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2018
Family Office Report Brasil
Family Office Report Brasil
2018
Índice
Sumário Executivo..............................6
1. Introdução..........................................9
1.1 Conceituação.........................................10
1.2 Objetivos da pesquisa..........................11
1.3 Descritivo da amostra..........................12
2. Segmentação da pesquisa................15
2.1 Objetivos................................................16
2.2 Estrutura familiar..................................18
2.3 Governança............................................19
2.4 Capital financeiro.................................22
2.5 Investimentos........................................24
2.6 Recursos humanos e Estrutura...........27
2.7 Custos....................................................29
4. Conclusão.........................................37
Responsáveis....................................38
Family Offices no Brasil ainda são uma 71% dos Family Offices ainda não pas-
prática recente. 70% possuem menos saram por uma transição geracional.
de 10 anos de existência.
74% dos participantes pensam que é 83% das famílias possuem um Con-
muito importante ter um membro da selho de Família e 75% um Comitê
família na liderança do Family Office. de Investimentos.
ISE
ISE Business
Business School
School &
& lNEO
lNEO 66 Family
Family Office
Office Report
Report Brasil
Brasil 2018
2018
Origem do patrimônio Aumento no patrimônio
Para 44% dos Family Offices, a par- 95% dos Family Offices aumentaram
ticipação na empresa que originou a seu patrimônio em termos reais (acima
riqueza familiar representa mais de da inflação) nos últimos cinco anos.
50% do patrimônio.
Sucessão Filantropia
O maior desafio para as famílias partici- 33% dos Family Offices direcionam
pantes é a preparação dos sucessores. recursos para filantropia.
ISE
ISE Business
Business School
School &
& lNEO
lNEO 77 Family
Family Office
Office Report
Report Brasil
Brasil 2018
2018
1. Introdução
Alguns conceitos relacionados ao universo
dos Family Offices e da gestão do patrimônio
familiar são fundamentais para contextuali-
zar esta pesquisa, assim como para escla-
recer nossas motivações ao desenvolvê-la. A
seguir, introduzimos esses conceitos, melhor
aprofundados no livro A Família Investidora
e o Family Office, que servem de base para
compreender o presente estudo.
ISE Business School & lNEO 99 Family Office Report Brasil 2018
1.1. Conceituação
Quando se fala em Family Office, pode haver como uma “investida” em meio aos demais
dupla interpretação em um primeiro momento. ativos, e a família passa a refletir constante-
Isto ocorre porque, não só no Brasil, mas em mente sobre como manter os interesses da
todo o mundo, existem instituições prestado- própria família e da empresa alinhados.
ras de serviços financeiros e de investimentos
focadas em famílias de alta renda, as chama-
das Multi-Family Offices (MFO). MFOs, por- “Family Office é a estrutura transge-
tanto, são empresas que prestam diferentes racional que dá apoio à família inves-
serviços financeiros e não financeiros e são
tidora na busca de seus objetivos de
remuneradas por isso, assim como setores
private de alguns bancos, por exemplo. Por maneira alinhada e sustentável”
outro lado, o que se chama de Single Family Fonte: A Família Investidora e o Family Office.
ISE Business School & lNEO 10 Family Office Report Brasil 2018
1.2. Objetivos da pesquisa
O conceito de Family Office começou a ama- Durante a etapa de definição do escopo da
durecer no Brasil no final do século XX (um pesquisa e de construção do questionário,
pouco mais tardio quando comparado às rea- conversamos com mais de dez Family Offices,
lidades norte-americana e europeia) e, desde de diferentes tamanhos, a fim de entender
então, suas práticas vêm se aprimorando gra- quais suas expectativas quanto a um estudo
dualmente. Até o momento, não existiam estu- como esse e validar a relevância das temáticas
dos completos, focados na realidade brasileira, que nos propusemos aprofundar.
que abrangessem os conceitos mais modernos
Com o desenvolvimento e aprofundamento
de gestão e governança do patrimônio familiar.
deste estudo, as famílias investidoras poderão
Por este motivo, a INEO e o ISE Business contar com uma sólida referência e diferen-
School resolveram unir suas expertises nesta tes benchmarks ao pensar e gerir sua própria
pesquisa, que pretende conhecer e comparti- estrutura de Family Office. O material desen-
lhar as melhores práticas desempenhadas por volvido com esta pesquisa também servirá
Family Offices no país, assim como mapear para fundamentar outros estudos e capacitar
os principais desafios e dificuldades enfren- diferentes profissionais que trabalham junto
tados por eles – preenchendo assim essa às famílias investidoras.
lacuna de estudos relevantes sobre o tema
no contexto brasileiro.
