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Em várias ocasiões no livro de Atos, Lucas se coloca como uma testemunha ocular
dos acontecimentos ali narrados. Ele destaca sua participação especialmente
como um companheiro muito próximo do apóstolo Paulo (Atos 16:10-17; 20:5; 21;
27; 28).
Desde muito cedo, ainda na Igreja Primitiva, a tradição cristã atribuiu a ele a
autoria de dois dos livros do Novo Testamento. Se realmente Lucas foi um gentio,
então ele pode ter sido o único não judeu a escrever um livro no Novo Testamento,
apesar de também não se saber quem escreveu a carta aos Hebreus.
Em seus escritos, é possível perceber traços de sua formação e profissão. Ele
aplica um grego culto como linguagem e se mostra bastante específico ao
descrever casos de enfermidades. Pela qualidade e organização de seu trabalho,
Lucas é considerado um historiador primordial do primeiro século, cuja obra é
impecável e digna de confiança
Dois dos Pais da igreja dizem que era sírio, natural de Antioquia. Na verdade
não parece ter sido de nascimento judaico (Cl 4.11).
Era médico (Cl 4.14). Ele não foi testemunha ocular dos acontecimentos que
narra no Evangelho (Lc 1.2), embora isso não exclua a possibilidade de ter
estado com os que seguiam a Jesus Cristo.
1 – LUCAS-ATOS
1.2.3. Data: incerta; os estudiosos se dividem entre uma data anterior à morte de
Paulo (c. de 64 d.C.; v. At 28.30,31) e outra depois da queda de Jerusalém (70
d.C., pelo uso que o autor faz do Evangelho de Marcos).
1.2.4. Receptor(es): Teófilo é de outro modo desconhecido; seguindo o costume
dos prefácios desse gênero na literatura greco-romana, ele provavelmente foi o
patrocinador do livro de Lucas-Atos, subscrevendo, portanto, a sua publicação; os
leitores implícitos são cristãos gentios, cujo lugar na história de Deus é assegurado
por meio da obra de Jesus Cristo e do Espírito.
1.2.5. Ênfases: O Messias de Deus veio até seu povo, Israel, com a prometida
inclusão dos gentios; Jesus veio para salvar os perdidos, incluindo todos os tipos
de pessoas marginalizadas que para a religião tradicional estariam fora dos limites;
o ministério de Jesus é executado sob o poder do Espírito Santo; a necessidade da
morte e ressurreição de Jesus (que cumpriram promessas do Antigo Testamento)
para o perdão de pecados.
2. Significou que os últimos dias desta era já começaram (v. 17; cf. Hb 1.2; 1 Pe
1.20).
3. Os discípulos foram do alto... revestidos de poder (Lc 24.49; cf. At 1.8), que os
capacitou a testemunhar de Cristo, a produzir nos perdidos grande convicção no
tocante ao pecado, à justiça, e ao julgamento divino, e a desviá-los do pecado para
a salvação em Cristo (At 1.8 notas; At 4.13,33; 6.8; Rm 15.19).