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Nampula, 2024
Armindo Barroso
Halima Salimo
Sheila Folige
Nampula
2024
Índice
1 Introdução...................................................................................................................3
1.1 Objectivos...................................................................................................................4
1.2 Metodologias..............................................................................................................4
2 Fundamentação teórica...............................................................................................5
2.1.6 Cooperativa..............................................................................................................10
3 Conclusão.................................................................................................................14
4 Referências bibliográficas........................................................................................15
1 Introdução
Ao longo deste trabalho, serão exploradas as formas de organização das empresas quanto
ao regime jurídico, características. Além disso, será analisada a influência de tendências
actuais e futuras na escolha do regime jurídico pelas empresas, bem como os factores que
influenciam essa decisão, tais como o porte da empresa, a natureza da actividade, a
responsabilidade dos sócios e aspectos tributários. Com uma visão abrangente e aprofundada
sobre as formas de organização das empresas quanto ao regime jurídico, este trabalho visa
contribuir para uma compreensão mais sólida e informada das opções disponíveis no âmbito
legal empresarial, fornecendo ferramentas valiosas para a tomada de decisões estratégicas e a
gestão eficaz dos negócios.
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1.1 Objectivos
a) Geral
Analisar e comparar as diversas formas de organização das empresas quanto ao regime
jurídico.
b) Específicos
Explicar os diferentes tipos de regime jurídico para organizações empresariais;
Identificar as características e requisitos de cada forma de organização empresarial;
Identificar as tendências actuais e futuras na escolha do regime jurídico pelas empresas;
Avaliar os factores que influenciam na escolha do regime jurídico, como porte da
empresa, actividade económica e estratégia de negócio.
1.2 Metodologias
Segundo Marconi e Lakatos (2004, p. 44), “método é o caminho pelo qual se chega a
determinado resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de antemão de modo
reflectido e deliberado”. Nesta pesquisa foi aplicada a pesquisa bibliográfica de modo a
garantir o suporte científico mediante o comentário ou estudos que anteriormente forma
desenvolvidos por diversos autores em torno do tema em estudo.
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2 Fundamentação teórica
Outro aspecto importante é que o regime jurídico proporciona um ambiente propício para o
desenvolvimento económico e para o investimento empresarial. Regras claras e transparentes
facilitam a entrada de novos empreendedores no mercado, estimulam o investimento em
novos negócios e promovem a competitividade entre as empresas. Além disso, um regime
jurídico bem estruturado e alinhado com os princípios de justiça e equidade é essencial para
atrair investimentos estrangeiros e para promover o desenvolvimento sustentável de um país
ou região.
Sociedade Anónima;
Sociedade por Quotas;
Sociedade em Nome Colectivo;
Sociedade em Comandita;
Sociedade Unipessoal por Quotas;
Cooperativa;
Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada;
Empresário em Nome Individual.
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2.1.1 Sociedade Anónima
Uma Sociedade Anónima (S.A.) é uma forma de organização empresarial na qual o capital
social é dividido em acções, e a responsabilidade dos accionistas é limitada ao preço de
emissão das acções subscritas ou adquiridas. Conforme definido por Erasmo (2020), "a
sociedade anónima é uma pessoa jurídica de direito privado, com finalidade lucrativa, cujo
capital é dividido em acções, obrigatoriamente nominativas, de responsabilidade limitada dos
accionistas".
Para Requião (2019), a estrutura da S.A. permite uma maior captação de recursos
financeiros por meio da venda de acções no mercado de capitais, facilitando o financiamento
de grandes empreendimentos e incentivando o investimento por parte de um grande número
de pessoas. Além disso, a S.A. possui uma governança corporativa mais complexa, com um
conselho de administração, assembleias de accionistas e órgãos de fiscalização, visando
garantir a transparência e a protecção dos interesses dos investidores.
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2.1.2 Sociedade por Quotas
A Sociedade por Quotas é uma forma de organização empresarial na qual o capital social é
dividido em quotas, que são distribuídas entre os sócios de acordo com suas participações no
empreendimento. Segundo Gonçalves (2017), "a sociedade limitada é uma forma de
sociedade por quotas de responsabilidade limitada, cujo capital social é dividido em quotas de
igual valor, conferindo a seus titulares direitos e obrigações". Nesse tipo de sociedade, a
responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas quotas, proporcionando uma protecção
aos bens pessoais dos empreendedores em caso de dívidas da empresa. A Sociedade por
Quotas é uma opção popular entre pequenas e médias empresas devido à sua simplicidade na
constituição e à flexibilidade na gestão.
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responsabilidade patrimonial pessoalmente comprometida em caso de dívidas ou outras
obrigações da empresa. Essa estrutura societária é mais comum em negócios familiares ou
entre amigos próximos que desejam empreender juntos e compartilhar igualmente os riscos e
os lucros do empreendimento.
