Professor

Manual do Professor____________66

1
EDITORIAL

Atos dos apóstolos se apresenta como um documento histórico extremamente

importante para igreja. Seus registros nos dão um norte de como deve ser o funcionamento
da igreja e de sua missão na terra. O estudo proposto para o trimestre leva-nos ao
conhecimento das nossas origens espirituais como igreja, propondo uma análise contextual
dos principais acontecimentos registrados no livro.

. Para tanto, o aluno estudante terá a oportunidade de fazer uma reflexão dos
fundamentos bíblicos que respaldam a visão missionaria da igreja em sua ótica bíblica e
teológica.

Por fim, estas 13 lições nesta nova edição da Revista “O ALUNO PENTECOSTAL”,
lhe ajudarão a visualizar um caminho de crescimento espiritual e revitalização ministerial,
impelindo a igreja a dar continuidade a missão apostólica.

O “Aluno Pentecostal ” tem o objetivo divulgar os temas relacionados à educação

cristã, proporcionando a troca de informação e o debate sobre questões e temas
emergentes, que despertarão em cada aluno, o interesse em participar da Escola Bíblica
Dominical e adquirir novos conhecimentos. “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao
SENHOR” (Oséias 6.3)

Os Editores.

O Aluno Pentecostal
Av. São Vicente de Paula, 84 – Araturi- CE – Brasil
CEP: 61652510 e-mail: alunopentecostal22@gmail.com
Fone(85)988460162 (OI)

Ano I – 19ª Edição – Agosto 2019

O Aluno Pentecostal é uma revista da Igreja de Deus no Brasil, produzida pelo Departamento Nacional de Publicação (DNP), que
tem a finalidade de instruir, informar e formar um caráter cristão. Esta é uma revista de circulação interna que, dentro dos limites
legais e da liberdade de expressão, visa alcançar os interesses doutrinários e os posicionamentos da denominação a que é
vinculada. As lições assinadas pelos colaboradores são de responsabilidade dos mesmos.

2
 Texto Áureo
“Pois não podemos LEITURA EM CLASSE
deixar de falar tudo
Atos 1.1-5
quanto vimos e ouvimos”.
Atos 4.20 1 Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de
tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas
Verdade Central a ensinar,
Jesus mostrou todo Seu 2 Até ao dia em que foi recebido em cima,
amor a cada ponto de depois de ter dado mandamentos, pelo
Sua missão. Este amor Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera;
ainda é o mesmo por 3 Aos quais também, depois de ter padecido,
se apresentou vivo, com muitas e infalíveis
nossas vidas e deve ser provas, sendo visto por eles por espaço de
visto como exemplo pela quarenta dias, e falando das coisas
Noiva de Cristo. concernentes ao reino de Deus.
Leitura Diária: 4 E, estando com eles, determinou-lhes que
não se ausentassem de Jerusalém, mas que
Segunda-feira
esperassem a promessa do Pai, que, disse
Rm 6.23 ele, de mim ouvistes.
Terça-feira 5 Porque, na verdade, João batizou com
Jo 1,12 água, mas vós sereis batizados com o
Quarta-feira Espírito Santo, não muito depois destes dias.
Sl 143.10
Quinta-feira
Rm 1.16
Sexta-feira
Mc 16.15
Sábado
1 Pe 3.15

3
INTRODUÇÃO
É aceito pela maioria dos eruditos que o livro de Atos dos apóstolos foi escrito
pelo doutor Lucas. Homem que, por sua vez, provavelmente tenha se convertido ao
evangelho depois de alguns contatos pessoais com o apóstolo Paulo, na sua
segunda viagem missionária. Para se ter uma boa compreensão do livro de Atos, e
do seu propósito para igreja, iniciaremos a nossa primeira lição do trimestre fazendo
uma pequena análise das características do seu escritor e das possíveis motivações
que o levaram a produzir o livro.
1 – DETALHES TÉCNICOS DO LIVRO
1. Referência a Lucas 3. Contextualização do Livro
Se a tradição da igreja estiver Lucas, bem mais que outros escritores,
certa, e Lucas realmente se converteu conseguiu compreender a exatidão do
através do apóstolo Paulo, é provável seu chamado. Além das naturais
que ele tenha absorvido algumas das preocupações espirituais, este médico
suas características. Sendo assim, imprimiu toda uma contextualização de
podemos dizer que Lucas não informações políticas e religiosas para
absorveu apenas a ousadia e o os seus leitores no livro de Atos. Isto se
atrevimento espiritual do apóstolo, mas
percebe na atenção dada às ocasiões
também aptidão para usar suas
em que os apóstolos Pedro e Tiago são
ferramentas intelectuais para ser um
presos por Herodes (At 12 1-5), Paulo e
escritor evangelista.
Silas açoitados e acorrentados na
2. Quem era Teófilo prisão (At 16. 23), a idolatria dos
Tanto o evangelho de Lucas atenienses na passagem de Paulo pela
como o livro de Atos são endereçados cidade (At 17.16) e o alvoroço dos
a este personagem chamado Teófilo. A seguidores da grande deusa Diana
etimologia deste nome vem do grego
após o descrédito da sua profissão (At
“Téo”= Deus e “filo” = amigo, traduzido
19.28). Estes detalhes, fora os outros
significa amigo de Deus. Para alguns,
que compõem o livro, fazem de Lucas
devido a composição técnica do nome,
Lucas não se referia necessariamente um escritor preciso e detalhista. O que,
a uma pessoa. O termo poderia muito de certa forma, realça um
bem ser uma forma contextual de se perfeccionismo saudável neste
referir aos cristãos. Porém, validando a personagem que merece ser levado em
tradição da igreja, Teófilo consideração por aqueles que querem
possivelmente era o emissário das produzir no reino de Deus com
obras de Lucas. Cuja missão era excelência
repassá-las nas diversas localidades e
igrejas pelo mundo (Lc 1.3; At 1.1).

4
2 – BENEFÍCIOS DA INTELECTUALIDADE
1. Profundidade na
compreensão.
Tanto Paulo quanto Lucas se
identificam por uma formação
acadêmica, Paulo na área da teologia e
Lucas na área da medicina.
Partilhando, assim, da mesma história
de aprendizado. Os dois provavelmente
tiveram a mesma percepção que o
evangelho não reprime a
intelectualidade humana.
Apesar de ela ser usada por alguns
para diluir o sentido espiritual das
escrituras, Deus sempre se utilizará de
homens e mulheres dotados por uma
formação de nível superior para cumprir
os seus propósitos. Uma verdade que
ao ser percebida por Lucas e por Paulo
os levaram a se tornarem cristãos
inteligentes, sem perderem ação da
graça de Deus em suas vidas (Tg1.5).
3 – AS VERDADES FUNDAMENTAS DE ATOS
1. Apresentar os fatos marcantes
da Igreja
Atos é um livro que se prende a
uma didática cronológica. Para os
menos íntimos com ele, o livro tem o
interesse de mostrar a história da igreja
no primeiro século, destacando os seus
eventos mais marcantes, como, por
exemplo, a ascensão de Jesus, a
escolha de Matias como apóstolo, o dia
de pentecostes, a pregação de Pedro,
a perseguição da igreja, a conversão de
5
2. Competência na execução.
Lucas, como escritor do evangelho,
mostrou-se um pouco mais enfático em
algumas verdades do que os outros. De
modo que, mesmo não sendo ele uma
testemunha ocular do ministério de
Jesus, se preocupou em fazer um
trabalho de investigação minucioso
junto aos apóstolos e testemunhas
oculares das obras de Jesus. O seu
propósito era escrever um livro sobre o
evangelho com a maior seriedade
possível nos fatos. Esta ação aponta
para um homem que provavelmente
decidiu abdicar de suas funções na
medicina para torna-se alguém
exclusivamente dedicado a obra do
Senhor. O que hoje para alguns é tido
como inadequado, para Lucas tornou-
se uma nobre expressão de sabedoria
(Mt 19.29; Lc 9.23).
Saulo, a pregação nos territórios
gentios e por fim a missões de Paulo e
o seu cárcere. Todos estes temas
estão colocados numa ordem de tempo
fáceis de compreender, viabilizando um
profundo registro sobre os
acontecimentos na igreja aos leitores
do livro.
2. Apresentar a Origem da Igreja
De todos os livros inspirados na
bíblia, Atos dos apóstolos prende a
nossa atenção por narrar uma história
rica em detalhes e acontecimentos
relacionados à igreja. Para um bom
esquecermos de onde viemos e
quem somos. Em dias em que a Igreja
vive uma séria crise de identidade,
pautada pela religiosidade e descrença
nos propósitos de Deus, tais como
evangelização e unidade no corpo de
Cristo. Precisamos compreender que
apenas olhando para as nossas origens
poderemos resgatar a chama do ser
Igreja novamente, não pertencente
apenas a uma denominação e sim ao
reino de Deus (Lc.17.21).
3. Apresentar a Defesa da Igreja
Segundo estudiosos, o livro de
Atos, na condição de um registro
histórico da igreja, tem também o
propósito de defender o cristianismo de
ameaças políticas relacionadas a
cristão, Atos deve ser um livro lido e
relido com a finalidade de nunca nos
Roma que na época governava várias
nações do mundo. Apesar da
perseguição aos cristãos pelo império
ter sido um fato avassalador não
registrado no livro por não haver
começado ainda (At 23.10; 26.32),
Lucas age preventivamente contra a
possível hostilidade social,
naturalmente prevista ao cristianismo,
dado a sua resistência a perversão das
religiões romanas e ao culto ao
imperador, ponto chave que levou
pouco tempo depois do imperador Nero
iniciar uma serie de perseguições aos
cristãos do primeiro século. Neste
sentido, objetivo do livro é mostrar,
através dos seus registros a Roma, que
a igreja não possui propósitos políticos,
mas espirituais, relatados através da
sua história.

CONCLUSÃO
A introdução ao livro de Atos é apenas uma prévia daquilo que nos aguarda
neste trimestre. Começamos pelos apontamentos da vida e obra do autor disponíveis
e caminharemos com ousadia por todo vasto conhecimento de Deus disponível no
livro. Portanto, sejamos insaciáveis na busca pelo conhecimento detalhado da
história da igreja, e como recompensa desfrutemos de um bem-estar espiritual
parecido com o dos cristãos primitivos.

Questionário

1) Em qual das viagens missionárias de Paulo, possivelmente, Lucas se

converteu?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________

6
2) Cite os benefícios da intelectualidade:
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________

3) Segundo a tradição da igreja quem era Teófilo?

______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________

7
Texto Áureo
“Os quais lhes disseram:
Homens galileus, por que
estais olhando para o céu? LEITURA EM CLASSE
Esse Jesus, que dentre vós
Atos 1.6-12
foi recebido em cima no
céu, há de vir assim como 6 Aqueles, pois, que se haviam reunido
para o céu o vistes ir”. Atos perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu
1.11 neste tempo o reino a Israel?
7 E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos
Verdade Central ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu
A ascensão de Cristo é a próprio poder.
certeza da sua 8 Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que
há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas,
ressurreição da vinda tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e
futura do Seu Reino. Samaria, e até aos confins da terra.
Leitura Diária: 9 E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às
alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a
Segunda-feira seus olhos.
Jo 20.17 10 E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto
Terça-feira ele subia, eis que junto deles se puseram dois
Lc 24.50,51 homens vestidos de branco.
Quarta-feira 11 Os quais lhes disseram: Homens galileus, por
que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que
Mc 16.19
dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir
Quinta-feira assim como para o céu o vistes ir.
Jo 14.2 12 Então voltaram para Jerusalém, do monte
Sexta-feira chamado das Oliveiras, o qual está perto de
Jo 7.33 Jerusalém, à distância do caminho de um sábado.
Sábado
1Tm 3.16

8
INTRODUÇÃO
A ascensão de Jesus marca a sua despedida aos discípulos, no entanto,
mesmo que este evento pareça simplório, a sua narrativa apresentada por Lucas traz
uma série de detalhes que nos dão uma direção de como visualizar a profundidade
que envolve este maravilhoso acontecimento e a perspectiva que ele nos oferece
como cristãos.
1 – OS ANSEIOS PELA RESTAURAÇÃO DA NAÇÃO
No último contato de Jesus com os persas, depois os gregos e por
seus discípulos, eles o indagaram com último os romanos.
a seguinte pergunta: “Senhor será
Um quadro que mostra o quão triste
neste tempo que restauras o reino a
pode ser as consequências do pecado
Israel?” (At1.6). Esta pergunta revela
para uma nação. Em um tempo em que
um grande anseio no coração dos
práticas como aborto,
discípulos de Jesus por ver a sua nação
homossexualismo e pedofilia tentam se
tornando-se uma pátria livre. Vejamos
impregnar na nação, a igreja precisa
as condições políticas em que a nação
clamar ao Senhor para que Ele venha
se encontrava nos tempos de Jesus:
sarar a nossa terra, antes que o juízo
1) Sob o domínio de governos de Deus recaia sobre ela (Sl 144.15).
estrangeiros. 2) Sem liberdade de política
Já fazia muito tempo que Israel não interna.
sabia o que era ser uma nação
Depois de se tornar vassalo de várias
independente. Segundo a bíblia, a
nações ao longo dos tempos, Israel não
desobediência dos reis da nação, bem
sabia mais o que era liberdade política.
como do povo, os levou a pagar o maior
Toda forma organizada de governo era
preço espiritual da sua história. No ano
repreendida severamente pelos
722ac, estando dividida por dois reinos,
opressores da nação. Segundo a
o reino norte de Israel composto por
história, o período de maior hegemonia
dez tribos foram esmagados pelo reino
para Israel, desde a sua ocupação por
Assírio e seu povo deportado para
nações estrangeiras, ocorreu no
territórios sobre o seu governo,
período intermediário entre o antigo e
havendo assim a extinção genealógica
novo testamento, especificamente no
da nação que, passou a se misturar
ano 164ac, na revolta dos Macabeus.
com outras nações. Como resultado
das mesmas ações, por volta do no ano Neste período Israel fazia parte
606ac, o reino sul, composto por Judá do império de um dos generais do
e benjamim, foram dominados pelos falecido Alexandre o grande, que
babilônios, sendo preservados da conquistou a pérsia e que, por sua vez,
extinção. Na queda da babilônia vieram conquistou a babilônia. O nome do

9
general era Seleuco, este tinha por
governador da palestina Antíoco III, que
posteriormente deu lugar ao seu
sucessor, que tornou-se um dos piores
malfeitores da nação de Israel, Antíoco
Epifânio. Nesta data, sob o domínio
grego, a nação de Israel foi submetida
ao processo de helenização, devendo
abandonar os seus costumes para
abraçar a cultura grega. A nação
passou por forte repreensão neste
período, devido a resistência de alguns.
Segundo consta, em represália a
resistência dos judeus, Antíoco
Epifânio profanou o templo de
Jerusalém, colocando nele uma estátua
de Zeus, ao mesmo tempo em que lhe
sacrificava porcos. Este ato deu início a
revolta de um grupo de judeus liderado
por Judas Macabeus, os quais
conseguiram derrotar repentinamente
os batalhões selêucidas, que
guardavam a cidade de Jerusalém,
garantindo por certo tempo um período
de liberdade, até que vieram os
romanos e transformaram a nação
novamente em vassalo. O ato heroico
dos macabeus até hoje é celebrado na
2 –A RESTAURAÇÃO DO ESTADO POLÍTICO DE ISRAEL
Antes da restauração da nação
de Israel como estado político, ela
passou por alguns baques. Vejamos os
principais:
1) ... A destruição de
Jerusalém.
Tragédia ocorrida logo após da
revolta de um grupo de judeus as
guarnições romanas na cidade de
Jerusalém. Esta retaliação levou o
general romano Tito a ordenar, sobre o
10
nação de Israel conhecido como a festa
de Hannukah.
3) Super Patriótica.
Se havia uma característica incomum
na nação de Israel com outras nações
era o patriotismo. Pode ser que para os
judeus daquele período, este amor a
nação fosse até maior do que em
outras. Os judeus, mesmo estando
debaixo do senhorio romano, nunca
perderam a esperança de terem uma
pátria livre. Esta perspectiva convergia
em alguns momentos com a
mensagem do evangelho pregada por
Jesus. Acredita-se que o próprio Judas
Iscaríotes, entregou Jesus na tentativa
de influenciar algum tipo de revolução.
Enfim, o super patriotismo em Israel
consolida uma das principais
realidades paralelas no contexto
político da nação no período de Jesus
que, de certa forma, chegou a
contrastar um pouco a sua missão. Em
todo caso o patriotismo se torna
benéfico, quando não ofende ou se
iguala ao amor que devemos dar a
Deus (Mt 22.21).
comando de Nero, a destruição da
cidade e o genocídio em massa dos
seus moradores, calamidade já prevista
por Jesus na sua palavra (Lc 13 34.35),
que removeu de uma vez por todas
quaisquer chances de futuras revoltas
no período.
2) ... Holocausto.
O holocausto, nome dado ao
genocídio em massa dos judeus
durante a segunda guerra mundial.
Ação que teve por consequência o
antissemitismo, ideia que exalta a
desigualdade entre raças. Para os
alemães, governados pelo ditador Adolf
Hitler, os judeus compunham uma raça
parasita, devendo ser banidos do
convívio social ou exterminados. Sobre
esta ideia, seis milhões de judeus
residentes dos territórios europeus
foram mortos nos campos de
concentração nazistas. Logo em
seguida, como retribuição ao
sofrimento dos judeus, a ONU
(Organização das Nações Unidas), no
ano de 1947, decidiu recriar um estado
judeu, o qual voltou a ser chamado de
Israel. Esta ação cumpriu a profecia do
livro de Zacarias 10.6-8:
“Fortalecerei a casa de Judá, e
salvarei a casa de José, e os farei
3 –ASCENSÃO DE JESUS
A ascensão de Jesus aos céus
tornou-se uma ocasião que serviu para
fortalecer a fé dos discípulos, por gerar
algumas expectativas em seus
corações, que seriam fundamentais
para o cumprimento da missão que os
aguardava. Vejamos quais foram:
1) A espera pelo poder.
“Mas recebereis poder ao descer
sobre vós o Espírito Santo e sereis
minhas testemunhas tanto em
Jerusalém, como em toda Judéia e
Samaria e até os confins da terra”
(At.1.8).
O poder do Espírito Santo, como auxilio
a pregação do evangelho, foi uma das
expectativas nascidas no coração dos
11
voltar, porque me compadeço deles; e
serão como se eu não os tivera
rejeitado, porque eu sou o Senhor, seu
Deus e os ouvirei. Os de Efraim serão
como valente, e o seu coração se
alegrará como pelo vinho; seus filhos o
verão e se alegrarão; o seu coração se
alegrará no Senhor. Eu lhes assobiarei
e os ajuntarei, porque os tenho remido,
multiplicar-se-ão como antes se tinha
multiplicado.”
Apesar da restauração do estado
político de Israel não ter acontecido
numa data prevista pelos discípulos. A
promessa se cumpriu! Algo que mostra
que podem passar os tempos, mas
Deus sempre será fiel em suas
promessas.
discípulos no momento da ascensão de
Cristo. Toda pessoa que ainda não
desfrutou da experiência de ser
batizado no Espírito Santo deve manter
esta expectativa acessa em seu
coração, com o propósito de
desempenhar o seu ministério com
maior eficiência e carisma.
2) Espera pelo retorno de
Cristo.
“Ditas estas palavras, foi Jesus
levado às alturas, a vista deles, e uma
nuvem o encobriu dos seus olhos. E
estando eles com olhos fitos no céu
enquanto Jesus subia, eis que dois
homens de branco se puseram ao lado
deles e lhes disseram: varões galileus,
por que estais olhando para as aturas?
Este Jesus que foi assunto ao céu virá comprometida. Contudo, não podemos
da mesma forma que o viste subir” (At permitir que isto aconteça. Como
1.9-11). cristãos, devemos aguardar a volta do
Messias mais do que qualquer outra
Geralmente, devido ao apego natural
coisa, lembrando que apenas no seu
que temos a vida terrena, esta
retorno teremos completa paz.
expectativa acaba sendo
CONCLUSÃO
Encerramos esta lição compreendendo que unicamente em Cristo temos a
plena confiança do cumprimento das suas promessas e do seu plano perfeito para
as nossas vidas. Estejamos sempre firmes em seus propósitos, aguardando como
sinal de obediência o seu retorno.

