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Uma corporação é simplesmente uma estrutura legal, não possui ética nem
princípios morais, mas aqueles que a constituem (acionistas, presidentes e
demais funcionários), todos eles têm responsabilidades morais e seus próprios
valores. No entanto, o documentário mostra como as pessoas perderam o
controle sobre seu próprio trabalho e da sua criação. As corporações têm suas
próprias vontades e não tem como mudar isso, mesmo que os CEO’s se
preocupem com as pessoas e com o meio ambiente, as corporações não se
preocupam, sua única preocupação é a produção e o lucro com os produtos
comercializados/fabricados, e priorizar outras coisas além disso traria
consequências inimagináveis às pessoas envolvidas, por isso, elas se calam e
seguem as “ordens” de uma estrutura, algo inanimado. Os humanos não
controlam as corporações, e sim ao contrário.
Além do exposto, vale destacar que embora a relação entre as corporações e o meio
ambiente (problemas climáticos) se torne cada vez mais relevante, as corporações,
conforme depoimento no filme, só se voltariam para questões ambientais quando
estas tiverem um valor que possa ser enquadrado como uma commodity, já que, para
estas, obedecer ou não a uma lei é uma questão de custo, dado seu pensamento
linear, e não de responsabilidade para com problemas sociais e naturais. Assim, e por
se tratar de uma pessoa, a corporação acaba sendo analisada no filme como um
psicopata, pois não se preocupa com os outros, não tem alma a salvar e nem corpo a
confinar, o que a faria particularmente patológica e destrutiva.
Um dos exemplos citados é um caso das empresas Fox e Monsanto, onde dois
jornalistas que cobriam uma reportagem para um programa de investigação da
Fox, descobriram que o hormônio geneticamente modificado rBGH, produzido
pela Monsanto, era injetado nas vacas para aumentar a produção de leite e
que esse trazia problemas enormes para a saúde humana e para os animais.
Todavia, a Fox se recusou a divulgar a história escrita pelos seus jornalistas
pois isso traria a perda de alguns patrocinadores do canal, logo a perda de
lucro. Para isso, tentaram subordiná-los para que esquecessem a história ou a
alterassem, mas quando esses se recusaram e entraram na justiça contra as
empresas, perderam e ainda foram demitidos. Além da extrema manipulação,
isso mostra o poder que as corporações têm sobre o Governo e das próprias
leis.