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AMANDA FRANÇA CARDOSO

BEATRIZ MENDES FIGUEIREDO SANTOS


CLARA MILENA DE QUEIROZ CORDEIRO
KALILLA FERREIRA COSTA
LARISSA SOUSA DOS SANTOS
LUIZ GUSTAVO SOUZA LIMA
VICTOR HUGO LIMA FARIA

RELATÓRIO DE PESQUISA
TEMA 6 – ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

VITÓRIA DA CONQUISTA – BA
2022.2
AMANDA FRANÇA CARDOSO
BEATRIZ MENDES FIGUEIREDO SANTOS
CLARA MILENA DE QUEIROZ CORDEIRO
KALILLA FERREIRA COSTA
LARISSA SOUSA DOS SANTOS
LUIZ GUSTAVO SOUZA LIMA
VICTOR HUGO LIMA FARIA

RELATÓRIO DE PESQUISA
TEMA 6 – ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

Trabalho apresentado a UNIFTC –


Faculdade de Ciência e Tecnologia,
como requisito para a disciplina
Comunicação Organizacional.
Orientador: Prof. Carlos Freitas.

VITÓRIA DA CONQUISTA – BA
2022.2
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 04

2 METODOLOGIA ............................................................................................... 05

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 08

4 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 09
1 INTRODUÇÃO

As organizações são pontos de impacto dentro da sociedade, posto isto, é válido


elucidar que as mesmas se deparam com a equação lucro versus função social durante
toda sua trajetória.
Com isso, também podemos entender, que a ética e a responsabilidade social são
assuntos constantemente abordados, construindo assim seu conceito, suas teorias e
abordagens. Esse controverso debate relaciona ética com a evolução da ideia de
empresa e a introdução da responsabilidade social nesse meio.
As organizações, a partir de uma postura dita socialmente responsável, vêm
empreendendo ações sociais que vão desde a tradicional filantropia até parcerias com o
terceiro setor, e incluem programas de voluntariado empresarial e de proteção ao meio-
ambiente, além da instituição de códigos de ética que visam regulamentar a conduta de
seus membros.
A chegada dos conceitos de responsabilidade social contribuiu para a
transparência nas organizações, tornando assim, o comportamento ético efetivo. O
sistema vigente no mundo atual, trata como sinônimos o sucesso material e social, e
reacende a discussão da ética e da responsabilidade social em torno da gestão.
Tornar uma empresa mais ética, humana, responsável e sustentável é a função da
responsabilidade social nas organizações, ela influencia diretamente na maneira como a
empresa lida com seus colaboradores, parceiros e clientes.
Para as organizações, a responsabilidade social pode ser versada como uma
estratégia a mais para manter ou aumentar sua rentabilidade e potencializar o seu
desenvolvimento. Isto é explicado ao se constatar maior conscientização do consumidor,
o qual procura por produtos e práticas que gerem melhoria para o meio ambiente e a
comunidade.
O objetivo deste artigo é apresentar a evolução do conceito de ética e
responsabilidade social. A temática sucinta uma vasta variedade de discussões teóricas.
O crescente aumento do hermetismo dos negócios, o avanço tecnológico, além do
incremento da produtividade, levou a um aumento significativo no combate entre as
organizações e, desta forma, elas tendem a investir mais em processos de gestão de
forma a obter diferenciais competitivos para com seus clientes.
2 METODOLOGIA

