SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO II PROF: GERALDO JORGE TUPINAMBÁ DO VALLE NOME: ÁVILA AUZIER MORAES | MARIA LUIZA DOS ANJOS DUTRA
1- Família e estruturação da família.
É como aquela frase famosa: “Família é a base de tudo.” É na
família que nós temos a nossa primeira interação com o mundo, com o meio social, é onde começamos a ter valores e crenças. “A família é a primeira agência socializadora – fase das primeiras relações, interações e aprendizado.” (SILVA, 2011, p.8). Pegamos toda a bagagem que nos ensinam desde comer, andar, o jeito se vestir, manias, religião, cultura e entre outras coisas, e vamos viver em sociedade, interagir com outros meios sociais diferentes da instituição familiar. Uma mãe solo, que trabalha no distrito, dá tudo do bom e do melhor para os filhos, será que a educação desses filhos vai ser fraca? Não estou falando da educação da escola, mas da educação que vem de casa. A mãe vai incentivar os filhos a estudarem bastante para eles não terem o mesmo futuro que o dela, vai ensinar valores e dizer que a vida não é fácil, vai sempre trazer para perto dos filhos pessoas de bom coração e que influencie eles de forma positiva, os filhos vão crescer com uma visão de futuro boa porque a mãe deles ensinou isso. Então a família é o primeiro passo para o convívio em sociedade. 2- Religiosidade, religiões e estruturação nas e das comunidades.
Enquanto a religião está associada a um conjunto específico
de crenças e práticas codificadas dentro de uma tradição organizada, a religiosidade é mais ampla e pode abranger uma variedade de expressões espirituais individuais. A distinção de entre os dois conceitos é sutil e importante para reconhecer a diversidade de experiências e crenças na sociedade. Ambas possuem papéis significantes quanto à estruturação das comunidades. A religiosidade pode ser vista como um elemento do desenvolvimento humano, influenciando as identidades coletivas e a dinâmica social. Enquanto a religião, por sua vez, está relacionada à noção do sagrado, desempenhando uma função necessária na organização e coesão dos diferentes corpos sociais.
A religião frequentemente atua como um guia moral,
estabelecendo limites e consequências para as atitudes humanas. A noção de pecado, por exemplo, fornece uma estrutura ética que orienta as ações das pessoas e promove a responsabilidade individual. Essa orientação moral pode contribuir para a promoção de comportamentos positivos dentro da sociedade. Mesmo em crenças diferentes, a finalidade da religião muitas vezes compartilha semelhanças. A religião frequentemente busca fornecer conexão espiritual, conforto emocional e nos instiga a buscar um senso de propósito e significado para nossas vidas. Além disso, proporciona maior compaixão, caridade e cuidado com o próximo. Esses aspectos unificadores da religião refletem a busca do homem pela decifração de questões inevitáveis com relação a existência, a moralidade e o transcendente. É interessante, de certa forma, como os princípios fundamentais são expressos de maneiras únicas em diversas e muitas tradições religiosas ao redor do mundo.
Entretanto, em alguns muitos casos, a influência excessiva e
alienada das religiões na sociedade pode limitar nossa capacidade de enxergar além da bolha espiritual e divina. Por exemplo, uma idosa que aprendeu a ler através da bíblia não estará aberta às demais ideais sobre o mundo, sobre os fatos que discordam do que está escrito no livro. É como uma apostila didática, onde absorvemos muitos de nossos conhecimentos necessários. Isso pode resultar em uma visão de mundo estreita e reduzida de outras formas de conhecimento, experiência e compreensão. A rigidez das crenças religiosas pode, também, levar a intolerância, exclusão e conflito. Por outro lado, podemos ressaltar o fato de que muitas tradições religiosas enfatizam a importância do respeito mútuo e da busca pela verdade e sabedoria. Em igrejas como a “Deus é amor”, os frequentadores cultivavam atitudes e pensamentos em prol da comunidade. Buscando ajudar os necessitados (crentes ou não) e intensificando a interação social através disso. Então, acredito que sim, é possível encontrar equilíbrio entre a fé e a abertura a diversidade de pensamentos e conhecimentos. O diálogo aberto entre pessoas de diferentes crenças pode resultar em uma sociedade mais inclusiva e altruísta. Nos ajudar a superar preconceitos e os demais empecilhos resultantes da falta de comunicação e empatia religiosa. 3- O que vocês acham que é comunidade? Como vocês definiriam comunidade?