Questionário

1) Qual o nome do grupo revolucionário que se levantou no período intermediário

entre o antigo e o novo testamento?

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________________________________________________________________

2) Quais eram as condições políticas que a nação de Israel se encontrava nos

tempos de Jesus?

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3) Comente com suas palavras, o genocídio em massa dos judeus durante a

segunda guerra mundial, acentuando o que mais lhe chamou atenção neste
triste acontecimento.

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12
 Texto Áureo
“E lançando-lhes sortes,
caiu a sorte sobre Matias. LEITURA EM CLASSE
E por voto comum foi
contado com os onze Atos 1.21-26
apóstolos.” Atos 1.26
21 É necessário, pois, que, dos homens que
Verdade Central conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor
Ser testemunha ocular de Jesus entrou e saiu dentre nós,
22 Começando desde o batismo de João até ao dia
Cristo, de suas obras e
em que de entre nós foi recebido em cima, um
ensinos era indispensável deles se faça conosco testemunha da sua
para ser apóstolo de ressurreição.
Jesus. 23 E apresentaram dois: José, chamado Barsabás,
Leitura Diária: que tinha por sobrenome o Justo, e Matias.
24 E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor
Segunda-feira dos corações de todos, mostra qual destes dois
1 Pe 2.9 tens escolhido,
Terça-feira 25 Para que tome parte neste ministério e
Jr 1.5 apostolado, de que Judas se desviou, para ir para o
Quarta-feira seu próprio lugar.
Dt 14.2 26 E, lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre
Quinta-feira Matias. E por voto comum foi contado com os onze
Jo 15.16 apóstolos.
Sexta-feira
2Ts 2.14
Sábado
Sl 105.43

13
INTRODUÇÃO
A escolha de Matias como apóstolo sagrado representou o respeito à formação
dos 12 apóstolos escolhidos por Jesus. Havia um significado espiritual profundo de
governo nesta formação, que representava a nação por meio da união das suas 12
tribos. Aos nossos olhos, aparentemente Matias estava sendo escolhido para uma
posição de valor inferior, já que Jesus havia se ascendido aos céus. Contudo,
pertencer àquela formação era o ganho do direito de se assentar num lugar de honra
no palácio celeste para julgar a nação (Mt 19.28).
1 – O QUESITO DE UM VERDADEIRO SEGUIDOR
1) Ser fiel. escolha dos diáconos. Ser apóstolo
tinha uma responsabilidade que
Para tomar posição deste transcendia o arbítrio dos discípulos, e,
apostolado junto aos apóstolos era por isso, usaram um costume antigo
preciso ter acompanhado Jesus do seu para fazerem a escolha, decidiram
batismo à sua ascensão aos céus. Dos lançar sortes. Não é mencionado o
cento e vinte presentes, dois foram método utilizado por eles, mas sabe-se
escolhidos: José chamado Barsabás, que após Pedro fazer uma oração
cognominado o justo, e Matias. Destes apresentado a vida dos dois, a sorte cai
dois deveria sair o substituto de Judas sobre Matias. Que passa a ser
Iscariotes, que na fala de Pedro é escolhido para ser um apóstolo de
lembrado como aquele se extraviou, Cristo. Tal cerimônia nos faz
deixando um importante alerta para compreender a responsabilidade que
ambos para não seguirem o mesmo há por detrás de um título ministerial,
caminho do antecessor. Esta para aqueles que têm se autointitulado
mensagem deveria servir como uma ministro de Cristo sem permissão
exortação aos candidatos ao ministério, divina, fica o repúdio das sagradas
ao mesmo tempo em que deve ecoar escrituras e o protesto daqueles que
profundamente em nossos corações pagaram um alto preço para hoje serem
como uma poderosa advertência para considerado como tais.
nunca trocarmos Jesus por nada! (Ap
2.10; Cl.1.7). “São hebreus? Também sou. São
israelitas? Também sou. São
2) Ter certeza do seu descendência de Abraão. Também
chamamento. sou. São eles ministros de Cristo (falo
A escolha do apostolado era algo como fora de mim) eu muito mais: em
tão sério para os discípulos que trabalhos, muito mais; muitos mais em
nenhum deles, por mais autoridade que prisões; em açoites, sem medida; em
tivesse, ousou nomear alguém ou até perigos de morte, muitas vezes...” (1 2
pôr em votação, como foi feito na Co 11.22-24).

14
2 –VIRTUDES DA FORMAÇÃO DE MATIAS
1) Humildade.
Apesar de Matias não ter sido
inicialmente escolhido por Jesus para o
grupo dos doze apóstolos,
provavelmente ele tenha participado da
equipe dos setenta discípulos enviados
para as aldeias para pregar o
evangelho. (Lc 10.1-7). Isto faz de
Matias um discípulo experiente, ainda
que não tão próximo como outros.
Porém, o seu distanciamento, de certa
forma, nos apresenta um lado positivo,
a sua humildade. Cujo qual não sendo
tão visto e nem estando sobre os
holofotes da multidão, não deixou de
seguir Jesus. Este belo exemplo faz de
Matias um apóstolo de um alto carisma,
e, sem dúvida, uma referência de
modéstia e simplicidade (Mt 5.3; 1Pe
5.8).
3 –ASCENSÃO DE JESUS
Como apóstolo, Matias teria as
seguintes funções:
1) Governo.
Por mais que entre os doze
houvesse um líder, cabia a equipe
chegar a um consenso em relação a
questões do tipo doutrinária,
administrativa e pastoral. Nunca deverá
haver PAPAS nas igrejas, quando o
assunto envolve administração de um
ministério, ainda que exista um líder a
frente do corpo ministerial com
moderada autonomia, se faz
extremamente necessário que este
15
2) Paciência.
Trazendo para os nossos dias, estar
no centro da vontade de Deus tem sido
um desafio para muitos. Num tempo em
que as oportunidades têm sido
negociadas e o imediatismo tem tirado
a muitos do lugar da benção, chegar a
uma posição de honra como Matias
chegou sem ter que bajular ou comprar
alguém, é uma virtude que merece
respeito e admiração. Como cristãos,
devemos ser radicais e pacientes na
questão de esperar o tempo de Deus
para as nossas oportunidades de
crescimento, seja no ministério ou no
trabalho secular. Não é preciso fazer
nada, a não ser esperar pelo
cumprimento da vontade Deus em
nossas vidas (Sl 40.1; Is 40.31).
esteja aberto para ouvir e ponderar as
opiniões dos demais companheiros do
ministério. Este regulamento implica
numa ação de respeito à congregação
e de devoção ao oficio ministerial.
Perdemos muito, quando as coisas não
funcionam desta maneira. Por causa
disto, muitos líderes tem carregado um
fardo pesado no ministério, que mais
cedo ou mais tarde os conduz a um
tremendo desgaste espiritual (1Pe
5.2.3).
2) Serviço.
Como apóstolo, Matias teria que
aprender a servir, o que em
pormenores, exige uma habilidade
especial para identificar e suprir as
necessidades da igreja. Um dos
grandes problemas envolvendo cargos
de lideranças é que muitos não sabem
servir corretamente. Quando não se
prendem demais em tarefas
secundarias, esquecendo-se do estudo
da palavra e da oração, acham que por
serem líderes na igreja estão eximidos
de simples tarefas como evangelizar,
cuidar de novos convertidos e até quem
sabe, ajudar na limpeza do templo. Por
mais que haja pessoas especificas para
fazer trabalhos secundários na igreja, o
verdadeiro líder age segundo a
necessidade do corpo de Cristo,
podendo sim, participar destes
trabalhos, especialmente o da
evangelização, que é um dever pessoal
de cada um. Todavia, em função de
toda complexidade envolvendo cargos
de liderança na igreja, todo cuidado é
pouco quando se trata de colocar
alguém numa função de governo na
igreja. Segundo a bíblia esta função
deve estar restrita a novos convertidos
e aos imaturos, para que não se
ensoberbeçam no exercício da função
(1 Tm 3.6).
3) Conquistar territórios.
É provável que uma boa parte dos
apóstolos tenha deixado a função
administrativa da igreja em Jerusalém
para se aventurarem em outras nações
como missionários. Este fato mostra
que ser apóstolo, acima de tudo, é ser
um enviando de Deus a desbravar
territórios com autoridade,
conquistando vidas e fazendo
discípulos no reino de Deus, fundando
igrejas e estabelecendo liderança para
as tais (Tt 1.5). Matias torna-se um
exemplo de apóstolo porque tem o
fundamento da sua vocação na escolha
de divina e com certeza, ainda que sem
muitos registros sobre os seus feitos,
soube aplicar sua chamada apostólica
no progresso do reino de Deus.

CONCLUSÃO
Concluímos esta lição deixando Matias como um exemplo a ser seguido, na
condição de uma pessoa que nos mostra que não precisa estar sobre os holofotes
para ser reconhecido como discípulo do Senhor e, muito menos, fazer parte da
equipe principal da liderança da igreja para servir ao Senhor, Matias nos ensina que
a única coisa que realmente importa é seguir a Jesus, sendo conhecidos ou não, este
é o nosso dever irrefutável.

Questionário

1) Segundo a lição, quais são as funções do apostolado de Matias?

16
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

2) De qual personagem Matias deveria assumir o lugar de apóstolo?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3) Em sua opinião, qual é a virtude que mais lhe impressionou em Matias.
Explique o porquê?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

17
Texto Áureo
“E todos foram cheios do
Espírito Santo, e
LEITURA EM CLASSE
começaram a falar noutras
línguas, conforme o Espírito Atos 2.1-11
Santo lhes concediam que
falasse”. Atos 1.26 1 E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos
concordemente no mesmo lugar;
Verdade Central 2 E de repente veio do céu um som, como de um vento
veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que
O batismo do Espírito estavam assentados.
Santo é resultado da 3 E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de
busca e perseverança fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a
pela oração. falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes
Leitura Diária: concedia que falassem.
5 E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens
Segunda-feira religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.
At 1.3-5 6 E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e
Terça-feira estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua
própria língua.
At 2.38-41 7 E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos
Quarta-feira outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que
At 4.31 estão falando?
Quinta-feira 8 Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua
em que somos nascidos?
At 19.6 9 Partos e medos, elamitas e os que habitam na
Sexta-feira Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia,
1Co 12.13 10 E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene,
Sábado e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,
11 Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas
Lc 11.13 próprias línguas falar das grandezas de Deus.

18
INTRODUÇÃO
Sem dúvida o evento mais significativo do livro de Atos. O dia de pentecostes é
considerado umas das datas mais importantes para a história da igreja e para os
judeus, por ser uma das três festas principais do seu calendário anual. Nesta lição
faremos um estudo considerando todo o contexto que envolvia esta data, no
propósito de compreender o valor deste acontecimento para igreja de Cristo.
1 – DIA DE PENTECOSTES
1. O que é Pentecostes 2. O pentecostes no novo
testamento
O pentecostes, ou festa das
semanas, era uma festividade O novo testamento pouco nos
sagrada para o povo de Israel, que informa de como funcionava o
acontecia 50 dias, ou sete semanas, procedimento da festa no período. Pela
depois do segundo dia da páscoa. apresentação do texto de Atos, era uma
De acordo com o calendário anual festa de grande mobilidade para a
judaico, sua celebração tinha o nação. Judeus espalhados por outras
propósito de relembrar a entrega das nações e simpatizantes do judaísmo
tabuas da lei, que foram dadas à compareceram nesta data para
nação 50 dias depois da saída do celebrar a festa. Paulo, mesmo depois
Egito, de celebrar a colheita da de ter se tornado apóstolo dos gentios,
cevada e de ser uma ocasião para continuava a celebrar a festa, que até
entrega das primícias. Geralmente então não possuía nenhum simbolismo
esta festa acontecia entre o mês de ofensor ao cristianismo (At 20.6, 1Co
maio e junho e tinha por objetivo 16.8). Tal exemplo mostra que o
mobilizar toda a nação a se respeito e admiração a pátria escolhida
apresentarem diante do Senhor no Israel permanecia no coração do
seu santo templo (Lv 23 4-7; 15.16). apóstolo, mesmo sendo assíduo
defensor dos direitos das nações de
exercerem o cristianismo sem
influência dos costumes judaicos.

2 –ETAPAS DO PENTECOSTES
O pentecostes estava para pedido sinaliza as etapas que os
ganhar um novo significado. Jesus, discípulos deveriam se submeter para
pouco antes de se ascender aos céus, receberem a dádiva espiritual do
fez um pedido aos seus discípulos, que revestimento de poder.
ficassem em Jerusalém até que fossem
1) Obediência a palavra.
revestidos de poder (Lc 24.49). Este
19
 “E eis que envio sobre vós a
promessa do meu pai, ficai, porém em
Jerusalém, até que do alto sejais
revestidos de poder” (Lc 24.49).
Os discípulos tinham a missão de
permanecerem em Jerusalém até que
recebessem o poder do Espírito Santo.
Para os discípulos, o princípio da
obediência em permanecer na cidade
era fundamental. Jerusalém, como
principal centro turístico e religioso da
nação, constitui-se numa cidade
emblemática para os povos
simpatizantes do judaísmo, que nesta
ocasião estavam por celebrar a festa da
pentecostes. Também, além disso,
Jerusalém, conhecida como cidade do
grande rei Davi por uma escolha
Soberana, deveria ser a capital do
avivamento.
“Sereis minhas testemunhas
tanto em Jerusalém como em toda
Judéia e Samaria a até os confins da
terra”. (At1.8b)
Em nossos dias este exemplo
revela que localidades e regiões
estratégicas também tem sido um alvo
de Deus para o começo de uma grande
obra. Pode parecer irreal, mas nunca
saia de nenhuma localidade sem a
exclusiva direção de Deus, pode ser
nela que Ele queira começar uma
grande obra através da sua vida (Sl
119.11; Tg 1.22).
2) Unidade.
Logo após ascensão de Jesus, os
discípulos voltaram para Jerusalém e lá
permaneceram juntos. A unidade dos
discípulos naquele momento foi
20
fundamental para o início do processo
da organização da igreja que estava
para ser inaugurada através do poder
espiritual, evento que lhes daria
respaldo para a pregação do evangelho
no mundo (Mc 16.15, At 1.8).
3) Oração.
A oração foi um dos componentes
fundamentais usados para velar pela
promessa do poder do Espírito Santo.
“todos estes perseveraram unânimes
em oração, com as mulheres, com
Maria, mãe de Jesus e com os irmãos
dele”. (At 1.14).
Esta ação mostra que um dos
aspectos da oração está em zelar pela
preservação da promessa. Existem
promessas que, além de condicionadas
a nossa fidelidade, estão
condicionadas a nossa postura
devocional, ou seja, em alguns
momentos especiais é preciso se
dedicar um pouco mais a oração e ao
jejum, no objetivo de desfrutar do
fortalecimento que precede a prática
devocional da oração, o que nos torna
aptos a recebermos o cumprimento das
promessas (Cl 1.11; Sl 84.5).
4) O batismo com Espírito
Santo.
“Ao cumprir-se o dia de
Pentecostes, estavam todos reunidos
no mesmo lugar; e de repente, veio do
céu um som, como de um vento
impetuoso, e encheu toda a casa onde
estavam assentados. E apareceram,
distribuídas entre eles, línguas, como
de fogo, e pousou uma sobre cada um
deles. Todos ficaram cheios do Espírito
Santo e passaram a falar em outras
línguas, segundo o Espírito lhes
concedia que falassem.” (At 1-4)
O revestimento de poder, ou
batismo com Espírito Santo, dado aos
discípulos no momento da oração, foi
acompanhado de uma manifestação
inédita para eles. Além de ouvirem um
3 –O PENTECOSTES E A SUA INFLUÊNCIA NA SOCIEDADE
1) Impacto.
No dia em que os discípulos foram
revestidos de poder, Jerusalém recebia
a visita de vários judeus habitantes de
diversos lugares do mundo, os quais ao
ouvirem o som que saía do cenáculo,
foram se aglomerando atônitos e
admirados, porquanto viam os
discípulos falando em sua própria
língua (At 2 8-12). Esta eventualidade
em particular do dia de pentecostes tem
sido o principal argumento de alguns
grupos tradicionais que descreem na
atualidade dos dons espirituais.
Segundo eles, as línguas faladas hoje,
se diferem das que eram faladas no dia
de pentecostes pelo sentido original da
palavra “glossolalia” empregada no
texto original para definir a ação do falar
em línguas, esta palavra define as
línguas do dia de pentecostes como um
expressão idiomática e não como
sendo línguas estranhas ao povo.
Em contratempo, o que a maioria
não leva em consideração é o fato do
dia de pentecostes ser um evento
exclusivo para história da igreja e não
um medidor as subsequentes
21
som como de um vento, eles viram
línguas de fogo, sobre a cabeça de
cada um deles. A seguinte
manifestação lhes imputou
imediatamente o dom de falar em
outras línguas como sinal do
revestimento recebido, um critério que
sempre terá que ser levado em
consideração quando o assunto for o
batismo com Espírito Santo
manifestações espirituais. Nos dias
seguintes desta manifestação, não
houve relatos que os discípulos, ao
serem batizados, tiveram a mesma
experiência que os discípulos do
cenáculo tiveram. Possivelmente não
houve som de vento ou visão de línguas
de fogo. E nem mesmo a manifestação
de línguas idiomáticas, ainda que
possa ser possível acontecer em
alguns momentos na manifestação
dom de variedades de línguas, que se
difere do falar em línguas como dom,
por trazer uma mensagem especifica
para igreja, enquanto que o falar em
línguas como evidência do batismo tem
o propósito de ser uma ferramenta para
a oração devocional do crente. Em todo
caso, o apóstolo Paulo encerra este
debate ao dizer que quem ora em
línguas ora bem, mas seu
entendimento fica sem fruto, em outras
palavras sem compreensão do que
está falando (1 Co 12.14).
2) Salvação.
A poderosa mensagem de Pedro teve
gancho na comoção causada pelo
derramamento do Espírito santo,
alguns por estarem tão cheios deram a E também no acontecimento da
entender que estavam embriagados. ressurreição. “A este Jesus, Deus
Mas as dúvidas daquele acontecimento ressuscitou do qual todos nós somos
são sanadas quando Pedro cheio do testemunhas” (At 2.32). Naquele dia a
Espírito se levanta e faz um poderoso mensagem de Pedro conseguiu
discurso relembrando a promessa de persuadir três mil pessoas à fé, o que
Joel como base para o pentecostes “ E mostra que uma das principais
acontecerá nos últimos dias que influências do pentecostes na vida de
derramarei do meu Espírito sobre toda um homem de Deus sempre será a
a carne; vossos filhos e vossas filhas salvação de vidas.
profetizarão; vossos jovens terão
visões e sonharão os vossos velhos”.
(Jl 2 28-30).
CONCLUSÃO
Como consequência do pentecostes, a igreja precisa aprender a caminhar
impulsionada pelo poder do Espírito Santo, o que nos garante uma igreja mais
revigorada e obediente aos propósitos de Deus, para que possamos compreender o
valor duma igreja revestida de poder e autoridade pentecostal para os nossos dias.
Questionário

1) Qual o outro nome dado a festa do pentecostes?

______________________________________________________________
______________________________________________________________

2) Qual foi a manifestação acompanhante do batismo com Espírito Santo?