O conceito teórico sobre responsabilidade social originou-se na década de 1950,


devido à grande autonomia que os Estados Unidos e a Europa possuíam em seus
negócios, trazendo consigo atividades que agrediam as condições climáticas e
ambientais, e também, as condições precárias de trabalho.
No Brasil, a responsabilidade social não tem um início preciso, mas pode-se indicar
a declaração de princípios publicada em 1965 pela Associação de Dirigentes Cristãos de
Empresas do Brasil (ADCE Brasil) como um dos marcos iniciais, tendo maior significância
pela utilização no documento da expressão responsabilidade social das empresas, na
qual era frisado que, as crises e tensões do mundo contemporâneo se deviam às
instituições econômico-sociais vigentes, que haviam se afastado de princípios cristãos,
onde o objetivo principal da carta era promover entre os líderes empresariais, dirigentes
de empresas e empreendedores a formação e a implementação de uma economia que
sirva em primeiro lugar às pessoas e o bem comum de toda a humanidade.
Muitos conceitos foram criados ao longo do tempo sobre Ética e Responsabilidade
social, como o de governança corporativa, onde as empresas junto com os seu
stakeholders buscam integrar nas organizações, leis que visam não só a geração de
lucro, como foco principal a preservação ambiental. Porém, mesmo com todas as leis e
mudanças, vivenciamos diariamente o descaso de muitas organizações, como o caso da
empresa Vale.
No dia 25 de janeiro de 2019, a barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho
(MG), se rompeu, soterrando, com 13 milhões de metros cúbicos de lama tóxica, tudo o
que encontrava pelo caminho: pessoas, animais, florestas, casas... Casos como este, que
podem se tornar frequentes com a flexibilização do licenciamento ambiental, não podem
ser considerados acidentes, mas crimes socioambientais oriundos de ganância e
negligência humana. Por isso, ter composto nos valores empresariais o suprassumo de
Ética e Responsabilidade Social não é o bastante para se fazer cumprir as normas
exigidas e que se fazem necessárias.
A sociedade moderna é resultado do processo evolutivo e consequentes
adaptações do ser humano ao meio ambiente. Desde os tempos remotos, o homem
precisou aprender a viver na natureza e dela retirar sua subsistência, todavia, a busca por
riquezas e o desenvolvimento industrial impulsionaram um processo de degradação
ambiental, que afetam o equilíbrio do ecossistema, e perdura até os dias atuais.
Embora existam muitas leis que tratam da regulamentação de empresas que
extraem minérios e constroem barragem à montante, há o problema da falta de
fiscalização. Várias normas de segurança existem para evitar, ou ao menos minimizar o
impacto dessas grandes construções, mas a Vale, mesmo inteirada a respeito da
precariedade do empreendimento, e diante de laudos e relatórios de instabilidade, não
agiu para evitar o dano, expondo a vida de muitos trabalhadores e moradores locais.
Portanto, deve-se frisar que a exploração dos recursos minerais, mesmo
proporcionando o crescimento financeiro e incentivando a contratação de trabalhadores, o
que acaba por urbanizar a região e trazer diversas melhorias nas condições de vidas de
muitos homens e mulheres, precisa se pautar no desenvolvimento sustentável, cumprindo
o que remete ao equilíbrio entre os anseios individuais e os interesses da sociedade.
De acordo com Erich Fromm, permuta uma inversão do modo de ser de vida para o
modo de ter. Dessa forma, o homem vale pelo que tem, e não pelo que é. O lucro e o
poder tornam-se a meta central e a luta consiste em adquirir, em possuir e em obter
lucros. Com isso, desenvolve-se um processo de alienação onde ele se submete ao
produto de seu próprio trabalho, passando a tratar as coisas que criou como ídolos.
Surgindo uma nova essência de ser humano, a partir de uma inversão de valores.
O exercício da cidadania empresarial pressupõe uma atuação eficaz da empresa
com todos aqueles que são afetados por sua atividade, sejam diretos ou indiretos,
possuindo um alto grau de comprometimento com seus colaboradores internos e
externos. A natureza da relação entre a empresa e seus interlocutores vai depender muito
das políticas, valores, cultura e, sobretudo, da visão estratégica que prevalece no centro
da organização e no atendimento a essas expectativas.
As empresas que adotam a filosofia e práticas da Responsabilidade Social tendem
a ter uma gestão mais consciente e maior clareza quanto à própria missão. Conseguem
um melhor ambiente de trabalho, com maior comprometimento de seus funcionários,
relações mais consistentes com seus fornecedores e clientes, gerando uma imagem
respeitada na comunidade. Tudo isso contribui para sua permanência e seu crescimento
no mercado.
O instrumento utilizado para delimitar e definir a responsabilidade social da
organização é o balanço social. Este documento busca recapitular em um documento
único os principais dados que permitam apreciar a situação da organização no domínio
social, registrar as realizações efetuadas e medir as mudanças ocorridas no curso do ano
de referência e dos anos anteriores.
Segundo Chiavenato (2008), o balanço social passa a ser um sistema de
informação dirigido ao público a respeito do comportamento socialmente responsável da
organização. A nova concepção da organização carregada da convicção de sua
responsabilidade social impõe uma profunda mudança quanto à informação a oferecer ao
público interno e externo.
Existem alguns tipos de Responsabilidades Sociais, dentre elas, as principais são:
 Corporativa (RSC):
A corporativa refere-se às atitudes que a empresa toma para possibilitar que as
suas ações não terão um impacto negativo na vida de seus funcionários ou
colaboradores. Entretanto, é indispensável salientar que não se trata de apenas de
oferecer serviços assistenciais, e sim de ter uma gestão traçada em atitudes éticas, e que
vise as pessoas como seres humanos em vez de apenas números.
 Empresarial (RSE):
A concepção de RSE é semelhável ao de RSC. No entanto, a RSE é um pouco
mais totalizante. Visto que, além de considerar o bem estar do público interno da
empresa, a Empresarial busca expandir seu campo de atuação, e também considera a
redução de impactos negativos de sua atividade nos stakeholders (os grupos
interessados na empresa) e na sociedade em geral.
 Ambiental (RSA):
A RSA busca responder as necessidades não somente da comunidade, mas
também do meio ambiente. A ambiental demonstra uma preocupação genuína com o
meio ambiente, preocupando-se em ser ambientalmente sustentável e minimizar os
impactos negativos gerados na natureza, por meio de atitudes que visam o privilégio da
sociedade em conjunto com o meio ambiente. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a
Responsabilidade social ambiental “Está ligada a ações que respeitam o meio ambiente e
a políticas que tenham como um dos principais objetivos a sustentabilidade. Todos são
responsáveis pela preservação ambiental: governos, empresas e cada cidadão.”
 Individual:
A individual relaciona-se com a ações que um indivíduo consegue assumir visando
colaborar para a sociedade. Isso inclui cuidar do meio ambiente, se recrutar em causas
sociais, realizar trabalhos voluntários em Organizações Não Governamentais sem fins
lucrativos, fazer doações, consumir conscientemente.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao atualizar as ideias do filósofo Aristóteles, MacIntyre, traz a principal função das


