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Instituto Industrial de Computação Armando Emílio Guebuza

Departamento de Disciplinas Gerais

A Importância da Comunicação para o sucesso das empresas em Moçambique: caso Fábrica


de Explosivos Moçambique, Lda (FEM) (2022)

Ramo:
Nível: Técnico Médio
Curso/ Especialidade:

Boane, Maio de 2023


Nome:

Relatório de Estagio de Conclusão de Nível Médio


Tema: A Importância da Comunicação para o sucesso das empresas em Moçambique.

Local de Estágio: Fábrica de Explosivos Moçambique, Lda (FEM) (2022) – Província de


Maputo.

Curso:

Tutor:

Instituto Industrial de Computação Armando Emílio Guebuza


Boane

2023

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Índice
CAPITULO I: INTRODUÇÃO..........................................................................................................1
1.1. Contextualização..................................................................................................................1
1.2. Objectivos.............................................................................................................................2
1.2.1. Objectivo Geral............................................................................................................2
1.2.2. Objectivos Específicos..................................................................................................2
1.3. Problema do Estudo.............................................................................................................2
1.4. Justificativa..........................................................................................................................3
1.5. Descrição da área de Estudo...............................................................................................3
CAPITULO II: METODOLOGIA........................................................................................................4
2.1. Especificação do Método.....................................................................................................4
2.2. Tipos de Pesquisa quanto a Natureza...................................................................................4
2.3. Classificação da pesquisa quanto a abordagem.................................................................4
2.4. Classificação da pesquisa quanto aos procedimentos........................................................5
2.5. Procedimentos e Recolha de Dados....................................................................................5
2.6. População e Amostra...........................................................................................................6
2.7. Tipo de Amostragem...........................................................................................................6
CAPÍTULO III: REVISÃO DA LITERATURA..............................................................................7
3.1. Definição de termos.............................................................................................................7
3.1.1. Empresa........................................................................................................................7
3.1.2. Comunicação................................................................................................................8
3.1.3. Elementos do processo de comunicação.....................................................................9
3.1.4. Meios de Comunicação................................................................................................9
3.2. Comunicação Empresarial................................................................................................10
3.2.1. Principais objectivos da comunicação empresarial.................................................11
3.3. Dimensões da Comunicação Empresarial........................................................................12
3.3.1. Comunicação Interna................................................................................................12
3.3.2. Comunicação Externa................................................................................................14
3.4. Comunicação formal e informal nas empresas................................................................15
3.4.1. Comunicaçao Formal.................................................................................................15
3.4.2. Comunicação Informal..............................................................................................16
3.5. Níveis de Comunicação nas organizações........................................................................16
3.5.1. Fluxo da comunicação...............................................................................................17
3.5.2. Barreiras de comunicação.........................................................................................18
3.6. Importância da Comunicação nas organizações..............................................................19

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CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE DADOS...............................................20
4.1. Apresentação de Dados......................................................................................................20
4.1.1. Objectivos Estratégicos..............................................................................................20
4.2. Discussão de dados.............................................................................................................21
CAPÍTULO V: CONCLUSÃO E SUGESTÕES.............................................................................25
5.1. Conclusão...........................................................................................................................25
5.2. Sugestões.............................................................................................................................25
BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................................26

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CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
O mercado de trabalho está cada vez mais competitivo, com isso as empresas buscam novas
tecnologias, novos processos e inovações para se manterem fortes no mercado. A mudança é
extremamente necessária nesse contexto e a comunicação organizacional tem relação directa
nesse processo, pois é considerada vital para a implementação eficaz da mudança.
Ao longo dos anos, muitas têm sido as mudanças no que se refere à comunicação, nas formas
que esta assume, nas estratégias que são utilizadas, na importância que esta tem nas relações,
quer pessoais, quer profissionais. Nos dias de hoje, fruto de uma sociedade que desenvolve e
quebra barreiras de comunicação a um ritmo fulminante, estas mudanças tiveram e têm um
impacto crescente na dimensão da sua importância. Com efeito, hoje os colaboradores, de
qualquer organização, são agentes activos na construção e circulação da comunicação e não
meros intermediários para a concretização dos objectivos organizacionais, tal como foram
percepcionados em tempos mais recuados.
A comunicação possui papel importante no processo de criação da imagem da organização,
reforçando a identidade da empresa. Esse autor também destaca que a comunicação
organizacional, tem como objectivo, estabelecer diálogo com todos os públicos com que a
empresa se relaciona, desde funcionários de todos os níveis hierárquicos, empresas parceiras
e a sociedade em geral. Ressalta-se que toda actividade dentro de uma organização é mediada
pela comunicação. Sendo necessário, portanto, envolver toda a organização a fim de que esta
interacção se realize com eficiência, relevância e coerência. Neste contexto, constituiu-se
uma das prioridades nas organizações a existência de uma comunicação interpessoal que seja
clara, que encoraje a melhoria do relacionamento e aumente a consciência de que as emoções
positivas levam a uma maior perseverança, para com situações adversas.
O presente trabalho é constituído por cinco capítulos, nomeadamente: Capítulo I: Composto
pela Introdução onde temos a contextualização do tema, objectivos que sustentam a pesquisa:
geral e específicos, a problema da pesquisa, seguindo com a justificativa e a descrição da área
do estudo; Capítulo II: composta pela metodologia relacionada com a pesquisa. Capítulo III:
em que podemos encontrar a Revisão da Literatura, onde é feito o levantamento de ideias de
vários autores com intuito de sustentar mais ainda o tema em análise; Capítulo IV: composto
pela apresentação, análise e tratamento de Dados e dos resultados da pesquisa, E por fim
Capítulo V: composto pelas conclusões de Pesquisa e recomendações ou sugestões de
Pesquisa.

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1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo Geral
O presente trabalho tem como objectivo geral compreender a importância da comunicação
para o sucesso das empresas.
1.2.2. Objectivos Específicos
 Descrever o que é a comunicação e quais são os tipos de comunicação nas empresas;
 Mencionar os principais pontos mais importantes da comunicação para o sucesso das
empresas
 Identificar os mecanismos e as dificuldades de comunicação nas empresas e propor
melhorias;
1.3. Problema do Estudo
Os mercados tornaram-se mais competitivos, as barreiras entre as empresas cada vez mais
diluídas e as vantagens comparativas entre elas diminuíram. As organizações passaram a lidar
com demandas que vão além dos produtos e serviços e passaram a focar, sobretudo, em
estabelecer um relacionamento de credibilidade com os seus diversos públicos. O principal
desafio da Comunicação Organizacional passou a ser a construção e manutenção da imagem
das empresas no imaginário colectivo.
A comunicação compromete o desenvolvimento da organização por falha no processo de
normatização de sua implementação, quando não há feedback para saber se a mensagem foi
compreendida de forma clara e sucinta; quando a escolha dos canais, o conteúdo e o tipo de
linguagem são inadequados para o público ao qual se destina a mensagem e a falta de
motivação por parte dos colaboradores, pois é ele o público-alvo da comunicação interna.
Então conhecer o ambiente de trabalho e motivar seus colaboradores é uma das formas da
organização manter um bom relacionamento com seu público interno.
O principal desafio da Comunicação Organizacional passou a ser a construção e manutenção
da imagem das empresas no imaginário colectivo. Nesse sentido, suas actividades não mais
se limitam à produção e divulgação de conteúdo empresarial, mas assume agora um carácter
mais abrangente, fundamental na prática de gestão estratégica. Com isso a comunicação não é
tão simples, uma vez que o assunto se situa na fronteira dos vários campos delimitados.
A comunicação é uma componente fundamental nas organizações, ela promove a eficiência e
eficácia no desenvolvimento as actividades e no alcance das metas traçadas dentro das
organizações. é neste contexto que surge a seguinte questão de partida:

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Qual é a importância do processo da comunicação para o sucesso das empresas?
1.4. Justificativa
Uma equipe de grandes talentos, com a motivação em altos níveis, certamente é um dos
pontos circunstanciais ao sucesso empresarial. Considerando a importância da informação, é
coreto afirmar que a comunicação é um dos principais pontos. Esta afirmação decorre do fato
de que a comunicação interna, quando em pleno exercício, também é sinónimo de motivação,
já que funcionários bem informados e integrados com a organização passam a sentir-se parte
dela, caminhando no mesmo sentido.
O tema abordado é tido como de grande importância para o desenvolvimento das sociedades
e das organizações, pois a comunicação é a ferramenta que vai permitir que torne comuns
mensagens destinadas a motivar, estimular, considerar, diferenciar, promover, premiar e
agrupar os integrantes de uma organização. E uma comunicação mal transmitida pode gerar
uma série de danos à organização, vindo a comprometer seu desenvolvimento organizacional.
Para o pesquisador justifica-se a pesquisa, devido ao fato que a comunicação é um fenómeno
presente desde a origem da humanidade, de diversas maneiras, como na comunicação escrita,
oral, pictográfica entre outras, sendo esta a principal ligação entre o ser humano e as relações
entre eles. Com isso, o estudo da comunicação torna-se de extrema importância, pois,
havendo uma estratégia de comunicação dentro das empresas, essa se torna mais eficaz e
produtiva.
Esta pesquisa mostra que as empresas sofrem com falta de comunicação que acabam
ocorrendo conflitos que podem até prejudicar o resultado da empresa, com essa implantação
também é visado a melhoria dos trabalhos efectuados e a diminuição do retrabalho que acaba
acontecendo diante de um planeamento de comunicação mal estruturado.
A comunicação é uma questão essencial social. O homem desenvolveu uma porção de
diferentes sistemas de comunicação que lhe tornam possível a vida social, vida social não no
sentido de viver em bandos para caçar ou guerrear, mas num sentido desconhecido dos
animais: por ser a comunicação uma questão essencialmente social.
1.5. Descrição da área de Estudo
A Comunicação não era vista como parte fundamental na estratégia das empresas, mas
exercia uma função meramente acessória. O presente trabalho tem como tema: A
Importância da Comunicação para o sucesso das empresas em Moçambique: caso
Fábrica de Explosivos Moçambique, Lda (FEM) (2022). Trata-se de uma pesquisa com o
horizonte temporal de um ano que será realizado na província de Maputo.

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CAPITULO II: METODOLOGIA
Esse capítulo é reservado para a descrição dos processos metodológicos, usados para o
desenvolvimento da presente pesquisa.
2.1. Especificação do Método
De acordo com Andrade (2011, p.16) a metodologia corresponde aos procedimentos que
serão utilizados para a realização do trabalho, bem como o uso dos mecanismos de resolução
das questões específicas do trabalho como se deve resolver uma questão.
Conforme Prodanov e Freitas (2013), a Metodologia é compreendida como uma disciplina
que consiste em estudar, compreender e avaliar os vários métodos disponíveis para a
realização de uma pesquisa académica.
2.2. Tipos de Pesquisa quanto a Natureza
Segundo Gil (2008, p.26), quanto a natureza existem 3 tipos de pesquisa, que podem ser:
pesquisa exploratória, descritiva e explicativa.
 Pesquisa exploratória tem como objectivo desenvolver, esclarecer e modificar
conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou
hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores.
 Pesquisas descritivas têm como objectivo primordial a descrição das características
de determinada população ou fenómeno ou o estabelecimento de relações entre
variáveis.
 Pesquisas explicativas – são aquelas pesquisas que têm como preocupação central
identificar os factores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos
fenómenos. Este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da
realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas.
Este trabalho constitui – se de uma pesquisa descritiva.
Para este trabalho a pesquisa é descritiva porque utiliza técnicas que estão ligados a um
estudo de caso, análise documental e pesquisa bibliográfica, e que podem fornecer dados
quantitativos e qualitativos, proporcionando a expansão dos dados obtidos para tomada de
decisões presentes e futuras. É descritiva ainda porque estabelece relações entre os dados a
serem analisados da empresa.
2.3. Classificação da pesquisa quanto a abordagem
Entretanto para Andrade (2007), quanto a abordagem pode ser: qualitativa e quantitativa.

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 A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, a pesquisa
qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o
aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc.
 Pesquisa Quantitativa – esse tipo de estudo caracteriza-se pelo uso de ferramentas
estatísticas para o tratamento dos dados, visando medir as relações existentes entre
variáveis, que por sua vez são previamente estabelecidas.
Neste trabalho adopta-se o método qualitativo. Porque está relacionada no levantamento de
dados sobre motivação de um grupo, em compreender e interpretar determinados
comportamentos, a opinião e as expectativas dos indivíduos de uma população.
2.4. Classificação da pesquisa quanto aos procedimentos
Segundo Lakatos e Marconi (2003, p.221), quanto aos procedimentos a pesquisa pode ser:
bibliográfico, monográfico, comparativo, tipográfico e histórico.
 A pesquisa bibliográfica permite ao investigador a cobertura de uma gama de
fenómenos muito mais amplo do que aquela que poderia pesquisar directamente,
principalmente quando o problema de investigação requer dados muito dispersos pelo
espaço.
 Método Monográfico parte do princípio de que o estudo de um caso em
profundidade pode ser considerado representativo de muitos outros ou mesmo de
todos os casos semelhantes. 
 O método comparativo, consiste no confronto entre elementos, isto é, é usado tanto
para comparações de grupos ou informações no presente, no passado e entre outros
existentes e os do passado, levando em consideração seus atributos.
Para o presente trabalho recorreu ao método bibliográfico e monográfico (estudo de caso), é
bibliográfico porque esse tipo de pesquisa é caracterizado pela interrogação directa das
informações, com a finalidade de conhecer ou chegar a uma conclusão.
É monográfico visto que para a elaboração do estudo será aplicado à uma grande população
um questionário e também para a elaboração da pesquisa serão utilizados livros e artigos
científicos principal.
2.5. Procedimentos e Recolha de Dados
De acordo com Lakatos e Marconi (2003), os procedimentos para a recolha de dados são:
observação, entrevista e questionário.

