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- Governado pelo príncipe D. João (futuro d. João VI), a agricultura era a principal atividade
económica e a sociedade continuava com os antigos privilégios da nobreza e clero;
- Nos principais centros urbanos, uma burguesia comercial ligada aos tráfegos do Brasil,
ansiava pela mudança.
- Muitos destes ideais propagavam-se através de lojas maçónicas, pelo fim dos privilégios
sociais, dos constrangimentos religiosos, do fanatismo, ou seja, da tirania.
O que é a maçonaria?
- Portuga continuava fiel à sua velha aliada (Inglaterra) e, após muita hesitação, não aceitou o
bloqueio;
- Esta escolha custou ao país de 1807 a 1811 a invasão por parte da França por três vezes em
Portugal. Foram comandadas, sucessivamente pelo general Junot, Soult e Massena;
- A família real portuguesa refugiou-se no Brasil, e a colónia passou a ser a sede do governo;
Consequências:
- As invasões francesas devastaram o país, e a fuga da família real para o Brasil implicou o
domínio político e económico por parte do Ingleses.
- Destruíram o país, sobretudo na região norte, afetada pela violência dos combates e pela
excessiva crueldade do exército francês:
- Em 1817, o general Gomes Freire Andrade, e mais 11 oficiais do exército português foram
executados, por serem suspeitos de estarem envolvidos numa conspiração;
A Rebelião em Marcha:
- No Porto, em 1817, Manuel Fernandes Tomás, funda uma associação secreta, o Sinédrio, que
defendia os princípios do liberalismo;
- Em janeiro de 1820, em Espanha, ocorre uma revolução liberal, que restaurou a Constituição
de 1812 (liberal) que deixara de vigorar por causa da reação absolutista de 1814; Assim, a
Espanha tornou-se um centro de agitação e de propaganda política liberal;
- Em março de 1820, Beresford, embarcou para o Brasil para solicitar ao rei dinheiro para o
pagamento de despesas militares e mais poderes para reprimir a agitação que alastrava em
Portugal;
- Os membros do Sinédrio aproveitaram a ausência de Beresford, desencadeando-se, assim,
uma revolução liberal a 24 de agosto de 1820;
- Tratado de comercio com a Inglaterra que abria o mercado nacional aos têxteis ingleses;
- Manuel Fernandes Tomas redigiu o “Manifesto dos Portugueses” para dar a conhecer os
objetivos do movimento;
A CONSITUTIÇÃO DE 1822:
- A Constituição de 1822, foi fruto da ala mais radical dos deputados presentes às Cortes
Constituintes, cuja a ação é conhecida por Vintismo.
- Nas cortes constituintes defrontam-se duas fações, a do vintismo, mais radical e democrática
e a dos moderados, estes pretendiam uma constituição mais moderada;
- Em relação ao veto do rei, ficou decidido que quando este não concordasse com uma lei, o
monarca poderia enviare-la ao Congresso, mas esta seria definitiva e de aceitação obrigatória
para o rei;
- No fundo a verdadeira Soberania residia nas Cortes, representativas da Nação.
- É realizada a reforma dos forais (lei dos forais) que procuraram libertar os camponeses dos
pagamentos a que eram obrigados;
- Esta reforma não atingiu totalmente os seus objetivos, a lei dos forais reduziu as rendas e
pensões o que dececionou os camponeses porque as rendas foram convertidas em dinheiro o
que gerou abusos nas conversões.
- Com os portos abertos à navegação estrangeira e com muitas indústrias, de um banco, nova
divisão administrativa, de tribunais, de instituições prestigiais de ensino, biblioteca, um teatro
e uma empresa local. Apesar de tudo isto, surgiam anseios autonomistas.
- Em 1789, deu-se um motim nacionalista em Vila Rica, dirigida por estudantes e homens
esclarecidos que chegaram a projetar a independência de minas gerais e a formação de um
governo republicano.
- A revolta ficou conhecida por Inconfidência Mineira e José xavier foi o grande herói da
libertação nacional.
- A revolução liberal de 1820 forçou a vinda de D. João VI a Portugal, porém, achava que a
independência estava para vir e por isso pediu a seu filho D. Pedro para ficar lá.
