Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Personagens:
A histó ria começa com Carlitos a trabalhar como operá rio numa fá brica. Lá , o trabalho é cansativo e
desinteressante, pois a sua ú nica funçã o é apertar parafusos. O homem nã o se adapta à atividade
repetitiva e à s exigências do chefe, que cobra sempre por produtividade e desempenho.
O filme retrata a preocupaçã o a dos donos do meio de produçã o em conseguirem lucrar cada vez mais a
explorar trabalhadores. O facto fica evidente na cena em que Carlitos é obrigado a testar uma "má quina
de alimentaçã o", que segundo os seus inventores iria "facilitar" a hora do almoço dos funcioná rios.
Na verdade, era um aparelho que prometia "alimentar" os operá rios enquanto eles continuavam a
executar as suas tarefas. Obviamente, a invençã o nã o funciona bem, o que rende uma interpretaçã o
engraçada de Chaplin.
Outro importante momento na fá brica é quando Carlitos fica atrapalhado com o trabalho e acaba por
ser "engolido" pela má quina e entra nas suas engrenagens. Esta parte do filme mostra a desumanizaçã o
do homem, quase como se fosse uma peça mecâ nica. Depois disso, Carlitos sofre uma crise nervosa e é
mandado embora. O homem envolve-sea um protesto de rua e acaba preso, o que demonstra
a repressã o aos movimentos sociais.
Na prisã o, ele ingere drogas acidentalmente, mas consegue ser libertado. O homem vai em busca de
outro emprego e consegue arranjar trabalho como segurança de uma loja de departamentos, mas logo é
despedido.
Carlitos acaba por conhecer Ellen, uma jovem que estava numa situaçã o difícil e andava a roubar
comida para sobreviver. Os dois apaixonam-se, mas ele envolve-se novamente em uma confusã o e vai
preso outra vez. Ao sair da cadeia, eles reencontram-se. Nessa altura, a moça trabalhava como
dançarina em um café e consegue um emprego para Carlitos como garçom.
Ellen é considerada criminosa por vadiagem e passa a ser procurada pela polícia. Nesse momento,
Carlitos une-se a ela e os dois partem à procura de melhores condiçõ es de vida.
Germinal:
Contextualizaçã o: O filme passa-se na década de 30, logo apó s a "Grande Depressã o", ou crise de 29.
Nessa época, houve a recessã o no capitalismo, quebra da bolsa de valores de Nova York e outras
tensõ es sociais que resultaram em grande desemprego, fome e miséria. Havia também um crescimento
tecnoló gico importante, a chamada "modernidade". As fá bricas estavam a desenvolver sistemas de
produçã o para melhorar o tempo de trabalho e produçã o dos operá rios. O taylorismo e o fordismo
foram algumas das estratégias da burguesia. Nesses sistemas, os trabalhadores realizam apenas uma
tarefa nas fá bricas, aumentando a produtividade e lucro dos patrõ es. Nessa época, também ocorriam
diversas inquietaçõ es políticas e sociais que tiveram como consequência a Segunda Guerra Mundial.
Personagens:
Miou-Miou - Maheude
Renaud - É tienne Lantier
Gérard Depardieu - Toussaint Maheu
Jean Carmet - Vincent Maheu dit Bonnemort
Judith Henry - Catherine Maheu
Jean-Roger Milo - Chaval
Laurent Terzieff - Souvarine
Bernard Fresson - Victor Deneulin
Jean-Pierre Bisson - Rasseneur
Jacques Dacqmine - Philippe Hennebeau
Anny Duperey - Madame Hennebeau
Gérard Croce - Maigrat
Frédéric van den Driessche - Paul Négrel
Annick Alane - Madame Grégoire
Pierre Lafont - Léon Grégoire
Um dos personagens principais devido ao seu espírito contestador e revolucioná rio, está desempregado
e chega até a companhia de mineraçã o com o objetivo de conseguir empregar-se. Depara-se com um
outro senhor, o qual é pai do personagem de Gerard D’epardieu, que foi exposto desde os 8 anos de
idade a trabalhar na mina e possui uma saú de bastante debilitada. Pode-se observar isso pela sua tosse
constante e pela visível intoxicaçã o. Toda a sua família trabalha também na mesma mina. O personagem
recém-chegado à procura de emprego choca-se com as condiçõ es de trabalho, pura exploraçã o e
pobreza. O personagem de Gerard D’epardieu por ser um funcioná rio mais antigo e respeitado
consegue arranjar-lhe uma vaga devido à morte de uma outra companheira de trabalho.
Todos os membros das famílias trabalham, desde crianças até os mais idosos, porque precisam dos
míseros salá rios juntos conseguirem a subsistência de todos, sendo assim necessá rio quando acontece
uma morte substituírem rapidamente o membro perdido no trabalho, pois, mesmo sendo uma só renda
perdida reflete-se no sustento de todos os outros. Só os pequeninos nã o trabalham. A pobreza dos
personagens é evidente, a situaçã o que vivem é quase calamitosa, a cozinha nã o tem nada para comer,
as crianças pedem comida.
A mina parece ser bem profunda, os carros dela descem com cinco operá rios e as condiçõ es de trabalho
sã o horríveis. Vivem em regime de exploraçã o constante, as mulheres ficam desesperadas por nã o
terem o que dar de comer à s crianças, e endividam-se com um comerciante inescrupuloso e
espertalhã o, este nem sempre está disposto a permitir crédito, devido ao pagamento frequentemente
estar atrasado, mas costuma aceitar favores sexuais em troca de comida. As mã es desesperadas com
fome aceitam tal aproveitamento, cedendo as suas filhas ou a elas mesmas ao promíscuo e depravado
comerciante.
A regiã o possui 13 minas, nã o se conhecia os seus donos, estes nã o estavam preocupados com o que
acontecia aos operá rios, e sim com a economia, com a política afetando seus lucros, e com a eclosã o de
greves.
O personagem de D’epardieu foi multado por nã o ter escorado perfeitamente um possível desabamento,
mesmo nã o lhe tendo sido proporcionado condiçõ es satisfató rias para um trabalho bem feito. Além de
terem sido multados devido ao escoramento mal feito, os salá rios foram diminuídos devido à suspensã o
dos pedidos de ferro para exportaçã o e essa situaçã o é repassada injustamente aos trabalhadores.
A situaçã o agrava-se , pois a companhia contrata trabalhadores da Bélgica e ameaça despedi-los caso a
greve permaneça, alguns trabalhadores famintos querem retornar ao trabalho outros tã o engajados
preferem morrer a abandonar a causa. Daí os grevistas vã o até as minas em funcionamento, destroem-
nas, e inutilizam-nas temporariamente com a paralisaçã o de elevadores, bombas etc. Além de
agredirem os que permaneceram a trabalhar, gerando conflitos seguidos, acabam por ocorrer mortes,
as mulheres também se revoltam com a situaçã o e a mais estimulada com a causa é a esposa do
personagem de Gerard D’epardieu. Vã o até a mercearia do aproveitador e roubam, este desesperado
foge para o telhado e acaba caindo. Nã o satisfeita, uma das mulheres que havia sido humilhada por ele e
tomada de fú ria e desespero, mutila-o demonstrando muito bem a revolta contida no interior destas
pessoas. Estes conflitos também causam a morte do personagem de Gerard, pela escolta da mina que
desejavam paralisar também.