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Ainda para Lakatos e Marconi (2003), a observação é uma técnica de colecta de dados para
conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da
realidade.
A entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a
respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional.
A análise documental consiste na obtenção de informações significativas que irão possibilitar
a elucidação do objecto de estudo e contribuir na solução dos problemas de estudo propostos.
Para este trabalho o procedimento da recolha de dados utilizado é a observação e
questionário, porque os dados foram obtidos através das informações fornecidas pela empresa
referente ao período de 2022.
2.6. População e Amostra
Segundo Gil (2008), população é um conjunto definido de elementos que possuem
determinadas características. Comummente fala-se de população como referência ao total de
habitantes de determinado lugar.
Ainda para Gil (2008), Amostra é um subconjunto da população, por meio pelo qual se
estabelecem ou se estimam as características desse universo ou população.
2.7. Tipo de Amostragem
O tipo de amostragem usado na elaboração deste trabalho foi o intencional, porque a
empresa, neste caso Fábrica de Explosivos Moçambique, Lda (FEM) foi seleccionado
intencionalmente.
De acordo com Lakatos e Marconi (2003, p.112), a amostra intencional apresenta-se como
representativa do universo. Entende-se por sujeito-tipo aqueles que representam as
características típicas de todos os integrantes que pertencem a cada uma das partes da
população. A amostragem aleatória é um método de selecção dos elementos da amostra, em
cada um deles tem uma probabilidade igual (e não nula) de ser seleccionada do universo.

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CAPÍTULO III: REVISÃO DA LITERATURA
3.1. Definição de termos
3.1.1. Empresa
De acordo com Teixeira (2013), a empresa é comummente definida pelos economistas como
uma unidade básica do sistema económico, cuja principal função é produzir bens e serviços.
Para conseguir fabricar seus produtos, ou oferecer seus serviços, a empresa combina diversos
factores de produção, ou seja, os recursos naturais, o capital e o trabalho necessários para o
desempenho da função produção.
Maximiano (2000), definiu os seguintes perfis sob os quais as empresas devem ser
analisadas:
 Perfil Subjectivo: conceitua empresa como quem exercita profissionalmente
actividade económica organizada com o fim da produção e da troca de bens ou
serviços. A empresa é o empresário, pois empresário é quem exercita a actividade
económica organizada, de forma continuada. Nesse sentido, a empresa pode ser uma
pessoa física ou uma pessoa jurídica, pois ela é titular de direitos e obrigações.
Quando se diz "arrumei um emprego em uma empresa", temos a palavra empresa
empregada com esse significado (Maximiano, 2000).
 Perfil Funcional: a empresa é uma actividade que realiza produção e circulação de
bens e serviços mediante organização de factores de produção (capital, trabalho,
matéria prima).
 Perfil Objectivo: a empresa é um conjunto de bens. Este termo remete a questões
patrimoniais. A palavra empresa é sinónima da expressão estabelecimento comercial.
Os bens estão unidos para uma actividade específica, que é o exercício da actividade
económica. Como exemplo desse significado, pode-se considerar a soma de itens que
formam a empresa. Em uma sorveteria, por exemplo, o conjunto formado pelo balcão,
refrigerador, produtos e mesas é o caracteriza o estabelecimento como empresa. Para
essa definição, porém, existem muitos contrapontos (Maximiano, 2000).

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 Perfil Corporativo (hierárquico): A empresa é uma instituição, uma organização
pessoal, formada pelo empresário e pelos colaboradores (empregados e prestadores de
serviços), todos voltados para uma finalidade comum (Maximiano, 2000).
Segundo Coelho (2002), empresa é uma actividade, cuja marca essencial é a obtenção de
lucros com o oferecimento ao mercado de bens e serviços, gerados estes mediante a
organização dos factores de produção (força de trabalho, matéria-prima, capital e tecnologia)
Para Chiavenato (2004), Empresa é sinónimo absoluto de actividade económica organizada
para a produção de bens e serviços, nada tendo a ver com estabelecimento empresarial, a
despeito de muitas vezes poder haver confusão de ordem semântica.
3.1.2. Comunicação
Para Melo (2005), a comunicação é um processo de troca de informações entre duas ou mais
pessoas e a necessidade de se comunicar do homem, é uma questão de sobrevivência. Ainda
de acordo com esse autor, nas organizações não é diferente, as empresas necessitam de uma
comunicação eficaz para sobreviverem ao mercado competitivo, mas para isso, precisam de
funcionários influentes, integrados, com visão interna e externa a empresa, fazendo-os se
sentir parte da organização.
 Para a interpretação da biologia, o significado da comunicação é entendido com uma
actividade sensorial e nervosa do ser humano.
 Já no ponto de vista pedagógico, a comunicação é uma actividade educativa que
envolve troca de experiências entre pessoas de gerações diferentes, evitando-se assim
que grupos sociais retornem ao primitivismo.
 Sobre o ponto de vista histórico, a comunicação é baseada na cooperação, nessa
concepção funciona como instrumento de equilíbrio entre a humanidade,
neutralizando forças contraditórias.
 Para a sociologia, o papel da comunicação é o de transmissão de significados entre
pessoas para a sua integração na organização social.
 Para a antropologia, consiste na tendência predominante que é a de analisar a
comunicação como veículo de transmissão de cultura ou como formador da bagagem
cultural de cada indivíduo.
Conforme Pimenta (2011), a comunicação pode ser considerada como a transmissão de
estímulos e respostas que as pessoas transmitem entre si.

De um modo geral, a comunicação envolve um sistema de informações capaz de dar


instrumentos para que todos possam cumprir suas tarefas com eficiência. São fornecidos

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dados sobre as rotinas de trabalho, características de produtos/ serviços e promessas feitas aos
clientes pela campanha de comunicação ou pelo pessoal de vendas. Tudo isso, que
funcionários possam se sentir integrante do processo, colaborando para conquista de um
mesmo objectivo.

3.1.3. Elementos do processo de comunicação


Para Matos (2004), o processo da comunicação é composto por vários elementos, que são:
 Fonte – É onde começa a comunicação, onde nascem as mensagens. Pode ser uma
pessoa, uma máquina, uma organização, etc.
 Emissor – É quem emite a mensagem para outro individuo.
 Receptor – É quem recebe a mensagem transmitida pelo emissor.
 Mensagem – Conjunto de informações que serão enviadas a outro individuo.
 Ruído – É todo sinal que pode afectar de forma negativa no recebimento ou
entendimento da mensagem.
 Canal – Meio onde ocorrera a informação (jornal, revista, e-mails, folhetos, etc). São
meios pelo qual o receptor recebe a mensagem e a interpreta.
 Codificação – É a forma padrão estabelecida pelo mundo.
 Decodificação – É a interpretação da mensagem pelo receptor no qual recebeu a
mensagem.
 Linguagem – É o sistema/forma de passar a mensagem
 Língua – É o resultado social da linguagem de uma sociedade. É o meio pelo qual o
corpo social usa para o exercício da linguagem.
O processo inicia-se com a fonte, onde o emissor enviará uma mensagem a um receptor, e
através de um transmissor e um canal chega à mensagem ao receptor com seu destino. Mas
no canal pode ter algumas interferências com os ruídos, ou seja, interferências nos meios de
transmissão da mensagem, com barulhos, letra ilegível (Matos, 2004).
3.1.4. Meios de Comunicação
Os meios de comunicação vieram para dar uma oportunidade de existir uma relação mais
pacífica entre todos do mundo. Conforme Matos (2004), as organizações existem porque cada
área se comunica com todas as outras e também impulsionam suas interacções de forma
dinâmica e assim, evoluem constantemente em vez de serem estáticas e permanentes.

