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FACULDADE DE DIREITO
DIREITO EMPRESARIAL
PROF. LUIZ DANIEL RODRIGUES HAJ MUSSI
Yasmin L R M de Oliveira
Mas, como a sociedade anônima é apenas uma d diversas formas jurídicas para a
organização de empresas de propriedade conjunta, ela enfrenta os mesmos desafios funcionais
genéricos com que se deparam as demais empresas de propriedade conjunta. Ainda assim, as
sociedades anônimas são a forma de constituição escolhida pela maioria das empresas de grande
porte e, portanto, do ponto de vista prático, a única forma que empresas de propriedade disperda
podem escolher em muitos países. Segundo os autores, isso ocorre porque as características
especificas da forma de S.A. a tornam muito eficaz para minimizar os custos de coordenação.
Além disso, essas mesmas características determinam os contornos específicos de seus
problemas de agencia. O principal objetivo do texto é fornecer uma linguagem comum para
entender as normas societárias.
Dito isso, o texto trata primeiramente da personalidade jurídica. A companhia pode ser
descrita como um nexo para contratos, no sentido de que a companhia serve, fundamentalmente,
de contraparte comum em um grande numero de contratos com quem faz parte da empresa, seja
internamente ou externamente. A primeira contribuição do direito societário é permitir que a
companhia desempenhe papel de coordenação operando como parte contratante única. =
O elemento central da companhia como nexo para contratos é o patrimônio separa, que
consiste na demarcação de um conjunto de bens distintos de outros bens titularizados pelos
acionistas, dos quais a companhia é considerada pelo direito como proprietária. A propriedade
da companhia sobre os bens a ela designados inclui o direito de usa-los, vende-los e
disponibiliza-los para satisfação de seus credores. A função central do patrimônio separado é a
blindagem da pessoa jurídica, porque protege os bens da pessoa jurídica contra os credores de
seus acionistas. Ao isolar o valor da empresa dos negócios financeiros pessoais dos
proprietários da empresa favorece-se a possibilidade de livre circulação das ações da
companhia. Isso garante as contrapartes que o cumprimento contratual será realizado com
referencia ao valor gerado por esse nexo de contratos e pelos bens a eles associados entre os
quais, provavelmente, haverá complementariedades, favorecendo a negociação dos contratos e
a liquidez por parte dos acionistas.
Outra característica importante são as ações transferíveis, que aumentam a liquidez das
participações dos acionistas, facilitando a constituição e a manutenção de carteiras de
investimento diversificadas.
Quanto as fontes do direito societário, cumpre dizer que todos os países com economia
de mercado bem desenvolvida têm pelo menos uma lei geral que estabelece a forma básica de
S.A. com suas cinco características básicas. Assim, os países mais importantes costumam ter
pelo menos uma forma legal distinta especializada para a constituição de companhias fechadas
ou sociedades de responsabilidade limitada. Essas formas normalmente ostentam a maior parte
das características canônicas da forma de S.A. Elas diferem-se das companhias abertas porque
suas ações presumivelmente não são livremente negociáveis no mercado de valores mobiliários.
Ainda, cabe ressaltar que o direito societário pode ter diversos objetivos. Do ponto de
vista normativo, o objetivo geral do direito societário é presumivelmente atender aos interesses
da sociedade como um todo, promovendo o bem-estar agregado de todos que são afetados pelas
atividades da empresa. Isso é o que os economistas caracterizam como persecução do bem-estar
social geral.
Por fim, entende-se que a estrutura do direito societário em determinado país resulta do
padrão de propriedade acionaria desse referido país, sendo determinado por forças externas ao
direito societário.