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Índice

CAPITULO I- INTRODUÇÃO......................................................................................................2

1.1. Contextualização...............................................................................................................2
1.2. Problema de pesquisa........................................................................................................3
1.3. Objetivos...........................................................................................................................4
1.3.1. Objetivo geral............................................................................................................4
1.3.2. Objetivos específicos.................................................................................................4
1.4. Justificativa.......................................................................................................................4
CAPITULO II: METODOLOGIA..................................................................................................5

2.1. Especificação do Método..................................................................................................5


2.2. Tipos de Pesquisa quanto a Natureza................................................................................5
2.3. Classificação da pesquisa quanto a abordagem................................................................5
2.4. Classificação da pesquisa quanto aos procedimentos.......................................................5
2.5. Procedimentos e Recolha de Dados..................................................................................6
2.6. População e Amostra........................................................................................................6
CAPITULO III: REVISAO DA LITERATURA............................................................................7

3.1. Definição de Responsabilidade Social..............................................................................7


3.1.1. Características da Responsabilidade Social...............................................................8
3.1.2. Tipos de Responsabilidade Social.............................................................................9
3.2. Áreas de Responsabilidade Social..................................................................................10
3.3. Auditoria Social..............................................................................................................11
3.3.1. Objectivos da Auditoria Social................................................................................12
3.3.2. Fases de Auditoria Social........................................................................................12
3.3.3. Benéficos da Auditoria Social.................................................................................13
3.4. Ética e Gestao..................................................................................................................13
CAPITULO IV: CONCLUSAO E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................17

4.1. Conclusão........................................................................................................................17
4.2. Bibliografia.....................................................................................................................18
CAPITULO I- INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
Actualmente, as organizações ocupam uma posição muito importante na sociedade. Desde que as
empresas obtiveram legalmente o status de “pessoa jurídica”, sendo consideradas membros da
sociedade, adquiriram também maiores poderes e responsabilidades legais. Com essa
humanização das organizações, elas se tornaram agentes fundamentais na busca pelo bem estar
social e é aí que surge a necessidade do estabelecimento de padrões éticos, dentro e fora das
organizações.
A ética empresarial busca adaptar seu sistema formal às necessidades sociais. Agindo
eticamente, a empresa pode estabelecer normas de condutas para seus dirigentes e empregados,
exigindo que ajam com lealdade e dedicação. Muitas empresas adoptam códigos éticos que
estabelecem normas aceitas pela organização e que tem por objectivo guiar os seus funcionários
em direcção a uma redução nos possíveis conflitos internos sobre valores morais. Mais
importante do que a empresa ser ética, é o fato de que os seus funcionários também o sejam. O
respeito, a valorização dos clientes e funcionários e as atitudes da empresa na sociedade fazem
com que a mesma alcance credibilidade no mercado, solidificando e facilitando os laços de
parceria empresarial e o relacionamento com os clientes.
A Reponsabilidade social que é o comprometimento permanente dos empresários de adoptar um
comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento económico, melhorando
simultaneamente, a qualidade de vida dos seus empregados e de suas famílias, da comunidade
local e da sociedade como um todo. Onde falar-se-á também das diferenças entre filantropia e a
responsabilidade social, as responsabilidades internas; diretrizes da reponsabilidade social; e por
fim as vantagens da responsabilidade social empresarial.
A globalização é outro factor que muito contribuiu com esse novo cenário. Actualmente, as
empresas investem com mais frequência em valores éticos, os quais, associados às diversas
ferramentas de marketing, podem agregar bastante valor à marca e, com isso, alcançar resultados
muito satisfatórios. Certamente, o valor ético que mais vem sendo associado às marcas das
empresas é o desenvolvimento de programas de responsabilidade social.