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Os Meios de Comunicação representam os veículos ou instrumentos utilizados para difundir
a informação entre os homens. A partir do desenvolvimento da ciência e das novas
tecnologias, os meios de comunicação têm avançado significativamente, proporcionando a
difusão dos conhecimentos e da comunicação no mundo.
De acordo com Pimenta (2011), o campo e actuação, existem dois tipos de meios de
comunicação: Individual e Massa.
 Individual: os meios de comunicações individuais estão pautados na comunicação
interna, interpessoal (entre as pessoas), por exemplo, a carta (correio), telefone, fax.
 Massa: os meios de comunicação de massa são mais amplos e externos. Têm o intuito
de comunicar um grande número de pessoas, por exemplo, jornais, revistas, internet,
televisão, rádio.
Segundo o tipo de linguagem utilizada (escrita, sonora, audiovisuais, multimídia, hipermídia),
os meios de comunicação social são classificados em:
 Escritos: linguagem escrita dos jornais, livros e revistas.
 Sonoros: linguagens através de sons, por exemplo, o rádio e o telefone.
 Audiovisuais: fusão de som e imagem, por exemplo, a televisão e o cinema.
 Multimídias: reunião de diversos meios de comunicação diferentes (texto, áudio,
vídeo, etc.).
 Hipermídias: fusão de meios de comunicação por meio dos sistemas electrónicos de
comunicação, por exemplo, CD - ROM, TV digital e internet.
3.2. Comunicação Empresarial
Conforme Curvello (2002), a Comunicação Empresarial configura-se por um complexo de
actividades, estratégias e procedimentos realizados com o intuito de reforçar a imagem, os
objectivos e os interesses da empresa junto aos seus públicos de relacionamento como
consumidores, empregados, formadores de opinião, classe política ou empresarial,
comunidade, enfim, todos que circundam interna ou externamente o mundo da empresa.
A maioria das empresas caracteriza-se como um empreendimento socioeconómico, já que
visa o lucro e simultaneamente traz benefícios à sociedade como geração de empregos,
descoberta de processos, avanços tecnológicos, por isso, segundo Bueno (2003), o mundo
interno e o externo da empresa não podem ficar alheios aos seus objectivos, às suas intenções
enquanto agente revolucionária da sociedade. Para o autor é preciso que a empresa exponha
aos seus funcionários e a sociedade em si este seu papel fundamental, destacando a
comunicação empresarial como a ferramenta mais propícia a esta explanação.

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Segundo Pimenta (2011), a comunicação empresarial caracteriza-se, actualmente, como o

somatório de todas as actividades de comunicação da empresa. É uma actividade

multidisciplinar que envolve métodos e técnicas de relações públicas, jornalismo, assessoria

de imprensa, lobby, propaganda, promoções, pesquisa, endomarketing e marketing.

Sob esse aspecto, Bueno (2003) considera: a comunicação empresarial (organizacional,


corporativa ou institucional) compreende um conjunto complexo de actividades, acções,
estratégias, produtos e processos desenvolvidos para reforçar a imagem de uma empresa ou
entidade (sindicato, órgãos governamentais, ONGs, associações, universidades etc.) junto aos
seus públicos de interesse (consumidores, empregados, formadores de opinião, classe política
ou empresarial, accionistas, comunidade académica ou financeira, jornalistas etc.) junto à
opinião pública.
Ainda para Bueno (2003), a comunicação empresarial deixou de ser uma actividade que as
empresas abrem mão quando estão em crise ou com carência de recursos para se firmar como
insumo estratégico para idealizar clientes, sensibilizar multiplicadores de opinião ou interagir
com a comunidade.
A Comunicação Empresarial teve seu início no começo do século XX, por volta de 1906 nos
Estados Unidos. A nível da Europa como conceito abrangente é bem mais recente, tem menos
de 40 anos. Nos anos 1970 já existia a comunicação empresarial no País, editavam-se na
época jornais empresariais de notoriedade, porém, não com tanta abrangência e bem
conceituada como é actualmente, a Comunicação Empresarial ganhou o mundo e não parou
mais de crescer.
3.2.1. Principais objectivos da comunicação empresarial
A comunicação empresarial, segundo Bueno (2003), consiste em um processo, que usa de
meios, técnicas e métodos, pelo qual uma empresa conversa e se faz ouvir pelos seus públicos
internos (funcionários) e externos (clientes, governo, fornecedores e consumidores). Ou seja,
a comunicação empresarial é fundamental para que as empresas possam estabelecer um elo
com os seus públicos.
Pimenta (2011) lista os principais objectivos da comunicação empresarial:
 Criar e divulgar imagem institucional da empresa: o intuito é fazer com que os
colaboradores, consumidores e público em geral confiem na instituição.

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 Adequar os colaboradores a um mercado cada vez mais complexo, instável e
competitivo;
 Visa trabalhar princípios morais positivos, tais como ética, responsabilidade,
compromisso e cooperação para que estes favoreçam a comunicação interna
facilitando o alcance das metas estabelecidas. Para que estes aspectos sejam atingidos
é necessário que haja um clima organizacional favorável à mudanças e tolerante de
erros.
 Atender a demanda dos consumidores;
 Defender os interesses das empresas junto aos órgãos governamentais, facilitando o
relacionamento entre a organização e o poder público.
 Encaminhar questões relacionadas aos sindicatos, órgãos de classe e à preservação do
meio-ambiente: cada dia torna-se mais imprescindível o respeito ao colaborador e ao
meio-ambiente. Portanto as organizações além de fazerem uso das novas tecnologias
para melhorar seus processos de produção, devem alinhar sua comunicação para que a
sociedade possa ser informada das práticas organizacionais.
3.3. Dimensões da Comunicação Empresarial
Para Pimenta (2011), as empresas que pretendem crescer têm que adoptar uma atitude
transparente diante de seu público interno, divulgando constantemente sua cultura, valores e
projectos.
De modo mais sintético, poderíamos subdividir a comunicação organizacional em dois
subdomínios: A comunicação externa (dirigida aos públicos externos da organização) e a
comunicação interna (dirigida aos seus públicos internos).
3.3.1. Comunicação Interna
Conforme Bueno (2003), a comunicação interna diz respeito a todo fluxo de comunicação
que ocorre entre a organização e seus colaboradores, tendo por finalidade torná-los mais
engajados e informados a respeito do ambiente organizacional no qual estão inseridos. Entre
as mais diversas responsabilidades da comunicação interna, destaca-se a de fortalecer o
vínculo entre organização e colaborador.
A comunicação interna como "uma ferramenta estratégica para compatibilização dos
interesses dos empregados e da empresa, através do estímulo ao diálogo, à troca de
informações e de experiências e à participação de todos os níveis". Ou seja, as organizações
devem encarar a comunicação interna como um instrumento de crescimento e

