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UNIVAG - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE

CURSO - DIREITO NOTURNO


TURMA-2021/2

PROJETO INTEGRADOR
TEMA: DIREITO SOCIETÁRIO

Várzea- Grande – MT
2024

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Daniella Nascimento
Karen Leticia Pereira Flores
Raul Martins Zaire de Guiné

PROJETO INTEGRADOR
TEMA: DIREITO SOCIETÁRIO

Atividade da matéria Projeto Integrador, 6º Semestre


do curso de Direito, apresentado ao Univag - Centro
Universitário, como requisito básico para a
conclusão desse Semestre.
Orientador (a):prof. Rosana Rocha

Várzea Grande – MT
2024

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1. CONCEITO

O Direito Societário é um ramo do Direito responsável por estudar as


sociedades empresariais, no caso as pessoas jurídicas de direito privado, a
sociedade se trata de uma junção de pessoas com o intuito em comum de
explorar uma atividade afim de obter os máximos lucros.

Encontramos várias definições para os conceitos de empresa, sendo


certo que alguns autores procuram sempre destacar conceitos abstratos a
abranger todos os tipos de empresas, como por exemplo Paul Rebaud e Henri
Guiton, parafraseando o autor Walter Brasil Mujalli, este tem a seguinte opinião
acerca do que seria uma empresa: ‘Uma organização da produção, na qual se
combinam os preços dos diversos fatores da produção, trazidos por agentes
distintos do proprietário da empresa, com o fito de vender bens ou serviços no
mercado para obter, pela diferença entre dois preços (o de revenda e a venda),
o maior ganho monetário possível’.

O Direito Societário se trata de um ramo do Direito Empresarial, sendo


que este trata todas as relações empresarias, já o Direito societário rege as
relações da sociedade em si, formas de constituição e relação entre os sócios,
contratos de acionistas, entre os mais variados temas dessa seara.

A importância do Direito societário se dá principalmente no aspecto


preventivo, onde através de contratos bem elaborados e com regras claras e
bem definidas, a relação entre sócios e acionistas se dê de forma a não
comprometer o desempenho da organização.

Temos também a vertente consultiva do Direito societário, de maneira


que no momento da constituição da sociedade, todos os aspectos legais e
práticos daquela empresa sejam formalmente analisados, a fim de que a
melhor opção de enquadramento empresarial e tributário seja escolhida,
levando sempre em considerações os fatores que abrangem aquele segmento
de atuação.

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2. PRINCÍPIOS

Os princípios do Direito Societários podem ou não estarem explícitos em


nossa carta magna (CF 88), muitos deles surgem através de interpretações
que direcionam os julgamentos e aplicações da legislação. Ainda vale ressaltar
que estes princípios tem como função o equilíbrio dos interesses da sociedade
como um todo, equacionamento as funções de lucro e funções socias das
empresas.

2.1. PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE INICATIVA

Previsto constitucionalmente, no art. 170, este é um dos princípios


basilares do sistema capitalista e guarda relação com o princípio da
propriedade privada. Prevê que todos têm o direito de constituir uma sociedade
ou atividade econômica com pretensão de lucro, desde que assegurados os
aspectos legais de sua produção.

2.2. PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE CONCORRÊNCIA

Pode-se dizer que este princípio atua como complementar ao da livre


iniciativa, visto que ambos são pilares estruturais do capitalismo. Previsto na
Constituição Federal, art. 170, IV, tem como objetivo não só a proteção da
sociedade – enquanto há concorrência, promove-se a melhoria da qualidade
dos produtos bem como a redução do seu preço – mas também a proteção da
atividade econômica, evitando a concorrência desleal.

2.3. PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA

A função social da empresa se ampara no princípio da função social da


propriedade. Aqui se considera que a empresa, para além de gerar lucro, deve
promover o desenvolvimento da sociedade tais como gerar riqueza e
empregos. Para além disso, é necessário que atue de modo a estar de acordo
com a legislação vigente, protegendo o meio ambiente e respeitando o direito
do consumidor.

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2.4. PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO

Garantido no art. 5º, XX, da Constituição, esse princípio assegura que


ninguém pode ser compelido a associar-se ou forçado a permanecer em
sociedade, sendo necessária a vontade das partes. Com relação a este
princípio, é importante observar que há divergência doutrinária quanto a se
tratar de princípio de direito societário e empresarial. Além disso, deve ser
destacado o fato de que a saída do sócio pode ser condicionada à previsão
contratual e estrutura da sociedade.

2.5. PRINCÍPIO DA PRESERVAÇÃO DA EMPRESA

Considerando a importância dada à empresa dentro da sociedade, o


princípio da preservação da empresa tem por finalidade que institutos sejam
utilizados para a manutenção de seu funcionamento. Este princípio não é
previsto legalmente, mas surge da interpretação da norma constitucional e da
legislação. São aspectos deste princípio a recuperação judicial e a
desconsideração da personalidade jurídica, por exemplo.

2.6. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PATRIMONIAL DA


SOCIEDADE EMPRESÁRIA

Diferenciar a sociedade empresária da pessoa física empresária. Este é


o mote do princípio da autonomia patrimonial. Atua como segurança para os
credores e também para os sócios, pois o patrimônio da empresa não se
misturará ao patrimônio dos sócios, exceto em casos específicos e quando não
há mais patrimônio da empresa para arcar com débitos junto a credores.

2.7. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DE VONTADE

Este princípio guarda estreita relação com os contratos. Isso porque


prevê que os sujeitos são livres para contratar ou serem contratados de acordo
com sua vontade, bem como também é assegurada a sua liberdade quanto ao

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teor do contrato. A limitação a este princípio se dá quanto a sua legalidade. Ele
é válido contanto que seu objeto seja lícito.

2.8 PRINCÍPIO DA INERÊNCIA DO RISCO

Observado de maneira implícita no regramento brasileiro, este princípio


se fundamenta no fato de que o risco da empresa extrapola a vontade dos
sócios, sendo imprevisíveis as crises. Este risco, entretanto, não desonera o
sócio de sua responsabilidade.

7. BIBLIOGRAFIA

MUJALI, Walter Brasil. Direito de Empresa: Sinopse do Código Civil. 1. ed.


São Paulo: Suprema Cultura, 2006.

DIREITO DE EMPRESA, Conceito econômico de empresa, pp. 50.

Manual de Direito Comercial - Direito Empresarial. Conceito de sociedade


empresária, pp. 135/136.

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