- Foi retirada a liberdade comércio (retornava o monopólio comercial português sobre a sua
colónia);
- O príncipe regente foi chamado a Portugal, sobre o pretexto de terminar a sua educação na
Europa; D. Pedro tinha de regressar à Europa para concluir os seus estudos, mas este
desobedece.
- A independência foi proclamada por D. Pedro, nas margens do rio Ipiranga, São Paulo, 7 de
setembro de 1822;
- A independência do Brasil foi um grande fracasso para a política vintista, colocou em causa
os interesses económicos da burguesia portuguesa e comprometeu a recuperação económica
do Brasil;
A Resistência ao Liberalismo
- Em 1825, constitui-se a Santa Aliança, entre a Rússia, Áustria e Prússia, com a entrada da
Inglaterra, surge a Quádrupla Aliança, mais tarde a França também adere;
- Em 1823, animados pela restauração do absolutismo em Espanha, estala uma revolta em Vila
Franca de Xira (Vila-Francada);
- D. João VI, remodela o governo, afasta os elementos mais radicais e propõe-se alterar a
Constituição;
- Apesar dos esforços de D. João VI para moderar o governo liberal, surge uma nova tentativa
de impor o absolutismo em Portugal;
- D. João VI conseguiu dominar a situação, e D. Miguel foi obrigado a partir para o estrangeiro
(exilado);
- O país é governado por um Conselho de Regência provisório presidido pela filha do monarca
falecido, D. Isabel Maria;
- Este Conselho enviou ao Brasil uma delegação para resolver o problema da sucessão;
- Este documento foi concedido e não aprovado pelos representantes do povo (parlamento);
As Cortes são constituídas por duas câmaras: A Câmara dos Deputados é eleita
através de sufrágio indireto, homens, com mais de 100$00 réis de renda anual líquida;
A Câmara dos Pares (Nobreza e Clero) eram nomeados pelo rei a título vitalício;
Ao rei era atribuído um quarto poder, o poder moderador;
O rei nomeava os Pares, convocava as Cortes, podia dissolver a Câmara dos
deputados, podia nomear e demitir o Governo, suspender os magistrados, conceder
indultos e proibir, a título definitivo, as decisões das Cortes;
Os direitos individuais eram afastados para o fim do documento;
- D. Pedro abdicou dos seus direitos ao trono em favor da sua filha mais velha, D. Maria (7
anos de idade);
- Ela deveria celebrar os nupciais com o seu tio D. Miguel, que deveria jurar cumprir a Carta
Constitucional e assumir a regência imediata de Portugal;
- Apesar dos poderes do rei serem manifestamente ampliados isso não foi suficiente para os
adeptos do absolutismo;
A guerra Civil
- Convocou umas cortes ao modo do Antigo Regime (ordens) e nelas foi proclamado rei;
- Estes organizam-se na ilha Terceira (Açores) que, entretanto, se tinha revoltado contra o
absolutismo;
- Após ser derrotado em duas batalhas (Almoster e Asseiceira), D. Miguel, assina a Convenção
de Évora-Monte e parte definitivamente para o exílio;
- O objetivo da legislação promulgada por Mouzinho da Silveira foi criar um Estado moderno e
liberal.
O setembrismo (1836/1842)
- Em setembro de 1836, dá-se uma revolução civil, que obrigou a rainha D. Maria (1826/1853)
a revogar a Carta Constitucional e a jurar a Constituição de 1822 e a convocar eleições.
- O setembrismo foi um movimento da pequena e média burguesia, apoiada pelo povo, que
reagiam contra o domínio da alta burguesia que levara o país à miséria e o governo era
acusado de corrupção.
- Em 1838, foi promulgada uma nova constituição (Constituição de 1838) que procurava um
compromisso entre o conservadorismo da Carta Constitucional e o radicalismo da
Constituição de 1822.