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1.2. Problema de pesquisa
A Responsabilidade Social Empresarial é o conceito mais popular de responsabilidade social
praticada pelas empresas, considerada por muitos um sinônimo de RSC, ela tem um diferencial
facilmente perceptível, foca em ações destinadas aos diversos envolvidos (Stakeholders), além
de observar a comunidade e ambiente.
Diante do quadro de pobreza, dos sérios problemas que vivemos em termos de educação, saúde,
desemprego, violência e de acções que destroem o nosso ecossistema, é salutar que as
organizações assumam o seu papel e contribuam eficazmente para o desenvolvimento
sustentável e melhoria da qualidade de vida das sociedades. E que através deste movimento e do
exemplo dos seus líderes contribuam para resgatar a ética no relacionamento humano, nos
negócios.
A preocupação com questões sociais é constante na humanidade. O estudo da conduta vem
evoluindo desde a antiguidade grega, com diversas teorias e aplicações, a ética torna-se
fundamental em todas as áreas. No ramo empresarial, questões de carácter ético e social, são
verdadeiros diferencias às organizações. Nossa sociedade, com o avanço dos recursos
tecnológicos, se mostra cada vez mais exigente em relação a estes aspectos.
Com isso, a responsabilidade social consiste naquelas acções, medidas e estratégias
desenvolvidas pelas organizações que permitem a interacção entre as partes envolvidas no todo
organizacional, de modo que haja uma melhor satisfação de todos, em paralelo ao planeamento e
as actividades da organização.
O presente trabalho apresenta fundamentos e princípios de ética e de responsabilidade social
empresarial com foco no uso adequado dos recursos da tecnologia da informação, de modo que
se fortaleça a imagem das instituições, em uma estratégia de mercado significativa, favorecendo
a sustentabilidade e agregando valor à sociedade. Uma das principais expressões da
responsabilidade social das empresas encontra-se na qualidade das informações que ela presta
sobre seu impacto na comunidade. Neste contexto surge a seguinte questão de partida:
Até que ponto as empresas são consideradas que cumprem com a responsabilidade social
Empresarial?

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1.3. Objetivos
1.3.1. Objetivo geral
 Compreender a responsabilidade social empresarial e sua importância.
1.3.2. Objetivos específicos
 Conceituar as palavras-chaves;
 Descrever as principais diferenças entre a reponsabilidade social e a filantropia;
 Explicar as diretrizes e as vantagens das responsabilidades sociais.
1.4. Justificativa
A responsabilidade social tem vindo a assumir um peso crescente nas estratégias empresariais,
constituindo uma trave-mestra da actividade e da comunicação institucional e evoluindo da
actuação filantrópica pontual para o conceito do desenvolvimento sustentável, no qual os pilares
económicos, social e ambiental se harmonizam e contactam concatenam incorporando a ética em
toda a cadeia de valor.
O mundo empresarial vê, na responsabilidade social, uma nova estratégia para aumentar seu
lucro e potencializar seu desenvolvimento. Essa tendência decorre da maior conscientização do
consumidor, e consequente procura por produtos e práticas que gerem melhoria para o meio
ambiente ou comunidade, valorizando aspectos éticos ligados à cidadania. Além disso, essas
profundas transformações mostram-nos que o crescimento económico só é possível se estiver
alicerçado em bases sólidas. Deve haver um desenvolvimento de estratégias empresariais
competitivas por meio de soluções socialmente correctas, ambientalmente sustentáveis e
economicamente viáveis.

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CAPITULO II: METODOLOGIA
2.1. Especificação do Método
Para GALLIANO (1986), o método é a estrutura a ser seguida, contendo os diferentes processos
necessários para alcançar um objectivo esperado, ou seja, são as técnicas empregadas na
investigação para demonstração de um resultado final.
2.2. Tipos de Pesquisa quanto a Natureza
Segundo GIL (2008, p.26), quanto a natureza existem 3 tipos de pesquisa, que podem ser:
pesquisa exploratória, descritiva e explicativa.
 Pesquisa exploratória tem como objectivo desenvolver, esclarecer e modificar conceitos
e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses
pesquisáveis para estudos posteriores.
 Pesquisas descritivas têm como objectivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenómeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis.
 Pesquisas explicativas – são aquelas pesquisas que têm como preocupação central
identificar os factores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos
fenómenos. Este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade,
porque explica a razão, o porquê das coisas.
Este trabalho constitui – se de uma pesquisa descritiva.
2.3. Classificação da pesquisa quanto a abordagem
Entretanto para ANDRADE (2007), quanto a abordagem pode ser: qualitativa e quantitativa.
 A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, a pesquisa
qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o
aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc.
 Pesquisa Quantitativa – esse tipo de estudo caracteriza-se pelo uso de ferramentas
estatísticas para o tratamento dos dados, visando medir as relações existentes entre
variáveis, que por sua vez são previamente estabelecidas.
2.4. Classificação da pesquisa quanto aos procedimentos
Segundo LAKATOS e MARCONI (2003, p.221) e VILELAS (2009), quanto aos procedimentos
a pesquisa pode ser: bibliográfico, monográfico, comparativo, tipográfico e histórico.

