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Cassandra Amorim

RVCC 22016
CP
15/11/2022

Domínio de Referência 1: Contexto Privado.

Tema: Aprendizagem ao longo da vida

Tudo começou em 2015, quando engravidei da minha filha, na altura os


enteados da minha irmã viviam connosco uma vez que a mãe de ambos não
tinha estrutura emocional nem financeira para criá-los. O enteado mais velho
da minha irmã começou a ir aos fins de semana para a mãe ao qual começou a
inventar história de que eu andava envolvida com o meu cunhado. Na altura os
familiares da parte do meu cunhado e até mesmo as pessoas de fora diziam
que eu era a segunda mulher dele, e que só não via quem não queria que ele
estava completamente apaixonado por mim e pela minha irmã, eu estava
extremamente cansada psicologicamente e não tinha mais forças mas contudo
o que diziam a meu respeito sem me deixarem sequer expor o meu lado ou me
perguntarem se era verdade ou não. Nunca quiseram ouvir o meu lado,
simplesmente julgavam. Mas claro isto não iria passar em branco. Quando a
minha filha nasceu começaram os problemas, tribunais, testes de ADN,
depoimentos sobre violência doméstica tudo isto pelo simples facto de uma
criança apenas crer atenção e querer separa a minha irmã do meu cunhado.
Quase todas as semanas tinha que me dirigir ao tribunal de Loures foram 3
meses longos, de muito choro, sofrimento e dor porque não percebia o porquê
de ele estar a fazer aquilo comigo, porque o problema dele era com a minha
irmã não comigo.

Um dia, num depoimento relacionado com a denúncia de que a minha filha era
filha do meu cunhado, apareceu uma promotora pública vinda não sei de onde
rebaixou-me como mãe e acima disso como mulher, disse-me coisas que
jamais pensei ouvir de outra mulher. Estava frágil devido a tudo o que tinha
vindo a passar ao longo dos anos, realmente a frase “ só sabe o valor das
nossas feridas quem as vivenciou connosco” essa frase naquele dia nunca
Cassandra Amorim
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15/11/2022
tinha feito tanto sentido. Foram horas e horas de perguntas e mais perguntas
mas sempre com as mesmas respostas. Recebi a carta em casa para me dirigir
com a minha filha para realizarmos os testes de ADN, naquele dia senti-me
impotente mas de consciência tranquila pensando eu que as coisas iriam ficar
bem depois do resultado sair. Passaram 2 meses e o resultado do teste chegou
e deu Negativo para filha do meu cunhado e qualquer elo de ligação sanguínea
negativos mas a minha irmã não ficou nada contente com o resultado.

Lembro-me como se fosse hoje, cheguei a casa com a minha filha ao Colo e
disse-lhe qual teria sido o resultado naquele instante ela quis-me matar só não
o conseguiu fazer porque tinha a criança ao colo. Toda aquela reação vinda da
parte dela fez-me questionar muita coisa, até eu ouvir da boca dela que queria
que o resultado fosse Positivo, ela teve um caso com o meu pai biólogo assim
como a minha mãe também o teve.

Esse homem é filho do meu pai me deu o nome, toda a minha história de vida é
uma confusão mas aprendi a lidar com ela. Sou cheia de traumas, feridas,
mágoas e jamais irei conseguir perdoar quem eu sempre protegia e pensava
que um dia iria fazê-lo por mim, mas estava enganada porque às vezes as
facadas vêm de onde menos esperamos.