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Cada um dos sócios comanditários responde apenas pela sua entrada. Os sócios
comanditados respondem pelas dívidas da sociedade nos mesmos termos da sociedade em
nome colectivo;
A entrada do sócio comanditário não pode consistir em indústria;
Existem duas modalidades de sociedade em comandita: comandita por acções (nas quais o
capital está representado por acções) e comandita simples, que seguem as disposições
legais das sociedades em nome colectivo;
Contrato de sociedade deve indicar os sócios comanditados e os comanditários bem como
a indicação de que se trata de uma sociedade em comandita por acções ou comandita
simples;
A firma é formada pelo nome ou firma de um, pelo menos, dos sócios comanditados e o
aditamento "em comandita" ou "& comandita por acções";
O nome dos sócios comanditários não pode figurar na firma da sociedade, salvo se o
consentirem expressamente.
2.1.6 Cooperativa
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2.1.7.1 Principais características
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2.2 As tendências actuais e futuras na escolha do regime jurídico pelas empresas
As tendências actuais e futuras na escolha do regime jurídico pelas empresas refletem uma
crescente buscam por modelos mais flexíveis e adaptáveis às dinâmicas do mercado. Uma
tendência observada é a preferência por formas de organização empresarial que ofereçam
maior agilidade e autonomia na tomada de decisões, como as empresas de responsabilidade
limitada (Ltda.) e as startups. Para Requião (2019), essas estruturas permitem aos
empreendedores uma maior liberdade para inovar e ajustar suas operações conforme as
demandas do mercado, além de proporcionarem uma protecção limitada aos sócios, o que tem
se mostrado atractivo em um contexto de riscos e incertezas.
Além disso, nota-se uma crescente preocupação das empresas com aspectos sociais e
ambientais, impulsionando a adopção de modelos de negócio mais sustentáveis e
responsáveis. Nesse sentido, surgem alternativas como as empresas B e as cooperativas, que
buscam equilibrar objectivos económicos com impactos positivos na sociedade e no meio
ambiente. Essas formas de organização empresarial refletem uma tendência em direcção a um
modelo de negócios mais consciente e alinhado com os valores e expectativas dos
consumidores e da sociedade em geral.
Por fim, a revolução digital e a crescente digitalização dos negócios estão influenciando
significativamente a escolha do regime jurídico pelas empresas. O surgimento de novas
tecnologias, como blockchain e inteligência artificial, está abrindo novas possibilidades para a
organização e governança das empresas, impactando directamente as estruturas legais e
regulatórias. Espera-se que as empresas busquem cada vez mais formas de aproveitar essas
tecnologias para optimizar processos, reduzir custos e ampliar sua competitividade, o que
poderá influenciar na evolução e surgimento de novos modelos de organização empresarial no
futuro (Requião, 2019).
A escolha do regime jurídico para uma empresa é influenciada por uma série de factores
que abrangem desde características específicas do negócio até questões legais e estratégicas.
Um dos principais factores é o porte e a natureza da actividade da empresa. Empresas de
menor porte muitas vezes optam por estruturas mais simples e menos burocráticas, como o
empresário individual ou a microempresa, devido aos menores custos e obrigações
administrativas (Erasmo, 2020). Por outro lado, empresas maiores e com actividades mais
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complexas tendem a optar por estruturas societárias, como as sociedades limitadas ou
anónimas, que oferecem uma separação mais clara entre o património pessoal dos sócios e o
património da empresa.
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3 Conclusão
Por fim, a escolha do regime jurídico é influenciada por uma série de factores, incluindo o
porte e a natureza da actividade da empresa, a responsabilidade dos sócios e aspectos
tributários. É essencial que os empreendedores considerem cuidadosamente esses factores ao
tomar decisões sobre a estrutura legal de suas empresas, buscando a opção mais adequada às
suas necessidades e objectivos comerciais. Em última análise, um regime jurídico bem
escolhido pode contribuir significativamente para o sucesso e sustentabilidade dos negócios
no longo prazo.
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4 Referências bibliográficas
Diniz, M. H. (2018). Curso de Direito Civil Brasileiro: Teoria Geral do Direito Civil. 41ª ed.
São Paulo: Saraiva.
Gonçalves, C. R. (2017). Direito Civil Brasileiro: Parte Geral. 22ª ed. São Paulo: Saraiva.
https://paginas.fe.up.pt/~ee97042/Faculdade/EG/formas_juridicas_de_empresa.htm acesso em
28 de Fevereiro de 2024.
Requião, R. (2019). Curso de Direito Comercial. 32ª ed. São Paulo: Saraiva.
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