______________________________________________________________
______________________________________________________________

3) Nomeie as etapas do pentecostes:

______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________

4) Comente a importância do pentecostes para a igreja:

______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________

22
Texto Áureo
“E todos foram cheios do
Espírito Santo, e
LEITURA EM CLASSE
começaram a falar noutras
línguas, conforme o Espírito Atos 2.1-11
Santo lhes concediam que
falasse”. Atos 1.26 1 E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos
concordemente no mesmo lugar;
Verdade Central 2 E de repente veio do céu um som, como de um vento
veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que
O batismo do Espírito estavam assentados.
Santo é resultado da 3 E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de
busca e perseverança fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a
pela oração. falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes
Leitura Diária: concedia que falassem.
5 E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens
Segunda-feira religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.
At 1.3-5 6 E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e
Terça-feira estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua
própria língua.
At 2.38-41 7 E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos
Quarta-feira outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que
At 4.31 estão falando?
Quinta-feira 8 Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua
em que somos nascidos?
At 19.6 9 Partos e medos, elamitas e os que habitam na
Sexta-feira Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia,
1Co 12.13 10 E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene,
Sábado e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,
11 Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas
Lc 11.13 próprias línguas falar das grandezas de Deus.

23
INTRODUÇÃO
O início do pentecostes serviu como um agente inaugurador da igreja, dando
início a sua formação organizacional. Três mil novos convertidos, juntamente com
quinhentas testemunhas da ressurreição, sobre a liderança dos doze apóstolos, era
o princípio perfeito para começar a formação organizacional da igreja de Cristo na
terra. Nesta lição estaremos estudando as propriedades do assunto visando o nosso
crescimento como igreja do Senhor.
1 – VERDADES FUNDAMENTAIS SOBRE A IGREJA
1) Origem. Pedro Jesus edificaria sua igreja e as
portas do inferno não prevaleceriam
A primeira vez que a palavra igreja contra ela. Esta revelação reafirma os
aparece no novo testamento foi na projetos Deus de construir uma
seguinte ocasião, apresentada em Mt comunidade universal, assim como foi
16 13-18 que diz: “ com Israel, que glorificasse o seu
“mas continuou ele, perguntando, quem nome. Ainda que os planos com a
dizeis que eu sou? Respondeu Simão nação escolhida continuassem, a igreja
Pedro: Tu és o cristo, filho do Deus agora tomaria o seu lugar, sendo
vivo? Então Jesus lhe afirmou: Bem- edificada pela revelação da palavra de
aventurado és tu Simão Barjonas, Deus.
porque não foi carne ou sangue que te 2) Formação.
revelaram, mas meu pai que estas nos
céus. Também eu te digo que tu és Jesus não se preocupou inicialmente
Pedro e sobre esta pedra edificarei a com a formação da igreja, por mais que
minha igreja, e as portas do inferno não a educação dada aos apóstolos para
prevaleceram contra ela.” exercer um futuro governo fosse
Se estudarmos este texto com as continuamente percebida. O ministério
ferramentas exegéticas, descobriremos público de Jesus se focou mais em
que Jesus faz um trocadilho de prover testemunhos da veracidade do
palavras em reposta a confissão de evangelho do que organizá-los como
Pedro, quando ele diz: “também eu te comunidade. A formação da igreja só
digo que tu és Pedro (no grego petros) passou a ser entendida de fato pelos
e sobre esta pedra (no grego petras) discípulos após a ressurreição de
edificarei a minha igreja...” Cristo, onde Jesus roga a eles que
As referências nos originais mostram esperem em Jerusalém pelo poder do
que Jesus não estava se referindo a Espírito Santo, o qual até então passou
Pedro (petros), mas a sua confissão acompanhá-los logo após a primeira
(petras) “tu és o Cristo, filho do Deus aparição de Jesus na condição de
vivo”, sobre esta revelação dada a ressurreto (Jo 20.22). O poder

24
derramado no pentecostes foi o agente
inaugurador da igreja. Daquele
momento em diante ela poderia
2 –DESAFIOS DA FORMAÇÃO DA IGREJA
Muitos foram os desafios incluídos
na jornada da formação da igreja,
porém entre os principais estiveram:
1) Desafio da organização.
Os discípulos no início da igreja
tiveram algumas dificuldades quanto à
questão da organização. Um dos
exemplos foi em relação à murmuração
dos judeus de fala grega (helenistas)
contra os judeus nativos, devido as
suas mulheres viúvas estarem sendo
esquecidas na distribuição de
alimentos diários da igreja. Ao que
parece, o sistema social da igreja
entrou num pequeno colapso, em
função da ausência de pessoas para
estarem servindo na distribuição dos
alimentos. Esta foi uma situação que
os obrigou a se organizarem com mais
eficiência. A primeira vez que há
menção de hierarquias instituídas pela
autonomia dos apóstolos é nesta
situação, onde eles decidem selecionar
um grupo de homens com valorosas
características para suprir as
necessidades braçais da igreja (At 6.1-
7). Não há indícios que o cargo diaconal
seja referente a um dom ministerial,
entretanto, é uma posição digna de
honra e anseio. Os diáconos eram
pessoas dotadas com relevantes
qualificações para futuros ministérios,
sendo instituídos pela autoridade
apostólica da época para suprir as
presentes necessidades da igreja. Esta
25
funcionar livremente como agência de
salvação aos perdidos.
situação especifica nos leva a
compreender que a tarefa
organizacional da igreja está
relacionada às suas necessidades, as
quais, se percebidas antecipadamente,
podem evitar conflitos.
2) Desafio social.
Não se sabe ao certo o que
influenciou o sistema social da igreja no
seu início. Supõe-se que a ação de
vender as propriedades e bens para
auxilio dos mais necessitados fosse
uma atitude espontânea dos discípulos,
e não um critério imposto pelos
apóstolos para o seguimento cristão da
época (At 4 34.35; 5.4). No entanto,
podemos dizer que a igreja desenvolvia
um sistema de assistência social
admirável aos olhos da sociedade (At
2.47), permitindo que todos tivessem
um padrão de vida econômico
semelhante. Apesar de não sabermos
quanto tempo isto durou, sabe-se que
este foi o principal cartão de visita da
igreja nos seus primeiros dias para uma
sociedade desamparada como
Jerusalém.
3) Desafio da religiosidade.
O alvo inicial da igreja em Jerusalém
foi a salvação dos judeus. Apesar de
muitos terem se convertido ao
evangelho, havia um grande desafio
quando a sua evangelização, em
função da sua dureza de coração.
Jesus, no seu ministério terreno,
mencionou algumas vezes sobre a
dureza do coração do seu povo,
principalmente dos mais favorecidos e
dos religiosos (Mc 10.5; Jo 12.40). Em
outras ocasiões, numa tentativa de
despertá-los, chegava a fazer
declarações bombásticas, a fim de
alertá-los sobre está questão (Mt
8.11.12; Mt 23 13-36).
Esta realidade envolvendo a vida do
judeu, fez com que a igreja enfrentasse
alguns desafios, principalmente com as
lideranças judaicas, que, semelhante
ao que fizeram com Jesus,
perseguiram os apóstolos, os açoitando
e os colocando em prisões.
4) Desafio da formação da
identidade.
A igreja assim como qualquer outra
instituição possui uma identidade cuja
legitimidade está condicionada a
pratica dos valores e ensinamentos
deixados por Jesus. No seu início a
igreja conseguiu cumprir esta tarefa
muito bem, como é dito no texto das
sagradas escrituras.
“E perseveravam na doutrina dos
apóstolos e na comunhão, no partir do
pão e nas orações. Em cada alma havia
temor; e muitos prodígios e sinais eram
feitos por intermédio dos apóstolos.
Todos os que creram estavam juntos e
tinham tudo em comum. Vendiam as
suas propriedades e bens, distribuindo
produto entre todos à medida que
alguém tinha necessidade. Diariamente
perseveravam unânimes no templo,
partiam o pão de casa em casa e
26
tomavam suas refeições com alegria e
singeleza de coração, louvando a Deus
e contando com a simpatia de todo o
povo. Enquanto isso, acrescentava-
lhes o Senhor dia a dia, o que iam
sendo salvos.” (At 2. 42-47).
Tal perfil serve como um modelo para
os cristãos da atualidade. Se quisermos
ser uma igreja avivada é preciso nos
esforçarmos para sermos pelo menos
parecidos com a igreja primitiva de Atos
dos apóstolos.
5) Desafio da preservação da
espiritualidade.
Uma das principais preocupações
dos apóstolos nos seus primeiros dias
foi com a preservação da
espiritualidade da igreja. Os apóstolos
eram radicais quanto à questão da
fidelidade dos seguidores do Caminho
(nome usado com mais frequência no
livro de Atos para nomear os
seguidores de Jesus). Por entenderem
que apenas através do compromisso
sincero com Cristo se poderia obter
uma espiritualidade sadia. Sendo
assim, os que decidiam seguir a Cristo,
tornando-se parte da igreja, deveriam
ser extremamente honestos e
cautelosos em seus procedimentos.
Caso contrário, estariam sujeitos a
severas correções por parte do Senhor.
Um episódio que até hoje deixa alguns
intrigados é a morte de Ananias e Safira
(At 5.1-11). Este episódio narra à
infidelidade deste casal na entrega do
valor de uma propriedade vendida no
propósito de servir como doação a
igreja. Ao que parece, todos, de comum
acordo, estavam vendendo boa parte
dos seus bens e depositando o dinheiro
aos pés dos apóstolos (At 4.35). Ação
que Ananias e Safira não
compreenderam perfeitamente, o que
os levou a serem ludibriados pelo
Maligno a depositarem apenas uma
parte da propriedade vendida como se
fosse o preço completo da venda. Esta
atitude pareceu má aos olhos do
Senhor, não apenas pela mentira
disfarçada de doar parte da venda, mas
por uma possível desconfiança quanto
ao trabalho social da igreja. Segundo
consta, após ser revelada a Pedro a
farsa, Ananias e safira caem mortos
aos seus pés como um ato de juízo pelo
pecado cometido. levando-nos a
compreender que existem pecados que
aos nossos olhos podem parecer
insignificantes, mas aos olhos de Deus
se tornam passiveis de severas
punições, principalmente quando não
há arrependimento por parte do
ofensor.

CONCLUSÃO
A igreja de Atos é o mais belo exemplo que comprova o poder da graça de
Deus na história da civilização humana, dando-nos a compreensão que apenas por
meio do evangelho de Jesus o homem pode ser totalmente aceitável aos olhos do
Senhor. Portanto, que o ser igreja seja o bem mais valioso para nós cristãos.

Questionário

1) Em qual confissão de Pedro a edificação da igreja estava condicionada?

________________________________________________________________
________________________________________________________________

2) Complete:
Para suprir as necessidades da organização da igreja os apóstolos instituíram
os _______________;
O alvo inicial da igreja em Jerusalém foi a salvação dos _________________;
O poder derramado no pentecostes foi o agente______________ da igreja.

3) Comente com suas palavras a morte de Ananias e safira, acentuando os fatos

que mais lhe chamaram atenção:
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
_____________________________________________________________

27
 Texto Áureo
“De fato, todos os que LEITURA EM CLASSE
desejam viver
Atos 12.1-8
piedosamente em Cristo
Jesus serão 1 E por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu
perseguidos.” 2Tm 3.12 as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar;
2 E matou à espada Tiago, irmão de João.
Verdade Central 3 E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou
A noiva de Cristo que mandando prender também a Pedro. E eram os dias
dos ázimos.
hoje sofre perseguições, 4 E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão,
tem um futuro vitorioso e entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que
glorioso. o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois
Leitura Diária: da páscoa.
5 Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja
Segunda-feira fazia contínua oração por ele a Deus.
Ef 4.4-6 6 E quando Herodes estava para o fazer comparecer,
Terça-feira nessa mesma noite estava Pedro dormindo entre dois
soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante
2 Tm 3.1-15
da porta guardavam a prisão.
Quarta-feira 7 E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu
Jo 15.18-21 uma luz na prisão; e, tocando a Pedro na ilharga, o
Quinta-feira despertou, dizendo: Levanta-te depressa. E caíram-lhe
Rm 8.26-30 das mãos as cadeias.
Sexta-feira 8 E disse-lhe o anjo: Cinge-te, e ata as tuas alparcas. E
Fp 4.10-13 ele assim o fez. Disse-lhe mais: Lança às costas a tua
capa, e segue-me.
Sábado
Mt 5.10-12

28
INTRODUÇÃO
Nesta lição assumiremos a responsabilidade de estarmos fazendo um estudo
que possa nos ajudar a compreender com sinceridade o funcionamento da
perseguição da igreja nos tempos apostólicos, considerando as percas e vantagens
desta ação opositora contra a igreja de Cristo na terra.

1 – O FENÔMENO DA PERSEGUIÇÃO
1) Causa da perseguição.
A causa da perseguição contra a igreja
pode variar sobre os seguintes
aspectos:
a) Crescimento alarmante de
novos convertidos.
A falta de produtividade das demais
religiões em relação ao seu avanço
numérico, especialmente comparado
ao número de judeus que
abandonavam o parcialmente o
judaísmo para se tornarem cristãos,
causou um tremendo incômodo por
parte das autoridades judaicas. A cada
dia a igreja crescia assustadoramente,
e é provável que o templo em
Jerusalém não comportasse mais o
número de cristãos que diariamente
iam até lá para adorar ao Senhor (At
2.46). Este, entre outros motivos, foi
um dos pontos que influenciou a
perseguição, o crescimento da igreja.
b) O poder da mensagem do
evangelho.
Com toda certeza a mensagem do
evangelho, embasada na morte e
ressurreição de Jesus, apresentado
como o Messias para o povo judeu,
causava bastante irritação nos que
eram contra ao evangelho. Em parte, o
conteúdo da mensagem trazia tanta
comoção para a eles, porque sendo
contextualizada à historia da nação, os
persuadia a aceitarem Jesus como o
seu Messias prometido, o que para
muitos deles era uma idéia inaceitável.
(At 6.8-10).
2) Início da perseguição
Depois da morte de Estevão a igreja
enfrentou uma terrível oposição,
levantada por parte de alguns líderes
judeus, entre eles Saulo de Tarso, o
qual, no mesmo dia morte de Estevão,
liderou uma grande perseguição contra
a igreja em Jerusalém, dispersando a
todos os cristãos pelas terras da Judéia
e Samaria, exceto os apóstolos (At 8.1).

2 – VANTAGENS DA PERSEGUIÇÃO
1) Avanço missionário.

29
 Havendo uma fuga em massa dos
judeus convertidos para localidades
como Judéia e Samaria, iniciou-se a
fase missionária da igreja, dando
origem a vários lugares de pregação,
através dos cristãos refugiados. Este
ponto mostra que muitas vezes por
detrás de acontecimentos alarmantes
contra o povo de Deus, o Senhor está
trabalhando para cumprir os seus
propósitos (Rm 8.28).
2) Avivamento em Samaria.
Na ida dos cristãos a outros territórios,
a primeira cidade alcança pelo
evangelho foi Samaria. Segundo
consta no texto, a mesma foi alcançada
pela atuação do ministério
evangelístico de Felipe, o qual passou
a realizar vários sinais e prodígios na
3 – REALIDADES PARALELAS DO AVIVAMENTO EM SAMARIA
O avivamento em Samaria, como
consequência de uma missão
desencadeada pela perseguição em
Jerusalém, possui as seguintes
realidades paralelas:
1) Desmascaramento de Simão o
mágico (At 8.14-25).
Simão, antes da chegada do
evangelho a Samaria, tinha se tornado
uma figura popular e de grande
influência sobre os seus habitantes.
Através de ilusionismos e truques,
conseguia ludibriar as pessoas a
crerem nele como uma grande
personalidade (At 8.10). Ao que tudo
indica, mesmo após ter se convertido
30
cidade, aglomerando assim numerosas
multidões a sua volta. Os samaritanos
eram um povo que vivia sobre uma
constante desarmonia com os judeus,
em função de suas origens (2 Rs 17.22-
24). Samaria era a capital do antigo
reino sul de Israel, que foi povoada por
outras nações após o domínio Assírio.
Este fato trazia alguns
questionamentos religiosos em relação
ao lugar da adoração ou sobre de quem
procedia à salvação. Até Jesus certa
vez entrou neste debate, postulando
sua opinião (Jo 4.22). Contudo, como
primeira cidade alcançada pelo
avivamento depois de Jerusalém,
Samaria torna-se alvo da graça divina
com objetivo de se reconciliar
novamente com Deus, como povo do
Senhor.
ao evangelho, não conseguiu se libertar
do sentimento maligno de enganar as
pessoas, o que o levou a tentativa de
comprar o dom de Deus manifestado
através da imposição de mãos dos
apóstolos (At 8.18.19), Sendo
rispidamente repreendido por Pedro,
que percebeu fel de amargura e
terríveis laços de iniquidade sobre ele
(At 8.23).
Além do mais, fontes extra bíblicas
registradas pelos pais da igreja no
século II, apontam Simão com um dos
líderes do gnosticismo (doutrina
herética que exaltava a erudição e o
conhecimento em detrimento da fé,
para eles a salvação não procedia da
morte de Cristo, mas da absolvição de
um conhecimento especial sobre
Deus). Tais fatos comprovam que o
avivamento também serve para
desmascarar os maus intentos do
coração do homem, principalmente
quando estes procedem de pessoas
que se dizem cristãs.
2) A conversão do etíope.
A conversão do etíope foi um dos
eventos mais importantes depois do
avivamento em Samaria. Nesta
ocasião, Felipe, por ordem do Senhor,
acabara de sair da cidade para o
deserto de Gaza, onde o eunuco
etíope, alto oficial da rainha de
Candace, passava na sua carruagem.
Provavelmente era um simpatizante do
judaísmo que estava indo à Jerusalém
para adorar. Nesta ocasião,
impulsionado pelo Espírito, Felipe
correu atrás do seu carro e, vendo-o
lendo um trecho do livro de Isaias, lhe
perguntou: compreende o que está
lendo? Ao tempo que sua resposta foi:
como compreenderei se ninguém me
ensinar, e subindo no seu carro
começou lhe expor Jesus pelas
escrituras (At 8.26-35).
A conversão do eunuco etíope foi um
passo essencial para o início da
evangelização aos gentios, Samaria e
Judéia estavam sendo alcançadas,
faltavam os confins da terra, que estava
por receber o seu primeiro missionário
recém convertido, o eunuco etíope.

CONCLUSÃO
Concluir este tema nos conduz a responsabilidade de vivermos um cristianismo
sincero e de renúncia diante de Deus. Não adianta apenas nos intitularmos cristãos,
é preciso ir mais além com a nossa fidelidade a Cristo, devemos reaver os rastros
deixados pelos nossos irmãos primitivos e caminhar pelo caminho da pregação do
evangelho da cruz. que tenhamos este pensamento, seguindo os seus exemplos.
Questionário

1) Cite os aspectos da perseguição.

