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FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA IBERO AMERICANA

CURSO DE MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO E DIREÇÃO DE EMPRESAS

RAMON LIMA DE SOUZA

CASO PRÁTICO

Aracaju-SE
2020
RAMON LIMA DE SOUZA

CASO PRÁTICO

Trabalho apresentado ao curso de


Mestrado em Administração e Direção de
Empresas, como um dos pré-requisitos
para a nota da disciplina Ética
Empresarial e Responsabilidade Social
Corporativo.

Orientadores: Dra. Elisângela dos Santos


Faustino Röder e Dra. Ricel Martínez
Sierra

Aracaju-SE
2020
SUMÁRIO

1.0 INTRODUÇÃO.....................................................................................................04

2.0 DESENVOLVIMENTO DO CASO

PRÁTICO.......................................................05

3.0 CONCLUSÃO......................................................................................................09

4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................10


1. INTRODUÇÃO

Ética tem sido um dos temas mais debatidos atualmente, devido os grandes
escândalos que vem permeando as empresas e a enorme ausência da Ética
Empresarial. Em frente a situações dessa natureza as companhias precisam dar
evidências e aplicabilidade ao tema. Temos a ética como parte da filosofia aplicada
aos assuntos morais e como sua definição deriva do grego e significa “aquilo que
pertence ao caráter”. Observa Moreira (2002) que a palavra ética tem dois
significados; o primeiro é uma disciplina voltada a ciência da Filosofia e a última um
conjunto de regras. A Ética a qual nos referimos, trata-se da ética nas organizações,
da qual definimos que este é um comportamento das empresas que cumprem todos
os seus compromissos com todos aqueles que com ela se relaciona, ou seja,
empregados, investidores, fornecedores, clientes, instituições financeiras, governo, a
comunidade em geral que está a seu redor, etc.

Temos uma grande confusão quando entendemos que a ética são as leis que
regulamentam nossas vidas, vale ressaltar que as leis utilizam princípios éticos para
serem estabelecidas e quando não são cumpridas podemos sofrer sanções. Já na
ética não faz com que indivíduos sejam compelidos pelos demais ou o Estado por
desobediência às normas éticas que regem nossa sociedade. Isso já não acontece
dentro das organizações públicas ou privadas, quando estas são estabelecidas e as
empresas podem cobrar dos seus por obediência. É o que podemos chamar de ética
empresarial. A ética empresarial determina a moral e a conduta dentro das
empresas. Quando uma empresa se estabelece em um nicho, independentemente
do seu porte deve seguir alguns conceitos inerentes à ética empresarial. A muito
tempo atrás esse era um termo um tanto incomum, devido a atividade empresarial
estar associada e ligada diretamente à eficácia dos processos e aos seus resultados
financeiros.
2. DESENVOLVIMENTO

1) Caso:

Analise os seguintes estabelecimentos e proponha seus critérios. A, B e C são


comerciantes independentes que compartilham os mesmos locais, geralmente
atuam com total independência entre si. Imaginemos agora que A informa mal um
comprador sobre a qualidade de certa mercadoria, pois sabe que está em más
condições e a vende como se fosse de primeira. É evidente que A atua sem ética e
que B e C não estão envolvidos nesta imoralidade. Em dependência das
circunstâncias, B e C poderiam ter alguma responsabilidade de advertir o cobrador,
porém, essa responsabilidade será relativamente fraca.

Critérios: O Comerciante A ao adotar essa conduta estará violando o princípio


ético empresarial da abstenção de querer prejudicar um ser humano e a
responsabilidade social primaria dele para com a sociedade, pois ao assumir o papel
de comerciante o mesmo deveria adotar uma conduta justa sendo fiel ao
compromisso de vender o que realmente se propõe. A outra questão principal é que
se B e C, optarem em interferir em na negociação de A eles estarão causando um
atrito comercial devido a livre concorrência, porém se lhe tiverem a oportunidade
devem advertir o comprador a respeito da situação.

X, E e Z são sócios empresariais. E e Z chegam a se inteirar de que X,


atuando em nome da sociedade, tenta defraudar um cliente em forma similar à que
A usou no exemplo anterior. Agora E e Z estão envolvidos na imoralidade de X e
têm uma responsabilidade especial, que é certamente mais forte que a dos
estranhos, de fazer o que razoavelmente podem para evitar que X realize a
transação. Se a fraude fosse consumada já, teriam a obrigação de que a sociedade
(negócio) repare a perda ao cliente. Inclusive se X morre, todavia teriam a obrigação
de restituir a perda do cliente a partir dos ativos da sociedade.

Critérios: Independente de que é o causador da fraude, os demais sócios


devem intervir no processo de negociação, pois a empresa deve sempre oferecer a
sociedade produtos de forma justa e condizentes com o que se propõe. O fato de
ignorar a responsabilidade que a empresa tem com o cliente viola por princípio da
Solidariedade onde todas as atuações devem considerar a preocupação em
promover o bem-estar de todos os seres humanos, não só o bem-estar próprio.