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desenvolvimento. É com ela que os gestores entenderão os seus colaboradores, e esses
entenderão os objectivos, políticas e directrizes da organização (Amaral, 2003).
Segundo Melo (2005), para a construção de uma comunicação interna mais eficiente, é
importante considerar os seguintes pontos:
 Seja transparente e actualize seus colaboradores sobre as principais novidades e outras
notícias importantes do dia-a-dia da empresa;
 Saiba ouvir seus funcionários e peça feedbacks, entenda suas dores, incentive a
comunicação e estreite a relação entre o nível operacional e os sectores mais
estratégicos;
 Defina valores simples e objectivos que orientem a ética de trabalho diariamente;
 Conheça bem seu público interno para que eles sejam devidamente contemplados pela
cultura organizacional. 
 Promover a liberdade, além de instituir um ambiente de trabalho no qual o
colaborador se sinta confortável, justamente porque ele é o principal porta-voz da
organização e influencia directamente na imagem desta perante o público interno e
externo.
Comunicação administrativa – abrange todos os conteúdos relativos ao cotidiano da
administração atendendo às áreas centrais de planeamento e às estruturas técnico-normativas,
com a finalidade de orientar, actualizar, ordenar e reordenar o fluxo das actividades
funcionais.
Trata-se do suporte informacional-normativo da organização. Ou seja, essa é composta
basicamente de informações sobre lançamentos, programas, normas e políticas empresariais,
projectos de expansão, entre outros. Os principais instrumentos (meios) utilizados para
difundir essas informações nas empresas são: Os memorandos, Boletins informativos,
Ofícios, Circulares, Anúncios; Editais e murais.
Para Melo (2005), a Comunicação Interna tem como principais objectivos:
 Educar o cliente interno
 Difundir missão, visão, valores e boas práticas
 Manter um fluxo de informação padronizado, com oportunidades para que todos
falem e sejam ouvidos
 Favorecer a transparência e um clima organizacional agradável
 Promover a conscientização sobre temas relevantes. (melo, 2005).
 Proporcionar aproximação entre uma mesma equipe e/ou diferentes departamentos

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 Compartilhar informações estratégicas para que os colaboradores tenham suporte na
hora de falar com clientes e fechar novos negócios (Melo, 2005).
 Trabalhar a motivação dos colaboradores e fortalecer relacionamentos
 Facilitar e incentivar feedbacks constantes
 Construir canais de escuta abertos e democráticos
 Valorizar ideias, histórias e princípios dos funcionários
 Reforçar uma imagem positiva da empresa junto a clientes internos e externos
 Eliminar ruídos na comunicação, equívocos, fofocas e boatos (Melo, 2005).

3.3.2. Comunicação Externa


Para Matos (2004), Comunicação Externa – este tipo de comunicação voltada para o público
externo, temos a que visa estabelecer uma identidade organizacional clara, ou medir a
imagem, bem como as que têm como principal objectivo vender produtos e serviços de uma
empresa.
Para Melo (2005), a comunicação externa é usada para transmitir a imagem de uma empresa
para o público dela. Antes de começar um planeamento de comunicação externa, é necessário
ter os seguintes pontos em mente: 
 Analisar as características do público-alvo (em que redes sociais estão, idade, perfil de
consumo) (Melo, 2005).
 Descobrir formas persuasivas e positivas de interagir e engajar com seus públicos;
 Criar conteúdos frequentes e consistentes que gerem interesse nas partes interessadas;
 Desenvolver uma identidade visual que combine com o seu tom de voz;
 Estudar sempre qual a forma mais assertiva de se comunicar com os diferentes
recortes do seu público-alvo.
As estratégias e os objectivos da comunicação externa sustentam como uma empresa se
conecta com as partes interessadas fora da organização. Pode-se dizer que os maiores
objectivos deste tipo de comunicação são: 
 Divulgar correctamente os valores e o posicionamento da empresa para os públicos
externos de interesse do negócio;
 Gerar conhecimento de marca, produto e/ou serviço no mercado;
 Conquistar novos clientes por meio da produção de conteúdo estratégico;
14
 Cultivar uma boa reputação da empresa por meio de diferentes canais (Melo, 2005).
a) Comunicação institucional
Segundo Melo (2005), a comunicação institucional divulga a missão, transmite os objectivos
e dar ênfase a contribuição da empresa perante a comunidade e sociedade na qual está
inserida são as principais responsabilidades da comunicação institucional. É por meio dela
que o profissional de relações públicas actua na construção e manutenção da imagem, ou seja,
todas as ideias relacionadas directamente à organização.
Para Matos (2004), a comunicação institucional como responsável pela formatação e
definição de uma identidade corporativa forte e positiva. Neste propósito, a comunicação
teria como objectivo difundir informações sobre filosofia, missão, visão, valores e práticas da
empresa, tentando, ao máximo, conquistar a simpatia, confiança e credibilidade do público.

Este tipo de comunicação está focado em: Relações Públicas, Marketing Cultural;
Jornalismo, Assessoria de imprensa, Identidade Corporativa e Programa Institucional.
b) Comunicação mercadológica
Para Robbins (2000), a comunicação mercadológica, como o próprio nome revela, é voltada
directamente para o mercado e possui a finalidade de vender produtos, serviços ou ideias.
Para atingir os objectivos mercadológicos, as empresas usam frequentemente as ferramentas
do Marketing como meio de persuasão de um público-alvo. Tem como pontos chaves:
 Propaganda: qualquer forma paga de apresentação e promoção não pessoais de ideias,
mercadorias ou serviços por um anunciante identificado;
 Promoção de vendas: uma variedade de incentivos de curto prazo para estimular a
experimentação ou a compra de um produto ou serviço;
 Eventos e experiências: actividades e programas patrocinados pela empresa e
projectados para criar interacções relacionadas à marca, diariamente ou em ocasiões
especiais;
 Relações Públicas e assessoria de imprensa: uma variedade de programas elaborados
para promover ou proteger a imagem e uma empresa ou de seus produtos (Robbins,
2000);
 Marketing directo: utilização de correio, telefone, fax, e-mail ou internet para se
comunicar directamente com clientes específicos e potencias ou lhes solicitar uma
resposta directa;

15
 Vendas pessoais: interacção pessoal (cara a cara) com um ou mais compradores
potenciais com vistas a apresentar produtos ou serviços, responder a perguntas e tirar
pedidos.
3.4. Comunicação formal e informal nas empresas
3.4.1. Comunicaçao Formal
Para Berg (2012), a comunicação formal é a base da maneira escrita, onde normalmente
seguem modelos e padrões pré-estabelecidos e para a movimentação desse documento é
através de órgãos responsáveis. Independente de a mensagem ser interna ou externa, quando
há padrões estabelecidos é uma comunicação formal. A comunicação formal dentro de uma
organização é existente recorrente quando esse processo comunicativo é com algum
funcionário superior ao seu cargo na hierarquia ou quando é interdepartamental para ter
arquivos da troca de informações entre eles.
Segundo Melo (2005), a comunicação formal é aquela onde todas as informações podem ser
cofiáveis, pois geralmente são desenvolvidas e emitidas pelos níveis estratégicos e gerenciais
da empresa, podendo dizer que se trata de uma informação oficial e de conhecimento destes
níveis.
Conforme Amaral (2003), a comunicação formal pode ser praticada através de vários canais
ou veículos de comunicação, sendo que cada um terá uma utilização distinta, o que facilita na
hora de atingir de maneira geral os diferentes níveis da empresa. Pois a escolha dos canais
errados pode compromete a eficiência da comunicação interna para com o desenvolvimento
organizacional. Nas empresas podem existir vários tipos de canais de comunicação: os jornais
internos, as revistas, os murais, e-mails, a intranet, os cartazes, a caixa de sugestão e a
ouvidoria.
3.4.2. Comunicação Informal
Segundo Berg (2012), quanto a comunicação informal é costumeira entre funcionários do
mesmo sector ou departamento, por ser de forma espontânea e por não ter modelos ou
padrões pré-estabelecidos. Ela normalmente acontece com conversas aleatórias entre os
funcionários em horários de almoço ou pausa.
Conforme Melo (2005), as pessoas relacionam-se segundo afinidades e identidades, por
exemplo, no futebol, na política, nas amizades de infância ou em idêntica formação
académica. Estas redes de comunicação informais são tão ou mais importantes e fecundas que
as comunicações formais, especialmente quando estas não funcionam eficazmente ou deixam
as pessoas insatisfeitas quanto às necessidades de informação.

