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Portugal encontrava-se perante a encruzilhada dos interesses político-militares das duas maiores
potências da Europa: a França e a Inglaterra, cuja rivalidade veio a culminar quando Napoleã o
Bonaparte decretou a 21 de Novembro de 1806, o Bloqueio Continental, ou seja o decreta que ordenava
o fecho de todos os portos dos países europeus à potência inglesa, que é possível ler no documento 1.
Nesse mesmo documento, Napoleã o lança um ultimato em que ordena que Portugal feche os portos aos
britâ nicos e lhes confisque as mercadorias, sendo que o nã o cumprimento da ordem seria a declaraçã o
de Portugal como Inimigo dos franceses.
O principal motivo que levou à s invasõ es francesas foi a tentativa de neutralidade e os sucessivos
adiamentos que Portugal fez devido a nã o querer acabar com a velha aliança luso-inglesa.
Concluindo, os três motivos que eclodiram nas três invasõ es francesas a Portugal foi o decreto do
Bloqueio Continental, o significado do nã o cumprimento, ou seja Portugal, tornar-se inimigo de França e
por fim o principal, a tentativa de neutralidade e de sucessivos adiamentos do cumprimento do decreto.
2. Indique três motivos responsáveis pela instabilidade política até à vitória definitiva do
liberalismo em 1834
Os vá rios golpes contrarrevolucioná rios levados a cabo por D. Miguel e sua mã e, D. Carlota Joaquina,
contribuíram igualmente para a instabilidade. A Vila Francada, quando o mesmo proclamou a
restauraçã o do absolutismo que pô s fim ao vintismo, a primeira experiência liberal em Portugal e a
Abrilada, um ano mais tarde, instaurando um clima de terror, com inú meras prisõ es de liberais, sendo
que tomou uma reviravolta quando o monarca tomou a decisã o de exilar o seu filho em Viena.
E por fim, outro motivo responsá vel pela instabilidade política entre 1820 a 1834 foi a divergência
entre as forças liberais, divididas entre o vintismo, os apoiantes da Constituiçã o de 1822 e os cartistas,
apoiantes da Carta Constitucional outorgada por D. Pedro IV de cariz mais moderado.
3. Identifique com base nos dois decretos de Mouzinho da Silveira elaborados durante a
resistência liberal, três medidas socioeconómicas implementadas
Uma das mais importantes figuras do liberalismo português foi Mouzinho da Silveira que redigiu uma
série de medidas com vista a pô r fim à ordem social e econó mica do Antigo Regime.
As medidas passavam pela extinçã o dos dízimos que eram pagos aos proprietá rios ou a quaisquer
outras pessoas do reino, como diz no documento1A, «Os Dízimos que pagavam aos proprietá rios….
Ficaram desde já extintos, e nã o serã o mais pagos.
Outra das medidas implementadas, foi o remover a antiga autonomia de que os Municípios dispunham
entregando este poder aos juristas do Supremo Tribunal, «A faculdade de apresentar Pá rocos para as
Igrejas,…, ou de apresentar justiças, Juízes e mais Empregos Pú blicos, fica revogada e pertence
exclusivamente ao poder Executivo»
Por ú ltimo uma outra medida por ele implementada foi a extinçã o dos bens da Coroa e a transformaçã o
dos mesmos em bens nacionais como consta no documento 1B, «ficam extintos os bens da Coroa, …,
Art.º 13º …, ficando sendo bens Nacionais Aliená veis.
Uma das principais medidas implementadas pelo General Costa Cabral que provocou o
descontentamento por parte do povo foi o, «mandado que os mortos se nã o enterrassem nas Igrejas»,
sendo que devido à mentalidade religiosa da época nã o foi levado muito bem.
A reforma financeira levado a cado pelo 1º Marquês de Tomar, com o estabelecimento de novos
impostos e de cobrança em curto prazo, aumentou ainda mais o já descontentamento sentido no país
E por fim a adoçã o de um controlo burocrá tico, da qualificaçã o dos impostos a pagar e das propriedades
desengradou à populaçã o portuguesa tendo mais tarde se dado a Revolta da Maria da Fonte
Um dos fatores que prejudicou bastante a aplicaçã o das reformas dos respetivos governos liberais foi a
mentalidade antiga e muito religiosa
Outro fator foi a resistência de classes que nã o desejavam perder os seus privilégios e por fim outro
fator foi a influência das estruturas tradicionais da sociedade e da economia.
Devido ao descontentamento social político e econó mico sentido no país, eclodiu a revoluçã o liberal
portuguesa a 24 de Agosto de 1820, através de dois pronunciamentos militares levados a cabo pelo
Sinédrio, primeiro no Porto e mais tarde em Lisboa, a 15 de setembro. Esta Constituiçã o presente no
documento 2 traduziu a vitó ria liberalista perante o governo de Beresford, que se constituiu como um
dos fatores do eclodir da revoluçã o devido à opressã o feita pelo mesmo.
A Carta Constitucional foi promulgada pelo entã o rei do Brasil, D. Pedro IV com vista à abdicaçã o da
Coroa para a sua filha mais nova se casar com seu irmã o e agradar ao absolutista, pois essa mesma carta
detinha um cariz liberalista mais muito moderado e conservador.
Na Constituiçã o outorgada em 1822 a soberania residia apenas na naçã o, ou seja cabia ao povo eleger
os seus representantes. O voto era direto universal masculino
Na Carta outorgada por D. Pedro a soberania residia na naçã o e no rei sendo o voto censitá rio, ou seja
apenas vota o cidadã o que pagar determinado censo