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 A pesquisa bibliográfica permite ao investigador a cobertura de uma gama de
fenómenos muito mais amplo do que aquela que poderia pesquisar directamente,
principalmente quando o problema de investigação requer dados muito dispersos pelo
espaço.
 Método Monográfico parte do princípio de que o estudo de um caso em profundidade
pode ser considerado representativo de muitos outros ou mesmo de todos os casos
semelhantes. 
 O método comparativo, consiste no confronto entre elementos, isto é, é usado tanto para
comparações de grupos ou informações no presente, no passado e entre outros existentes
e os do passado, levando em consideração seus atributos.
Para o presente trabalho recorreu ao método bibliográfico e monográfico (estudo de caso), é
bibliográfico porque esse tipo de pesquisa é caracterizado pela interrogação directa das
informações, com a finalidade de conhecer ou chegar a uma conclusão.
2.5. Procedimentos e Recolha de Dados
De acordo com LAKATOS e MARCONI (2003), os procedimentos para a recolha de dados são:
observação, entrevista e questionário.
Ainda para LAKATOS e MARCONI (2003), a observação é uma técnica de colecta de dados
para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da
realidade.
A entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a
respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional.
A análise documental consiste na obtenção de informações significativas que irão possibilitar a
elucidação do objecto de estudo e contribuir na solução dos problemas de estudo propostos.
2.6. População e Amostra
Segundo GIL (2008), população é um conjunto definido de elementos que possuem
determinadas características. Comummente fala-se de população como referência ao total de
habitantes de determinado lugar.
Ainda para GIL (2008), Amostra é um subconjunto da população, por meio pelo qual se
estabelecem ou se estimam as características desse universo ou população.

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CAPITULO III: REVISAO DA LITERATURA
3.1. Definição de Responsabilidade Social
Utilizando as palavras de ADRIANA SOUZA (2011, p.17) podemos caracterizar a
responsabilidade social como a responsabilidade pelo desenvolvimento das ações sociais
apresenta fins beneficentes e visam a atender àqueles que necessitam de apoio financeiro,
emocional ou físico, através de ações sistemáticas e focais. Seu objetivo é resgatar os direitos
básicos do ser humano, conforme a Declaração Universal dos Direitos Humanos: Todos os seres
humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Dotados de razão e de consciência,
devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
Segundo PASSOS (2012), a Responsabilidade Social, refere-se ao conjunto dos critérios que
utilizam para a tomada de decisões, os valores que definem suas prioridades e os
relacionamentos com todos os públicos, com os quais interagem, não custa repetir. A
Responsabilidade implica compromisso com a humanidade, respeitando os direitos humanos,
justiça, dignidade; e com o planeta, comportando-se de forma responsável e comprometida com
a sustentabilidade de toda a rede da vida.
Segundo ASHLEY (2005, p. 6), responsabilidade social pode ser definida “como o compromisso
que uma organização deve ter para com a sociedade, expresso por meio de actos e atitudes que a
afectem positivamente, ou a alguma comunidade, agindo proactivamente e coerentemente no que
tange ao seu papel específico na sociedade e sua prestação de contas para com ela” assumindo
assim, além das obrigações legais, obrigações morais.
Conforme MAXIMIANO (2004), Responsabilidade Social pode ser definida como sendo uma
obrigação da organização de actuar de modos que sirvam tanto aos seus próprios interesses,
quanto ao seu público externo; ou seja, é tomar decisões e acções que irão contribuir para um
melhor bem-estar, como também para os interesses da própria organização e da sociedade.
Conforme OLIVEIRA (2002), a responsabilidade social pode ser entendida como o objectivo
social da empresa somando a sua actuação económica. É a inserção da organização na sociedade
como agente social e não somente económico é ser uma empresa cidadã que se preocupa com a
qualidade de vida do homem na sua totalidade.