______________________________________________________________
______________________________________________________________

2) Qual foi a primeira cidade alcançada após o início da perseguição

______________________________________________________________
______________________________________________________________

3) As realidades paralelas do avivamento em Samaria foram

__________________________ e a_________________________________.

31
 Texto Áureo
“Disse-lhe, porém, o
Senhor: Vai, porque este LEITURA EM CLASSE
é para mim um vaso
escolhido, para levar o Atos 9.1-8
meu nome diante dos 1 E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes
gentios, e dos reis e dos contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao
filhos de Israel.” Atos 9.15 sumo sacerdote.
2 E pediu-lhe cartas para Damasco, para as
Verdade Central sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns
Somente Jesus pode deste Caminho, quer homens quer mulheres,
curar a cegueira do os conduzisse presos a Jerusalém.
3 E, indo no caminho, aconteceu que,
homem que está na
chegando perto de Damasco, subitamente o
escuridão da cercou um resplendor de luz do céu.
religiosidade. 4 E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe
Leitura Diária: dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?
5 E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o
Segunda-feira Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
Ef 4.4-6 Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.
Terça-feira 6 E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que
2 Tm 3.1-15 queres que eu faça? E disse-lhe o Senhor:
Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o
Quarta-feira
que te convém fazer.
Jo 15.18-21 7 E os homens, que iam com ele, pararam
Quinta-feira espantados, ouvindo a voz, mas não vendo
Rm 8.26-30 ninguém.
Sexta-feira 8 E Saulo levantou-se da terra, e, abrindo os
Fp 4.10-13 olhos, não via a ninguém. E, guiando-o pela
Sábado mão, o conduziram a Damasco.
Mt 5.10-12

32
INTRODUÇÃO
A conversão de Saulo com certeza foi o evento mais significativo da era
apostólica. Este extraordinário homem de Deus, além de ser o apóstolo mais bem
preparado, conseguiu a façanha de instituir várias igrejas pelo mundo. Sendo
também a grande figura do livro de Atos, há quem possa comparar o seu esforço
missionário com o de Cristo, que incessantemente pregava o evangelho nas aldeias
e circunvizinhanças de Israel, uma qualificação que o coloca na condição de apóstolo
que mais produziu ao cristianismo.
1 – SAULO DE TARSO
1) Origem. Como fariseu, Saulo era extremamente
zeloso e radical quanto ao seguimento
Nascido em Tarso, cidade da Cilícia, da lei. É provável que por causa da
Saulo (seu nome hebreu), ou Paulo pequena diferença de idade entre ele e
(seu nome romano e frequentemente Jesus, estivesse na época do seu
usado depois da sua primeira viagem ministério público na condição de um
missionária), era cidadão romano de fervoroso adolescente aos pés de
nascença. Filho de pais hebreus, era Gamaliel, podendo até ter escutado
descendente direto da linhagem de algumas das suas mensagens, sem,
Benjamim. Como costume foi contudo, se interessar por elas. A
circuncidado ao oitavo dia e educado formação farisaica de Paulo estava tão
segundo as leis e os costumes do arraigada na sua identidade que ele se
farisaísmo (Fl 3.5). Segundo a tradição transformou no inimigo número um dos
da igreja, provavelmente aos 13 anos cristãos. Possivelmente, foi a pessoa
de idade se mudou para casa de sua que incitou o apedrejamento de
irmã em Jerusalém onde teve por Estevão, o qual logo em seguida,
professor um dos maiores mestres do respirando ainda ameaças de morte,
seu tempo, Gamaliel. desencadeou a perseguição aos
2) Formação. cristãos de Jerusalém.

2 – CONVERSÃO DE SAULO
A conversão de Saulo possui algumas faixa etária, eram jovens dedicados a
considerações importantes. mesma causa: agradar a Deus. A
diferença era que Saulo fazia sem
1) Morte de Estevão.
entendimento, enquanto Estevão
A morte de Estevão teve uma poderosa movia-se pela revelação da salvação
influência na conversão de Saulo. em Cristo Jesus. Este fator
Ambos tinham praticamente a mesma imprescindível conectou Estevão aos

33
olhares do futuro apóstolo que, como
um bom judeu, estava disposto a
defender com unhas e dentes a sua
crença, que naquele momento era
questionada por Estevão (At 7.1-52). O
que mais incomodou a Saulo, além do
persuasivo discurso de Estevão, foi a
maneira como se portou em face da
fúria dos seus ouvintes.
“Ouvindo eles isto, enfureciam-se em
seus corações, rangendo contra ele os
dentes. Mas Estevão, cheio do Espírito,
fitou os olhos no céu e viu a gloria de
Deus e Jesus que estava assentado a
sua direita e disse: eis que vejo os céus
abertos e o filho do homem, em pé a
destra de Deus. Eles, porém, clamando
em alta voz, taparam os ouvidos e,
unânimes arremeteram contra ele. E
lançando-o fora da cidade, o
apedrejaram. As testemunhas
deixaram suas vestes aos pés de um
jovem chamado Saulo.” (At 8.53-58).
Consolado por uma poderosa visão, o
jovem Estevão não recuou em meio a
relutância dos judeus e por isso foi
morto. O seu martírio se diferenciou dos
padrões dos mártires antigos, porque
sua morte estava mergulhada em amor.
Ao invés de praguejar contra os seus
malfeitores, Estevão ora por eles para
que Deus os perdoe (At 7.60). Isto
marca profundamente a vida do jovem
Saulo, que mesmo mantendo-se
resoluto na sua posição passa ter uma
idéia das virtudes que compunham o
cristianismo.
2) No caminho de Damasco.
Ao se dirigir por um caminho próximo a
cidade de Damasco na intenção
34
prender os cristãos ocorreu o seguinte
acontecimento:
“seguindo ele estrada a fora, ao
aproximar-se de Damasco,
subitamente uma luz do céu brilhou ao
seu redor e, caindo por terra, ouviu uma
voz que lhe dizia: Saulo, Saulo porque
me persegues? Ele respondeu quem és
Senhor? E a resposta foi: sou Jesus a
quem tu persegues; mas levanta-te e,
entra na cidade, onde te dirão o que
tens que fazer.” (At 9 .3-6).
A conversão Saulo foi acompanhada
por uma poderosa manifestação
espiritual, a qual o deixou
profundamente impressionado e
perplexo. Se analisarmos o texto,
perceberemos que a pergunta - Quem
és Senhor? - realizada por ele, era uma
expressão do discernimento do
transcendentalismo da situação,
deixando-o consciente que quem o
indagava era um ser divino, um fato que
exemplifica a exclusividade de Deus
em determinadas manifestações
espirituais. Mesmo que o diabo se
transfigure em anjo de luz para enganar
as pessoas com certas manifestações
(2Co.11.14), existem aquelas que,
quando avaliadas corretamente, são
impossíveis de gerar dúvidas e
questionamentos sobre a sua autoria
divina (1Co 2.15).
3) A cegueira de Saulo.
Após a manifestação divina, Saulo fica
impossibilitado de enxergar por três
dias. Durante este período ele não
comeu e nem bebeu (At 9.9). De certa
forma, estes dias foram um período de
uma profunda avaliação pessoal de
Saulo em relação a sua vida com Deus.
Apesar de não haver ainda traços de
conversão, Saulo era um homem
devoto as suas tradições, o que o fazia
numa pessoa extremamente temente a
Deus. Este episódio na vida do futuro
apóstolo nos leva a perceber que o
princípio da transformação se encontra
na reflexão e na auto avaliação
pessoal. Nestes dias é provável que
Saulo tenha se questionado
severamente, faltando apenas a
resposta divina, que estava por vir
através de um dos discípulos do
Senhor, chamado Ananias.
4) Ananias.
Ananias foi uma peça fundamental na
conversão de Saulo. Sendo um
discípulo anônimo, serviu para nos
mostrar que, por detrás da realização
de grandes obras, o Senhor não abre
mão de usar a simplicidade de alguns.
3 – OS FUNDAMENTOS DA CHAMADA APOSTÓLICA DE SAULO
1) Apóstolo dos gentios.
Deus foi bem claro com Ananias ao
dizer – “vai porque este é para mim um
instrumento escolhido para levar o meu
nome perante aos gentios e reis...”
(At.9 15)
A missão da vida de Saulo se resumiria
num ministério internacional, mesmo
sem o glamour que um ministério como
este teria em nossos dias. Saulo
tornou-se uma figura conhecida na
igreja pela sua dedicação extrema ao
trabalho missionário com gentios e com
o seu povo Israel. Seguindo a dinâmica
35
Quando foi convocado para a missão
de orar pelo perseguidor da igreja teve
uma reação inusitada:
“Senhor de muitos tenho ouvido a
respeito desse homem e de quantos
males tem feito aos teus santos em
Jerusalém. Mas o senhor lhe disse: vai
porque este é para mim instrumento
escolhido para levar o meu nome
perante os gentios e reis, bem como
aos filhos de Israel, pois lhe mostrarei o
quanto lhe importa sofrer pelo nome.”
(At 9.13;14.15). Deste momento em
diante Ananias como um bom
mensageiro obedeceu a voz do Senhor,
indo até a casa onde Saulo estava para
orar por ele e, sendo que logo após orar
lhe fora dado o direito de enxergar
novamente. Em meio a esta situação,
ficou para Ananias o privilégio de se
tornar o primeiro orientador cristão do
futuro apóstolo das nações.
do seu chamado em obediência a
Deus, o apóstolo dos gentios consegue
a façanha de fazer pelo cristianismo
mais do que todos os apóstolos juntos,
sem, contudo, se sentir superior a eles
por causa disto (Ef 3.8;1 Co.15.9.10).
2) Sofrimento ministerial.
“... pois eu lhe mostrarei quanto lhe
importa sofrer pelo meu nome” (At
9.16). Sofrer ministerialmente foi uma
das condições imputadas ao ministério
de Paulo. Irremediavelmente, por trás
de tudo aquilo que ele passaria como
ministro, havia um propósito
relacionado a sua chamada, por mais “Porque para mim tenho por certo que
dolorosa que fosse lhe dava uma os sofrimentos do tempo presente, não
tremenda expectativa sobre o galardão se comparam com a glória a ser
celeste. revelada em nós” (Rm 8.18).
CONCLUSÃO
Terminamos esta lição destacando a importância da salvação de Paulo para o
cristianismo. É bem verdade que ninguém é insubstituível, mas tratando-se da
performance deste grande homem de Deus pelos campos missionários, temos que
ressaltar que sua vida no seio cristão se tornou um objeto de raridade e apreciação
para todos os cristãos que vivem no mundo. Dificilmente na multidão dos salvos
encontramos “Paulos”, uma realidade que faz deste personagem bíblico digno de
honra e prestigio.

Questionário

1) Depois de qual viagem missionária Saulo passou a ser chamado Paulo?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
2) Quantos dias Paulo ficou sem enxergar?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3) Comente a conversão de Paulo, acentuando os fatos que lhe chamaram
atenção:

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

36
 Texto Áureo
“Porque a graça LEITURA EM CLASSE
salvadora de Deus se há
Atos 11.11-18
manifestado a todos os
homens.” Tt 2.11 11 E eis que, na mesma hora, pararam, junto da casa
em que eu estava, três homens que me foram
Verdade Central enviados de Cesaréia.
Deus não faz acepção de 12 E disse-me o Espírito que fosse com eles, nada
pessoas. Seu plano de duvidando; e também estes seis irmãos foram
comigo, e entramos em casa daquele homem;
salvação é para todos.
13 E contou-nos como vira em pé um anjo em sua
Leitura Diária: casa, e lhe dissera: Envia homens a Jope, e manda
Segunda-feira chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro,
Mt 8.11,12 14 O qual te dirá palavras com que te salves, tu e
toda a tua casa.
Terça-feira
15 E, quando comecei a falar, caiu sobre eles o
Mt 15.24 Espírito Santo, como também sobre nós ao princípio.
Quarta-feira 16 E lembrei-me do dito do Senhor, quando disse:
Mc 8.1 João certamente batizou com água; mas vós sereis
Quinta-feira batizados com o Espírito Santo.
Mt 12.41,42 17 Portanto, se Deus lhes deu o mesmo dom que a
Sexta-feira nós, quando havemos crido no Senhor Jesus Cristo,
Mt 4.25 quem era então eu, para que pudesse resistir a
Deus?
Sábado
18 E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se, e
Rm 11.28-31 glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade até aos
gentios deu Deus o arrependimento para a vida.

37
INTRODUÇÃO
O termo gentio é usado na bíblia para designar os povos alheios à nação de
Israel. Enquanto Israel centraliza-se como povo escolhido, os gentios são todos
aqueles que não compactuam com as promessas da aliança, restrita somente a eles.
Contundo, neste estudo enfocaremos que todas as promessas feitas à nação
escolhida se resumem no firme propósito de salvação para toda a humanidade,
firmando uma aliança superior entre Deus e os homens destituídos da sua glória.
1 – A PROMESSA DE REDENÇÃO AOS GENTIOS
1) Origem da promessa. Israel no antigo testamento tem como
propósito final alcançar as nações da
Resgatar as nações através da sua terra (Sl 96.3; Is 60.3).
graça sempre foi o plano de Deus.
Mesmo antes da constituição do estado
de Israel, o Senhor já havia 2) O cumprimento da promessa.
estabelecido este objetivo na existência
Em Jesus Cristo, descendente de
de Abraão.
Abraão, a promessa de redenção dos
“... de ti farei grande nação, e te gentios se cumpriria naturalmente nos
abençoarei, e te engrandecerei o nome. primeiros anos da igreja, quando o
Se tua uma benção! Abençoarei os que evangelho passaria a ser pregado em
te abençoarem e amaldiçoarei os que todo o mundo. Haja vista que por causa
te amaldiçoarei; em ti serão benditas da exclusividade pactual de Israel com
todas as famílias da terra.” (Gn.12.2.3). Deus, demorou um pouco para a igreja
Esta declaração assevera que a assumir esta responsabilidade, a qual
promessa de salvação não se resumia só veio realmente ser bem feita depois
apenas ao estado de Israel. Como dos primeiros anos da igreja, após
gentios, somos antigos alvos de Deus, iniciado a evangelização pelas regiões
deixando-nos a entender que toda da Judéia e Samaria (At 1.8).
reformulação da história da nação

2 – A CHEGADA DO EVANGELHO AOS GENTIOS

Segundo a bíblia, a chegada do
evangelho aos gentios teve como
porta de entrada a casa de Cornélio.
Vejamos as seguintes considerações:
1) Quem era Cornélio?
Com a exceção do eunuco etíope,
primeiro gentio alcançado pelo
evangelho, a salvação de Cornélio e
sua família marcam uma nova etapa na
história da igreja. Segundo a bíblia,
Cornélio era um homem temente a
Deus, soldado da corte italiana, que
morava em Cesaréia, cidade que ficava

38
104Km ao norte de Jerusalém. Era
provavelmente um simpatizante do
judaísmo, religião de predominância na
região. Suas características religiosas,
como dar esmolas aos pobres e orar a
Deus continuamente (At 10.3-5),
exemplificam o perfil de pessoas que
passam a serem vistas por Deus pelo
seu temor a Ele. Uma virtude que, dado
ao contexto bíblico, passa a ser um pré-
requisito para sua visitação. Temor
diferente do medo fala de um profundo
respeito pelos mandamentos de Deus
mesmo que os conheça
superficialmente (Pv 9.10,14.27;
2Co5.11).
2) Como o evangelho chegou à
casa do Cornélio?
Tendo o seu procedimento avaliado por
Deus, Cornélio tornou-se alvo da graça
divina quando fora visitado pelo anjo do
Senhor que lhe trazia o seguinte recado
“... Cornélio as tuas orações e as tuas
esmolas subiram em memória diante
de Deus, agora, envia mensageiros a
Jope e manda chamar Simão que tem
por sobrenome Pedro. Ele está
hospedado com Simão o curtidor, cuja
residência está situada a beira do
mar”(At 10. 4-6).
A visita do anjo do Senhor na casa de
Cornélio o deixou profundamente
perplexo. Por mais que ele fosse um
homem temente a Deus, nunca havia
experimentado algo parecido. Os dois
mensageiros que foram enviados para
falar com Pedro quando o encontraram,
tinham um discurso pronto para lhe
dizer: “O centurião Cornélio, homem
39
reto e temente a Deus e tendo bom
testemunho de toda a nação judaica, foi
instruído por um santo anjo para
chamar-te a sua casa e ouvir as tuas
palavras (At 10.22). A visita do anjo era
o apelo central para a conversa. Além
do mais, Pedro, antes dos dois se
apresentarem a ele, já havia sido
inquirido pela voz do Espírito Santo que
lhe disse: “...Estão aí dois homens que
te procuram, levanta-te e, desce e vai
com eles, nada duvidando porque eu os
enviei”. (At 10.19.20).
Sobre um contexto cheio de
intervenções divinas como este não há
como não ficarmos maravilhados diante
da tamanha ação de Deus para que o
evangelho chegasse à casa de
Cornélio. Conduzidos por esta
compreensão, tenhamos fé para
acreditar no poder de Deus para a
salvação da nossa casa.
3) A chegada do evangelho à casa
de Cornélio.
Após serem enviados a Pedro, os dois
mensageiros a convite do apóstolo
passaram a noite na residência em que
estava hospedado e no dia seguinte os
acompanhou. Ao chegar à casa de
Cornélio, foi recebido calorosamente
pelo mesmo, que o aguardava
juntamente com os seus parentes e
amigos. Inicialmente, em decorrência
da sua imaturidade, Cornélio comete a
gafe de se prostrar e adorar o apóstolo,
que rapidamente o repreende
mansamente (At.10.26). Nem Pedro e
nem Cornélio sabia o que estava para
acontecer, porém, quando Cornélio
ressaltou o acontecido, Pedro,
obediente a vontade de Deus, passou-
lhes a pregar o evangelho. Em questão
de pouco tempo o Espírito Santo
desceu sobre eles, levando-lhes a falar
em outras línguas (At 10.44-48). Para
Pedro e os judeus que
acompanhavam, aquilo foi
3 – O EVANGELHO ÀS NAÇÕES
A pregação do evangelho e o
desenvolvimento da igreja nas nações
ganharam um forte aliado, o apóstolo
Paulo. Convertido a caminho de
Damasco, como vimos na lição
anterior, Paulo foi um homem cujo
fundamento da sua chamada
arraigava-se nas missões por territórios
gentílicos. Há quem considere que sua
chamada tenha nascido da recusa de
Pedro em se alimentar dos animais
imundos na visão de At 10.10-16.
Certamente a influência judaica,
intricada no apóstolo de Jerusalém,
pode tê-lo descredenciado a esta
missão. Contudo, o que se sabe é que
o desenvolvimento da igreja nas
nações passou por várias lutas e
dissensões ao longo da sua história.
Entre as principais causas estavam:
1) A mensagem do evangelho
judaizante.
Entre os pregadores das nações havia
o grupo daqueles que pregavam uma
espécie de evangelho judaizante e o
grupo que se opunham a isso, no que
podemos chamá-los de anti
comprovação que os gentios também
eram dignos da graça salvadora de
Jesus Cristo, tendo em vista que a partir
dali vários debates seriam levantados
sobre a pauta de ponderar a influência
do costumes judaicos nas sociedades
o gentílicas alcançadas pelo evangelho (
a At 15.6-11).
judaizantes. O evangelho judaizante se
comprometia na anunciação das boas
novas de Cristo sobre o acrescento da
lei, obrigando os gentios a se
circuncidarem (retirada do prepúcio do
órgão masculino, símbolo da aliança
entre Deus e a nação de Israel). Tal
condicionamento conduzia os gentios a
aceitarem esta prática como um pré-
requisito à sua salvação (At 15.1).
Por outro lado, Paulo, juntamente com
seu companheiro de viagem Barnabé,
compunha o grupo dos quais resistiam
a isso. Apesar de serem judeus, o
objetivo deles era prover liberdade aos
gentios de viverem o evangelho sem a
influência dos costumes judaizantes.
Para isto foi criado o primeiro Concílio
em Jerusalém, presidido pelo apóstolo
Tiago irmão do Senhor, o qual, depois
de ouvir Paulo e Barnabé, expôs em
pleno acordo com todos os apóstolos a
decisão de não impor os costumes
judaicos aos gentios, sugerindo que
apenas se abstivessem de comidas
sacrificadas aos ídolos e de carne de
animais estrangulados ou com sangue
(Lv 17.10-14;19.26).
40
 decorrência da sua mensagem, que
2) Falsos apóstolos. enaltecia a figura do judeu como sendo
o portador da salvação. As cartas
Uma característica incomum entre os
paulinas registram vários problemas
falsos apóstolos é que todos na sua
advindos de seus ensinamentos em
maioria eram judeus convertidos,
territórios gentílicos (Gl1.6, 2.7). Ao que
vindos da seita dos fariseus. Estes
parece, as imposições no concílio não
homens pertencentes a poderosos
estavam sendo respeitadas, e eles
grupos judaicos convertidos ao
continuavam a ensinar que para se
cristianismo, de certa forma tinham
tornar um verdadeiro cristão era
admiração de boa parte dos judeus
necessário integrar-se ao judaísmo, se
convertidos de Jerusalém, em
circuncidando.

CONCLUSÃO
O evangelho, como bem precioso dado a humanidade, é a conclusão do plano
salvífico de Deus para o homem, que, por sua vez, precisa reconhecer que não existe
outro caminho a não ser este, o de entregar a sua vida a Jesus. Que esta lição possa
ter aberto a nossa mente para entendermos a poderosa graça de Deus agindo em
nossas vidas.

Questionário

1) Em qual personagem bíblico do antigo testamento se concentra a promessa

de redenção aos gentios?

______________________________________________________________
______________________________________________________________
2) Qual foi o primeiro gentio alcançado pelo evangelho?