Tentei de verdade uma reaproximação e tentar esclarecer coisas que não


tinham ficado esclarecidas, mas infelizmente a outra parte nunca colaborou,
nunca quiseram que me juntasse com o meu companheiro, faziam de tudo para
me tentar separar dele mexendo com o meu psicológico porque eles sabiam as
minhas fraquezas e os meus medos. Quando saí da casa da minha irmã e
decidi por circunstâncias da vida porque ou seria eu e a minha filha ou seriam
eles, na altura todas as mudanças eram difíceis para mim pois estava
habituada a um ambiente completamente diferente, mal sabia eu que estava
numa depressão profunda foram meses muito difíceis e decidi na altura tentar
resolver algumas coisas que ainda estavam frescas, voltamos ao Mato da cruz
para tentar resolver esses mesmos problemas tentei falar com a minha irmã e
com o meu cunhado ao qual só recebi a resposta “ Nós temos a obrigação de
saber quem é o pai da tua filha” eu já estava exausta e sabia que naquele
momento já não tinha mais obrigações para com eles e decidi enfrentar aquele
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15/11/2022
problema de frente como sempre tinha feito a vida toda e respondi de volta: “A
partir do momento em que sai desta casa já não tenho mais obrigação de
nada”, o que me custou mais foi saber que a minha irmã tinha tido um caso
com o meu pai biólogo e tinha vindo a saber passado 18 anos que afinal a
pessoa que eu tinha tratado por sobrinha no final das contas era minha irmã.

Acho que na minha cabeça e no meu coração toda aquela história de dor para
mim ficou guardada, quanto mais mexemos na “porcaria” mais ela cheira mal
então preferi a minha saúde mental do que aqueles conflitos que me tinham
deixado no fundo do poço.

Durante 2/3 meses andei dopada devido à minha depressão que tinha sido
diagnósticada em 2018 tinha muita coisa guardada dentro de mim que nunca
tinha sido capaz de contar a alguém, por isso hoje em dia ser uma pessoa
muito fria que jamais aceita carinho seja ele de que tipo for, como a minha
psicóloga me dizia eu não tinha passada por cima de todas as situações da
minha vida eu apenas as contornei talvez porque são feridas que jamais vão se
curar mesmo que a vida me sorria. Talvez hoje esteja mais madura e já tenha
perdoado muita coisa do meu passado mas ficam sempre as cicatrizes.

Domínio de Referência 4: Contexto Macro-estutural.


Tema: Globalização

Globalização é o processo de aproximação de diferentes sociedades e nações,


sejam elas económicas, sociais, culturais e políticas. Mas o ressalto dado pela
Globalização está na acomodação do mercado existente nos países.

O processo de globalização constitui-se pela maneira como os mercados de


diferentes países interagem entre si, e assim podendo aproximar mercadorias e
pessoas, costumes, tradições, comidas e produtos tipicos locais que passaram
a estar mais presentes em outros lugares do mundo. Tudo isto acontece graças
à troca e liberdades de informação que a globalização pode proporcionar.
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Mas existem diversos tipos de globalização, como o nome indica Globalização
é a união de vários aspetos que veêm unindo civelizações de diferentes partes
do globo. Os principais fatores que podem caraterizar a formação da
globalização são: a economia, a cultura e a informação.

A globalização económica são os paises que se juntam para estimular as


relações comerciais. O grande impacto exercido pela globalização no mercado
de trabalho, no comércio internacional, na liberdade de movimentação e na
qualidade de vida da própria população varia de intensidade de acordo com o
seu nível de desenvolvimento das nações. A globalização cultural é a
aproximação entre as diferentes paises do mundo mas também proporcionou a
troca de costumes, culturas e tradições típicas. Desta forma, os valores
culturais que pertenciam originalmente a uma região ou país, passam a estar
presentes em todos os cantos do mundo e vice-versa. Com isso, cresce a
necessidade de haver um maior debate sobre a tolerância entre as grandes
diferenças culturais.

As novas tecnologias de informação e a troca constante de bens de consumo


entre os países (produtos, filmes, séries, músicas, etc) contribuem para a
globalização cultural.