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De um modo geral, a Responsabilidade social é a postura de uma empresa que por livre e
espontânea vontade, decide praticar comportamentos e acções que gerem o benefício colectivo,
seja esse para o seu público interno (funcionários, accionistas etc.), assim como para o público
externo (clientes, fornecedores, sociedade em geral). Ações estas tomadas voluntariamente e que
não estão ligadas a benefícios ou obrigações promovidas pela legislação ou a sociedade a qual
está inserida.
3.1.1. Características da Responsabilidade Social
Segundo ASHLEY (2005), quando se pensa em responsabilidade social de uma empresa o
pensamento incide logo sobre o meio ambiente, garantias para o futuro dos trabalhadores,
segurança para os trabalhadores, oportunidades iguais para toda a gente não beneficiando
ninguém, preocupações com os consumidores, entre outras coisas pode-se dizer que a
Responsabilidade Social se resume nas seguintes quatro características,
 Pluralidade – esta característica aparece no contexto de que as empresas não devem
satisfazer apenas os seus accionistas. Elas devem prestar contas aos funcionários, à
imprensa, ao governo, ao sector não-governamental e ambiental e, por fim, às
comunidades com que operam. As empresas só têm a ganhar com a inclusão de novos
parceiros sociais na sua tomada de decisão. Um diálogo mais participativo não representa
apenas uma mudança de comportamento da empresa, mas também significa maior
legitimidade social (ASHLEY, 2005).
 Distributividade – a responsabilidade social nos negócios é um conceito que se aplica a
toda a cadeia produtiva. O produto final não deve ser somente avaliado por factores
ambientais ou sociais. O conceito é de interesse comum e, portanto, deve ser difundido ao
longo de todo e qualquer processo produtivo. As empresas são responsáveis pelos seus
clientes, mas também são responsáveis pelos seus fornecedores e devem fazer valer os
seus códigos de ética (ASHLEY, 2005).
 Sustentabilidade – a Responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de
desenvolvimento sustentável. Uma atitude responsável em relação ao ambiente e à
sociedade não só garante a não escassez de recursos, como também amplia o seu
conceito. O desenvolvimento sustentável não se refere apenas ao ambiente, mas também
ao fortalecimento de parcerias duráveis, promove a imagem da empresa como um todo e
por fim leva ao crescimento orientado (ASHLEY, 2005).

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Uma postura sustentável é por natureza preventiva e possibilita a prevenção de riscos futuros,
como impactos ambientais ou processos judiciais.
 Transparência – a globalização traz consigo demandas por transparência. As empresas
são gradualmente “obrigadas” a divulgar a sua performance social, ambiental, os
impactos das suas actividades e as medidas tomadas para prevenção ou compensação de
acidentes. Nesse sentido, as empresas num futuro próximo serão obrigadas a publicar
relatórios anuais, onde a sua performance é aferida nas mais diferentes modalidades.
Muitas empresas já o fazem com carácter voluntário (ASHLEY, 2005).
3.1.2. Tipos de Responsabilidade Social
De acordo com PASSOS (2012), a responsabilidade social nas empresas na forma pela qual está
sendo estudada atualmente apresenta três definições distintas, mas que em uma visão generalista
acabam por serem sinônimas, Responsabilidade Social Corporativa (RSC), Responsabilidade
Social Empresarial (RSE) e Responsabilidade Social Ambiental (RSA).
 Responsabilidade social empresarial – é o comprometimento permanente dos
empresários de adoptar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento
económico, melhorando simultaneamente, a qualidade de vida dos seus empregados e de
suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um todo.
 Responsabilidade Social Corporativa (RSC) – é a forma de conduzir o negócio das
organizações, que se caracteriza por ter em conta o impacto que todos os aspectos das
suas actividades geram sobre os seus clientes, colaboradores, accionistas, comunidades
locais, ambiente e sobre a sociedade em geral. Ela implica o cumprimento obrigatório da
legislação nacional e internacional no âmbito social, laboral, ambiental e de Direitos
Humanos, assim como qualquer outra acção voluntária que a empresa queira empreender
para melhorar a qualidade de vida dos seus colaboradores, das comunidades em que
opera e da sociedade no seu conjunto.
 Responsabilidade Social Ambiental (RSA) – busca atender à necessidade de a
população ser mais socialmente responsável e ambientalmente sustentável. Assim,
pessoas físicas e jurídicas passam a adoptar medidas que visam o benefício da sociedade
e do meio ambiente. 

