comum, as cidades dos diferentes continentes e países, defrontam-se com diferenças mais ou menos acentuadas. Os edifícios e os bairros dispõem-se segundo plantas que dão a cada aglomeração urbana uma fisionomia própria e respondem mais ou menos a necessidades das suas populações. PLANTA DE UMA CIDADE É o resumo da sua história. Por ela podemos seguir as etapas do seu desenvolvimento. É um documento primordial para o geógrafo, Arquitecto e engenheiro. A planta não é característica de uma época, mas principalmente de uma certa concepção ligada a diversos tipos de civilização. A PLANTA EM QUADRÍCULA
Esta tornou-se o padrão em todos os
subúrbios, em certa época e é ainda sistematicamente usado em algumas urbanizações recentes. TIPOS DE PLANTAS: Ortogonal; Radioconcêntrico ; Irregular. FIGURA 2. TIPOS DE PLANTAS DE UMA CIDADE • Ortogonal: também chamada reticular ou quadrícula, tem dominado. Ao longo da história, beneficia de forma simples e de fácil execução. As ruas cruzam-se perpendicularmente e os edifícios ganham a forma de paralelepípedo. • A radioconcêntrica: é caracterizada pela presença de ruas circulares e concêntricas em torno do centro da cidade. A partir desta partem avenidas em forma de raios, a semelhança de uma estrela que cruzam as ruas circulares e comunicam o centro com a A irregular: caracteriza-se pela disposição desordenada das ruas que aparecem, geralmente, tortuosas e com um número bastante elevado de becos sem saída e de pátios interiores. Cada cidade reveste-se das originalidades da civilização e da cultura dos seus habitantes e ganha um processo próprio de crescimento e desenvolvimento. Europa- Apresenta uma rede de cidades bastante apertadas, com núcleos velhos e com património arquitectónico diversos e ricos que pantenteiam a sua história. A América Anglo-saxónica e a Austrália: Países novos, com uma história recente, criaram cidades de ruas largas de plantas ortogonais,, com um centro de negócios bastante individualizado, no âmbito de sociedades capitalistas e com um enorme crescimento. África Negra: Desenvolveram-se cidades , muito recentemente da justaposição das estruturas das populações indígenas e das populações coloniais europeias. América latina: O mesmo que se passou em África, além disso, aqui o urbanismo moderno consegue ousadias, semelhantes as da América do Norte. Países socialistas: aparecem cidades que a segregação social não se revele na geografia dos bairros. A CIDADE RECEBE ALIMENTOS: A cidade não produz alimentos frescos de que necessita. Por isso, para qualquer centro urbano, existe uma área de produção agrícola que a abastece. A área de abastecimento é, tanto maior quanto maior for a cidade . Para as grandes aglomerações pode ser todo ou quase todo o país , e até o estrangeiro , mesmo para os produtos facilmente deterioráveis: legumes, frutos, flores, peixe, etc.).Este fornecimento não constitui hoje qualquer problema graças as modernas técnicas de acomodação, às redes de frio e à rapidez dos transportes. FIGURA 1. COMÉRCIO URBANO-INFORMAL EM ANGOLA Enérgia- A cidade é grande consumidora de enérgia necessária à indústria, comércio, iluminação pública e usos domésticos. A produção tem lugar em: Centrais hidroeléctricas e centrais nucleares- no geral afastadas centenas de quilómetros dos centros consumidores. Centrais térmicas e fábricas de gás- localizam- se, no geral , nas proximidades dos centros consumidores. O transporte de enérgia levanta alguns problemas bem como a sua distribuição, obrigando à criação de complexas redes subterrâneas de cabos eléctricos( contráriamente ao que se verificava no passado em que as redes de distribuição eram constituídas por fios aéreos ) e de gasodutos. Salienta-se que o impacto da enérgia na paisagem urbana, pois todas as formas de abastecimento exigem grandes espaços nas proximidades dos centros urbanos: fábricas de gás, depósitos de hulha, depósitos de gás, centrais térmicas, armazéns, etc. • A água é necessária aos consumos domésticos, usos industriais, usos municipais( fontes, jardins, limpezas de pavimento, etc. • O abastecimento tem sido assegurado através de furos que permitem captar as águas subterrâneas, mas os débitos obtidos têm vindo a tornar-se insuficientes. Por isso a captação de águas, começou a fazer-se em rios e barragens situados, por vezes, a quilómetros do centro consumidor. PRODUTOS SEMIELABORADOS OU MATÉRA- PRIMA Com destino às unidades industriais( Indústria transformadora ligeira), saem de locais mais afastados, produtos de natureza diversa. Apenas como exemplo, refere-se a madeira para fábrica de móveis, o sisal, o algodão, a lã ,o sisal, empresas textéis, diferentes tipos de ferro e aço para a indústria das construções mecânicas, cartão para o fabrico de embalagens, etc. TRABALHADORES Nos centros urbanos, é comum a chegada diária dos que trabalham nas empresas citadinas. Estes trabalhadores, residindo na periferia, deslocam-se de manhã para os seus locais de trabalho ao fim do dia, regressam para os arredores onde residem. Estas deslocações muito típicas dos grandes centros urbanos, são conhecidas com a designação de movimentos pendulares. • OUTROS Qualquer cidade recebe diáriamente um número variável de pessoas que procuram os serviços que pode prestar. É o caso dos alunos que se deslocam para as escolas, dos que precisam de tratar questões admnistrativas, dos que necessitam de cuidados médicos, dos que recorrem aos tribunais, de ir a um banco, comprar um ou outro produto que só na cidade se vende. Além disso alguns fazem-no por motivos culturais ou simples lazer. A CIDADE FORNECE
• SERVIÇOS: Estes constituem o conjunto de
actividades que mais contribuem para dar vida aos centros urbanos. Os serviços são: administrativos, judiciais, bancos, seguros, serviços, assistências, etc. • O destaque deve dar-se ao comércio. É na cidade que o comércio assume a sua maior expressão. Em todas as cidades, são conhecidas ruas especialmente vocacionadas para o comércio que atraem residentes em áreas próximas. Algumas mantêm uma longa tradição continuando com as denominações desde há longas décadas, por exemplo <<rua dos sapateiros, rua das quitandeiras, moto taxistas(cupapatas), etc. Nas cidades, procuram-se aqueles bens que não se compram « todos» os dias. No geral na vila e muito menos na aldeia não se encontra um tecido ou um calçado que obedeça aos padrões da moda, um automóvel, etc.