Constituição de 1838:
- O rei perde o poder moderador, mas continua com a possibilidade de proibir definitivamente
as leis;
- O voto é censitário;
- Em termos económicos:
- Ao nível do ensino:
- O setembrismo falhou por não ter abolido os pesados impostos que recaíam sobre os
pequenos agricultores e pelo facto de não ter aumentado as taxas dos grandes proprietários;
- A falta de capitais para investir e o seu desvio para fins especulativos e de usura dificultou o
desenvolvimento económico;
CABRALISMO:
- O governo setembrista enfrentou a oposição dos liberais mais radicais, como dos mais
conservadores (cartistas);
- Desenvolvimento das obras públicas (Companhia das Obras Públicas de Portugal (1844)
(reparação e construção de estradas), construíram-se pontes, entre essas a ponte sobre o rio
Douro;
- Na Convenção do Gramido (Valbom, Gondomar, junho de 1847) foi assinada a paz entre as
fações em disputa (setembrista e cabralistas);
- Foi afastado do poder em 1851, pelo golpe militar do marechal Duque de Saldanha, que
instituiu a Regeneração (cartismo moderado).
- Os direitos naturais:
- O cidadão participa na vida política como eleitor, como detentor de cargos políticos;
- O cidadão participa nas assembleias e clubes, nos grupos de discussão, escrevendo livros ou
artigos nos jornais;
- A defesa dos direitos individuais previa o direito à liberdade religiosa dos indivíduos;
- No entanto esta cidadania política tinha restrições, só os cidadãos com uma razoável
situação económica tinham a possibilidade de ocupar cargos públicos;
- Para o Liberalismo moderado a soberania nacional não era igual a soberania popular, por
isso Liberalismo e Democracia são duas conceções diferentes;
- O Liberalismo pretende um Estado neutro que respeite e proteja as liberdades dos cidadãos
e aplique uma lei igual para todos;
- O poder era limitado pela Constituição, pela separação dos poderes do estado, pela
soberania nacional exercida por uma representação e pela secularização das instituições;
O constitucionalismo:
- Os Liberais legitimam o seu poder através da Constituição (conjunto das leis fundamentais), é
um regime assente na ordem jurídica que substitui o Antigo Regime que estava baseado no
costume;
- Os liberais moderados defendiam que devia ser o rei a conceder um documento à Nação.
- O reforço do poder executivo foi executado em França (Carta de 1814) e em Portugal com a
Carta Constitucional (1826);
- Os liberais moderados defendem a soberania nacional entregue a uma representação
(deputados) dos mais cultos e inteligentes que eram aqueles que eram mais abastados;
- Só os cidadãos com um determinado grau de fortuna podiam eleger e ser eleitos para o
parlamento, que exercia as funções legislativas;
- Para os liberais a questão religiosa é íntima e pessoal e não pode ser imposta pelo Estado às
pessoas, por isso propõem a separação entre o Estado e a Igreja;
- O liberalismo económico é o produto das ideias de Adam Smith (1723-1790), Quesnay (1694-
1774) e Gournay (1712-1759);
- Quesnay foi o criador do fisiocratismo, teoria económica que defende que a base da riqueza
de um país reside na agricultura;
- Adam Smith afirmou que “Quando o indivíduo trabalha para si próprio, serve a sociedade
com mais eficácia do que quando trabalha para o interesse social”;
- Segundo este economista o Estado deve privar de participar na economia, pois o mercado
rege-se por leis próprias, a lei da oferta e da procura que se encarregariam de equilibrar o
consumo e a produção;
- O Estado não devia de ter qualquer intervenção na economia, não devia impor limites de
produção, criar monopólios, lançar impostos, ou tabelar preços ou salários;
- Mas na realidade o Estado Liberal nem sempre garantiu essa universalidade; A propriedade
nunca foi um direito natural;
- A igualdade nunca foi uma realidade, o voto censitário transformava a esmagadora maioria
dos cidadãos em “cidadãos passivos”;
- Nos Estados Unidos da América a escravatura, pela Constituição, estava ao critério dos
diversos estados;
- Os estados do Sul, onde a economia assentava no cultivo de algodão e tabaco eram contra a
abolição;
- Em dezembro de 1865, a 13ª emenda à Constituição dos EUA pôs fim à escravatura nos EUA;
- A 15ª emenda à Constituição (fevereiro de 1869) reconhece direitos políticos aos negros;