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3.1.3. Diferença entre a Filantropia e a Responsabilidade Social
Devido à existência de confusões de interpretação, de conceitos e práticas entre filantropia e
responsabilidade social, COSTA (2007:17) demonstra a diferença entre elas da seguinte forma:
Filantropia Responsabilidade Social
Ação individual e voluntaria; Ação coletiva;
Fomento de caridade; Fomento da cidadania;
Base de assistência; Base estratégica;
Prescinde de gerencia; Demanda e gerenciamento
Decisão individual. Decisão coletiva.

3.2. Áreas de Responsabilidade Social


Segundo COSTA (2007), a responsabilidade social ocorre quando uma empresa contribui
voluntariamente para a sociedade e para o meio ambiente, proporcionando uma melhoria na
qualidade de vida das pessoas. A responsabilidade social ocupa um espaço cada vez mais
importante no dia a dia das empresas e isso não acontece à toa. A forma com que consumimos
muda a cada dia, e não só mais o preço importa, mas sim o valor e o posicionamento que uma
marca tem perante ao mundo. As principais áreas de actuação da responsabilidade social são:
 Competitividade
 Desenvolvimento Associativo
 Economia
 Educação e tecnologia
 Saúde
 Desporto
 Infra-estruturas
 Inovação
 Qualidade de Vida
 Segurança
 Construção de estradas e locais de habitação
 Doações quando se trata de calamidades naturais;

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3.3. Auditoria Social
A auditoria é uma “ciência” com um forte impacto nas organizações. É na sua plenitude um tema
simultaneamente de carácter técnico e comportamental. O objectivo fulcral da auditoria é apoiar,
controlar, eliminar falhas, reduzir riscos, melhorando o controlo e a capacidade das organizações
para atingir o sucesso na procura da excelência.
De acordo com FRANCO e MARRA (2000), a auditoria social é um modelo de
auditoria norteada pela inclusão do cidadão no controle do gasto público. Ela conta com a
participação da sociedade para verificar, monitorar e controlar a gestão destas despesas. Trata-se,
portanto, de uma importante ferramenta para o desenvolvimento da cidadania e da participação
popular, que tem como objectivos a transparência e a melhoria da eficiência administrativa.
Para ATTIE (2018), a auditoria Social é o estudo e avaliação sistemáticos de transacções,
procedimentos, operações e das demonstrações financeiras – acrescenta-se sociais e ecológicas
(Balanço Social) – resultantes. Sua finalidade é determinar o grau de observância dos critérios
estabelecidos e emitir um parecer (relatório de opinião e recomendações, no caso do balanço
social) sobre o assunto.
Para CREPALDI (2016), a auditoria social consiste na investigação das normas ou parâmetros de
uma empresa, em relação à sua interacção com o meio ambiente e a sociedade. Objectiva a
avaliação dos processos operacionais e produtivos da empresa, visando identificação de danos ao
meio ambiente, quantificação de contingências e preparação da empresa para receber o
certificado de qualidade de meio ambiente. Este tipo de auditoria serve para verificar se uma
empresa está cumprindo os regulamente dispostos pelas leis no âmbito da protecção ambiental.
Em alguns casos, uma empresa pode esquecer a vertente ambiental e ecológica, para conseguir
obter mais lucros.
Para COSTA (2010), a Auditoria Social avalia o grau de responsabilidade social duma empresa,
dando origem a uma “nova auditoria”, de características qualitativas que não tem uma
designação pacífica.