O dono de um restaurante “ensinou” seus trabalhadores a despachar bebidas


alcoólicas de menor qualidade solicitadas pelos clientes considerando que o cliente
não era capaz de detectar a mudança em determinadas horas da noite. Meses
depois, o restaurante foi vendido, a cultura ficou implementada, porém, o novo dono
não sabia sobre o procedimento. Um certo dia um dos empregados lhe revelou o
segredo e argumentou acerca de sua efetividade. O novo dono, após pensar,
aceitou e deixou implementada tal cultura. Avalie o comportamento de cada um dos
envolvidos.

Claramente o comerciante A atua sem ética pois vender um produto de má


qualidade como se fosse de primeira qualidade irá trazer consequências diversas
para os três comerciantes. A propaganda negativa irá influenciar os três
comerciantes independentemente de somente o comerciante A ter sido antiético pois
a primeira informação passada pelo cliente insatisfeito é o local da compra do
produto afetando os três comerciantes por compartir do mesmo local.b) Nesse caso
os três sócios poderão sofrer as consequências de seus atos, X por ter agido de má
fé e E e Y por serem sócios, tomarem conhecimento e não atuarem em contrário a
fraude cometida por X.c) No terceiro caso, o “esperto” dono do restaurante criou
uma cultura comercial fraudulenta nos seus colaboradores. Tal cultura foi tão bem
implementada que o novo dono não percebeu o que ocorria até o momento que um
colaborador lhe revelou o segredo.

2) Caso:

A Ética, enquanto ramo do conhecimento, tem por objeto o comportamento


humano do interior de cada sociedade. O estudo desse comportamento, com o fim
de
estabelecer os níveis aceitáveis que garantam a convivência pacífica dentro das
sociedades e entre elas, constitui o objetivo da ética. Segundo o dicionário Aurélio
(1999), a ética é o “estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana
suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a
determinada sociedade, seja de modo absoluto”.

3) Caso:

O hospital não é uma organização qualquer, pois lida com um elemento


extremamente valioso: a vida de pessoas. Assim, parece imprescindível reger o
hospital por princípios éticos. Entretanto, apesar desses desenvolvimentos,
comparativamente, pouca atenção tem sido dada aos aspectos relacionados à ética
e ao caso do indigente atropelado. A ética é vital para a estrutura organizacional e
inclui as seguintes perspectivas: a estrutura; a estratégia; as pessoas; o estilo de
direção; os sistemas; os procedimentos; os conceitos que guiam as ações; os
valores compartilhados na cultura organizacional; as forças e as habilidades
presentes.

Os princípios éticos das organizações devem encontrar eco nas expectativas dos
clientes mesmo aqueles que infelizmente não conseguem pagar os custos de sua
estadia e respeitar os direitos deste, caso contrário, acontecerá a grande ruptura que
temos na ética. A ética não é só individual, mas corporativa e comunitária e as
atividades do hospital têm repercussões sociais e serão humanizadoras ou
desumanizadoras segundo a moralidade dos valores que as orientam. Portanto, a
ética não é simplesmente uma performance suplementar ou algo supérfluo, mas
item de eficácia vital. São características da ética no hospital: consideração das
consequências das decisões tomadas em função social.

4) Caso:
É preciso estar preparado para as mudanças, ou mais do que isso: é preciso ter
a consciência de que as mudanças fazem parte do contexto atual e terão que ser
enfrentadas. Novas tecnologias são implementadas a todo momento e com elas
surgem novos hábitos de consumo, comportamento e exigência por parte do público
consumidor, que por sua vez, está mais esclarecido, mais exigente e intolerante.
Mas este é um movimento que ocorre naturalmente e não nos causa surpresa,
diferentemente das inesperadas oscilações oriundas do fenômeno Globalização, que
desprende em efeito cascata humores de países distantes, fazem desvalorizar
moedas da noite para o dia, derrubam ações e investimentos, provocam
instabilidade e euforia econômica.

São muitas as tormentas, que podem ter origem internas e externas, e


repercutem em todos os campos. Quando se fala em impacto ambiental,
imediatamente pensamos em algo ruim. Entretanto, isso nem sem sempre é
verdade, uma vez que o Sistema Ambiental Brasileiro considera que a palavra
“impacto” faz referência ao resultado das ações que podem modificar o ambiente,
seja de maneira positiva também. Vale destacar que todas as ações do homem
geram impactos de variados graus e tipos: o negativo, bastante conhecido, diz
respeito à emissão de poluentes, despejo de resíduos nocivos e outras modificações
prejudiciais ao meio ambiente. Os impactos positivos, por sua vez, estão
relacionados a programas de preservação.