______________________________________________________________
______________________________________________________________
3) Comente as dificuldades vivenciadas por Paulo com os cristãos judaizantes,
acentuando os fatos que mais lhe chamaram atenção:

______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
41
Texto Áureo
“Ide por todo mundo, LEITURA EM CLASSE
pregai o evangelho a Atos 13.1-5
toda criatura.”
1 E na igreja que estava em Antioquia havia alguns
Mc 16.15 profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão
chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que
Verdade Central fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo.
O Espírito Santo é quem 2 E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o
capacita e separa para o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo
ministério. para a obra a que os tenho chamado.
3 Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as
Leitura Diária: mãos, os despediram.
4 E assim estes, enviados pelo Espírito Santo,
Segunda-feira desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.
Mt 8.11,12 5 E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra
Terça-feira de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham
Mt 15.24 também a João como cooperador.
Quarta-feira
Mc 8.1
Quinta-feira
Mt 12.41,42
Sexta-feira
Mt 4.25
Sábado
Rm 11.28-31

42
INTRODUÇÃO
Estágio inicial do grande apóstolo dos gentios. A primeira viagem missionária
de Paulo é uma aventura repleta de grandes desfechos ministeriais. Acompanhado
de quem inicialmente seria o seu mentor e futuramente seu grande amigo e
companheiro, Barnabé, ambos conseguiram romper com as barreiras que surgiram
a sua frente, para proclamar o evangelho a inúmeras multidões que estavam em seu
caminho. Recebendo com isto o reconhecimento de apóstolos de Cristo pelos
apóstolos mais antigos (Gl 2.9).
1 – BARNABÉ, FILHO DA CONSOLAÇÃO
1) Quem era Barnabé? separação com o apóstolo dos gentios,
Barnabé tenha desempenhado um
José Barnabé era um levita natural de grande serviço às igrejas pelo mundo.
Chipre, país fora da palestina. A sua
ascensão no novo testamento veio 3) A separação de Barnabé e
devido a sua generosidade em doar Paulo.
para igreja o dinheiro de uma
A separação de Barnabé com
propriedade que tinha (At 4.36.37).
Paulo ocorreu devido uma discussão
Inicialmente o sobrenome Barnabé,
que significa filho da exortação, foi que tiveram sobre a questão de levar
dado pelos apóstolos, provavelmente um discípulo chamado João Marcos,
pela sua postura exemplar na obra do primo de Barnabé, na segunda viagem
Senhor (At 11.24). Em suma, Barnabé missionária. Para Paulo levá-lo seria
torna-se para nós um exemplo de inconveniente, já que na primeira
homem que sabe ser fiel a Deus e ainda viagem João Marcos os deixou para
por cima contagiar as suas lideranças retornar à Jerusalém. Por outro lado,
com o seu lado carismático de ser. Barnabé estava decidido em levá-lo,
2) A missão e vida de Barnabé. possivelmente como um gesto de
confiança. Esta pequena discordância
Para a igreja do primeiro século entre os dois causou uma ruptura,
Barnabé foi fundamental. Como um fazendo com que Barnabé se
notável homem de Deus, além de ser o acompanhasse de João numa viagem a
principal protagonista da primeira
Chipre, e Paulo de Silas numa viagem
expedição a uma igreja gentílica em
a Síria e a Cílicia, fortalecendo as
Antioquia, foi inicialmente um dos
igrejas que já tinham sido abertas. O
principais apoiadores de Paulo no início
do seu ministério, sendo uma espécie desfecho desta história pode parecer
de mentor ao jovem apóstolo. Sua incoerente. Contudo, mais na frente
trajetória no livro é narrada enquanto tanto Barnabé quanto João Marcos
mantinha-se ao lado de Paulo, mas voltam a ser mencionados por Paulo
acredita-se que mesmo depois da sua como seus companheiros (1Co 9.6, Gl

43
2.13, Cl 4.10, 2 Tm 4.11), mostrando
que os contratempos na jornada cristã
servem apenas para fortalecer a fé
2 – A PRIMEIRA VIAJEM MISSIONÁRIA
1) O avivamento em Antioquia.
O avivamento em Antioquia foi um dos
eventos mais fantásticos mencionados,
no livro de Atos. Depois da perseguição
aos cristãos em Jerusalém, alguns
judeus dispersos na cidade de
Antioquia começaram a pregar o
evangelho tanto a judeus como a
gregos, iniciando uma série de
conversões em massa na cidade. Ao
saber, os apóstolos de Jerusalém
enviaram Barnabé, que, depois de ver
o que estava acontecendo, foi até a
cidade de tarso em busca de Paulo,
para levá-lo consigo ao campo
missionário. E durante um ano
ensinaram os discípulos, que pela
primeira vez foram chamados cristãos
(At 11.26).
2) O socorro às igrejas da Judéia.
Barnabé neste período teve uma
grande parcela de responsabilidade no
amadurecimento de Paulo como
ministro, sendo um dos principais
apoiadores do seu ministério num
tempo em que o tal não havia sido
reconhecido ainda pela igreja de
Jerusalém como apóstolo de Cristo.
Entretanto, o descrédito inicial que os
apóstolos tinham em relação a Paulo
44
entre irmãos e para cumprir os
desígnios secretos de Deus.
estava para mudar. Aprouve Deus
permitir uma situação onde Paulo,
juntamente com Barnabé, se tornariam
extremamente úteis a todas as igrejas
da Judéia. Segundo o contexto
histórico deste período, houve um
grande declínio econômico em todo o
mundo, fazendo com que as regiões da
Judéia fossem atingidas pela fome. A
igreja de Antioquia nesta ocasião foi
fundamental como auxílio as demais
igrejas da Judéia, especialmente a de
Jerusalém, que passou a ser socorrida
pela generosidade dos irmãos em
enviar provisões financeiras pelas
mãos de Paulo e Barnabé, os quais
passaram a ser vistos como
verdadeiros homens de Deus depois
desta situação. Esta cena coloca-nos
sobre a perspectiva de que Deus
sempre estará disposto a mover céus e
terra para exaltar aqueles a quem ele
chamou para sua obra. Assim como
José, que precisou de um sonho para
se tornar governador, e como Davi que
precisou de um gigante para ser
capitão do exército de Israel, Paulo
precisou de uma oportunidade para
mostrar à igreja que ele não era mais
um perseguidor assassino, mas um
homem cuja fé e convicções no
evangelho revolucionariam o mundo.
3 – CONTRATEMPOS DA PRIMEIRA VIAJEM MISSIONÁRIA
1) Elimas, o mágico.
O manuseio de artes ilusionistas e de
própria magia negra era comum neste
tempo e faziam parte de um dos
grandes desafios para o cristianismo
em terras gentílicas (At 8.9-13), que,
diferente das regiões da palestina,
conservavam culturas ocultistas
advindas à veneração a outras
divindades. Em certa ocasião,
chegando Paulo a uma cidade da
província romana chamada Salamina.
O Procônsul da cidade, chamado
Sergio Paulo, muito queria ouvi-los,
mas opunha-se a isso Elimas, o
mágico, personagem que há algum
tempo já vinha ludibriando-o com suas
mágicas (At 13.4-7). Entrementes, o
poder de Deus, sempre será a arma
contra a qual o inimigo jamais poderá
vencer, principalmente quando este se
manifesta na vida de um homem cheio
de ousadia, como apóstolo Paulo.
“Todavia, Saulo também chamado
Paulo, cheio do Espírito Santo, fixando
neles os olhos disseram: ó filho do
diabo, cheio de todo engano e de toda
malícia, inimigo de toda a justiça, não
cessarás de perverter os retos
caminhos do Senhor? Pois, agora, eis
aí ficaras cego, não vendo o sol por
algum tempo. No mesmo instante, caiu,
sobre ele névoa e escuridão, e,
andando à roda, procurava alguém que
o guiasse pela mão. Então o Procônsul,
vendo o que sucedera, creu
maravilhado com a doutrina do
Senhor.” (At 13.9-12).
45
2) O apedrejamento de Paulo.
Partindo em viagem por cidades da
Galácia e Ásia menor, onde pregavam
especialmente nas sinagogas e nos
vilarejos, Paulo e Barnabé chegaram
na cidade de Listra, onde encontraram
a maior dificuldade da viagem. Um
milagre realizado por Paulo, da cura de
um paralítico, causa um grande
alvoroço na cidade inteira, que de tão
extasiados que ficaram levantam Paulo
e Barnabé gritando em alta voz em sua
língua materna dizendo: os deuses
chegaram a até nós! Os quais
chamavam Barnabé de Júpiter e Paulo
de Mercúrio. Ouvindo isto, os apóstolos
entram em desespero e, rasgando as
suas vestes, declarando ao povo...
“Senhores, por que fazeis isto? Nós
também somos homens como vós,
sujeitos aos mesmos sentimentos, e
vos anunciamos o evangelho para
destas coisas vãs, vos convertais ao
Deus vivo, que fez o céu e a terra, o mar
tudo que nele há.” (At 14.15).
Estas palavras acalmaram a euforia do
povo. Entretanto, judeus resistentes a
palavra de Deus vindos de Antioquia e
Icônio, cidades pelas quais passaram,
instigaram alguns da multidão, e
arrastando Paulo para fora da cidade, o
apedrejaram. Paulo estava como morto
no chão, quando de repente se levanta
e segue com os discípulos. Este triste
acontecimento revela o quão árduo é
servir na obra do Senhor com ousadia
e autoridade. Inevitavelmente, Paulo,
assim como Jesus, sempre era a
pessoa mais caçada pelos opositores,
sendo visto como o mais proeminente
da equipe.

CONCLUSÃO
Temos vivido tempos trabalhosos, onde uma boa parte dos cristãos tem se
omitido na tarefa da evangelização. Que o exemplo destes dois homens sirva como
um referencial para aqueles que almejam fazer a diferença nesta geração.

Questionário

1) De qual linhagem das doze tribos era barnabé?

________________________________________________________________
________________________________________________________________

2) Cite os contratempos da primeira viagem missionária:

________________________________________________________________
________________________________________________________________
3) Comente a relação de Paulo com Barnabé, acentuando os fatos que mais lhe
chamaram atenção:

________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________

46
Texto Áureo
“Ide por todo mundo,
pregai o evangelho a LEITURA EM CLASSE
toda criatura.”
Atos 15.30-41
Mc 16.15
30 Tendo eles então se despedido, partiram para Antioquia
e, ajuntando a multidão, entregaram a carta.
Verdade Central
31 E, quando a leram, alegraram-se pela exortação.
Conversão e milagres 32 Depois Judas e Silas, que também eram profetas,
são sinais que exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras.
evidenciam a vocação de 33 E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os deixaram
voltar em paz para os apóstolos;
Deus. 34 Mas pareceu bem a Silas ficar ali.
35 E Paulo e Barnabé ficaram em Antioquia, ensinando e
Leitura Diária: pregando, com muitos outros, a palavra do Senhor.
36 E alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé: Tornemos a
Segunda-feira visitar nossos irmãos por todas as cidades em que já
Lc 10.1,2 anunciamos a palavra do Senhor, para ver como estão.
37 E Barnabé aconselhava que tomassem consigo a João,
Terça-feira chamado Marcos.
Mt 10.16 38 Mas a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo
Quarta-feira aquele que desde a Panfília se tinha apartado deles e não
Jo 20.21 os acompanhou naquela obra.
39 E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do
Quinta-feira outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para
At 9.15 Chipre.
Sexta-feira 40 E Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado
Rm 10.13-15 pelos irmãos à graça de Deus.
41 E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas.
Sábado
Sl 96.3

47
INTRODUÇÃO
A segunda viagem missionária de Paulo narra uma nova etapa no seu
ministério, agora estando mais experiente em função das grandes realizações e dos
contratempos da primeira viagem. Paulo se dispõe a fazer um trabalho de
consolidação nas igrejas que foram abertas, sinalizando um momento em que o
cristianismo começa a ganhar uma identidade mais solida. Nesta lição estudaremos
as dificuldades e façanhas desta maravilhosa missão.

1 – ACONTECIMENTOS DA SEGUNDA VIAJEM MISSIONÁRIA

1) Crescimento das igrejas.
Levando Silas consigo, Paulo percorre
várias igrejas pelas regiões da Síria e
da Cilicia, constatando o que já era
esperado, o seu crescimento numérico.
“Assim as igrejas eram fortalecidas na
fé e, dia, dia, aumentavam em número.”
(At 16.5).
O crescimento numérico da igreja, por
meio da conversão dos não crentes,
sempre será uma façanha digna de
louvor. Ao mesmo tempo, também
preocupar-se com a qualidade dos
novos crentes, consolidando-os na
verdadeira fé crista, cumpre a meta
apostólica para o desenvolvimento de
igrejas saudáveis.
2) Aparecimento de Timóteo.
A segunda viagem missionária é
marcada pelo aparecimento do
discípulo Timóteo, um jovem cristão
que cresceu ao lado de sua avó, Lóide,
e de sua mãe, Eunice, pessoas a quem
deve sinceros agradecimentos por sua
educação na piedade judaica (2 Tm
1.5; 3.14.15). Provavelmente
converteu-se ao cristianismo no início
da sua juventude. Tendo bom
testemunho da igreja, foi levado por
Paulo na sua viagem missionária como
seu pupilo, sendo circuncidado logo em
seguida, em função da maioria dos
judeus daquela região saberem que
seu pai era grego (At 16.3). Timóteo foi
uma das grandes bênçãos que Deus
deu a Paulo como ministro.
Futuramente, após assumir igrejas de
importância, como Éfeso, este seria um
dos poucos companheiros que
permaneceriam ao seu lado até seu
último suspiro (2Tm 4.9-18).
3) A ida a macedônia.
Depois de ser impedido por Deus de ir
para Ásia e a Bitínia (At.16.6.7), Paulo
e sua equipe se deparam com uma das
missões mais fascinante de suas vidas,
a ida à Macedônia. A ida à Macedônia
originou-se numa visão que Paulo teve
enquanto estava em na cidade de
Trôade, sem saber ao certo para onde
ir. Nesta visão um homem macedônio
aparece a ele com o seguinte pedido,
“passa a macedônia e ajuda-nos”
(At.16.9). Sem pensar duas vezes
Paulo e sua equipe se dirigem à

48
Macedônia, onde enfrentaram as prisão; abriram-se todas as portas, e
seguintes dificuldades: soltaram-se as cadeias de todos.” (At
16. 25.26).
3.1) A prisão em Filipos.
Paulo e Silas foram livres das cadeias
Chegando numa cidade da Macedônia
que o prendiam graças ao terremoto de
chamada Filipos, Paulo, juntamente
Deus sobre a prisão. Este cenário
com seu companheiro Silas,
revela que, por trás de toda dificuldade
enfrentariam uma grande dificuldade.
que enfrentamos, sempre existe um
Após curarem uma jovem que sofria de
grande vitória e livramento a ser
uma possessão de um espírito
manifestado pelo Senhor.
adivinhador (At 16.16-18) Paulo e Silas
são açoitados e encarcerados como 3.2) O prévio suicídio do carcereiro.
criminosos. Uma situação que se
O grande pesar de Paulo e Silas
originou por meio da revolta dos
poderia ter acontecido se eles não
senhores da jovem que fazia as
tivessem impedido. Depois de serem
predições. Não se sabe ao certo se tais
abertas as cadeias, o carcereiro,
predições aconteciam realmente.
supondo que os presos haviam fugido,
Avaliando o termo, “espírito
desembainhou a sua espada para se
adivinhador” no seu sentido
matar. Se não fosse por Paulo e Silas
etimológico, dá-se a entender que a
que, gritaram em alta voz dizendo: “não
moça manipulada por demônios
te faças nenhum mal por que todos aqui
simbolizava uma espécie de serpente
estamos!” (At 16.28), ele teria se
mística guardiã de templo de Apolo, na
suicidado, haja vista que esta seria
qual as pessoas conferiam a ela a
provavelmente sua punição pela perca
credibilidade das adivinhações mesmo
dos prisioneiros. Depois deste
não sendo verídicas.
incidente, e sendo acalmado, o
O importante é que, seguido da carcereiro converte-se a Cristo sobre o
experiência do ultraje dos açoites e do seguinte dizer: “Crê no Senhor Jesus e
encarceramento, Paulo e Silas tiveram será salvo tu e tua casa” (At 16.31).
uma das mais belas experiências com Esta frase remonta o plano de Deus
Deus registradas no livro de Atos. para as famílias, ainda que em algumas
instancias sejam uma missão árdua
“por volta da meia noite, Paulo e Silas
para nós. Tenhamos em mente que
oravam e cantavam louvores a Deus, e
este é o plano de Deus para nossa
os demais presos da prisão escutavam.
casa, salvação.
De repente, sobreveio tamanho
terremoto, que sacudiu os alicerces da

2 – A PRIMEIRA VIAJEM MISSIONÁRIA

49
 Para os estudantes da escola
dominical, esta cidade chamada de
Beréia deve ser um exemplo de
referência estudantil. De todas as
características possíveis de se haver
num povo em relação aos estudos das
sagradas escrituras, os bereianos
tinham as melhores, vejamos algumas:
1) Nobreza.
At 17. 11A diz: “ora, estes de Beréia
eram mais nobres do que os de
Tessalônica, pois receberam a palavra
com toda a avidez...” nobreza diz
respeito a uma conduta respeitosa e
sem preconceito. Os judeus que ali
viviam se mostram totalmente abertos
para ouvir o que Paulo e Silas tinham
para dizer, já em outros lugares como a
própria cidade Tessalônica não foi
assim (At 17.5-9). Para os judeus de
Beréia, o que importava era verdade,
independentemente de onde viesse ou
por quem viesse. Procedimento que,
avaliado pelo ângulo pedagógico,
cumpre cabalmente o papel
educacional de um aluno que é de se
permitir ser ensinado.
2) Autoexame das escrituras.
“... examinando as escrituras todos os
dias para ver se as coisas eram, de fato
assim.” (At 17.11B). Ao mesmo tempo
que os homens de Beréia se permitiam
aprender, também usufruíam de um
direito legal de examinar o que lhes
estava sendo passado. Todos devem
estar abertos a ouvir, sem, contudo, se
omitir no exame preventivo do ensino
transmitido

CONCLUSÃO
No término desta primeira parte podemos tirar a seguinte conclusão sobre a
segunda viagem missionária de Paulo: foi algo fantástico. Suas lutas e vitórias
inevitavelmente nos inspiram a sermos pregadores do evangelho dispostos a ganhar
vidas para o reino de Deus. Que Deus continue nos abençoando no percurso desta
viagem.
Questionário

1) Cite os acontecimentos da segunda viagem missionária.

___________________________________________________________________
_______________________________________________________________
2) Quais foram as dificuldades enfrentadas na macedônia?

___________________________________________________________________
______________________________________________________________

50
 3) Comente a segunda viagem missionária, acentuando os pontos que mais lhe
chamaram a atenção:

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

51
Texto Áureo
“Ide por todo mundo,
pregai o evangelho a LEITURA EM CLASSE
toda criatura.”
Atos 17.10-15
Mc 16.15
10 E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas
Verdade Central a Beréia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos
Conversão e milagres judeus.
são sinais que 11 Ora, estes foram mais nobres do que os que
estavam em Tessalônica, porque de bom grado
evidenciam a vocação de
receberam a palavra, examinando cada dia nas
Deus. Escrituras se estas coisas eram assim.
12 De sorte que creram muitos deles, e também
Leitura Diária: mulheres gregas da classe nobre, e não poucos
Segunda-feira homens.
13 Mas, logo que os judeus de Tessalônica
Lc 10.1,2
souberam que a palavra de Deus também era
Terça-feira
anunciada por Paulo em Beréia, foram lá, e
Mt 10.16 excitaram as multidões.
Quarta-feira 14 No mesmo instante os irmãos mandaram a
Jo 20.21 Paulo que fosse até ao mar, mas Silas e Timóteo
Quinta-feira ficaram ali.
At 9.15 15 E os que acompanhavam Paulo o levaram até
Sexta-feira Atenas, e, recebendo ordem para que Silas e
Rm 10.13-15 Timóteo fossem ter com ele o mais depressa
Sábado possível, partiram.
Sl 96.3

52
INTRODUÇÃO
Para um estudo bíblico dominical seria difícil concluirmos a façanha da segunda
viagem missionária em uma única lição. Temos um vasto legado espiritual
apresentado no livro em relação a ela, e, portanto, precisamos de mais uma lição
para fazer o desfeche desta grande aventura espiritual de Paulo e seus amigos.