3.3.1. Objectivos da Auditoria Social

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Segundo COSTA (2010), a auditoria do balanço social é imprescindível que o auditor conheça e
avalie o sistema de controle interno, do qual constitui base para os trabalhos de auditoria. Dessa
forma, o objectivo macro da Auditoria do Balanço Social é o de contribuir para a maior
confiabilidade do processo de gestão administrativa, bem como proporcionar subsídios à
melhoria contínua exigida pela necessidade de prosperidade da célula social. Tem como
objectivos secundários:
 A auditoria social também avalia a eficiência da entidade na condução de suas
actividades,
 Identifica o nível de comprometimento do quadro funcional com a missão e propósitos
organizacionais e formula recomendações de melhorias.
 A auditoria social é uma função organizacional de estudo, revisão, avaliação e emissão de
opinião quanto ao ciclo da gestão administrativa de carácter social e ecológico.
 Certifica o grau de observância das disposições legais de âmbito social e ecológico,
avaliar a eficiência da entidade na condução de suas actividades;
 Identifica o nível de comprometimento do quadro funcional com a missão e propósitos
organizacionais e formular recomendações de melhorias para sanear as fragilidades
observadas no curso da auditoria.
 Visa contribuir para uma gestão eficaz da empresa e, consequentemente, proporcionar
maior segurança às informações sociais e ecológicas divulgadas para os usuários em
geral.
3.3.2. Fases de Auditoria Social
Cabe enfatizar que ainda não se consagrou um modelo-padrão de auditoria aplicável ao balanço
social, no entanto, para iniciar a fase de execução do processo de auditoria o auditor deverá ter
conhecimento de alguns aspectos da empresa, tais como: conhecimento sobre as políticas de
gestão, conhecer os objectivos e o ambiente organizacional e o ambiente externo.
Nos procedimentos de auditoria, o auditor segundo FRANCO e MARRA (2000, p. 201): deve
fixar com o cliente a exacta extensão do trabalho a ser executado, pois, a auditoria poderá ser
parcial e específica em apenas um dos sectores patrimoniais ou administrativos da empresa, ou
ser geral, abrangendo todas as operações e demonstrações contábeis de determinado exercício ou
período administrativo.

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 Planeamento – a fase de planeamento deve ser descrita com o máximo de detalhes
possíveis, visto que esta é considerada uma das fases mais importantes do processo, onde
deve haver comprometimento da empresa, no sentido de colaboração, fornecendo as
informações necessárias e dando acesso para realização dos exames.
 Avaliação de desempenho – na avaliação de desempenho, o auditor mensura a eficiência
e eficácia dos trabalhos executados. Para tanto, deve proceder à revisão geral dos
trabalhos, analisar o tempo despendido para execução dos exames o custo da auditoria e
verificar a necessidade de procedimentos adicionais para validar os testes realizados.
 Execução – a parte de execução representa o processo propriamente dito de auditoria, os
procedimentos planejados e outros que o auditor julgar oportunos são aplicados para a
obtenção de evidências necessárias à fundamentação do relatório.
 Comunicação de resultados – esta é a fase que corresponde ao momento em que o
auditor divulga sua opinião sobre a fidedignidade do balanço social, juntamente com as
demais peças contábeis da empresa. O auditor deverá utilizar o modelo de pareceres e
relatórios previstos nas Normas de auditoria (FRANCO e MARRA, 2000).
3.3.3. Benéficos da Auditoria Social
Para COSTA (2010), os benefícios da implementação da Auditoria do Balanço Social são
muitos, entre eles é possível citar:
 Redução de riscos ambientais e sociais;
 Redução de custos - com implementação de modelos de prevenção;
 Novas oportunidades de mercado;
 Maior confiança na organização, por parte de investidores, credores e sociedade em geral;
 Maior comprometimento e participação dos empregados; e,
 Consequentemente, maior nível de qualidade organizacional e social.
3.4. Ética e Gestao
Para VÁSQUEZ (2002), a ética encara a virtude como prática do bem e esta como a promotora
da felicidade dos seres, quer, individualmente ou colectivamente. O caminho da virtude é sempre
possível. Enquanto o homem existir, tem ele a possibilidade de modificar sua conduta e imprimir
direcção diferente às suas acções. E todos os homens orientam-se na vida por um critério
valorativo, conferindo, assim, um sentido pessoal as suas vidas.

