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INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA

CAMPUS MONTEIRO

CURSO TÉCNICO DE MANUTENÇÃO SUPORTE EM INFORMÁTICA

Rodolfo Monteiro de Oliveira

Monteiro

2016
Capitalismo, uma história de amor é uma produção americana feita pelo cineasta
famoso por suas críticas ao governo Bush, Michael Moore. A produção desse
documentário tem um fundamento representativo da crise financeira que atingia os
Estados Unidos bem no final do governo Bush e bem no início do governo Obama.

O documentário centraliza o exame sobre a natureza, os impactos que causam e


que serão causados, a evolução, o futuro das corporações modernas e uma breve análise
crítica sobre essas corporações, acima de tudo, o domínio que elas detêm sobre toda a
massa consumidora.

As imagens mostradas nesse documentário são de famílias tendo de ser despejadas


de suas casas por ordens jurídicas, devido à falta de pagamento, ocasião que a polícia
cumpre o papel de tirá-las caso essa família resista às ordens. Dentro disso, acontecem os
relatos desses mesmos, que reclamam de queda do salário e também da perca de espaço
no mercado de trabalho. Deixa-se notável as tristes cenas dessas famílias, que, por mais
que fossem consumistas, trabalharam e perderam tudo, acabando sendo vítimas da
verdadeira cilada dada pelo estímulo da economia.

O capitalismo é exposto como sendo um sistema que está nem um pouco


preocupado com a situação dos cidadãos, apenas com interesse de fins lucrativos. O que
reforça essa desumanidade é o seguro que as corporações faziam com seus empregados,
com as apólices de seguros que visa apenas o benefício próprio da empresa, que, caso o
funcionário viesse a ser morto, a empresa seria indenizada com o dinheiro do seguro do
funcionário, deixando famílias desamparadas, as quais deviam receber esse direito.

O uso também das eleitoreiras e os discursos fazem parte da estrutura crítica do


filme, deixando eminente as contradições entre o discurso e a prática dos políticos no
senado americano, sem falar dos acordos vantajosos que são fechados entre políticos e
grandes empresas e não deixando de fora os juízes, como é um caso mostrado no
documentário da PA Child Care onde o juiz Conner fechou o centro público de detenção
civil juvenil estadual e transferiu um novo centro de atendimento ao menor no valor de
50 milhões de dólares. O filme faz uma abordagem “intimista”, utilizando cenas rápidas,
ritmo veloz, cortes estratégicos, inserções de propagandas, cenas divertidas e uma
narrativa que intimida quando necessário para provar que tudo aquilo é verdade, na
realidade é de fundo totalmente capitalista por que essa é a atual forma abordada inclusive
em filmes hollywoodianos. Michael Moore é um fenômeno que arrecada milhões de
dólares, esse filme arrecadou em bilheterias U$$ 14,0 milhões (quatorze milhões de
dólares).
Mesmo intitulando-se como documentário o filme faz inserções de atuações do próprio
Moore como nas cenas em que ele dirige um carro forte até os bancos para resgatar a
subvenção desviada dos cofres públicos, e na qual circula os bancos com fita amarela de
interditado por ser cena de crime, seguindo um roteiro que não revela necessariamente
um registro histórico. O filme pode ser oportunamente visto por aqueles que desejam ter
uma visão do capitalismo ou mesmo por aqueles que se interessam por cinema-
documentário. Pode ser facilmente utilizado por professores do ensino médio em sala de
aula ou quiçá por professores universitários, seja de história, economia, das ciências um
registro histórico. Por fim, cumpre frisar que esse filme é importante por que é do diretor
Michael Moore, que nesse momento atual é um diretor de documentários consagrado não
só nos Estados Unidos, mas em todo o mundo.

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