1 – A VISITA A ATENAS
Com toda certeza, Atenas
seguramente foi a cidade que mais
deixou Paulo espantado, em face da
sua idolatria. No seu trajeto por Atenas
ele presenciou estatuetas e felicidade deveria ser mais racional e
monumentos de deuses e deusas por
toda cidade, em prédios públicos,
comerciais e nos templos. Atenas era o
principal centro intelectual do mundo no
período, berço de grandes filósofos
como Platão e Aristóteles. Na época de
Paulo havia dois grupos de escolas
filosóficas, que o convidaram para
discursar no Areópago, os epicureus e
os estoicos.
1) Epicureus.
Escola filosófica fundada por Epicuro
(342-270 ac). Sua ideia consistia em
mostrar aos homens que o sentido da
vida se encontra no prazer da vida
terrestre, devendo o homem se desligar
de tudo aquilo que possa atrapalhar a
sua busca pela felicidade. A ideia dos
epicureus era que nenhuma divindade
se intrometeria nos caminhos criados
pelo homem no alcance deste objetivo,
pensamento repudiado por uma boa
parte da sociedade religiosa da época.
2) Estóicos.
Escola filosófica fundada por cipriota
Zenão (340-265 ac). Ensinava um
pensamento contrário ao dos
epicureus. Para eles a busca pela
ética. Acreditavam que existia um logos
divino, que na condição de deus,
poderia ser percebido através da razão
das coisas criadas. Em parte, muitos
dos estoicos levavam uma vida de
comum acordo com a natureza,
tentando encontrar nela o significado
para uma vida em plenitude.
3) O efeito do discurso de Paulo.
Paulo discursava para dois grupos
filosóficos que pecavam por usar a
subjetividade em detrimento da
verdade universal, como meras
criaturas. Ambos deveriam
compreender que a verdade absoluta
jamais poderia vir da capacidade de
pensar do homem, mas da existência
de um Deus criador, testificado pelas
coisas criadas. Neste ponto, ao
discursar no areópago, Paulo consegue
uma façanha quase impossível:
persuadir alguns possíveis
pertencentes a um destes dois grupos
a segui-lo, o que para ele, sem dúvida,
foi uma grande vitória (At 17.34).

53
2 – A IGREJA EM CORINTO
Outra importante obra no contexto da
segunda viagem missionária foi o
estabelecimento da igreja em Corinto.
Corinto, nos tempos de Paulo, era uma
cidade com 200.000 habitantes,
incluindo gregos, veteranos do exército
romano, empresários, oficiais do
governo e muitos judeus e escravos.
Era uma cidade de uma imoralidade
extrema com vários templos
consagrados a diversas divindades.
Entre os mais conhecidos estava o da
deusa Afrodite, cujas práticas religiosas
consistiam também em cultos cheios de
rituais acompanhados de sexo explícito
entre os participantes.
Etapas da ação de Paulo em Corinto.
1) Sinagogas.
Em todas as regiões que passava, o
alvo inicial do apóstolo para ganhar
vidas para Cristo eram as sinagogas.
Os judeus, diferentes dos gentios,
tinham um hábito religioso muito
parecido com os dos cristãos, que de
certa forma eram uma extensão do
judaísmo. Quando judeus aceitavam a
mensagem do evangelho, o trabalho de
Paulo era facilitado, pois a maior parte
deles não precisava do mesmo tipo de
acompanhamento, em função da
condição espiritual e religiosa que o
judaísmo lhes dava.
O problema principal do judeu ao se
converter ao cristianismo estava em se
desprender das suas tradições que, em
certo ponto, tornavam-se um empecilho
para o crescimento espiritual dos
mesmos, pelos legalismos
54
sedimentados por elas. Entretanto,
quando judeus se convertiam de
verdade ao evangelho, Paulo ganhava
imediatamente cooperadores para
auxiliá-lo em suas tarefas para com as
igrejas que estavam sendo
implantadas. Em Corinto alguns que
lhes foram fundamentais:
2) Áquila e Priscila.
Um casal de judeus que se
converteram ao cristianismo,
possivelmente no período da
perseguição aos cristãos em
Jerusalém, através de cristãos
dispersos por regiões gentílicas. Em
Corinto, Paulo residiu com este casal,
que tinham acabado de sair de Roma
pelo decreto do imperador, que baniu
os judeus da cidade. Estes, semelhante
ao apóstolo, trabalhavam na mesma
profissão, eram fabricantes de tendas
(At 18.1-4). Na estadia de um ano e
meio de Paulo na cidade, este casal foi
fundamental para o avanço da igreja
que estava nascendo, algo que mostra
que independente do talento peculiar
de uma pessoa, ninguém faz nada
sozinho. Sempre haverá necessidade
de cooperadores levantados por Deus
para auxiliá-lo (Fl 2.25;4.3).
3) Crispo, principal da sinagoga.
A maioria dos judeus em Corinto
rejeitou a mensagem de Paulo, a ponto
de blasfemarem (At 18.6). Mas houve
um fruto poderoso que nasceu de suas
mensagens: Crispo, líder da sinagoga.
Sua função exigia cuidados com as
disposições físicas no culto na
sinagoga. Além disso, era um homem
influente entre os judeus, por seu
cargo. Crispo tornou-se um estratégico
cooperador de Paulo, sendo
provavelmente a única pessoa, junto
com a sua família, batizada pelo
apóstolo (1 Co 1.14).
3 – O FINAL DA SEGUNDA VIAJEM MISSIONÁRIA
1) A perseguição dos judeus. acontecendo como deveriam
acontecer.
Inevitavelmente Paulo passou a ser
perseguido pelos judeus na cidade de 2) O voto de gratidão de Paulo.
Corinto, os quais, de tão enfurecidos
Depois de um ano e meio na cidade de
que estavam, levaram-no até o
Corinto, nos seus dias finais, Paulo
Procônsul da região, chamado Gálio.
celebra um voto de nazireado,
Este, por sua vez, ao ouvir a queixa dos
deixando o cabelo de sua cabeça
judeus contra Paulo, fez pouco caso,
crescer. Os motivos do voto não se
por estar relacionado a lei, deixando-os
sabe ao certo, porém provavelmente
mais enfurecidos a ainda, a ponto de
este voto simbolizava a gratidão de
espaçarem a Sóstenes, líder da
Paulo a Deus pelo belo trabalho
sinagoga na sua frente (At 18.12-16),
realizado na organização da igreja de
talvez por sua recusa em depor contra
Corinto, e de todo esforço compelido na
Paulo perante o Procônsul . A
sua viagem missionária (At 18.18).
perseguição dos judeus era um sinal
Apesar de votos como este serem
que a obra de Deus estava
exclusividades dos judeus pela sua
prosperando naquela cidade. Sendo
tradição, podemos imitar o seu exemplo
assim, podemos entender através disso
consagrando as nossas vidas a Deus
que todo levante de ira satânica
como sinônimo de nossa gratidão a Ele
representa para nós um sinalizador,
por todos os benefícios que tem
revelando que as coisas estão
realizado (Sl116.12 ).

CONCLUSÃO
No seu avanço na obra missionária, Paulo nos motiva a crermos no poder de
Deus na implantação de novas igrejas. Assim como ele, somos apenas vasos de
barro nas mãos de um oleiro soberano, que sabe como trabalhar e como executar a
sua vontade em nós. Que possamos seguir as suas pisadas sobre o interesse de
cumprirmos com excelência a missão deixada por Jesus: fazer discípulos (Mt.28.19).
Questionário

55
 1) Cite os nomes dos judeus que foram fundamentais no trabalho da igreja de
Corinto.

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
2) Nos tempos de Paulo, Corinto era cidade de quantos habitantes?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3) Comente a segunda fase da viagem missionária de Paulo, acentuando os fatos
que mais lhe chamaram atenção:

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

56
Texto Áureo
“Ide por todo mundo,
pregai o evangelho a LEITURA EM CLASSE
toda criatura.”
Atos 19.1-8
Mc 16.15
1 E sucedeu que, enquanto Apolo estava em
Verdade Central Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões
Os conflitos e superiores, chegou a Éfeso; e achando ali alguns
perseguições também discípulos,
2 Disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo
fazem parte do chamado
quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem
missionário. ainda ouvimos que haja Espírito Santo.
3 Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados
Leitura Diária: então? E eles disseram: No batismo de João.
Segunda-feira 4 Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o
batismo de arrependimento, dizendo ao povo que
Lc 10.1,2
cresse no que após ele havia de vir, isto é, em
Terça-feira
Jesus Cristo.
Mt 10.16 5 E os que ouviram foram batizados em nome do
Quarta-feira Senhor Jesus.
Jo 20.21 6 E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o
Quinta-feira Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam.
At 9.15 7 E estes eram, ao todo, uns doze homens.
Sexta-feira 8 E, entrando na sinagoga, falou ousadamente por
Rm 10.13-15 espaço de três meses, disputando e persuadindo-os
Sábado acerca do reino de Deus.
Sl 96.3

57
INTRODUÇÃO
Terminada a implantação de várias igrejas pela Macedônia, Grécia, Gálacia e
Frígia, chega a vez de cidades como Colossos, Laodicéia, Hierapolis e
principalmente Eféso, de se encontrarem com o poderoso evangelho de Jesus Cristo.
Nesta lição iremos compreender as proporções avivalisticas apresentadas na terceira
viagem missionária do apóstolo Paulo.
1 – ROTA DA TERCEIRA VIAJEM MISSIONÁRIA
1) Regiões mais altas. 2) Éfeso.

“Aconteceu que estando Apolo em De todas as suas viagens e obras

Corinto, Paulo tendo passado pelas realizadas, não houve uma que se
regiões mais altas ...” (At 19.1A). comparasse as proporções
sobrenaturais ascendidas na igreja em
Com a implantação de várias igrejas
Éfeso. Éfeso era a capital da província
pela Macedônia, Grécia, Galácia e
romana na Ásia, era tradicionalmente
Frígia, chega a vez de cidades como
conhecida como a cidade da grande
Colossos, Laodicéia e Hierápolis
deusa Artemis (Diana), cujo templo,
(regiões mais altas). A narrativa do livro
considerado uma das maravilhas do
de Atos não apresenta os fatos
mundo antigo, media 130 metros de
ocorridos na abertura destas igrejas.
comprimento e 67 metros de largura, e
Contudo, o novo testamento, com
achava-se adornado com pinturas e
exceção de apenas uma menção a
estátuas da deusa. Além disso, Éfeso
Hierápolis (Cl 4.13), destaca a igreja em
era um importante centro comercial dos
Colossos por uma carta enviada pelo
quais os romanos usufruíam. Nos
apóstolo Paulo, e a de Laodicéia, que
tempos de Paulo, era uma cidade,
seria a última igreja descrita no livro do
assim como muitas outras da época,
apocalipse (Cl1; Ap 3.14). Tais fontes
dominada pela idolatria e feitiçaria
mostram que a terceira viagem
relacionada a rituais de magia. Como
missionária foi fundamental no
era de se esperar, a chegada do
progresso do reino de Deus por meio da
apóstolo na cidade muda todo quadro
abertura de igrejas solidas.
espiritual e social dos seus habitantes.

2 – ETAPAS DO AVIVAMENTO EM ÉFESO

1) Os discípulos de Éfeso. instruídos apenas no batismo de João
batista, o qual, avaliando a sua
Quando Paulo chega à Éfeso, encontra simbologia, os torna a batizar no nome
um pequeno grupo de doze discípulos do Senhor Jesus Cristo, sendo que logo

58
em seguida, impondo as mãos sobre
eles, recebem o batismo com o Espírito
Santo ( At 19 2.3). Inicialmente estes se
tornaram um pequeno grupo
missionário de Paulo para o começo de
um grande avivamento que abalaria
toda a cidade.
2) Esfera de ação de Paulo.
Como de costume, Paulo se dirige
primeiramente aos judeus na sinagoga,
os quais, mais uma vez, na sua maioria,
rejeitam a mensagem do evangelho.
Depois disto, Paulo passa a ensinar na
escola de Tirano, provavelmente um
dos seus simpatizantes, que cedia as
3 – AS PROPORÇÕES DO AVIVAMENTO EM ÉFESO
3) Milagres e prodígios.
Em Éfeso é destacado que uma das
causas das proporções do avivamento
na cidade se devia ao temor gerado nas
pessoas pelos sinais e prodígios
realizados pelo apóstolo.
“E Deus pelas mãos de Paulo fazia
milagres extraordinários, a ponto de
levarem aos enfermos lenços e
aventais do seu uso pessoal, diante dos
quais as enfermidades fugiam de suas
vitimas, e os espíritos imundos se
retiravam.” (At 19.11.12).
Esta eventualidade no ministério de
Paulo ganhava tremendas proporções
em relação à sociedade, influenciando
a busca dos pagãos por Cristo. Sem
falar que causava grande comoção,
principalmente por causa de alguns que
se aventuravam a tentar imitar o
apóstolo na sua performance
59
salas de sua escola para a realização
de cultos presididos por sua pessoa (At
19.8). Neste ínterim, deu-se o fato em
que todos os habitantes da Ásia, tantos
judeus como gregos, ouvissem a
palavra de Deus (At 19.10).
Estrategicamente, Paulo conseguiu
cumprir a missão prioritária do
evangelho, que é conscientizar as
pessoas acerca da maravilhosa
salvação existente em Cristo Jesus.
Ainda que as pessoas não a aceitem,
temos a obrigação de anunciá-la como
fonte de responsabilidade cristã (Mc
16.15).
ministerial, como foi o caso dos filhos
de um judeu chamado Ceva, os quais
tentando repreender um
endemoninhado acabaram sendo
envergonhados depois de serem
subjugados pelo homem possesso, que
não os reconheceu como portadores de
autoridade espiritual (At 19.13-17).
Acontecimentos como este elevavam a
moral do apóstolo, tributando respeito e
admiração da sociedade.
4) Conversões genuínas.
Devido aos inúmeros milagres que se
acompanhavam as mensagens de
Paulo, uma numerosa multidão de
novos convertidos passou a se agregar
ao evangelho, motivada por uma
poderosa ação do Espírito, que
culminava em confissões públicas e
arrependimento genuíno.
“Muitos dos que creram vieram
confessando e denunciando
publicamente as próprias obras.
Também muitos do que haviam
praticados artes mágicas, reunindo os
seus livros, os queimaram diante de
todos. Calculados os seus preços
achou-se uma quantia equivalente a
cinquenta mil denários.” (At 19.18-20).
O detalhamento de Lucas a esta
passagem, sem dúvida, é algo que
4 – AS RETALIAÇÕES CONTRA O AVIVAMENTO
1) Sedição de Demétrio.
Após a consolidação do avivamento
na cidade de Éfeso, milhares de
pessoas na cidade tinham mudado
seus costumes pagãos, entre eles o de
comprar estatuetas da deusa Diana
(Artemis). Este fato acionou os ourives
da cidade, os quais, conduzidos por
Demétrio, um dos principais, foram até
as ruas protestar contra ação de Paulo
na cidade, alegando ações de
blasfêmias e sacrilégios contra a
deusa, mobilizando assim uma
multidão, que até então se movia mais
pelo alvoroço do que pela causa em si
(At 19.32). Este alvoroço custou a saída
de Paulo da cidade por um tempo,
mostrando que às vezes recuar
também faz parte do avanço
missionário, principalmente na questão
de aplacar a ira de ímpios perdendo a
batalha para o evangelho.
2) Final da sua estadia em Éfeso
Depois de uma saída estratégica, Paulo
retorna a cidade de Éfeso para uma
60
revela a comoção e a perplexidade que
havia em todos os membros da equipe
do apóstolo diante de tamanhas
maravilhas. Isto nos mostra que o
poder do evangelho sempre está a nos
surpreender. Mesmo que já tenhamos
visto coisas grandes da parte do
Senhor, Ele sempre tem mais a nos
revelar (1 Co 2.9).
despedida, convidando os presbíteros
da igreja, os quais havia empossado,
para lhes fazer algumas considerações
finais antes de sua partida. Entre as
principais considerações estavam:
3)... A reivindicação de um bom
caráter pastoral.
“... Vós bem sabeis como foi que me
conduzi entre vós em todo o tempo,
desde o primeiro dia em que entrei na
Ásia, servindo com toda humildade,
lágrimas e provações que, pelas
ciladas dos judeus me sobrevieram,
jamais deixando de vos anunciar coisa
alguma proveitosa, e de vo-lo ensinar
publicamente de casa em casa...” (At
20.18-20).
Aqui Paulo cita o seu exemplo com o
propósito instigar nos presbíteros um
compromisso maior com o
aperfeiçoamento do caráter pastoral.
Em tempos onde muitos têm manchado
este ofício com irregularidades no
procedimento, somos advertidos a
seguir o exemplo do apóstolo, que
mesmo com todos os seus atributos homens falando coisas pervertidas
aprendeu que liderar é ser servo, e não para arrastar os discípulos após si”. (At
dominador (1Pe 5.2). 20.28-30).
4)...Cuidado com o rebanho. Esta advertência compila uma das
advertências mais enfáticas em relação
“Atendei por vós e por todo rebanho o
ao cuidado com a igreja do Senhor.
qual Deus vos constituiu bispos, para
Para Paulo, cuidar da igreja também
pastoreardes a igreja de Deus, a qual
significava defende-la da ação de
ele comprou com seu próprio sangue.
obreiros fraudulentos que querem
Eu sei que depois da minha partida,
dividi-la com falsas argumentações e
entre vós penetrarão, lobos vorazes
ensinamentos (Fl 3.2).
que não pouparão o rebanho. E que,
dentre vós mesmos se levantaram

CONCLUSÃO
A terceira viagem missionária está cheia de aventuras extensas do apóstolo,
as quais deixaremos para que você descubra, através da leitura sistemática e do
estudo pessoal. Por fim, credenciamos a terceira viagem como a mais produtiva do
apóstolo, por enfatizar com clareza o propósito avivalístico das suas missões em
fundar igrejas que façam a diferença na sua sociedade.