ISE Business School & lNEO 11 Family Office Report Brasil 2018
1.3. Descritivo da amostra
O Family Office Report Brasil 2018 foi realizado entre junho e agosto de 2018, quando membros
familiares e executivos dos 24 Family Offices participantes responderam a esta pesquisa. Family
Offices de diferentes regiões do país e de diferentes configurações contribuíram com o estudo.
44%
26%
17%
13%
ISE Business School & lNEO 12 Family Office Report Brasil 2018
Setor da empresa que Relação com a
originou o patrimônio familiar empresa familiar
26%
Industrial
58% dos Family Offices
são independentes da
empresa familiar
15%
Imobiliário
7%
Agronegócios
R$0-100m
7%
Saúde
R$100-500m
8% R$500m–1bi
Outros
R$1– 3bi
*36% das famílias participantes
venderam a empresa familiar R$3bi +
ISE Business School & lNEO 13 Family Office Report Brasil 2018
ISE Business School & lNEO 14 Family Office Report Brasil 2018
2. Segmentação da pesquisa
O Family Office Report Brasil 2018 foi sub-
dividido pelas temáticas mais relevantes
de acordo com alinhamento prévio reali-
zado com diversos Family Offices. Inicia-se
com os objetivos, passando pela estrutura
familiar, práticas de governança, capital
financeiro, investimentos, recursos huma-
nos, estrutura e custos do Family Office.
As respostas e os insights de cada área
seguem nesta ordem.
As vantagens financeiras e melhor controle sobre a gestão de ativos aparecem como o fator mais
importante para os Family Offices, que em média atribuíram grau de importância 6,08 a esse aspecto.
Questões de planejamento e sucessão aparecem em segundo, com 5,88.
ISE Business School & lNEO 16 Family Office Report Brasil 2018
Avaliação de cada um dos Suporte a atividades filantrópicas
objetivos do Family Office pelo Family Office
A maioria dos
6,3 Preservação do patrimônio Family Offices Sim
pesquisados não
33%
Não
5,8 Crescimento do patrimônio suporta ativida- 67%
des filantrópicas.
Nota média em uma escala de 1 a 7, onde 1 é “muito pouco Nota média em uma escala de 1 a 7, onde 1 é “pouca
importante” e 7 “extremamente importante” dificuldade” e 7 “grande dificuldade”
ISE Business School & lNEO 17 Family Office Report Brasil 2018
2.2. Estrutura Familiar
Os membros familiares das diferentes gera- Número de membros da família que
ções são, ou serão, os beneficiários do Family participam, em tempo parcial ou
Office que têm um papel chave na sucessão integral, da gestão do Family Office
familiar. Nesta seção buscamos caracterizar 5 ou
em que momento os participantes estão na mais 17%
linha do tempo, quais gerações são atendidas e 4 8%
como a família se envolve com o Family Office. 3 25%
2 13%
Gerações atendidas pelo Family Office 1 29%
O 8%
90%
0% 5% 10% 15% 20% 25%
80% 88%
70%
Em 29% dos Family Offices pesquisados, apenas um
60%
50% membro da família participa da gestão do FO. 17%
40% 50% 46% dos Family Offices possuem mais de 5 membros da
30%
20%
família participantes em tempo parcial ou integral.
10% 4% 4%
0%
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª
88% dos Family Offices ainda atendem à primeira
geração. 8% dos Family Offices atendem famílias Grau de dedicação média dos membros da
já nas quarta e quinta gerações.
família que participam do Family Office
ISE Business School & lNEO 18 Family Office Report Brasil 2018
2.3. Governança
No plano teórico sabe-se que a governança tem papel fundamental na profissionalização da
gestão no meio corporativo. Nesta seção buscamos saber como os Family Offices têm adotado
práticas de governança para gerir seu patrimônio.
50%
Porcentagem de Family Offices que
possuem um Comitê de Investimentos
Sim, mas de
maneira mais informal 42% 33% 25%
Sim, formal Sim, Não
informal
42% dos pesquisados possuem Comitê de Inves-
timentos formal, e 33% de informal. 1/4 dos pes-
Número de membros da família que fazem quisados não possui Comitê de Investimentos.
