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DIREITO EMPRESARIAL I

Professor:

Francisco Valdece Ferreira de Sousa

valdece10@gmail.com
DIREITO EMPRESARIAL I Aula nº. 02

BIBLIOGRAFIA:

01.- CÓDIGO COMERCIAL;


02.- CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO;
03.- CONSTITUIÇÃO FEDERAL;
04.- DÓRIA, Dilson. CURSO DE DIREITO COMERCIAL. São Paulo: Saraiva;
05.- REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial, SP: Saraiva;
06.- RIBEIRO, Cláudia e MENEZES, Priscila. TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL, Rio de
Janeiro: FGV;
07.- TEIXEIRA, Tarcisio. DIREITO EMPRESARIAL SISTEMATIZADO. SP: Saraiva.

08.- RIZZARDO, Arnaldo. Direito de Empresa. Rio de Janeiro: Editora Forense.


DIREITO EMPRESARIAL I
01.- LIVRE INICIATIVA.
DIREITO EMPRESARIAL I
PRINCÍPIOS DO DIREITO EMPRESARIAL
01.- LIVRE INICIATIVA.
Segundo ministério de Fábio Ulhoa, o princípio da livre iniciativa se desdobra
em quatro condições para o funcionamento eficiente do modo de produção
capitalista, quais sejam:
a) Imprescindibilidade da empresa privada para que a sociedade tenha acesso
aos bens e serviços de que necessita;
b) Busca do lucro como principal motivação dos empresários;
c) Necessidade jurídica de proteção do investimento privado;
d) Reconhecimento da empresa privada como polo gerador de empregos e
riquezas para a sociedade.
DIREITO EMPRESARIAL I
PRINCÍPIOS DO DIREITO EMPRESARIAL
01.- LIVRE INICIATIVA.
Necessário ressaltar que embora a nossa Constituição garanta a livre- iniciativa
assegurando a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, ela
própria restringe esse princípio ao condicioná-lo ao atendimento de qualificações
profissionais ou ao submetê-lo à necessidade de autorização prévia de órgão
público, criando reservas de mercado para os “profissionais regulamentados”.
No Brasil a “regulamentação da profissões”, antes restrita às profissões mais
técnicas, como medicina, engenharia, vem crescendo de forma exponencial, eis
que os praticantes de atividades mais simples perceberam que essa é uma forma
eficiente de reservar mercado para incompetentes, tirando dos consumidores e
passando para os burocratas o direito de decidir que profissional será bem
sucedido em sua área de atuação.
DIREITO EMPRESARIAL I
02.- FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA.
DIREITO EMPRESARIAL I
02.- FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA.
É a partir do direito de propriedade e da função social da propriedade
que surge a função social da empresa como princípio geral da atividade
econômica.
A empresa é uma atividade econômica organizada para a produção ou a
circulação de bens ou serviços, utilizando, para tanto, os chamados
‘bens de produção”, assim, como a propriedade ou o poder de controle
desses bens está sujeita ao cumprimento de uma função social, o
exerc´cicio da empresa deve cumprir uma função social especifica que
estará satisfeita quando houver a criação de empregos, pagamento de
tributos, geração de riquezas, contribuição para o desenvolvimento
econômico, social,, cultura do entorno, com a adoção de práticas
sustentáveis e respeito aos direitos dos consumidores.
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03.- LIVRE CONCORRÊNCIA.
O Estado se propõe a concretizar o princípio da livre concorrência
coibindo as práticas de concorrência desleal e o abuso do poder
econômico, caracterizando-os como infração contra a ordem
econômica.
04.- TRATAMENTOFAVORECIDO ÀS MICROEMPRESAS E ÀS EMPRESAS DE
PEQUENO PORTE.
A legislação tributária prevê tratamento especial às microempresas e
empresas de pequeno porte visando incentivá-las pela simplificação
de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e
creditícias.
DIREITO EMPRESARIAL I

05.- PRINCÍPIO DA PRESERVAÇÃO DA EMPRESA.