Questionário

1) Regiões mais altas referem-se as quais cidades?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
2) Qual batismo os discípulos de Éfeso conheciam?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3) Comente a terceira viagem do apóstolo, acentuando os fatos que mais lhe
chamaram atenção:

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

61
Texto Áureo
“Ide por todo mundo,
pregai o evangelho a LEITURA EM CLASSE
toda criatura.”
Atos 19.1-8
Mc 16.15
1 E sucedeu que, enquanto Apolo estava em
Verdade Central Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões
Os conflitos e superiores, chegou a Éfeso; e achando ali alguns
perseguições também discípulos,
2 Disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo
fazem parte do chamado
quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem
missionário. ainda ouvimos que haja Espírito Santo.
3 Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados
Leitura Diária: então? E eles disseram: No batismo de João.
Segunda-feira 4 Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o
batismo de arrependimento, dizendo ao povo que
Lc 10.1,2
cresse no que após ele havia de vir, isto é, em
Terça-feira
Jesus Cristo.
Mt 10.16 5 E os que ouviram foram batizados em nome do
Quarta-feira Senhor Jesus.
Jo 20.21 6 E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o
Quinta-feira Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam.
At 9.15 7 E estes eram, ao todo, uns doze homens.
Sexta-feira 8 E, entrando na sinagoga, falou ousadamente por
Rm 10.13-15 espaço de três meses, disputando e persuadindo-os
Sábado acerca do reino de Deus.
Sl 96.3

62
INTRODUÇÃO
Estamos chegando ao final de um trimestre, e, com toda certeza, este estudo
dominical ficará gravado em nossas memórias como um rema para as nossas vidas
e ministérios pelo seu implícito tema, que indiretamente nos chama atenção, por estar
bastante claro no livro: missões. Nesta última lição, de uma vez por todas, teremos
que assumir a responsabilidade de reproduzirmos os princípios espirituais
encontrados no livro de Atos dos apóstolos em nossa comunidade, postulando-nos
com a mesma ousadia, fé e poder.
1 – A IDA DE PAULO A JERUSALÉM
Diante de todos os desafios e Espírito, dava a entender que muito
batalhas descritos no decorrer do livro sofrimento o aguardava. Depois disto
de Atos, uma merece a nossa atenção: os irmãos da casa de Felipe, sem
a ida de Paulo a Jerusalém. sucesso, passaram adverti-lo para não
fosse (At.21.10-12). Chegando à
A primeira etapa da viagem, o
Jerusalém, sua intenção era visitar as
encontro com as lideranças cristãs.
suas lideranças cristãs, testemunhando
Depois de encarar vários desafios nas do avanço da igreja pelo mundo (At
suas viagens, o apóstolo dos gentios, 21.17-19). Paulo chegou numa fase de
sem recuar, decide ir à Jerusalém. sua vida em que não temia mais a
Antes de partir, Paulo encontrou-se na morte. Seu único objetivo estaria por se
casa de Felipe, onde estava completar, que era morrer por Cristo.
hospedado, com um dos profetas de
Jerusalém, chamado Ágabo, que, pelo

2 – SEGUNDA ETAPA DA VIAJEM: A PERSEGUIÇÃO

Ao chegar à Jerusalém, como
fora profetizado aconteceu, Paulo é
preso pelos judeus, que o levaram ao
Sinédrio para ser interrogado na
presença do sumo sacerdote Ananias,
homem que, segundo registros
paralelos, era uma pessoa
inescrupulosa e violenta, que exerceu
esta função sacerdotal de 48 à 59 dc.
Diante de tais circunstâncias, Paulo
não tinha a mínima chance de ser
justificado, a não ser que apelasse para
o bom senso dos romanos, que até
então não viam ainda os cristãos como
uma ameaça. Para isto, Paulo
sabiamente instigou uma discussão
entre os próprios judeus, que no
período estavam divididos por duas
facções, os saduceus e os fariseus.
Conheçamos um pouco destes dois
grupos:
1) Saduceus.
Os saduceus compunham a parte mais
elitizada do judaísmo, intitulando-se de
zadoquistas. Reivindicavam ser parte

63
da descendência de Zadoque, o ultimo
sacerdote descendente direto de Arão,
a exercer o oficio sacerdotal no templo.
Na sua maioria eram ricos e pessoas de
influência, que tinham como única regra
de fé o Pentateuco. Não acreditavam
em anjos nem em espíritos. Viam na
política um meio de sobrevivência da
nação, o que os distinguia dos fariseus
(At 23.8).
2) Fariseus.
Os fariseus, em contrapartida, se
intitulavam de separatistas. Eram mais
zelosos, no aspecto doutrinário, do que
os saduceus, e criam em todo antigo
testamento, bem como nos profetas.
Dessa forma, não possuíam restrições
doutrinarias e aguardavam a chegada
do Messias. Nos tempos da igreja
primitiva, compunham a maioria da
religião do judaísmo, contando com
mais de 6000 membros. Tinham a
simpatia do povo, que os via como uma
espécie de reformadores judaizantes
até a chegada de Jesus, os quais,
percebendo a perca da popularidade
para Ele, passaram a persegui-lo,
igualmente aos seus discípulos (Mt 22.
23-32).

3 – TERCEIRA ETAPA: SUA IDA A ROMA E SEU MARTÍRIO

Conseguindo escapar das mãos dos
judeus, Paulo é levado para ser
interrogado por autoridades romanas,
em especial Felix, governador de
Cesaréia, Festo, seu substituto, e
Herodes Agripa II. Estes ouviram a
defesa de Paulo, porém, percebendo
que Festo, atual governante, intentava
lhe entregar aos judeus que
conspiravam a sua morte (At 25.9.10),
Paulo decide apelar para Cesar, na
época, Nero, aplacado por enquanto na
sua hostilidade contra os cristãos. Em
sua ida a Roma, Paulo passa dois anos
numa prisão em domicílio, onde tinha
liberdade de receber os irmãos e pregar
o evangelho a quem o procurasse (At
28.16-22). Esta etapa narra os
momentos finais de Paulo, que, depois
de ser liberto da prisão, provavelmente
foi preso novamente, sendo decapitado
como mártir (2Tm 4.6-8).

4 – MISSÕES, POR QUÊ PAGAR O PREÇO

3) Por que fazer missões
cumprir com obediência
mandamento do Senhor.
É Deus quem nos chama para missões.
Através da sua palavra Ele nos deixa
claro que temos uma importante
é responsabilidade como cristãos de
o anunciar o evangelho, o verbo.
Anunciar reitera a ação de proclamação
num sentido vitorioso da aquisição de
um direito. A saber, o da reconciliação
com Deus por meio da morte de Cristo.
Anunciar tal realidade é emitir um
64
decreto ao mundo, que agora eles 5) Porque fazer missões é fazer
podem se voltar para Deus (Rm 5.8; 2 discípulos para Jesus.
Co 5.18).
Um terrível erro acontece quando nos
4) Porque fazer missões é amar omitimos em centralizar a vidas dos
os perdidos. discípulos para Jesus. Mesmo que no
processo do amadurecimento cristão
Diante de tanta oposição e perseguição
sejamos auxiliares de algumas pessoas
ao ministério de Paulo, uma coisa o
na fé, nunca poderemos esquecer que
motivava a continuar abrindo igrejas e
somos meros instrumentos de Deus,
ganhando almas: o amor. Não um amor
merecedores apenas de respeito e
independente, mas o amor de Cristo,
gratidão. Um grande problema se
derramado em seu coração pelos
incorpora no corpo de Cristo quando
perdidos. Você já parou para pensar
líderes não compactuam deste
que evangelizar as pessoas sem amá-
conceito, não praticando esta verdade.
las é o mesmo que impedi-las de
Infelizmente, temos visto dia após dia
conhecerem a salvação? A mensagem
líderes cometendo este agravo,
vazia, sem afeto, sem interesse, no
condicionando os discípulos após si, e
fundo bloqueia o coração das pessoas
não após Ele.
para buscarem o Senhor (Mt 23.15).

CONCLUSÃO
Terminamos este trimestre com um poderoso sentimento missionário ardendo
em nossos corações. Que esta chama possa nos mover na mesma velocidade a qual
moveu a igreja apostólica de Atos, comprimindo-nos a uma visão de crescimento e
de renúncia ao evangelho de Jesus Cristo.
Questionário

1) Qual foi o objetivo de Paulo na sua ida a Jerusalém?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
2) Quais os nomes das duas facções que compunham o judaísmo?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3) Segundo a lição, por que temos que pagar o preço para fazer missões?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

65
 Manual do Professor
Preparação: As passagens bíblicas citadas são para
estudo e suporte da aula. É importante conferi-las, a fim de
evitar qualquer constrangimento entre você e o aluno. O
professor deve ser o primeiro a ler todas cuidadosamente,
ficando apto para a ministração da Palavra.
Que o Espírito Santo vos dê a unção e inspiração
necessárias para cada aula e para isso é necessário que o
professor tenha uma vida de oração. “Uma coisa é você
proferir as palavras de Deus, outra coisa é você ser a boca
de Deus (Hernandes Dias Lopes)”.

A verdade central é a conclusão de

Texto Áureo todo o ensinamento bíblico da lição
“Viu Deus a terra,
O termo e eis
“áureo” onde os argumentos serão aplicados.
que estava corrompida
porque toda a carne
havia corrompido o seu Verdade Central
caminho sobre a terra.”
A igreja se move na ação poderosa do
Espirito Santo, sem Ele não
conseguiríamos avançar nos propósitos!
O termo “áureo”,
ouro em grego ➢ Seg:
refere-se ao versículo Is 3.5 A Leitura Diária é um
principal da lição desafio que o professor
➢ Ter: tem com a classe para
formando a base
1Sm 8.3 motivar a leitura bíblica.
teológica e o início de Ela também auxilia o
todo o ensinamento ➢ Qua: professor na condução
bíblico. 1Sm 2.3 das aulas gerando uma
participação dos alunos.

66
Técnicas de ensino a serem usadas na EBD Pelo Professor

1. Preleção. Exposição do tema, pelo preletor, diante de um auditório. Se, por um lado, este
tipo de exposição poupa tempo, por outro, dificulta a participação da classe, exigindo muita
habilidade do professor para manter o nível de atenção. Ao usá-la, procure sempre preparar
perguntas para a classe responder, ou alterne a preleção com pequenos trabalhos em grupo ou
outros métodos participativos.

2. Dinâmica de grupo. Há múltiplas formas de trabalho em grupo a serem adotadas em sala

de aula. Por exemplo: a discussão do tema por toda a classe em conjunto; a divisão em grupos
menores, para estudo, discussão ou reflexão; os grupos compartilhados etc. Seja qual for a
dinâmica usada, porém, precisa ser previamente preparada e selecionada, senão pode se tornar
meramente um bate-papo nada educacional. Os métodos de grupo possuem a grande vantagem
de ampliar a participação da classe e, no contexto da igreja, ajudam a aumentar a comunhão.
Possuem, entretanto, também os seus limites. Se a classe não estiver acostumada a trabalhar,
o grupo pode ser “grupo”, ou seja, apenas tempo perdido.

Caso você goste de usar métodos de grupo, mantenha-se bem informado sobre eles, sempre
buscando adquirir novas experiências e materiais sobre o assunto. Em minha experiência
pessoal, os métodos de grupo são úteis quando estão inseridos em uma exposição, ou quando
os alunos estão bem motivados para trabalhar por conta própria. São importantes, ainda, no
estudo de textos bíblicos – pois ajudam a vislumbrar os diferentes ângulos de um texto,
especialmente se for um texto difícil.

3. Dramatização. É a “representação teatralizada de situações reais da vida com o propósito

de dar e receber informações, alcançar melhor compreensão das situações e favorecer maior
integração do grupo” (NÉRICI, I.G., apud ZABATIERO, 2009). Entre outras vantagens, a
dramatização nos ajuda a “entrar” no mundo pessoal do tema a ser estudado e a nos
envolvermos concretamente com o tema. Exige, porém, disposição e preparo prévio do grupo
– o que também apresenta a vantagem de aumentar a comunhão e a integração da classe. É
bem apropriada para lidar com temas existenciais e pessoais, pois ajuda-nos a expressar nossas
emoções.

Aprecio bastante as dramatizações. Entretanto, é muito difícil usá-las com adultos, pois
costumamos nos sentir mais inibidos. A situação dos jovens é, em geral, diferente, pois eles
ainda não se deixaram dominar pela “sisudez” das responsabilidades da vida adulta na
sociedade capitalista. Para que a dramatização funcione, precisamos nos abrir para Deus, para
o próximo e, especialmente, para nós mesmos. Devemos, ainda, levar em conta que uma
dramatização “didática” não deveria tomar mais do que metade do tempo da aula (para
preparação e execução).

4. Recursos audiovisuais. Vivemos na era da imagem, e não da palavra. Sem o

acompanhamento visual, a palavra falada perde muito de sua eficácia. É fundamental,
portanto, que saibamos utilizar os diversos recursos audiovisuais disponíveis a fim de

67
melhorarmos nossa comunicação e nosso ensino. Esses recursos incluem o simples e velho
quadro-negro, cartazes, retroprojetor e os mais modernos datashows e outros recursos
informático-televisivos.

Sua utilização deverá variar de acordo com as possibilidades da igreja e em conformidade com
os objetivos educacionais estabelecidos. Não devemos usar os audiovisuais apenas para deixar
a aula mais interessante. Eles devem estar em sintonia com os objetivos da aula e com os
momentos da prática educacional cristã.

5. Leitura dirigida. “O método da leitura dirigida consiste em o professor orientar a

aprendizagem do aluno por meio da leitura de adequada seleção de textos.” (NÉRICI, I.G.,
apud ZABATIERO, 2009). O hábito da leitura não é muito desenvolvido em nosso país, e esse
é um dos grandes motivos do baixo nível educacional de nossa população. Na igreja, a leitura
é fundamental, pois nossa fé se alimenta da palavra de Deus – texto que deve ser
constantemente lido e estudado. Os encontros educacionais podem ser um bom instrumento
para o aperfeiçoamento da arte da leitura, não só com o uso da Bíblia, mas também de revistas
didáticas e livros diversos.

A leitura transcende a simples identificação de palavras e frases, incluindo a compreensão do

texto escrito em sua totalidade: ideias, pressupostos, implicações práticas, defeitos etc. A
leitura crítica nos ajuda a superar os limites intelectuais, a falta de consciência político-social
e a ingenuidade teológica. Crescer na arte de ler é importante para o desenvolvimento
espiritual. O apóstolo Paulo jamais deixou o estudo e a leitura, mesmo na prisão (2Tm 4.13),
pois sabia da necessidade de continuar crescendo na fé.
Encerrando esta breve discussão sobre métodos de ensino, precisamos lembrar que
educadores não são infalíveis. Também somos discípulos de Jesus Cristo, temos nossas
angústias e limites, nossos saberes e dúvidas. Existe uma ideia velada, mas difundida, de que
professores são infalíveis e sabem tudo. Não podemos passar essa imagem para nossos alunos.
A autenticidade e a transparência são fundamentais no trabalho educacional, especialmente no
ensino cristão. Sempre que você experimentar alguma dúvida, angústia ou sensação de limite,
saiba compartilhar esses sentimentos com sua classe, para que você também seja edificado por
seus alunos. Além disso, não há chance de sermos bons professores se não formos bons
aprendizes. Valorize a dúvida e a curiosidade: são o ponto de partida para o
conhecimento. (Trecho extraído de ZABATIERO, Júlio. Novos caminhos para a educação
cristã. São Paulo: Hagnos, 2009).

68
 LIÇÃO 01 – Introdução ao livro de Atos
Sugestão de Aula:
Querido professor, como aula inicial do trimestre faça breves considerações
sobre a importância de estudar o livro de Atos, destacando o seu valor para história
da igreja. Após, comece sua aula motivando-os a fazerem uma leitura sistemática do
livro, o que os ajudará bastante no acompanhamento das lições.

Auxilio didático
A quem foi destinado o livro de atos?
R. Teófilo. (Atos 1.1)

Atos dos Apóstolos é o título dado ao quinto e último dos livros históricos do Novo
Testamento. No começo era chamado de “Os Atos”, “O Evangelho do Espírito
Santo” e “O Evangelho da Ressurreição”. Ele não contém propriamente nenhum
relato de nenhum dos apóstolos, exceto Pedro e Paulo. João é mencionado apenas
três vezes; e tudo o que está registrado de Tiago, filho de Zebedeu, é sua execução
por Herodes. É propriamente, portanto, não a história dos “Atos dos Apóstolos”, um
título que foi dado ao livro em uma data posterior, mas de “Atos de Apóstolos”, ou
mais corretamente, de “Alguns Atos de Determinados Apóstolos”.

Respostas do questionário
1) Segunda viagem.
2) Profundidade na compreensão e competência na execução.
3) O emissário das obras de Lucas.

69
 LIÇÃO 02 – Ascensão de Cristo
Sugestão de Aula:
A lição a seguir pode ser iniciada pode ser desenvolvida sobre a base de um
jogo de perguntas e respostas. Sugerimos que se forme equipes ou se preferir
apenas faça a dinâmica indagando um a um dos alunos. Isto pode ser feito durante
ou no termino da aula. Para ajudar, além das perguntas do questionário, deixaremos
algumas sugestões de perguntas com suas respostas abaixo:
Ascensão de Jesus ocorreu antes ou depois da ressurreição? R: Depois
Que governo estrangeiro governava Israel na época da ascensão de Jesus? R:
Roma.
Segundo a lição o termo Holocausto se refere à que?
R: O extermínio em massa dos judeus durante segunda guerra mundial
Quem foram os macabeus?
R: Grupo revolucionário que nasceu no período intermediário entre novo e
antigo testamento. .

Auxilio didático
Quais as ultimas palavras de Cristo antes da ascensão?
R. Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos
confins da terra. (Atos 1.8)

Qual a distancia do Monte das oliveiras para Jerusalem (de acordo com o capitulo
1 de atos )?
R. Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está
perto de Jerusalém, à distância do caminho de um sábado. (Atos 1.12)

A ascensão de Jesus marcou o fim de seu ministério na terra. Jesus subiu ao Céu
para estar junto do Pai e interceder por nós. Mas ele não nos deixou sozinhos. Ele
enviou o Espírito Santo para estar conosco para sempre. Quando Jesus ressuscitou,
ele apareceu a muitos discípulos ao longo de 40 dias (Atos dos Apóstolos 1:3).
Durante esse tempo, ele ensinou os discípulos e preparou-os para sua grande
missão: pregar o evangelho a todos os povos. Depois desses 40 dias, Jesus subiu
ao Céu.

Respostas do questionário

70
1) Macabeus.
2) Sob o domínio de governos estrangeiros, sem liberdade de política
interna, super patriótica.
3) Pessoal.

LIÇÃO 03 – Escolha de Matias

Sugestão de Aula:
A aula que está para ser ministrada enfatiza a importância da escolha de Matias
como apóstolo sagrado. A nossa sugestão é que, seguindo a ordem didática da aula,
você consiga apresentar aos seus alunos a figura de Matias como um discípulo que
soube aguardar o tempo de Deus no cumprimento da sua chamada. Formalize esta
idéia durante a lição e comente com eles os sublimes valores que fez deste homem
o escolhido para assumir uma posição de suma importância no reino de Deus.

Auxilio didático

O antigo historiador Eusébio, defendeu que Matias provavelmente tenha sido

um dos setenta discípulos escolhidos por Jesus para a missão descrita no Evangelho
de Lucas capítulo 10. Muitos estudiosos também defendem essa opinião, porém, fora
o relato no livro de Atos, Matias não é mencionado em nenhuma outra passagem do
Novo Testamento. O que podemos afirmar com certeza é que ele, de fato,
acompanhou o ministério de Jesus.

No momento da escolha foi pré-selecionado dois homens: José, chamado

Barsabás, que tinha por sobrenome o Justo, e Matias (At 1:23). Então oraram ao
Senhor, e pediram que Deus mostrasse qual dos dois seria o escolhido. Após a
oração, lançando-lhes sortes, o escolhido foi Matias, que, por voto comum, compôs
o grupo dos doze.

Respostas do questionário
1) Governo, serviço e conquistar territórios.
2) Judas Iscariotes.
3) Pessoal.

71
 LIÇÃO 04 – Dia de Pentecostes
Sugestão de Aula:
Estudar sobre o tema dia de pentecostes combaterá algumas dúvidas e
questionamentos sobre a autenticidade do atributo pentecostal do falar em outras
línguas. Conduza esta lição sabiamente, destacando a importância desta data para
o desenvolvimento da igreja de Cristo.

Auxilio didático
De que forma o Espírito Santo se manifestou aos discípulos no dia de Pentecostes?
R. Como línguas de fogo. (Atos 2.3)

A que foram comparados os discípulos quando estavam possuído pelo Espírito

Santo?
R. Foram comparados a bêbados. (Atos 2.13)

O Pentecostes e seu significado

A palavra “pentecostes” já se tornou um marco para nós, cristãos. Quando a ouvimos

logo nos lembramos do derramamento do Espírito, pois, foi no dia do pentecostes
que o Espírito Santo caiu pela primeira vez sobre a igreja, cumprindo a promessa
anunciada pelo profeta Joel 2:28, por João Batista (Mateus 3:11), e pelo nosso
amado Salvador Jesus Cristo (João 14; 15; 16 e 17; Atos 1:8)

Esse derramamento do Espírito marcou o início dessa era cristã na qual vivemos
hoje chamada de “os últimos dias”. O derramamento do Espírito inaugurou a
expectativa da segunda vinda de Cristo para buscar sua amada igreja. Hoje vivemos
nessa expectativa gloriosa de ver o nosso Salvador vindo nas nuvens para recolher
os escolhidos dos quatro cantos da terra, ao som de trombetas. Os escolhidos
subirão para se encontrarem com o Cordeiro; essa é a primeira ressurreição, a
ressurreição dos justos, que, não apenas receberam pela fé a justiça por meio do
sacrifício de Cristo, mas que também viveram de modo justo e piedoso. Quanto aos
crentes mentirosos, partidários, adúlteros, fornicários, avarentos, maldizentes, esses
não ressuscitarão na primeira ressurreição, mas aguardarão a segunda
ressurreição, a ressurreição do juízo final. Duro é esse discurso, mas, muitos são
chamados, porém poucos os escolhidos. Precisamos nos esforçar em viver uma vida
de arrependimento e santidade diante do nosso Poderoso Deus.