4 ou 5 2-3 pessoas
ISE Business School & lNEO 19 Family Office Report Brasil 2018
Quantidade de membros externos e de membros independentes no FO
8% Comitê de Auditoria
8% Comitê de Filantropia
ISE Business School & lNEO 20 Family Office Report Brasil 2018
Confirmação sobre existência de Política de investimentos do Family Office
38% 62%
Não possui Possui 53%
CDI
13%
Retorno absoluto
ISE Business School & lNEO 21 Family Office Report Brasil 2018
2.4. Capital Financeiro
Caracterizada a origem do patrimônio familiar, esta seção do estudo busca entender a relação
da empresa que originou a riqueza familiar com o restante do patrimônio e como o Family Office
percebe este ativo a partir deste momento.
Porcentagem de FOs cujo valor total dos ativos sob sua gestão
engloba a empresa que originou a riqueza da família
Não 59% 41% Sim 41% dos Family Offices possuem uma visão global do seu
patrimônio, incluindo a empresa familiar.
Porcentagem de FOs cujo valor total dos ativos sob sua gestão
engloba a empresa que originou a riqueza da família
ISE Business School & lNEO 22 Family Office Report Brasil 2018
Porcentagem da alternativa que melhor descreve a tendência para o
médio e longo prazo sobre a empresa da família (quando há)
Família tende
35% a diminuir sua
participação na
empresa para
A empresa já foi vendida
diversificar
seu patrimônio,
mas mantendo-a
com a família
ISE Business School & lNEO 23 Family Office Report Brasil 2018
2.5. Investimentos
A estratégia de gestão e alocação dos ativos é reflexo daquilo que as famílias têm como objetivo
para seu patrimônio, de seu perfil como família investidora e de sua política de investimentos.
Agronegócios 4%
19% Equities
Private Equity 9%
14% Fundos
(multimercados, long/short)
ISE Business School & lNEO 24 Family Office Report Brasil 2018
Porcentagem do portfolio Tendência da alocação de
atualmente no exterior ativos no exterior
Menos de 10% do portfolio 57%
15% dos family offices Aumentar a exposição
da carteira a ativos no
De 10% a 20% exterior
20%
De 21% a 30%
10%
30%
Diminuir a exposição
De 31% a 50% a ativos no exterior
33%
20% Manter como está direcionando mais
De 51% a 70% investimentos no Brasil
10%
De 71% a 90%
5%
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%
10% 11,2
10,0 10,0 10,0 9,7
5%
0%
Cada marcação se refere a um Family Office. Nem todos os participantes responderam esta questão.
ISE Business School & lNEO 25 Family Office Report Brasil 2018
Coinvestimento
Realizar investimentos junto a outros Family Offices ou fundos se mostra uma boa opção para a maioria
dos participantes. Acessar oportunidades diferenciadas junto a outros Family Offices mostra-se a prin-
cipal motivação.
55% Sim
64%
Fundos
36%
Risco relacionado à contraparte
27%
Dificuldade em fazer due dilligence no parceiro
ISE Business School & lNEO 26 Family Office Report Brasil 2018
2.6. Recursos Humanos e Estrutura
Dois terços dos Family Offices possuem um membro da família como principal executivo. Uma
preocupação comum em famílias que planejam estruturar o seu Family Office é justamente a
de não constituir uma estrutura inchada. A pesquisa mostrou que mais da metade dos partici-
pantes possui até 5 colaboradores.
33%
33%
Não R$ 400 mil - R$ 800 mil
11%
Para 2/3 dos Family Offices o principal executivo
R$ 800 mil - R$ 1.200 mil
é membro da família.
6%
Acima de R$ 1.200 mil
11%
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%
Número de pessoas, excluindo Para 39% dos Family Offices a remuneração anual
os membros da família, que do principal executivo está abaixo de R$ 200 mil.
