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Uma das mudanças mais sentidas, neste cenário, foi a nossa relação com o dinheiro, imóveis
e patrimônio de maneira geral. Com cerca de 684 mil vítimas no Brasil pela Covid-19 até
agosto deste ano, muitas pessoas modificaram a sua visão de mundo a respeito da
preservação patrimonial e atenção voltada aos investimentos.
Segundo relatório divulgado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados
Financeiro e de Capitais (Anbima), aproximadamente 69% da população brasileira das
classes A e B deixam de enriquecer todos os dias. Em outras palavras, pouco mais de 30%
das pessoas com maior concentração de renda no Brasil procuram estratégias para aumentar o
próprio patrimônio.
De acordo com o estudo, essa parcela da sociedade ainda se mostra passiva e não se protege
de forma adequada dos efeitos da inflação do país, que, atualmente, supera a taxa anual de
11%.
A estruturação de Holdings vem sendo cada vez mais utilizada pelos brasileiros para a
proteção de bens ou multiplicação do capital. Essa estratégia jurídica visa a economia de
recursos, blindagem patrimonial total, simplificação da sucessão de bens aos herdeiros, entre
outros benefícios.
Podemos entender a Holding como uma empresa responsável pela gestão do patrimônio. O
conceito tem origem no verbo em inglês “to hold”, que pode ser traduzido como o “ato ou
ação de segurar”. No séc. XV, o termo evoluiu, ganhando o significado de “aquilo que é
mantido” ou "propriedade protegida”.
Desde então, o conceito desenvolveu-se como uma estrutura jurídica sofisticada, atuando
como uma empresa de participações ou sociedade controladora, tornando-se referência no
mundo dos negócios e influenciando toda a cultura empresarial nacional e internacional.
O conceito jurídico de Holding de participações foi oficializado no Artigo 2º: "Pode ser
objeto (social) da companhia qualquer empresa de fim lucrativo, não contrário à lei, à ordem
pública e aos bons costumes…”. De acordo com o Parágrafo 3º, “A companhia pode ter por
objeto participar de outras sociedades; ainda que não prevista no estatuto, a participação é
facultada como meio de realizar o objeto social, ou para beneficiar-se de incentivos fiscais”.
As Holdings Patrimoniais são consideradas umas das estruturas jurídicas mais sofisticadas
para a blindagem dos bens, auxiliando diretamente na redução de impostos e proteção fiscal,
contábil e tributária. Desta forma, os dados pessoais e financeiros ficam protegidos, evitando
bloqueios em ataques judiciais.
Além disso, o passo a passo para abrir a Holding deve ser seguido à risca, do planejamento à
execução, incluindo a manutenção da estrutura. Devido à complexidade da operação, é
fundamental contratar o serviço de uma empresa especializada para evitar imprecisões
durante a constituição.