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Segundo dicionário AURÉLIO (1999), a ética é o “estudo dos juízos de apreciação referentes a
conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja
relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto”.
De acordo com MAXIMINIANO (2008) Ética é a disciplina ou campo do conhecimento que
trata da avaliação do comportamento de pessoas e organizações, pois ela lida com o que pode ser
diferente do que é, da aprovação ou reprovação do comportamento observado em relação ao
comportamento ideal.
Segundo VÁSQUEZ (2002), o termo ético, assume diferentes significados, conforme o contexto em
que os agentes estão os agentes envolvidos. Uma definição particular diz que a “ética nos negócios é
o estudo da forma pela qual normas morais pessoais se aplicam às actividades e aos objectivos da
empresa comercial. Não se trata de um padrão moral separado, mas do estudo de como o contexto
dos negócios cria seus problemas próprios e exclusivos à pessoa moral que actua como um gerente
desse sistema.
De acordo com PASSOS (2012) reflectindo sobre a origem dos termos ética e moral, é interessante
notar que ambos possuem origens distintas e significados idênticos. Moral vem do latim mores, que
quer dizer costume, conduta, modo de agir; enquanto a palavra ética vem do grego ethos, que
significa carácter ou princípios que norteiam uma cultura, comunidade ou um grupo. Ethos também
pode ser empregado no âmbito pessoal, como as características da personalidade de um indivíduo
que distinguem suas acções como correctas e justas ou incorrectas e injustas. Ética, no seu sentido
clássico, não diz respeito ao saber, como ciência do conhecimento e sim, a saber viver bem.
Na actualidade, a gestão se releva como campo repleto de complexidades e desafios, onde cabe
ao administrador estabelecer metas cruciais ao sucesso do negócio. No desempenho das suas
actividades, o administrador define estratégias, efectua diagnósticos de situações, dimensiona
recursos, planeja sua aplicação, resolve problemas, gera inovação e competitividade
(CHIAVENATO, 2003).
Para adquirir um bom desempenho profissional, o gestor necessita ter três tipos de habilidades,
que segundo o criador dessa tipologia, Katz (1955 apud CHIAVENATO, 2003), são de natureza:
técnica, humana e conceitual.
 Habilidade Técnica – é a maneira pela qual se compreende e domina determinado tipo
de actividade. Envolve conhecimento com o fazer prático, com objectos físicos e
concretos; consiste em saber utilizar métodos e equipamentos necessários para realização
de tarefas específicas.

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 Habilidade Humana – é a capacidade e aptidão de trabalhar com pessoas para obter
resultados eficazes por meio delas, refere-se à facilidade de relacionamento interpessoal e
grupal. Envolve capacidades de se comunicar, motivar, coordenar, liderar e resolver
conflitos. Está relacionada à interacção com pessoas e por meio delas. Implica possuir
facilidade para o desenvolvimento da cooperação dentro da equipe e o encorajamento da
participação dos mesmos.
 Habilidade Conceitual: é a habilidade que requer maior conhecimento, pois exige
visualização do conjunto organizacional com suas partes integradas, formando um
conjunto harmonioso. Implica a facilidade em trabalhar com ideias e conceitos, teorias e
abstracções. As habilidades conceituais estão relacionadas com o pensar, com o
raciocinar, com o diagnóstico das situações e com a formulação de alternativas de
solução de problemas.
Toda comunidade possui suas próprias regras e seus códigos de ética. Ser ético em seu trabalho
ou actividade é botar em prática preceitos éticos que constituem o discernimento do profissional
e representam necessidades de sua condução apoiado na moral. Desta forma é de total relevância
colocar em acção a ética no local de trabalho, em que se defende os princípios institucionais
auxiliando os associados a atingirem a eficácia por intermédio do respeito as leis, também aos
princípios e regras da empresa que usam o código de conduta.
De acordo com REYMÃO (2014), na administração é observado o código de conduta desde a
teoria clássica que veio se aperfeiçoando em especial na teoria burocrática e reformulada na
administração contemporânea que é considerada uma ferramenta que serve para orientar as
relações internas e externas; e disciplinar seus colaboradores independentemente das suas
atribuições e responsabilidades.
Os gestores carregam a probabilidade de estarem sempre aptos a serem analisados, pois estende
além da imagem profissional, a representatividade da organização para quais trabalham,
ratificando assim, sua obrigação junto a moral e o bom profissionalismo em sustentar uma boa
relação com todos que ajudam o crescimento organizacional, servido assim, como modelo para
todos que compõem a organização (REYMÃO, 2014).
A ética apresenta-se inerente à vida humana e empresarial. Todos como agentes sociais, possuem
o dever de prestar a contribuição que lhes seja possível para que se alcance um desenvolvimento
duradouro.