trabalham no Family Office
ISE Business School & lNEO 27 Family Office Report Brasil 2018
O Family Office utiliza softwares
para as seguintes necessidades
68%
utiliza
Armazenamento 80%
de dados
Consolidação 53%
dos investimentos
Gestão de 53%
portfólio
Gestão 20%
de risco
Comunicação 20%
e governança
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
ISE Business School & lNEO 28 Family Office Report Brasil 2018
2.7. Custos
Custos administrativos anuais Custos anuais relacionados
Percentagem do patrimônio sob gestão do Family Office que aos investimentos
representa os custos administrativos anuais (ex. estrutura física, Percentagem do patrimônio sob gestão do Family Office que
pessoas, sistemas) representa os custos anuais relacionados aos investimentos do
mesmo (ex. fees de gestores, taxas de administração e custódia,
comitê de investimentos)
Não possuem estes
dados com precisão
Não possuem estes
14% dados com precisão
Menos de 0,1% 5%
11% Menos de 0,1%
do patrimônio 10%
do patrimônio
95%
86%
20% De 0,61% a 1%
6% De 0,61% a 1%
6% Acima de 1%
5% Acima de 1%
44% dos participantes relataram ter custos adminis- As respostas mostraram que os Family Offices
trativos anuais entre 0,1% a 0,3% dos ativos, outros possuem mais controle sobre as atividades de
33% possuem custos entre 0,3% e 0,6% ao ano. investimento do que sobre as administrativas e,
ao mesmo tempo, elas representam a maior parte
dos custos dos Family Offices.
ISE Business School & lNEO 29 Family Office Report Brasil 2018
ISE Business School & lNEO 30 Family Office Report Brasil 2018
3. Food for Thought
A análise dos dados coletados permitiu obser-
var uma série de associações entre diversas
variáveis que conduziram a alguns insights
interessantes. Embora seja impossível esta-
belecer relações de causa e efeito de maneira
patente, certas correlações observadas suge-
rem hipóteses relevantes e motivam novas
pesquisas no futuro, a fim de melhor com-
preender a dinâmica de atuação dos Family
Offices no Brasil.
0% 0%
Retorno Bruto Retorno Bruto Retorno Bruto Retorno Bruto
2017 dos últimos 5 anos 2017 dos últimos 5 anos
0%
Retorno Bruto Retorno Bruto
2017 dos últimos 5 anos
ISE Business School & lNEO 32 Family Office Report Brasil 2018
3.1.5. Coinvestimento esteja associado a maiores retornos não parece
Entre os Family Offices que realizam investimen- uma correlação espúria – ainda que não seja pos-
tos com outras famílias ou organizações, o retorno sível descartar esta hipótese por completo. Ao
bruto médio dos últimos cinco anos foi de 14,99% contrário, essas associações sugerem que aque-
ao ano (20,09% em 2017); entre os que não les Family Offices capazes de implantar esses e
praticam coinvestimento, esta taxa é de 12,95% outros mecanismos de governança conseguem
ao ano (16,28% em 2017). Uma possibilidade é extrair melhores retornos de suas estruturas de
que a experiência de investir em conjunto com gestão patrimonial. Os possíveis mecanismos que
outras famílias ou fundos proporcione absorção explicam esta relação são diversos: menores con-
de boas práticas, acesso a boas oportunidades flitos de interesses, maior facilidade para identi-
de investimento e uma relação de governança ficar boas oportunidades de investimento, maior
mais profissional. facilidade para desenhar e implantar políticas de
gestão de risco, além da facilidade de atração
Investimentos com outras famílias ou organizações
de melhores profissionais, etc. Todas estas pos-
Não Sim
20% sibilidades motivam e abrem espaço para novas
20,09 pesquisas acerca do tema no futuro.
15%
16,28 Uma explicação alternativa para as correlações
14,99
10% 12,95 observadas é que os Family Offices que possuem
mais tempo de atuação sejam tanto aqueles que
5%
possuem as estruturas de governança mais sofis-
0% ticadas quanto os que obtêm os maiores retornos.
Retorno Bruto Retorno Bruto
Segundo esta hipótese, tanto as boas práticas de
2017 dos últimos 5 anos
governança quanto os retornos superiores seriam
dois efeitos da mesma causa: o acúmulo de expe-
riência da família e dos gestores. Os Family Offices
de maior idade teriam tido experiências que evi-
Food for Thought denciam a necessidade destas estruturas, assim
Ainda que a análise das respostas obtidas no como o tempo necessário para implantá-las. A
questionário não permita identificar uma relação performance superior poderia ser fruto desta maior
de causa e efeito, todos os cruzamentos de dados experiência acumulada ao longo dos anos, e não
citados apontam para a mesma direção: há uma do nível de governança mais maduro.
