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Apenas 5% das empresas familiares conseguem atravessar as gerações e chegam até os netos
dos fundadores no Brasil. É o que apontou um estudo recente realizado em parceria entre o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Sebrae. Uma estatística alarmante,
visto que estes negócios representam 90% dos empreendimentos do país, sendo responsáveis
diretamente por 65% do Produto Interno Bruto (PIB) e por cerca de 75% da força de trabalho.
Uma das estratégias mais eficientes para impedir a diluição do patrimônio e conservar a
harmonia do ambiente familiar é a elaboração de um planejamento sucessório adequado.
Dessa forma, como o próprio nome indica, é possível estruturar de forma organizada a
continuidade dos negócios, bem como a transmissão de bens aos herdeiros de forma correta.
Geralmente esse é um ponto sensível nas famílias por dois fatores: falta de interesse dos
líderes em antecipar os problemas futuros; ou desconhecimento e despreparo para conduzir o
processo de forma profissional. Para ter acesso a esses benefícios, é necessário seguir de
forma atenta três etapas da estruturação: a constituição da empresa; a integralização dos bens;
e o acordo de acionistas e regras de sucessão.
Amparada pela lei brasileira das S/A (criada em 15/12/1976), essa personalidade jurídica
protege todos os dados sensíveis dos envolvidos, evitando vazamentos e roubos de dados
pessoais e financeiros. A Holding também é estruturada de acordo com as atividades
previstas nos Códigos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).
Para os imóveis, são exigidas algumas solicitações específicas. Com a apresentação dos
títulos dos imóveis junto aos órgãos competentes e os respectivos registros de transferência, o
documento de integralização é redigido. Esse processo garante a proteção jurídica e isenção
de Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Por fim, toda a operação é
comunicada à Junta Comercial, oficializando a transferência do imóvel em todos os órgãos.
Quando bem conduzida, a integralização de dinheiro é considerada uma das mais simples. A
operação tem início com o registro junto à Receita Federal. A transferência é realizada
através do banco responsável, com todo o processo sendo protocolado na Junta Comercial,
que arquiva o aumento de capital da Holding.