Pr. Antônio Cirilo

Ministério Santa Geração

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Artigo extraído do site www.adorando.com.br
Respostas do questionário
1) Festa das semanas.
2) Falar em línguas.
3) Obediência a palavra, unidade, oração e batismo com Espírito Santo.
4) Pessoal.

LIÇÃO 05 – Formação organizacional da igreja

Sugestão de Aula:
Sugerimos, para bom desenvolvimento desta aula, que o professor saiba ser
dinâmico. Portanto, fuja um pouco da rotina formando equipes, responsabilizando-as
para ministrarem para toda a sala alguns dos tópicos da lição. No fim, faça um breve
comentário sobre os tópicos explanados, elogiando os mais bem colocados.

Auxilio didático
A IGREJA APOSTÓLICA (Até o Ano 100 A.D.)
Num certo sentido, a Igreja Cristã teve seu nascimento quando Jesus chamou Seus
primeiros discípulos. Comumente, porém, se diz que a História da Igreja teve início
no dia de Pentecostes que se seguiu à ressurreição, pois foi quando teve começo a
vida ativa da Igreja. Após a ascensão de Jesus aos céus, os discípulos, não
obstante terem recebido ordens de anunciar o Evangelho ao mundo,
permaneceram, todavia, quietos, tranqüilos em Jerusalém.
Estavam aguardando, segundo a ordem do Mestre, o poder prometido que viria do
alto. Dez dias depois, no Pentecostes, o Espírito Santo prometido por Jesus veio
sobre eles, revestindo-os de poder. Tornaram-se, após, testemunhas intimoratas do
Mestre, plenos de nobre atividade.
Verifica-se tal mudança no próprio discurso de Pedro no Pentecostes. O que
sucedeu a Pedro naquele dia expressa o espírito de todos os primeiros cristãos,
daquele dia em diante. E desde então, a Igreja Crista, como uma comunidade
destinada a dar testemunho de Cristo, vem proclamando o Evangelho, edificando o
Reino de Deus na terra.

Respostas do questionário
1) Tu és o Cristo, filho do Deus vivo.
2) Diáconos, judeus, inaugurador.
3) Pessoal.

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 LIÇÃO 06 – A perseguição da igreja
Sugestão de Aula:
A aula a ser ministrada aborda o assunto da perseguição da igreja. Seja
enfático na lição, sempre destacando os pontos importantes da aula com
propriedade. Não cometa o erro de ministrar esta lição sem antes estudá-la. Por
fim, complemente a assimilação da aula com perguntas que ajudem os alunos a
absorverem o seu conteúdo.

Auxilio didático

A perseguição no 1º Século
A primeira pregação do Evangelho, no Pentecostes, foi dirigida unicamente aos
judeus. Por algum tempo talvez dois ou três anos, as missões cristãs eram limitadas
aos judeus, começando em Jerusalém e daí estendendo-se a toda a Palestina. Os
primitivos cristãos não perceberam logo a extensão do propósito divino, na salvação
do mundo. Como hebreus, reconheciam que Jesus era o Messias esperado pelo Seu
povo. Portanto o consideravam como Salvador somente ou principalmente dos
judeus, apesar de Jesus, por palavras e atos, ter-lhes ensinado coisa diferente.
A perseguição foi o meio pelo qual a Igreja nascente chegou a uma compreensão
mais segura do Evangelho que Jesus lhe dera a pregar, e por ela alcançou uma visão
mais ampla da obra que Jesus lhe propusera. As autoridades judaicas que tinham
tentado embaraçar a pregação evangélica levantaram-se por causa do audaz desafio
que foi o discurso de Estevão, e empreenderam uma campanha selvagem, violenta
e sistemática contra o Cristianismo, Com esse ataque, a comunidade cristã de
Jerusalém que já contava alguns milhares, foi dissolvida. Seus elementos
procuraram segurança, espalhando-se por toda a Palestina.
Não obstante fugirem para salvarem a vida e por causa da sua fé, levavam o
Evangelho aonde quer que fossem. Alguns deles foram até à grande cidade de
Antioquia, na Síria. Ali, os seguidores de Cristo foram, pela primeira vez, chamados
“cristãos”, nome que, parece, lhes foi dado por zombaria. Nesta cidade, vivendo no
meio de uma população grega, esses exilados tornaram Jesus conhecido tanto de
gregos como de judeus.
Respostas do questionário
1) O crescimento alarmante de novos convertidos e o poder da mensagem
do evangelho.
2) Samaria.
3) O desmascaramento de Simão o mágico e a conversão do etíope.

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 LIÇÃO 07 – A conversão de Saulo
Sugestão de Aula:
Esta aula dá ensejo à trajetória do apóstolo Paulo no livro de Atos. Conhecemos
sua fabulosa história, mencionada na maior parte do livro, o que nos emerge sobre
uma atmosfera missionária bastante contagiante. Nesta lição recomendamos ao
professor que estude bem a lição e se prepare para ministrar uma aula altamente
cativante, dado a pessoa do personagem.

Auxilio didático
Educação de Saulo de Tarso
Sua educação preliminar foi completada, Saulo de Tarso foi enviado, com
provavelmente cerca de treze anos de idade à grande escola judaica em Jerusalém
como estudante da lei. Tornou-se um aluno do célebre rabino Gamaliel, passou
muitos anos em um elaborado estudo sobre as Escrituras e sobre as muitas questões
que lhes dizem respeito, com as quais os rabinos se ocupavam.
Como ele obteve a cidadania romana?
Não somos informados. "Pode ser comprado ou ganhado por serviço distinto
ao estado, ou adquirido de várias outras maneiras, em qualquer caso, seu filho era
livre. Era um privilégio valioso, e que devia ser de grande utilidade para Paulo,
embora não da maneira como seu pai poderia ter desejado que ele usasse isso".

Respostas do questionário.
1) Depois da primeira viagem.
2) Três dias.
3) Pessoal.

LIÇÃO 08 – O evangelho chega aos gentios

Sugestão de Aula:
Obviamente, a aula ser ministrada traz nas suas entrelinhas o foco divino do
alcance das nações. Explique claramente o sentido da palavra “gentio”, para que não
haja nenhuma dúvida quanto ao assunto da lição.
No decorrer do estudo, dinamize na a aula com um jogo de perguntas e
respostas, premiando os que se saírem melhor.
Dicas de perguntas
Quantos mensageiros Cornélio enviou a casa para chamar Pedro? R: dois.

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 Qual era o oficio de Cornélio? R: soldado.
Qual era o principal critério que os cristãos judaizantes impunham aos gentios?
R: circuncisão.
Auxilio didático
A igreja quebra algemas do exclusivismo judaico
Olhando para os capítulos iniciais do livro de Atos, podemos perceber que o
Evangelho estava sendo pregado somente aos judeus, centralizados em Jerusalém
sob o comando dos doze apóstolos. Havia como que um preconceito contra os outros
povos, chamados de gentios. Porém, no capítulo 10 deste mesmo livro de Atos, alvo
de nossa palavra nesta noite, podemos observar que Deus dirigiu os fatos no sentido
de que a proclamação do Evangelho de Jesus chegasse a Cesaréia, e alcançasse
um grupo de estrangeiros, tendo à frente o centurião romano Cornélio. Antes destes
fatos, Filipe, um dos sete homens escolhidos para servirem à mesa das viúvas,
conforme registra o capítulo 6, já havia pregado a gentios em Samaria, com
resultados extraordinários, e ganhara para Jesus na estrada de Gaza, um alto
funcionário do reino da Etiópia. Cornélio e o etíope, embora não fossem judeus,
temiam o Deus dos Céus, e buscavam a salvação. De qualquer maneira, entretanto,
a Igreja se encaminhava aos poucos para a frente, libertando-se do exclusivismo
judaico, abrindo-se para a evangelização do mundo.
Pr. José Antônio Corrêa

Respostas do questionário
1) Abraão.
2) O eunuco Etíope.
3) Pessoal.

LIÇÃO 09 – A Primeira Viagem Missionária

Sugestão de Aula:
Como sugestão de aula, recomendamos ao professor que se utilize de métodos
que possam contribuir para uma aula mais interativa com os alunos. Sendo assim,
forme equipes responsabilizando-as pela exposição do trajeto da primeira viagem
missionária e dos seus principais acontecimentos. Se preferir, o professor pode
permitir que os alunos ministrem a aula para a classe, participando apenas com
colaborações sobre os pontos explanados.

Auxilio didático

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Barnabé e Paulo, após entregarem em Jerusalém os donativos enviados pelos
cristãos de Antioquia, regressaram a esta cidade e se uniram aos demais servos de
Deus a fim de jejuarem e orarem. Enquanto serviam ao Senhor com jejum e oração,
o Espírito Santo disse para que apartassem a Barnabé e Paulo a fim de que estes
atendessem a um chamado específico para a obra de Deus. Em obediência à
orientação divina, os líderes que com eles estavam oraram sobre eles com imposição
de mãos e os despediram. Paulo e Barnabé, dirigidos pelo Espírito Santo, desceram
a Selêucia e depois navegaram para Chipre. Na ilha de Chipre, inicialmente se
estabeleceram na cidade de Salamina, onde, juntamente com João, anunciaram o
Evangelho nas sinagogas.Logo em seguida, atravessaram a ilha até Pafos, onde
tiveram que enfrentar a oposição de um falso profeta chamado Barjesus, o qual se
opunha à pregação dos discípulos para impedir que o procônsul Sérgio Paulo tivesse
livre acesso à verdadeira redenção em Jesus Cristo. Paulo, cheio do Espírito Santo,
enfrentou com muita ousadia e autoridade a oposição de Barjesus e ordenou que
seus olhos fossem cegados, o que sucedeu conforme a palavra do apóstolo. Sérgio
Paulo ficou impressionado com o grande sinal operado através do apóstolo Paulo e,
com isso, creu na doutrina do Senhor. O poder do Espírito Santo é supremo e,
portanto, capaz de romper com as influências das trevas que tentam obstruir o
progresso da igreja entre os povos. Uma vida cheia do Espírito Santo é fundamental
para que sejamos tanto obedientes a Deus quanto resistentes às artimanhas do
diabo.

Respostas do questionário
1) Levi.
2) Elimas, o mágico, e o apedrejamento de Paulo.
3) Pessoal.

LIÇÃO 10 – A segunda viagem missionaria (Parte 01)

Sugestão de Aula:
Querido professor, a lição que se intitula a segunda viagem missionária é um pouco
extensa e por isso a dividimos em duas partes. Seja qual for o seu conhecimento
sobre o assunto, esteja aberto a subsidiar a sua aula com comentários paralelos de
outros materiais como livros, revistas e bíblias de estudo. Prepare-se bem e ministre
uma aula de excelência aos seus alunos.

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Auxilio didático

O OBJETIVO MISSIONÁRIO: A OBEDIÊNCIA

Paulo descreve o objetivo de seu trabalho mis-sionário com a expressão “conduzir
os gentios à obediência” (v. 18). Isto é muito mais do que uma decisão inicial de
“aceitar a Cristo”. Inclui o discipulado da igreja até o ponto de obediência por fé
(16.26). Alguns fazem separação entre “conversão” e “discipulado”, sendo o primeiro
elemento tarefa de “missões” e o segundo, da “edificação da igreja”. Paulo não fazia
tal distinção. Seu objetivo não era levar as pessoas a uma decisão inicial, mas
conduzí-las à obediência. Não é este também o objetivo da grande comissão, em
Mateus 28.18-20?
OS INSTRUMENTOS DO TRABALHO MISSIONÁRIO: DECLARAÇÃO E
DEMONSTRAÇÃO
Como Paulo realizou seu trabalho missionário? No final do v. 18, ele diz literalmente:
“… por palavra e por obras”. É evidente que Paulo não estabelecia prioridade entre
a proclamação do evangelho e sua demonstração por obras. As duas coisas faziam
parte integral e inseparável de sua maneira de testemunhar.
O OBJETO MISSIONÁRIO: AS NAÇÕES
Tanto “gentios” quanto “nações” traduzem uma única palavra grega, ethnos. A
ideia de ethnos está muito mais próxima da ideia de povos ou grupos étnicos do que
países. O objeto com o qual as missões lidam são as diversas etnias. Paulo teve
ideia semelhante, e isto se percebe pelo fato de ele ter atuado dentro dos limites de
um só governo, o Império Romano, enquanto fazia distinção entre os povos deste
império. Há quarenta anos, alguns líderes eclesiásticos achavam que quase já
havíamos evangelizado o mundo, pois apenas quatro países ainda não tinham uma
igreja cristã — Nepal, Tibete, Afeganistão e Bangladcsh. Mas aquela observação
falhava por entender mal ethnos como país em vez de etnia. Por isso se fala muito
em missões transculturais, em vez de missões estrangeiras, pois as missões não
lidam com nações como países, mas como etnias.
Extraído do livro “Missões na Bíblia” – Editora Vida Nova
Respostas do questionário
1) O crescimento das igrejas, o aparecimento de Timóteo, a ida a Macedônia.
2) Prisão em Filipos e o prévio suicídio de carcereiro.
3) Pessoal.

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 LIÇÃO 11 – A segunda viagem missionaria (Parte 02)
Sugestão de Aula:
. Na segunda, e última, parte da segunda viagem missionária, conheceremos
mais um pouco das dificuldades missionárias relacionadas à obra do Senhor. Cabe
ao professor procurar implantar no coração dos alunos o desejo missionário de
ganhar almas e desbravar territórios.
No final da lição pergunte aos seus alunos o que eles pensam sobre missões.
Auxilio didático
Princípios de um evangelismo pessoal
1º) IR ATÉ ELES
2º) INTERESSAR-SE POR ELES
3º) DESPERTAR A CURIOSIDADE DELES
Uma boa técnica para despertar a curiosidade é a da PERGUNTA estratégica:
1) Se o seu coração parasse de bater agora, para onde iria sua alma?
2) Se você morresse, sua alma chegasse à porta do céu e lá um anjo lhe perguntasse:
“Por que deveria eu deixá-lo entrar no céu?”. O que você responderia?
3) Você sabe quantas religiões existem no mundo? Já lhe informaram de que, na
verdade, só existem duas?
4º) DAR A PALAVRA CERTA NO TEMPO OPORTUNO
5º) NÃO CONDENAR

Respostas do questionário
. 1) Áquila, Priscila e Crispo, o principal da sinagoga.
2) 200.000.
3) Pessoal.

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 LIÇÃO 12 – A terceira viagem missionaria
Sugestão de Aula:
A terceira viagem missionária, de certa forma, marca um período áureo no
ministério do apóstolo Paulo. Com toda uma bagagem de conquistas, Paulo retoma
sua visão e volta a desbravar novos territórios, entre eles Éfeso. Aborde com os seus
alunos a importância do avivamento espiritual no crescimento das igrejas. E logo em
seguida alimente um debate sobre a idéia de como os crentes podem estar
contribuindo para que este avivamento aconteça.
Auxilio didático

A pregação de Paulo
A pregação de Paulo era sempre com demonstração de Espírito e poder, o Senhor
confirmando a pregação com sinais – a expressão da Palavra é que “Deus, pelas
mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias”. Aqui vemos também o Senhor
desmascarando pessoas que se passavam por homens de autoridade espiritual
(“praticavam exorcismo” e eram “filhos de Ceva, um dos chefes dos sacerdotes”),
não permitindo que o nome de Seu Filho Jesus fosse usado para a glória humana e
por pessoas que, de outro modo, desprezavam e resistiam ao Evangelho. Embora
não estejam registradas as palavras que Paulo usou para pregar aos efésios,
podemos concluir como era a sua pregação pelo incidente com os seguidores da
deusa Diana. Mesmo sem cometer sacrilégio ou blasfemar da deusa deles (o que foi
reconhecido pelos próprios efésios), a pregação de Paulo era capaz de afastar da
idolatria uma grande multidão, convencendo-os de que não são deuses os que se
fazem com as mãos. Somente a pregação cristocêntrica (que tem Cristo como centro)
é capaz de não somente condenar os falsos deuses, mas também de revelar o único
e verdadeiro Deus, e a Cristo, a quem Ele enviou.
Respostas do questionário
1) Colossos, Laodicéia e Hierapólis.
2) O de João Batista.
3) Pessoal.

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 LIÇÃO 13 – O apelo missionário do livro de Atos
Sugestão de Aula:
Para o termino do trimestre, nada melhor do que encerrar com chave de ouro, através
de um debate com toda a turma com o tema missões. Divida a sala em duas equipes,
e depois de estudarem a lição reformule uma pergunta bastante subjetiva sobre o
tema na intenção de deixar a classe dividida. Após, peça para eles defenderem a
tese em que acreditam, dando oportunidade para apresentarem sua argumentação.
No final, como professor, apresente sua opinião, tentando conciliar a ideia
apresentada pelos os dois lados. A idéia do debate é estimular a formação de
pensamento dos alunos através da crítica e do bom senso.

Auxilio didático
O APOIO MISSIONÁRIO: A IGREJA LOCAL

Ao escrever esta carta, Paulo está cultivando um relacionamento com a igreja de

Roma (fundada por outrem) com o objetivo de torná-la sua segunda base missionária
para a evangelização da região entre a capital do império e a Espanha (15.23-24).A
igreja de Antioquia já fora sua primeira base para a evangelização da região entre
Jerusalém e o Ilírico (v. 19), e agora Paulo quer ligação semelhante com a igreja de
Roma. É importante ressaltar este ponto, pois, hoje, há muitas organizações
missionárias que não procuram uma ligação com as igrejas locais. Não quero dizer
que a única organização missionária legítima seja a junta denominacional. Aliás, esta
também, frequentemente, não possui uma boa ligação com as igrejas locais! Tanto
as circunstâncias históricas quanto os dados bíblicos não permitem, a meu ver, uma
analogia entre a organização missionária flexível e móvel de Paulo com as juntas
denominacionais ou com as agências missio-nárias independentes. Não podemos
deduzir isto. Con-tudo, é possível concluir que Paulo via a importância de ligar seu
ministério missionário à igreja local, mesmo quando esta não era fundada por ele. A
obra missionária foi estabelecida por Deus, que vocaciona indivíduos no contexto do
testemunho da igreja toda. Um trabalho desse tamanho necessita de apoio e direção
da igreja.

A RAZÃO MISSIONÁRIA: QUE TODOS OUÇAM ANTES DO FIM

Paulo inicia e conclui esta passagem com citações do Antigo Testamento que
prevêem a entrada futura de muitos povos no reino de Deus (w. 9-12, 21). Ele tem
consciência de que estas referências estão sendo cumpridas em seu próprio
ministério, mas, ao mesmo tempo, reconhece nossa necessidade de esperança na
realização final (v. 13). Como Jesus mesmo afirmou, o evangelho deve ser anunciado

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até o fim (Mc 13.10; Mt 24.14). Esta é a razão missionária da igreja, a pregação do
evangelho a todos, antes da chegada do juiz (2 Pe 3.9). A convicção de que Cristo
voltaria e a necessidade subseqüente de anunciá-lo a quem ainda não ouvira eram
motivações para Paulo, como devem ser hoje para nós, no desempenho da missão
de Deus. Sejamos fiéis à sua missão.

Extraído do livro “Missões na Bíblia” – Editora Vida Nova

Respostas do questionário
1) Encontrar-se com as lideranças cristãs.
2) Fariseus e saduceus.
3) Porque fazer missões é cumprir com obediência o mandamento do Senhor, é
amar os perdidos, é fazer discípulos.

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