Aluno: Brunno Fellipe Félix de Andrade – Engenharia de Minas Matrícula: 114110821
RESENHA
O filme “Pão e Rosas” conta a história de imigrantes que entraram ilegalmente
nos Estados Unidos em busca de emprego e melhores condições de vida. Em destaque aparecem as duas irmãs mexicanas, Maya (Pilar Padilla) e Rosa (Elpidia Carrillo). Durante o filme é possível notar a dificuldade que Maya encontra para conseguir um trabalho, começando primeiramente como garçonete e depois, através da ajuda de sua irmã, consegue um emprego em uma empresa de limpeza. O filme retrata com clareza as dificuldades dos faxineiros terceirizados da Companhia de Limpeza Angel, pode-se notar que a maior parte dos faxineiros são imigrantes latinos, mulheres, pessoas com mais idade e negros, sendo esta uma característica marcante da terceirização, que é contratar setores marginais da sociedade a fim de obter mais lucros com salários mais baixos. Uma parte interessante do filme é a primeira conversa que Maya tem com o seu superior Perez, onde ele cobra o primeiro salário dela por ter conseguido um emprego, algo muito semelhante a alguns tipos de trabalhos análogos a escravidão. O filme mostra a luta e dificuldade que estes trabalhadores tem em conseguir um acordo coletivo que lhes garantam condições de trabalho mais adequadas como melhores salários, seguro-saúde para família e férias remuneradas. A empresa Angel é uma das maiores fornecedoras de serviços de limpeza do País, e através da redução salarial e corte de benefícios de seus trabalhadores, conseguiu vencer a concorrência. O personagem Sam Shapiro (Adrien Brody), é membro do Sindicato dos faxineiros e militante da campanha “Justiça para os Faxineiros”, ele se aproxima dos terceirizados através de Maya e aos poucos vai conseguindo aderentes para sua luta pela Sindicalização dos funcionários “invisíveis”. Sam convence os faxineiros que as condições de trabalho vividas por eles naquela época eram menores do que décadas passadas e via a necessidade de mudar esta realidade. O filme expõe de maneira eficiente a dificuldade de organizar os trabalhadores terceirizados devido ao medo constante da perca do emprego, demonstrada na cena que o supervisor Perez demite uma faxineira por ela não ter dedurado os faxineiros que estavam se reunindo com Sam. O ativista Sam vê a necessidade de unir os trabalhadores e pressionar os donos do prédio a contratarem Companhias Sindicalizadas com os direitos trabalhistas assegurados aos faxineiros, e para tanto os ativistas deveriam chamar a atenção da mídia para as precárias condições de trabalho que lhes eram impostas. Por meio da união, organização, manifestações, invasões e várias abordagens aos donos do poder, os colaboradores foram deixando de ser invisíveis, forçando os capitalistas a uma negociação. Ao prejudicarem os negócios e o funcionamento habitual dos escritórios de Advocacia, Bancos e Corretoras sediados no Edifício, os manifestantes começam a dar prejuízo aos Tomadores de Serviços e o acordo coletivo é conquistado após muitos embates. A cena mais forte do filme é a discussão entre as irmãs Maya e Rosa, onde Rosa expõe todas as dificuldades que uma imigrante latina passa ao tentar melhorar de vida nos EUA indo desde a prostituição até os trabalhos em condições precárias. O filme “Pão e Rosas” é um ótimo filme e que retrata bem as questões sociais e trabalhistas nas empresas terceirizadas além de expor os problemas quanto a imigração.