
revoltado com todo o tipo de atitudes que venham a comprometer os valores que
considero essenciais para que tenhamos uma vida em e paz e harmoniosa. Defendo
todos os valores que tenham como base o amor e rejeito todos os que são criados a
base do medo e de fundamentos que não respeitam outros seres.

Considero que, a diversidade de culturas veio acima de tudo, ensinar-nos a olhar


para a diferença, que não é assim tão diferente. Temos é que colocar umas lentes que
nos permitam olhar para os outros de uma forma empática, compassiva e solidária.
Todos temos os mesmos direitos, sejam quais forem, portanto, todo o ser humano,
independentemente da sua raça, religião, etnia., sua condição económica e/ou social.
Podemos ser diferentes na fisiologia ou até na cultura, mas será que isso faz de nós
melhores ou até diferentes uns dos outros? Em sua essência, não seremos Um Só? Todas
estas crenças que possuímos não serão apenas máscaras que nos fazem separar uns dos
outros? Talvez por ignorância e/ou porque agimos movidos pelo medo ou por valores
que nos fazem acreditar que não existe outra forma de viver sem ser aquela pela qual
olhamos o mundo. Desejo com todo meu ser que cheguemos a um ponto na raça
humana em que vivamos como UM Todo e que todas essas diferenças e preconceitos
sem fundamentos acabem.

____________________ ____________________
Formando: Carlos Santos Formador: Júlia Lopes

Você também pode gostar