Comunidade é, no sentido mais amplo, um conjunto de
pessoas: de uma região, grupos com interesses em comum ou que estudam, trabalham e se relacionam num determinado espaço. De acordo com o sociólogo Max Weber, comunidade é “uma relação social quando e na medida em que é inspirada por um sentimento subjetivo (afetivo ou tradicional) de que os participantes constituam um todo”. Comunidade é, numa definição mais pessoal, um grupo de pessoas, que pode variar muito de tamanho, podendo conter muitas ou poucas pessoas. A comunidade ela partilha de um mesmo “propósito”, interesses, projetos, necessidades, cultura, valores e território também. A comunidade religiosa é um exemplo, primeiro que possui identidade, existem várias comunidades religiosas espalhadas pelo mundo inteiro, mas todas se diferenciam, talvez por bairro, tradições, festas e entre outros. Os membros da comunidade religiosa também possuem objetivos comuns, que é vivenciar a fé, dentro disso eles assumem o compromisso de evangelizar outras pessoas através de orações, práticas de caridade, visitas em casas e nas celebrações. A cultura também é presente, uma comunidade religiosa, geralmente, já tem alguns anos de vivência, então as tradições, regras, costumes, valores e doutrinas são passados de geração em geração, dos adultos para os jovens. Diante disso, as comunidades, sejam elas religiosas, educativas, biológicas e entre outras, são importantes e a ideia é que elas surjam de forma espontânea, onde as pessoas se identifiquem e se desenvolvam.
4- Política e participação política.
A política é um campo de atividade humana que envolve a
tomada de decisões coletivas sobre questões relacionadas ao interesse público. Ela abrange a organização e o funcionamento do Estado, a distribuição de poder e de recursos, entre outros. A participação política, por sua vez, refere-se a maneira como os indivíduos se envolvem e contribuem para o processo político, por meio de diálogo com governantes, de cobrança por transparência e prestação de contas. Os atos de votar, de filiar-se a partidos políticos, de engajarem movimentos sociais, de apresentarem propostas de políticas públicas a favor da população também se caracteriza como participação política. Para que os interesses dos cidadãos sejam representados dentro das instituições governamentais, faz-se necessário o comprometimento do candidato para com seus eleitores. Não podendo - a população - se deixar levar pela compra de votos durante a época de eleição, mesmo que sua necessidade de renda seja um grande fator de influência.
A partir disso, dentro deste tema, podemos abordar o fato de
que a educação fornecida para a sociedade atual nos impõe uma nuvem perante os olhos, para que estejamos leigos quanto aos nossos direitos e deveres políticos. A educação desempenha um protagonismo em relação a formação cidadã e a conscientização dos direitos de cada indivíduo. É essencial o acesso a uma educação que promova a compreensão dos sistemas políticos e dos mecanismos de participação democrática. Infelizmente, em certas situações, o ensino fornecido pode ser limitado ou tendencioso, resultando em uma população menos engajada e menos capaz de cobrar seus representantes. Portanto, é crucial que a educação capacite os cidadãos a exercer plenamente sua cidadania política.
A falta de educação política leva alguns jovens, e até mesmo
adultos, a reproduzirem discursos políticos inverídicos e mostrarem empatia com partidos políticos grosseiramente criticados, especialmente quando influenciados pelo ambiente familiar e social. O acesso à educação adequada permite ao indivíduo uma desenvoltura melhor do seu pensamento crítico e discernimento. Ajuda a evitar o "efeito manada" (que afeta negativamente os embates políticos) e promove a sua participação mais consciente e informada.
Acredito que a realidade presente pode ser revisada e
reordenada apenas estudando os erros e acertos do passado, a história política do nosso país. Assim, ampliando nossa visão para compreender o hoje. Outra maneira de contrapor essa situação é a elaboração de debates abertos, fundamentados, respeitosos e coesos que abordem a veracidade, esclareçam e desmitifiquem a política para a população necessitada. Essa transparência é fundamental para a construção de nossas próprias opiniões e também para a participação política cada vez mais responsável dos cidadãos. 5- Modos de Produção e Formas de Produção – no mundo e nas cidades e nas comunidades.