associação clara entre boas práticas de gover- Esta hipótese, contudo, implicaria que os Family
nança dos Family Offices e suas performances Offices mais experientes estariam obtendo, em
(medidas pelo retorno bruto obtido nos últimos média, retornos superiores aos mais jovens, o que
anos). (3.1.1) A presença de um Conselho de não se confirma quando a amostra é estratificada
Família, (3.1.2) a existência de regras formais de acordo com os anos de atuação. Entre os Family
quanto à participação de membros da família no Offices que possuem 10 anos ou mais, o retorno
Family Office, (3.1.3) a existência de um Comitê de bruto anual médio dos últimos cinco anos foi de
Investimentos, (3.1.4) a formalização de políticas 14,51% ao ano (18,03% em 2017). Já entre os
de investimento, e (3.1.5) a experiência de investir que possuem 5 anos ou menos de existência, o
em conjunto com outras famílias ou organizações retorno bruto anual médio desde sua fundação foi
são todos sinais de um nível de governança mais de 15,80% ao ano (22,67% em 2017).
maduro. O fato de que cada um desses fatores
ISE Business School & lNEO 33 Family Office Report Brasil 2018
3.2. Idade e estrutura
A divisão por idade dos Family Offices também Os dados também apontam que os Family Offi-
evidencia diferenças na importância relativa aos ces mais antigos frequentemente possuem estru-
seus principais objetivos. Em todas as faixas etá- turas de governança mais elaboradas do que
rias, o primeiro e segundo principais objetivos os mais jovens.
apontados são a “preservação” e o “crescimento
do patrimônio”, respectivamente. Porém, entre os 3.2.1. Governança familiar com
mais jovens (com 5 anos ou menos), o terceiro e um Conselho de Família
quarto objetivos mais importantes apontados são
Entre os Family Offices com 10 anos ou mais, 40%
a “educação da família para se tornarem sócios
afirmam possuir um Conselho de Família que atue
qualificados” e a “educação da família direcionada
de maneira formal. Entre os que possuem menos
a suas carreiras individuais”, respectivamente. Já
de 5 anos, esta taxa é de 25%.
entre os mais antigos (com 10 anos ou mais), o
terceiro objetivo apontado é a “união familiar”, Possui uma governança familiar com um Conselho de Família
10 anos ou mais
40% 50% 10%
Entre 5 e 10 anos
50% 16,7% 33,3%
10 anos ou mais
60% 30% 10%
ISE Business School & lNEO 34 Family Office Report Brasil 2018
3.2.3. Regras formais sobre a 3.2.5. Coinvestimento
participação de membros familiares 78% dos Family Offices com 10 anos ou mais
60% dos Family Offices com 10 anos ou mais realizam investimentos com outras famílias ou
possuem regras sobre a participação de membros organizações. Entre os que têm 5 anos ou menos,
familiares no Family Office. Entre os que possuem esta taxa é de 50%.
5 anos ou menos, esta taxa é de 37,5%. Realiza investimentos com outras famílias ou organizações
Existem regras sobre a participação de membros Menos de 5 anos
familiares no Family Office ou contratação de 50% 50%
parentes para prestar serviços ao Family Office
Não Sim
60% 40% Entre 5 e 10 anos
20% 40% 40%
33,3% 66,7%
10 anos ou mais
37,5% 62,5%
78% 22%
Sim
Menos de
Não, mas pretendemos realizar
5 anos Não realizamos nem planejamos realizar
Entre 5 e
10 anos
10 anos
ou mais
Menos de
5 anos
Entre 5 e
10 anos
10 anos
ou mais
ISE Business School & lNEO 35 Family Office Report Brasil 2018
ISE Business School & lNEO 36 Family Office Report Brasil 2018
4. Conclusão
Esta é a primeira edição do Family Office Vislumbra-se um grande potencial de aprofun-
Report Brasil. A amostra de participantes se damento deste estudo, tanto na quantidade
mostrou significativa considerando a varie- de participantes como na profundidade dos
dade de respostas no que tange ao tama- assuntos abordados. Algumas pautas que têm
nho de patrimônio, ano de fundação e outras despertado interesse entre as famílias investi-
características. Essa iniciativa representa um doras incluem: investimentos de impacto, resi-
primeiro esforço no sentido de mapear a rea- dência fiscal e estruturas jurídicas e tributárias.
lidade, os desafios e as melhores práticas do
Agradecemos às famílias e executivos que
crescente universo de Family Offices no Bra-
se disponibilizaram a participar deste estudo
sil – ocupando, assim, uma lacuna na litera-
e contamos com sua participação nas
tura disponível.
próximas edições.
www.ise.org.br www.ineo.fo
ISE Business School & lNEO 38 Family Office Report Brasil 2018
ISE Business School & lNEO 39 Family Office Report Brasil 2018
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2018