virtudes, que é fazer do homem um animal melhor na sua vivência em sociedade dentro
da sua comunidade. O homem virtuoso é aquele que possui características essenciais no
alcance da sabedoria, assim é convidado a promover no seu ambiente a transformação,
cultivando e promovendo virtudes.
Desse modo, a ética é a área filosófica indispensável para que o homem possa ter
comportamentos e ações na sociedade, dentro de princípios voltados para o dever de
agir, de acordo com o bem comum entre todos. Interligado com a responsabilidade social,
que pode ser definida como um conjunto de ações que beneficiam o meio social. Diante
dessas definições e citações abordadas, constrói-se seu conceito, suas teorias e
abordagens. Partindo para ponto da Ética e Responsabilidade nas organizações, houve
uma contribuição para a transparência nas organizações, tornando assim, o
comportamento ético efetivo.
A despeito de sua incursão nas mais diversas esferas da nossa cultura, mas de
modo mais especial no campo da Ética e Responsabilidade nas organizações, percebe-se
profundamente desafiada na missão de instrução normativa frente ao grande poder
conquistado junto aos avanços técnico-científicos mais recentes que ampliaram
sobremaneira o âmbito da prática do homem. Como apontam muitos pensadores
contemporâneos, se antes a ação humana se limitava a relações subjetivas e
intersubjetivas, com a tecnociência e a racionalidade que preside seu emprego, tratando-
se da funcionalidade e eficiência, atualmente se estende para além dos tradicionais
questionamentos em torno do homem, em que a reflexão moral se ocupara. Com isso,
pela primeira vez na história humana, o desafio está em assumir, numa escala planetária,
a responsabilidade pelos atos e ações.
Por fim, o exercício condizente das práticas de responsabilidade social deve ser
priorizado por todos os indivíduos, sempre visando a lógica de benefício coletivo. A
aplicação dos processos inerentes a esse tema é de tamanha importância e incorporam
nas organizações impactando sua forma de agir e pensar, alcançando sempre os
melhores níveis de satisfação e desenvolvimento.

4 REFERÊNCIAS

https://efivest.com.br/wp-content/uploads/2019/01/etica-pe.pdf
https://fadc.org.br/noticias/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-responsabilidade-social
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/etica-responsabilidade-social-nas-
organizacoes.htm
https://www.camppinheiros.org.br/tipos-de-responsabilidade-social/
https://www.greenpeace.org/brasil/o-crime-da-vale-em-brumadinho/
https://www.umc.br/_img/_diversos/pesquisa/pibic_pvic/XXIII_congresso/artigos/j/
PauloHenriquedeSouzaSarrias.pdf

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