Atualmente, nós vivemos o modo de produção capitalista, o
mundo inteiro a toda hora, minuto e segundo está produzindo alguma coisa. Para o sociólogo Karl Marx, o capitalismo é um sistema econômico baseado na propriedade privada dos meios de produção, enquanto a classe trabalhadora vende sua força de trabalho em troca de salário. E atualmente é isso, nós produzimos muito, ganhamos um salário baixo, para poder consumir cada vez mais, e isso vira um ciclo sem fim. Cada vez mais estamos ficando alienados, e essa alienação vem muito de como o modo de produção capitalista é marcado por uma combinação de formas de produção, sejam elas produções industriais, agrícolas, tecnológicas ou prestação de serviços. O mundo, as cidades e comunidades são marcados por essa diversificação de formas de produção. E é evidente que a tecnologia está presente em todas, tem cidades que vivem da produção agrícola, mas que pra sobreviver precisam produzir em larga escala, então acabam adotando as tecnologias como apoio, com drones, sensores, tratores e etc. A produção tecnológica permite muita coisa, ao passar dos anos avança cada vez mais, e vamos ficando cada vez mais alienados. Um exemplo disso é o marketing digital, isso é uma das coisas que a tecnologia permite, o grande avanço do entretenimento, avanço das redes sociais, aumento de publicidade que chama atenção atraindo consumidores pra um determinado produto. O avanço tecnológico é um marco muito grande no modo de produção capitalista que vivemos hoje. O nosso mundo, nossas cidades e comunidades, atualmente, são marcados por essas produções tecnológicas, que, querendo ou não, assumem um papel fundamental hoje. E está presente em praticamente todas as áreas da nossa vida, desde comunicação e entretenimento até educação, saúde e trabalho. 6- Unidades de Vizinhança – no mundo e nas cidades e nas comunidades.
O conceito de "unidade de vizinhança" foi estabelecido e
popularizado principalmente por urbanistas e arquitetos do século XX. Clarence Perry é frequentemente creditado na formulação e no desenvolvimento deste conceito. Para ele, em 1929, unidades de vizinhança seriam áreas residenciais autossuficientes dentro das cidades, onde haveria moradia, escolas, parques, lojas, segurança, etc. Ou seja, abrigam todas as necessidades básicas dos moradores, o que promoveria interação social e melhoraria a qualidade de vida.
Ao que se vê na prática, sua eficácia pode ser influenciada
por diversos fatores, como planejamento inadequado, baixo investimento em infraestrutura, falta de participação comunitária, enfrentando desafios em sua implementação. Mas, em alguns casos, as unidades de vizinhança podem ser bem-sucedidas na promoção de uma melhor qualidade de vida aos seus residentes. Nos países desenvolvidos, busca-se o planejamento de comunidades mais integradas e sustentáveis.
Trazendo para a realidade amazonense, as unidades de
vizinhança espalhadas por todo o interior do estado possuem características particulares em comparação às áreas mais densamente povoadas. As necessidades e desafios podem ser diferentes em relação aos serviços básicos, infraestrutura e qualidade de vida. O conceito de unidades de vizinhança, neste caso, precisou se adaptar às especificidades locais, levando em conta os aspectos culturais, ambientais e socioeconômico da região.
No interior do Amazonas há diversas comunidades
construídas à beira dos rios, as chamadas comunidades ribeirinhas, a dificuldade de locomoção é uma questão desafiadora para essas pessoas, principalmente para os idosos ou deficientes, que não encontram, em sua própria comunidade, os amparos básicos para sua qualidade de vida. Dificilmente terá postos de saúde, escolas com professores suficientes e bem qualificados, água potável e saneamento básico. Por conta disso, a população dessas comunidades precisa viajar, muitas vezes em transportes inadequados, para terem acesso àquilo que necessitam. A acessibilidade universal é fundamental para garantir que todos tenham a oportunidade de se locomover com segurança e independência.
Em Manaus, na capital, há muitas unidades de vizinhança,
cada uma com suas características, localidades, dimensões e classes sociais. Em alguns casos existe a interação social entre os moradores dessa determinada unidade, que possuem interesses em comum e se unem para que haja harmonia dentro desse espaço. Esse fator é um diferencial para a preservação e para a manutenção da comunidade. 7- Formas de circulação de pessoas e ideias e valores e culturas – no mundo e nas cidades e nas comunidades.