A globalização da informação é o desenvolvimento das tecnologias de


informação. Com as redes sociais, as pessoas que têm acesso à internet
podemos receber e enviar informações instataneamente para todas as partes
do mundo, assim unimos a globalização cultural com a nossa necessidade de
transmitir informações que possam ser recebidas e interpretadas em todo o
mundo, também surgiu a ideia de detrminar um idioma para que todos possam
perceber, ou seja, uma língua que possa servir como elo de liagação entre
todos as outras. Já a globalização é construido por um conjunto de redes, seja
de informação, transporte, comércio entre outros, mas todos esses aspetos
passam a ficar interligados, gerando assim uma maior interação entre as
nações. A globalização também provocou a criação das paredes económicas,
ou seja, são grupos de países que se unem em prol do desenvolvimento e
crescimento das suas respetivas economias.
Cassandra Amorim
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Como tudo na vida, atualmente vivemos em um mundo totalmente globalizado,
essa tal realidade tem interferido diretamente nas nossas vidas, mesmo que
não percebamos, diversas mudanças vão acontecendo. Sem sombra de
dúvida, as tecnologias com as quais contamos hoje em dia geram muitos
benefícios para o nosso quotidiano, uma vez que a nossa sociedade atual têm
um grande acesso a uma série de produtos e serviços que facilitam e muito a
nossa vida, além disso, a toda a hora se criam novos produtos para satisfazer
as nossas necessidades que vão surgindo. Diante deste conforto e de tantas
facilidades que usufruimos, que são provocados pela globalização, fica claro
que todo este processo é inconvertível, uma vez que nós Humanos não vamos
regredir. Mas, o modelo da nova globalização que permanece tem
desencadeado resultados trágicos à maioria da população mundial, uma das
principais consequências desses processos são as desigualdades entre os
países, visto que as diferenças vêm crescendo de forma indicadora. Há uma
grande desigualdade economica, tecnológica e social entre os paises, ao longo
do tempo o processo de globalização tem contribuido de maneira direta para o
aumento da pobreza.

Facilmente conseguimos ter a ideia que a globalização é homogénea, esta tem


aspectos quer positivos quer negativos. Aqui importa salientar a visão contra-
homogénea, pois existe uma injustificável contradição entre a economia e o
bem-estar da maioria da população mundial. Para dar resposta a esta situação
apareceu uma globalização alternativa que tenta minimizar os aspectos
negativos da globalização homogenea, que tem como ideia-chave a dignidade
humana é único e que só pode florescer em equilíbrio com a natureza e numa
organização social que não reduza os valores a preços.

Na minha opinião o sucesso está no equilibrio entre as duas visões, pois se é


verdade que a a globalização tem efeitos negativos, é verdade também que
tem melhorado a qualidade de vida de algumas populações pobres, apesar de
os recursos naturais estarem a ser desperdiçados e as culturas alteradas, a
verdade é que quem têm mais dinheiro é quem vive melhor.
Cassandra Amorim
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Em resumo o que podemos dizer é que não podemos falar em Globalização,
mas em processos de globalização que formam um fenómeno complexa com
dimensões económicas, políticas e sociais, ligadas de uma forma complexa.

Atualmente em caso de violação dos nossos direitos fundamentais como


cidadãos podemos recorrer aos tribunais. Os tribunais portugueses são
responsáveis pela condução da justiça e pela defesa dos nossos direitos e
interesses protegidos pela lei, pela inibição das violações do Estado de direito
democrático e pela resolução de conflitos.

Mas temos as instituições Nacionais dos direitos Humanos como o provedor de


justiça foi fundada em 1999, o mesmo é um órgão que tem como missão a
defesa e promoção dos direitos, liberdades, garantias e interesses de todos os
cidadãos.

A apresentação de uma queixa no provedor da justiça pode ser realizada por


diversos meios, podemos enviar uma carta, um fax ou endereço de e-mail, por
telefone, presencialmente nas istalações e atarvés de um formulário eletrónico
e, ainda, junto de qualquer serviço do Ministério Público.

Depois, temos uma que é não menos importante é a Comissão Nacional de


Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens em Risco que
chamamos de CPCJ, são instituições oficiais com autonomia funcional que
visam promover os direitos das crianças e dos jovens e prevenir ou por fim a
situações suscetíveis de afetar a segurança, saúde, educação ou
desenvolvimento integral. O Ministério Público acompanha sempre a atividade
das técnicas da CPCJ e aprecia a legalidade e mérito dos seus propósitos.

Qualquer pessoa que conheça situações de perigo pode comunicar


diretamente à CPCJ por meio de carta, telefone, fax, correio eletrónico ou
presencialmente nas instalações das comissões.

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