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Para Baptista (2009), a comunicação informal não respeita as linhas formalmente
estabelecidas e efectua-se, geralmente, por via oral, sendo por isso, mais rápida, mas
simultaneamente menos rigorosa. As redes informais criam, por vezes, dificuldades ao
funcionamento das redes formais.

3.5. Níveis de Comunicação nas organizações


Torquato (2002), afirma que existem quatro níveis de comunicação, são a comunicação
intrapessoal, a interpessoal, a grupal e a colectiva. Cada uma dela tem uma caracterização
específica.
 A Intrapessoal é a comunicação que uma pessoa tem consigo mesma, ou seja, seu
diálogo interior onde discutimos dúvidas, indecisões, dilemas e opções. Se
relacionada com a reflexão dos pensamentos. É a comunicação que obtêm a troca de
informações por mais de uma pessoa, ou seja, duas ou mais pessoas.
 A Grupal é quando a informação transmitida para um grupo de pessoas, ou seja, uma
pessoa apresentando uma palestra. O tema tem que ser breve, pois se for existir
frequentemente a exposição da palestra acabará perdendo o interesse do público.
 A Colectiva é a forma mais formal de comunicação em jornais, revistas, boletins, etc.
É uma comunicação onde ocorre interferência de ruídos, pois não existe contacto
directo entre receptor, emissor e sua fonte de informações.
3.5.1. Fluxo da comunicação
Para Berg (2012), os fluxos da comunicação exercem grande influência sobre a eficácia do
processo. São eles que constituem os caminhos, os desvios e os degraus por que atravessa a
comunicação. Sua complexidade depende do tipo de organização, podendo-se aduzir que
companhias complexas, com graus variados de hierarquia, apresentam mais ruídos no
processo comunicativo. A recíproca é verdadeira.
 No fluxo descendente tem fluência de cima para baixo da hierarquia, não inclui troca
de informações face a face com o chefe e seu subordinado, sendo assim, uma forma
mais formal de obter retornos de resultados através de relatório administrativos,
manuais de politica e de procedimentos, jornais internos da empresa, cartas aos
empregados, relatórios de desempenhos, etc.
 O fluxo de comunicação ascendente é responsável pelo encaminhamento aos níveis
superiores da organização, de informações funcionais e operativas que saem das
bases, com resultados dos estágios dos programas, anseios, expectativas e sugestões.
O fluxo ascendente é feita numa hierarquia invertida, onde a comunicação vem de

17
baixo para cima, envolvendo uma forma menos formal de comunicação, no qual é
preciso de um líder para dominar as conversas informais em corredores e evitar que a
situação perca o controle (Berg, 2012).
 O fluxo lateral ou horizontal é uma das formais mais críticas, pois as informações
passadas de forma interdepartamental, podendo assim ligar e unir os componentes de
uma organização serve como força coordenadora e integradora dentro da estrutura
empresarial. Esse fluxo também é estratégico, onde trabalha com objectivos e metas.
Contanto, tem alguns pontos negativos, porque tende a reter informações como
segredo, assim tendo vantagem competitiva entre os níveis gerenciais. Porém o
funcionário que tem a comunicação mais aberta (sem reter informações) tem maior
facilidade e menos problemas de comunicação (Berg, 2012).
 O fluxo diagonal é onde o supervisor passa a informação para o funcionário directo
da base, onde ele existe um diálogo directo entre eles independentes do sector. Essa
comunicação é mais vista em empresas com menos burocracias exigidas.
3.5.2. Barreiras de comunicação
Para Chiavenato (2004), existem diversos factores que influenciam as barreiras que existem
na comunicação dentro das organizações: o espaço, o tempo, o clima relacional, o humor,
bem como, factores físicos ou contextuais. As barreiras envolvem uma estrutura de variáveis
que condicionam as interacções, derivadas do emissor, designadamente: falta de à vontade e
espontaneidade provocada pelas convenções sociais ou pressões morais; dificuldade de
expressar de forma clara, simples e concisa, determinada ideia; inadequação da linguagem ao
universo sociocultural do interlocutor, utilização de termos desconhecidos pelo receptor (ex:
estrangeirismos, abreviaturas e siglas), falta de consideração pelos valores políticos, culturais,
sociais, religiosos, étnicos, entre outros.
De acordo com Teixeira (2009), existem quatro tipos de interferências na comunicação:
Pessoais, isto é as pessoas podem facilitar ou dificultar a comunicação dentro das
organizações, tendo em conta a sua personalidade, estado de espírito, emoções, valores e a
forma como cada indivíduo se comporta perante diferentes contextos.
 Administrativas/democráticas, resultam da forma como as organizações actuam e
processam as informações, podem surgir dificuldades com as relações de poder,
autoridade de status e posse de informações.
 Excesso de informações, pode também ser uma das barreiras mais frequentes das
organizações pela falta de selecção de informação, sobrecarregando as pessoas com

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excesso de informação, que pode resultar em reuniões desnecessárias e num número
crescente de novos meios impressos, electrónicos e telemáticos que só dificultarão em
tempo e capacidade de processar o que é realmente necessário.
 Comunicações incompletas e parciais que são as informações que chegam às
pessoas de forma distorcida, sem um claro entendimento contribuindo para que
surjam diversas dúvidas para os receptores (Teixeira, 2009).

3.6. Importância da Comunicação nas organizações


De acordo com Argenti (2006) a importância da comunicação empresarial se explica pelas
grandes mudanças e transformações ocorridas nos últimos anos, sobretudo, aquelas
relacionadas à globalização e aos avanços tecnológicos, também perifericamente, às
exigências dos clientes, grau de instrução, poder aquisitivo e complexidade das organizações
no sentido de proporção, tamanho, demanda de serviços, etc.
Ainda para Teixeira (2009), a importância da comunicação nas organizações parte da
prerrogativa de que: no processo de construção de uma marca, a comunicação tem um papel
fundamental: liderar o processo de criação de imagem e estimular e reforçar a identidade e a
ambição corporativas. É a orquestração do diálogo da marca com todos os públicos com os
quais nos relacionamos: funcionários, clientes, potenciais clientes, comunidades,
fornecedores, governos, sociedade em geral. Tudo comunica.
Para Matos (2004), as empresas que pretendem crescer têm que adoptar uma atitude
transparente diante de seu público interno, divulgando constantemente sua cultura, valores e
projectos. É necessário mostrar claramente sua filosofia e missão económica e social por
meio da comunicação interna.
 A Comunicação Organizacional pode ser considerada um importante instrumento para
as empresas, e pode auxiliar significativamente para a realização dos objectivos
mercadológicos e institucionais da organização, devendo sempre ser direccionada ao
profissionalismo (Matos, 2004)
 A comunicação se tornou necessária para a sobrevivência de qualquer organização,
mas antigamente não era totalmente valorizada. Só que com o tempo a tecnologia se

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desenvolveu muito, trazendo informações mais fáceis a todo o momento,
consequentemente facilitando a tomada de decisões (Matos, 2004).
 A comunicação nas organizações estabelece um contacto entre funcionário e empresa,
foram criadas as formas mais directas de comunicação, sendo elas as reuniões de
feedback, murais colaborativos, reuniões em grupo, entre outros métodos inovadores.
 A comunicação nas organizações além de representar o elo de interacção entre a
sociedade e a empresa, entre a empresa e os colaboradores e entre os colaboradores
em si, também se caracteriza como uma fortíssima ferramenta de estratégia para os
negócios (Matos, 2004).

CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE DADOS


4.1. Apresentação de Dados
A Fábrica de Explosivos Moçambique, Lda (FEM) é uma empresa especializada no fabrico e
aplicação de explosivos com fins comerciais. O grande foco da nossa empresa é a satisfação
dos nossos clientes, aplicando para este fim os processos de fabrico mais avançados e uma
aposta na formação dos nossos colaboradores. O controlo da Qualidade é feito em todas as
etapas da nossa cadeia de processos, de modo a garantir a vossa satisfação. A FEM tem a sua
sede na Província de Maputo, e conta com delegações nas províncias de Tete, Sofala e
Nampula. A FEM encontra-se também nos seguintes países: Zâmbia, República Democrática
do Congo, Malawi e Angola.
A Fábrica de Explosivos Moçambique, Lda. É uma empresa de direito moçambicano,
fundada em 1955. Desde a sua criação, foi sempre a principal responsável pelo fabrico e
aplicação de explosivos no mercado moçambicano de explosivos. Encontra-se desde a
viragem do Milénio sob controlo de uma nova administração, que impulsionou a empresa,
tornando-a uma referência a nível da África Austral. Recentemente projectou-se para
mercados internacionais, com subsidiárias na Zâmbia, República Democrática do Congo,
Angola e acordos comerciais no Malawi.
A Fábrica de Explosivos Moçambique está consciente da necessidade de orientar os seus
recursos humanos, com objectivo de alcançar uma melhor produtividade. É nesse sentido,
que temos apostado na mudança e na evolução, privilegiando a reciclagem sobre novas
técnicas, métodos e práticas, desde sempre, medidas integradas na nossa política de
desenvolvimento. A Formação, é ministrada a todos os profissionais ou organizações que

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directa ou indirectamente lidam com matéria explosiva, desta forma, procuramos garantir
melhor segurança e maior produtividade nos nossos processos. Temos como objectivo
prioritário o progresso permanente e a satisfação dos nossos clientes. Para isso, apoiamo-nos
numa organização eficiente com processos rigorosos de controlo de qualidade, efectuados por
técnicos devidamente habilitados e credenciados.
4.1.1. Objectivos Estratégicos
 Missão: garantir satisfação dos clientes, parceiros e fornecedores, priorizando o
desenvolvimento do capital humano moçambicano. Ser líder de mercado
moçambicano de produção e aplicação de explosivos com fins comerciais.
 Visão: ser referência a nível nacional e regional no sector de fabrico de explosivos
industriais.
 Valores: segurança; integridade; honestidade; proactividade; capacitação; Inovação;
promoção de capacitação e know-how.
 Objectivos: Reciclagem tecnológica; Diversificar ofertas; Aumento da capacidade de
produção; Privilegiar a mão-de-obra qualificada; Melhor gama de produtos
Actualmente a Fábrica de Explosivos Moçambique, Lda conta com 500 funcionários e tem a
sua sede na província de Maputo, distrito da Matola.
4.2. Discussão de dados
A Fábrica de Explosivos Moçambique actua no mercado desde 1955, cedendo os direitos de
uso dos seus produtos e serviços por meio de contracto, cujo instrumento acorda o produto
cedido, os serviços disponíveis ao cliente. Reconhece sua responsabilidade para com as
informações no período de vigência, devido a isso, garante o atendimento aos clientes até
mesmo após eventual interrupção do contracto dessas informações; todos os componentes
utilizados no desenvolvimento dos sistemas são licenciados, regularizados e informados nos
próprios sistemas.
Durante o estágio n FEM constatei que existe uma segregação de funções definida de forma
definitiva. Todos fazem as mesmas actividades à medida que elas vão surgindo e a
necessidade aumentando. Os tipos de comunicação existente na empresa são oral e escrita,
fundamentando na comunicação interna forma e informal.
Os funcionários ainda não contam com campanhas motivacionais facilitadas pelos milhares
de rádios e televisores instalados na empresa, que indicam em tempo real metas, informações
técnicas, garantindo agilidade na tomada de decisão. Além de uma série de acções integradas
a fim de colaborar para o seu desenvolvimento. Colaboradores, motivados e comprometidos,

21
trabalham em equipes e participam efectivamente da gestão da empresa, buscando o
aprimoramento contínuo dos produtos e serviços
A gestão da empresa informou a boa comunicação pode ser melhor para todos, inclusive
contribui no desenvolvimento de todas as actividades da FEM. Actualmente existem 3 formas
utilizadas, que são os murais de recados, os e-mails oficiais e também contem telefones
oficiais para cada colaborador da organização.
A empresa procura ter forma mais informal e directa em suas formas de dialogar com os
colaboradores. E quanto a informação ser passada de forma clara e objectiva, o gerente
afirmou que sim, que é de forma clara e directa as informações passadas.
Foi notaria que a maior parte dos funcionários sentem se insatisfeitos a maneira como os
meios de comunicação são aplicados na empresa, visto que: existem umas barreiras físicas e
burocráticas que não reforçam a transparência entre os colaboradores dentro da empresa.
Principais canais de comunicação existentes na empresa:
A homepage é a porta de entrada para o site e é a principal responsável por despertar o
interesse do público em navegar pelas demais páginas. Logo de início, o usuário se depara
com acessos interactivos e rotativos, que direccionam para páginas com conteúdos
estratégicos, espelhadas pelo portal da empresa. De forma destacada no centro da homepage,
estão as notícias mais actuais da FEM, que tratam dos mais diversos temas de actuação da
empresa, como comunidades, produção, serviços e sustentabilidade. A página inicial contém
também uma box de links rápidos, com o objectivo de facilitar e agilizar o acesso a alguns
serviços essenciais oferecidos pela empresa, tanto para o público externo quanto para o
público interno. Entre os principais serviços.
Ao longo das seis subsecções, a FEM divulga de forma clara a sua missão, visão e valores, o
seu quadro executivo e os patrocínios realizados nas áreas de cultura, desporto e tecnologia.
Além disso, com o objectivo de alcançar o apoio da comunidade como um todo e reforçar o
compromisso da empresa com a Responsabilidade Social, é publicado anualmente o relatório
das acções sociais desenvolvidas e todos os investimentos realizados na área de cultura, saúde
e meio ambiente.
O jornal interno é também e um dos canais de gestão utilizados pela empresa, uma vez que

atinge todos os funcionários. A publicação aborda temas estratégicos, como políticas da

empresa, treinamentos operacionais e comportamentais e segurança no trabalho, além das

seções sobre lazer, cultura e nascimentos dos filhos dos funcionários, entre outros.

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O jornal mural, estrategicamente localizado em cada sector da empresa, tem linguagem
acessível a todos os níveis hierárquicos e é o canal para divulgar aniversariantes do mês,
convocação de treinamentos, tabelas de campeonatos esportivos e palestras de
conscientização sobre saúde, segurança e higiene.
A empresa também conta com a Intranet que é utilizada para divulgar informações sobre a
empresa e de utilidade para cerca de 500 funcionários. Esse recurso é especialmente útil para
as unidades do interior, por ser uma forma mais fácil e rápida de acesso às informações. Há
ainda galeria de fotos, programação semanal de cinema e outros dados relevantes para o
alinhamento dos funcionários com a empresa e sua estrutura.