Antigamente, ideias, valores e culturas eram passados de
geração em geração, hoje ainda é assim, mas nós temos um novo meio de passar essas ideias que é a internet. Hoje, várias pessoas estão “circulando” pela internet, seus rostos, corpos, dados pessoais, assim como seu cotidiano, modo de viver, suas culturas e manias. Atualmente é tão fácil aprender sobre a cultura japonesa ou chinesa, estando aqui no Brasil, tem pessoas em redes sociais que mostram como é viver nesses países e a gente nem precisa sair de casa pra saber disso. As mídias de comunicação e tecnologia são veículos poderosos para a disseminação de ideias, culturas, valores e até de pessoas. Entretanto, nós sempre tivemos uma “arma” mais poderosa que a tecnologia, e ela é a educação. Desde sempre, as instituições educacionais desempenham um papel importante na transmissão de ideias, valores, conhecimento e cultura. A educação desencadeia muita coisa, como a literatura e artes. Os livros, esculturas, pinturas e entre outros passam ideias e valores que atravessam fronteiras culturais. Através de livros antigos, nós aprendemos as origens de cidades, comunidades, assim como suas histórias, tradições, povos e cultura, e isso nem sempre a internet vai ter. A partir da educação e do conhecimento também é possível a circulação de pessoas por intercâmbios culturais, a pessoa não vai assistir em uma tela de celular a cultura de um outro país, ela vai realmente viver a cultura, sentir e aprender, e quando voltar ao seu país, ela vai transmitir toda a cultura que ela vivenciou para as outras pessoas. Diante de tudo isso, há várias possibilidades para a circulação de pessoas, ideias, valores e culturas no mundo, nas cidades e até em comunidades. A tecnologia é fundamental e permite isso, mas a educação nunca vai ser substituída quando a questão é circulação de conhecimento e cultura. “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.” (KANT, IMANNUEL).
8- Economia, Trabalho e Moedas (e suas tecnologias)
circulantes e formas de sustento – no mundo e nas cidades e nas comunidades.
Atualmente, a economia global passa por desafios, inflação
em queda, porém taxas de juros permanecem em alta. Em um mundo movimentado através do capitalismo, a economia desempenha papel significativo na sociedade. Ela é a base da sobrevivência humana, sem rotação de dinheiro, sem produção. Sem produção não há alimentos, gasolina, produtos hospitalares, vestimentas, etc. Esse meio econômico é como um ciclo, tudo e todos dependem um do outro. Trata-se de uma grande máquina, só funciona se todas as partes exercerem adequadamente suas funções.
Alguns trabalhos estão sendo extintos e muitos outros estão
surgindo, por exemplo, em alguns países não existe mais frentista. Aqui mesmo, no Amazonas, já se vê supermercados substituindo os operadores de caixa por máquinas, onde você pode passar seus produtos sozinho, efetuar o pagamento e pronto. No entanto, alguns trabalhos estão surgindo e tomando conta do mercado, como profissionais de tecnologia e sustentabilidade.
Para se manterem relevantes ao mercado de trabalho, a
sociedade necessita estar preparada para adaptar-se. Ingressar no mercado de trabalho atual apresenta diversos empecilhos, especialmente para nós (os jovens), que necessitamos de apoio em nossas jornadas profissionais e dificilmente encontramos. Sempre que buscamos um ponto inicial, um lugar para começar, nos é cobrado a experiência que nunca tivemos a oportunidade de ter. Como terei experiência se ninguém me permite ter? Em Manaus, muitos jovens são direcionados para trabalhar no distrito, que oferece uma parcela significativa da força de trabalho do estado, com diversos setores produtivos. Por outro lado, a infraestrutura e o transporte público apresentam dificuldades para esses trabalhadores, principalmente para aqueles que moram em localidades mais afastadas.
De certa forma, o mercado nos oferece oportunidades de
crescimento e aprendizado. Com dedicação, busca por qualificação e adaptação as demandas atuais, é possível transformar esses desafios em oportunidades de sucesso profissional.
Com relação às moedas e suas tecnologias, é importante
considerar uma variedade de opções, incluindo cartões, maquininhas, aplicativos de bancos e carteiras digitais. Esses métodos modernos oferecem mais praticidade e rapidez ao executarmos pagamentos/transações. Entretanto, para alguns trabalhadores, incluindo os pescadores, feirantes das comunidades, a modernização dos meios de pagamento traz consigo questões negativas. Nem toda a população sabe usufruir igualmente dessas facilidades, causando disparidades no acesso a transações eletrônicas. Nos últimos tempos, pouco se vê pessoas efetuando pagamentos com células e moedas físicas, tudo se paga no cartão, pix e até mesmo vouchers.
Entender as necessidades de diferentes grupos é essencial
para promover a inclusão financeira, promovendo até mesmo maiores oportunidades de vendas para os mercadores, que muitas vezes não vendem seus produtos pois não "aceitam" e não compreendem sobre os novos modelos de pagamento.
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