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A importância da ética é bastante evidenciada na vida pessoal e profissional de cada um, porque
todos têm suas responsabilidades individuais e sociais. Tanto que várias profissões possuem seus
códigos de ética e conduta consolidados, assim como, diversas empresas estão compondo
comités de ética, participando de auditorias éticas e elaborando seus códigos de ética, onde
expõem seus compromissos adquiridos frente a cada um de seus interlocutores e expressão dos
valores básicos que orientam suas actividades.
Código de ética e de Conduta Profissional
Conduta: é uma manifestação do comportamento de um indivíduo, este comportamento pode ser
bom ou mau dependendo do código moral e ético. Código de Conduta: é um acordo explícito
entre os membros de um determinado grupo social cujo objectivo é de:
 Define comportamento a adoptar
 Explicita claramente as condutas a evitar
 Reflecte e define os princípios éticos a adoptar facilitando na tomada de decisão em prol
do colectivo.
 O código de conduta ajuda o Gestor a actuar de acordo com as necessidades da situação
tentando administrar competências a partir do momento em que se questiona
fundamentalmente sobre o como e o quando em torno da instituição;
 Coordena actividades para produzir e vender bens e/ou serviços planejando orçamento,
organiza e estrutura, controla e resolve problemas;
Conforme VÁSQUEZ (2002), Códigos de ética são conjuntos de normas de conduta que
procuram oferecer directrizes para decisões e estabelecer a diferença entre certo e errado. Se o
sistema de valores sempre orientasse as organizações para o benefício dos clientes, funcionários
e fornecedores, ou para a protecção do meio ambiente e dos recursos naturais, não seria
necessário estabelecer multas e punições precisamente para forçar a obediência a esses
comportamentos. É um instrumento da organização que orienta suas acções e explicita sua
postura social a todos com quem mantém relações. Este é um recurso para a realização da
missão, visão e valores da empresa.
O código de ética tem a missão de padronizar e formalizar o entendimento da organização
empresarial em seus diversos relacionamentos e operações. A existência do código de ética evita
que os julgamentos subjectivos transformem, impeçam ou restrinjam a aplicação plena dos
princípios (PASSOS, 2012).

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CAPITULO IV: CONCLUSAO E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
4.1. Conclusão
Após a realização do trabalho o grupo pode entender que a responsabilidade social está sendo
vista como um compromisso da empresa com relação a sociedade e a humanidade em geral,
compreendendo que o papel actual das empresas vai muito além da obtenção do lucro. Sendo
assim, a responsabilidade social é entendida como o compromisso que uma empresa tem com o
desenvolvimento, bem-estar e melhoramento da qualidade de vida dos empregados, suas famílias
e a comunidade em geral.
A globalização é outro factor que muito contribuiu com esse novo cenário. Actualmente, as
empresas investem com mais frequência em valores éticos, os quais, associados às diversas
ferramentas de marketing, podem agregar bastante valor à marca e, com isso, alcançar resultados
muito satisfatórios. Certamente, o valor ético que mais vem sendo associado às marcas das
empresas é o desenvolvimento de programas de responsabilidade social.
Para a realização da responsabilidade social empresarial a organização deve ter em conta três
aspecto são eles aspecto econômico onde ela de se preocupar em seu objetivo principal que e
maximização de lucro; segundo aspecto que e estar em conformidade com as leis vigentes no
local em que opera; e ultimo aspecto e se preocupar com o meio ambiente, e a comunidade em
que esta inserida. Só assim e que a empresa consegue realizar a responsabilidade social
empresarial. E esta responsabilidade social empresarial é assumida pela organização como forma
de promover a demanda e o gerenciamento da mesma por isso e indispensável para o sucesso de
uma organização ou entidade.

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4.2. Bibliografia
ASHLEY, P. et. al. (coord.). Ética e responsabilidade social nos negócios. São Paulo: Saraiva.
2005.
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Janeiro: E. Homem da Costa, 2007.

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REYMÃO, Gleyson. A ética na administração, 2014.

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Janeiro: Synergia, 2011.

VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Rio de Janeiro: Forense, 2002.

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