Toda ação que compreende uma modificação no ambiente, a fim de preservá-lo,


pode ser considerada de impacto positivo. Obras de revitalização, recuperação de
matas, replantio de árvores, limpeza de rios e empreendimentos que criam espaços
verdes em meio a grandes centros urbanos são alguns exemplos desse tipo de
impacto ambiental. Não há dúvidas de que o ambiente está mais sensível, que exige
muito mais do que uma liderança, colocam nossos paradigmas a prova, exigem da
nossa criatividade e da capacidade de atuar coletivamente em prol da natureza.
Deve-se entender, portanto, que mudança irá apresentar sucesso, no entanto, deve-
se esperar aprendizagem durante o processo de mudança, inclusive diante do
fracasso (Armstrong 2008).
O desafio de quebrar os paradigmas para esse albergue exigi a imersão de em
novos conceitos e valores. Todos desafiados para o processo de transformação
gradual, sendo desafiado por uma onda de legislações e acionistas naturais,
exigindo novas estratégias para a mitigação de impactos negativos, todos estes
processos ocorreram em um curto espaço de tempo e reforçam a ideia que
administrar esse albergue será algo constante e não esporádico. Trusman e
Romanelli (1985) referiram que as constantes adaptações que as organizações
são obrigadas a fazer, reduzem a sua eficácia aumentando a pressão para a
mudança. Huber (1993) identifica para além da inércia, existem outras fontes que
conduzem a mudanças episódicas: o ambiente envolvente, a performance, as
características de gestão de topo, a estrutura e a estratégia.

Ao considerar a mudança constante como tese e o esporádico antítese,


fundamento a síntese com o argumento de que as mudanças fazem parte de todos,
ainda que mais ou menos frequentes, fazendo-se necessário um ajuste do
pensamento frente a evolução e utilização da natureza de maneira saudável e
adoção de novos modelos de negócio. Não deve ser encarada como um processo
de ruptura no equilíbrio, mas sim um processo de aperfeiçoamento constante em
consonância com a natureza. Coville (1993), afirmou que a cultura condiciona o que
as pessoas fazem. Para mudar a cultura é necessário mudar o ambiente da
organização (Schneider, 1996). Estas mudanças na cultura podem ser feitas através
de novas atitudes, percepções, expectativas, habilidades, resultados e mentalidade

A mudança e a quebra de paradigmas é uma atividade que deverá ser


administrada para poder encaixar esse pequeno albergue para turistas aficionados
por pesca em torno da natureza. Ocorrerá com maior frequência e deve ser vista
como algo inevitável e positivo para o desenvolvimento e crescimento, afinal, é na
adversidade que encontramos as melhores oportunidades. Artigo 225 da
Constituição Federal de 1988 1. “Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”
3. CONCLUSÃO

A globalização e a alta competitividade levam as empresas a elaborarem


novas estratégias para se manterem ativas no mercado, levando em consideração
para essa necessidade de longevidade das corporações fica claro que as empresas
devem ter valores do código da ética empresarial de uma organização, onde
precisão encontrar a responsabilidade social. A companhia que deseja ser avaliada
com bons olhos pelo nicho, colaboradores, clientes e o público de uma maneira em
geral precisa ter um senso alto de responsabilidade social. O interesse em propor
soluções para problemas sociais podem e devem ser evidenciados através de
programas, cujo objetivo é beneficiar a população local. Isso pode ser feito com
ações que promovam a cultura, a preservação do meio ambiente e o acesso da
comunidade à educação. A organização que possui um engajamento voltado para
responsabilidade social consegue crescer e se desenvolver entrelaçado à
sociedade, buscando sempre alternativas sustentáveis na fabricação de seus
produtos, incentivando a igualdade de oportunidades para todos os seus
colaboradores e a busca contínua para prover melhores condições de trabalho.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CONSTITUIÇÃO FEDERAL:
alerjln1.alerj.rj.gov.br/constfed.nsf/16adba33b2e5149e032568f60071600f/62e
3ee4d23ca92ca0325656200708dde?OpenDocument. Acesso em 25 julho 2021.

BORGES, R. S. G.; MARQUES, A. L. Gestão da Mudança: uma alternativa para a


avaliação do impacto da mudança organizacional. Faces: Revista de Administração
(Belo Horizonte. Impresso), v. 10, p. 95-113, 2011.

DICIONÁRIO AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA FERREIRA. Rio de Janeiro:


Nova Fronteira, 2021;

HAMEL, Gary; PRAHALAD, C. K., 1994. Competindo pelo futuro. Rio de Janeiro:
Editora Campus, 1995.

MOREIRA, Joaquim Manhães. A Ética Empresarial e o Novo Código Civil.


Disponível na internet. http://www.eticaempresarial.com.br/index1.htm. Acesso em
15 julho 2021.

PORTER, M. E. 1980. Estratégia Competitiva. Técnicas para análise de indústria e


da Concorrência. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2004

SENGE, P. M. A dança das Mudanças. Os desafios de manter o crescimento e o


sucesso em organizações que aprendem. 7a ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

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