Observou – se que a empresa utiliza como canais de comunicação: o correio electrónico


como ferramenta de comunicação dentro da organização. Televisores que garantem a
transmissão de notícias do dia-a-dia. Grande maioria dos funcionários tem como preferência
a utilização de comunicação escrita e oral, pois possuem dificuldades na utilização de meios
como email e consequentemente preferem se comunicar directamente, seja pessoalmente, por
telefone ou por vídeo conferência.
A principal falha na comunicação na FEM é referente a falta de treinamentos específicos para
estimular o desenvolvimento da equipe, haja visto que muitos estão ocupando o mesmo cargo
a muito tempo e não acompanharam o desenvolvimento tecnológico e o processo de mudança
na comunicação empresarial. Pode-se considerar, portanto, que é evidente que algumas
pessoas de vários sectores possuem dificuldades em manter uma comunicação a nível
estratégico, com qualidade na informação a ser passada e na interpretação da ideia
transmitida. Com isso, para que a empresa melhore seus resultados é necessário que
estimulem seus funcionários a se especializarem e buscarem melhorar a cada dia a
comunicação, assim como investir em treinamentos internos como “comunicação assertiva” e
dinâmicas em grupo.
Outra falha é da ausência de segregação de funções definida de forma definitiva. Todos
fazem as mesmas actividades à medida que elas vão surgindo e a necessidade aumentando. O
fato de todos executarem a universalidade dos procedimentos decorrentes da actividade está
impossibilitando um aperfeiçoamento mais aprofundado acerca de cada tarefa, aumentando
consequentemente a frequência de erros não somente ligados a aritmética dos cálculos mais à
selecção de clientes.

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Percebe- se a inexistência de uma comunicação interna verticalizada. Muitas vezes o que se
tem é a comunicação horizontal ou lateral, isto é, as informações são passadas de forma
interdepartamental, podendo assim ligar e unir os componentes de uma organização serve
como força coordenadora e integradora dentro da estrutura empresarial somente entre as
pessoas do mesmo suposto nível hierárquico. Avalia-se também a inexistência de um trabalho
em equipe. Na empresa ainda existe aquela ideia convencional de que é suficiente a
informação passada quase que exclusivamente às pessoas supostamente mais importantes do
negócio. A informação geralmente chega ao todo da empresa com um carácter puramente
coordenativo, sem explicações ou razões de sê-lo. O fluxo de informação com origem na
direcção chegou aos demais membros da organização através da linha hierárquica,
procurando:
 Enviar instruções múltiplas ao longo da hierarquia;
 Proporcionar aos membros da organização informações relacionadas com os trabalhos
realizados ou a realizar;
 Facilitar um resumo do trabalho executado e motivar os colaboradores para que
reconhecessem e defendessem os objectivos da organização.
Quanto à comunicação ascendente o propósito consistiu em fazer chegar à coordenação do
Agrupamento informações gerais a respeito dos colaboradores da Fabrica de Explosivos de
Moçambique, de modo a proporcionar às chefias o feedback necessário sobre os assuntos e
problemas da organização; ser uma fonte primária de retorno informativo para as direcções e
permitir determinar a efectividade da sua comunicação descendente; e aliviar tensões, ao
permitir aos colaboradores de nível inferior dividir informação relevante com seus superiores
e estimular a participação e compromisso de todos.
Por fim, a comunicação descendente fluiu entre as pessoas consideradas iguais em hierarquia
na organização, facilitando a boa coordenação de tarefas e permitindo aos membros da
organização estabelecerem relações interpessoais efectivas. Conseguimos assim:
 Comunicar para obter adesão, compromisso e, e por via deste, chegar ao trabalho
conjunto e à ajuda mútua;
 Criar um fluxo de informação frequente e consistente dirigido a todos os púbicos;
 Despertar no grupo a consciência do trabalho desenvolvido pela escola e da parte que
lhe compete no esforço colectivo para o seu crescimento e visibilidade enquanto
organização e na prossecução do seu projecto educativo;

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Os níveis de comunicação verificados na FEM são: Intrapessoal e Grupal. No nível de
comunicação intrapessoal é feita atreves de opiniões, relatos e experiencias transcendentes.
Enquanto no nível grupal é feita através de experiencias profundas, necessidades e desejos de
cada envolvido no acto comunicativo.
As principais barreiras de comunicação verificadas na FEM são: falta de interesse,
preconceitos, não estar aberto ao diálogo, desconfiança, agressividade: todos estes
são exemplos de barreiras comportamentais à comunicação. Elas são causadas pela postura
dos envolvidos na comunicação e a percepção que um tem em relação ao outro.
Os problemas verificados na FEM de falta de comunicação foram: problemas de
relacionamento entre as pessoas, desgaste das relações entre as equipes, perdas produtivas,
perdas financeiras, burocracia nos processos, desalinhamento das metas, Pouca visibilidade
de desenvolvimento da equipe, pouco feedback e pouca visibilidade de desenvolvimento da
equipe.

CAPÍTULO V: CONCLUSÃO E SUGESTÕES


5.1. Conclusão
O processo de comunicação é uma das bases mais importantes da estrutura organizacional,
que afectam directamente o seu funcionamento. Por meio da comunicação, os integrantes dos
grupos deveriam trabalhar juntos na realização das actividades. Os padrões de interacção
utilizados na comunicação são muito variados. A organização pode ter diversos tipos de
comunicação na sua estrutura: ascendente, descendente e transversal ou vertical, diagonal ou
horizontal. A falta de comunicação ou a comunicação insuficiente entre as pessoas na
organização é um ponto fundamental que pode prejudicar seriamente a Gestão da
Informação, havendo assim uma relação directa entre esses dois temas, onde o gestor não
pode tomar decisões sem interligá-los. Os resultados obtido mostram que com relação ao
problema maior, ou seja, a falta de comunicação interna, não foi possível a sua eliminação
imediata, porém, com o decorrer do tempo, percebeu- se que a interacção entre os sectores,
ou melhor, que a dependência de um sector com relação ao outro, na execução das
actividades, propiciou o exercício da comunicação.
As informações que antes eram passadas somente para algumas pessoas que por sinal
também as retinham. Outro factor causador de falhas na comunicação foi a adequação do
volume de actividades para cada funcionário e o consequente controle interno possibilitado
pela segregação de funções, fazendo com que cada actividade tenha seu percurso de execução
com normalidade do início ao fim.

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Em síntese, pode-se dizer que especificamente a esta empresa, a proposta realmente se
configurou como uma solução, já que se constatou que o problema maior encontrado na
mesma, isto é, a falta de comunicação, é passível de reversão quando da aplicabilidade duma
metodologia que possa enquadrar todos, que por sua vez, além de amenizar esta dificuldade
maior, também propiciou a solução de outros problemas periféricos à falta de comunicação
com a baixa motivação, a insatisfação nos relacionamentos pessoais e problemas relacionados
à operacionalidade das actividades do dia-a-dia da empresa.
5.2. Sugestões
Findo o estudo, sugere ou recomenda – se a FEM os seguintes pontos:
 Aumentar engajamento das equipes de trabalho;
 Criar novas campanhas ou estratégias para engajamento das equipes de trabalho;
 Eliminar as barreiras físicas e burocráticas;
 Optar mais pelos meios de comunicação tecnológicos para todos colaboradores;

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