A legislação brasileira busca incessantemente preservar as empresas
assegurando, em situações de dificuldades econômicas, meios para
recuperação, possibilitando, quando das ações de exceção, que a
satisfação do credo se faça da forma menos gravosa para a empresa
devedora, possibilitando, ainda, mediante lei especifica, que a
empresa possa apresentar um projeto de recuperação para evitar a
declaração de falência e por consequência o fechamento de postos
de trabalho – Lei de falência e recuperação de empresas.
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06.- DEFESA DO CONSUMIDOR.


A sociedade e as relações interpessoais sofreram grandes alterações. Diferente
do que se tinha em outras épocas, hoje as pessoas vivem num mundo, em que se
verifica, principalmente após as revoluções industriais e tecnológicas, a
produção, a distribuição e o consumo em massa.
Nesse contexto, aquele que produz é justamente o que possui o conhecimento e
a informação adequada acerca das características e riscos do produto e do
serviço, restando certo que a ausência de informação adequada sobre as
características e riscos dos produtos e serviços, produz uma flagrante
desigualdade entre o detentor do conhecimento técnico (fornecedor) e o
destinatário dos bens de consumo (consumidor), dando ensejo a uma relação
jurídica desequilibrada.
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06.- DEFESA DO CONSUMIDOR.


No ordenamento jurídico pátrio, com o fim de tutelar essa pessoa mais fraca da
relação jurídica de consumo, a CF/88 erigiu sua tutela o direito e garantia
fundamental prevista no artigo 5º, XXXII, bem como, ao princípio da ordem
econômica estabelecido no artigo 170, V.
Ademais, no artigo 48 do ADCT impôs ao Congresso Nacional a elaboração de um
Código de Proteção e Defesa do Consumidor, norma de ordem pública e interesse
social, nos termos de seu artigo 1º.
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DEFESA DO MEIO AMBIENTE.
DIREITO EMPRESARIAL I
07.- DEFESA DO MEIO AMBIENTE.
No passado, a preocupação com o meio ambiente era vista com um aspecto
econômico, tendo como prioridade a aceleração, o crescimento e o desenvolvimento
a todo custo, não observando métodos destrutivos do meio ambiente.
A luta pelo meio ambiente ganhou impulso a partir das conferência das Nações
Unidas sobre o meio ambiente, encontro realizado em 1972 mundialmente, na
Suécia, do qual resultou a Declaração de Estocolmo.
Já no Brasil, os primeiros sinais de saturação dos recursos naturais, ocorreram na
década de 80, levantando a preocupação dos estudiosos e das pessoas que
diretamente mantinham contato com o meio ambiente.
A CF/88 introduziu regras e princípios ambientais modernos, concebendo a defesa do
meio ambiente como um dos princípios norteadores da ordem constitucional
econômica.
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08.- REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES REGIONAIS E SOCIAIS.
O desenvolvimento econômico deve atuar na redução das desigualdades regionais e
sociais do país. Nesse sentido, os atores econômicos, e fundamentalmente o Estado,
têm o dever de evitar as desigualdades.
Diante das dimensões continentais do Brasil, é sobremodo importante que o Governo
busque promover o desenvolvimento mais equilibrado possível entre as diferentes
regiões do país e determinadas atividades econômicas. Seria então necessária a
melhor distribuição de renda, soi possível com o aumento da produção, do que
resultará maior geração de emprego e de renda, o que estimula cada vez mais o
consumo. Consumo este que não se limita mais à subsistência, mas que se expande
para que as pessoas possam satisfazer os seus desejos.
Assim, a redução das desigualdades tem como objetivo principal assegurar uma
existência digna.
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09.- BUSCA DO PLENO EMPREGO.
A ordem econômica tem o fim de assegurar a todos uma existência digna,
conforme os ditames da justiça social. Garante-se então a busca pelo pleno
emprego, princípio que está intimamente relacionado ao direito à vida, uma vez
que para a maioria da população é desta remuneração pelo trabalho prestado
que se obtém os recursos indispensáveis para sua sobrevivência.
Uma política de pleno emprego depende dos agentes desenvolvedores de
atividades econômicas, requerendo assim a intervenção do Estado a fim de
remover entraves econômicos. Destarte, a busca pelo pleno emprego é uma
forma de garantir a função social da propriedade, e serve também de direção
para o desenvolvimento de políticas públicas do Estado, no sentido de criação de
postos de trabalho e desenvolvimento do país proporcionando justiça social e
existência digna a todos.

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