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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A

DISTÂNCIA

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

LICENCIATURA EM CONTABILIDADE E AUDITORIA

2º ano

III Bloco

AUMENTO E REDUÇÃO DE CAPITAL, POLÍTICA DE


DIVIDENDOS E LEASING.

Ofelia Luanda Siamante- 71220428

Quelimane
2023
Ofelia Luanda Siamante- 71220428

AUMENTO E REDUÇÃO DE CAPITAL, POLÍTICA DE


DIVIDENDOS E LEASING.

Trabalho de Pesquisa de Contabilidade


Financeira III de Carácter avaliativo,
desenvolvido no Campo a ser submetido na
Coordenação do Curso de Licenciatura em
Contabilidade em Auditoria da UNISCED.

Tutor:

Quelimane
2023
Índice

Introdução ......................................................................................................................... 4

Objetivo Geral .................................................................................................................. 4

Objetivos Específicos ....................................................................................................... 4

Metodologia ...................................................................................................................... 4

Aumento e redução de capital, política de dividendos e Leasing ..................................... 5

Capital social .................................................................................................................... 5

Aumento de capital social ................................................................................................ 5

Subscrição parcial do aumento – consequências .............................................................. 6

Aumento de capital sem novos recursos........................................................................... 6

Redução do capital social ................................................................................................. 7

Política de Dividendos ...................................................................................................... 7

Teoria da Relevância dos Dividendos .............................................................................. 7

Teoria da Irrelevância dos Dividendos ............................................................................. 8

Fatores Relacionados ao Pagamento de Dividendos ........................................................ 8

Rentabilidade .................................................................................................................... 8

Alavancagem .................................................................................................................... 9

Liquidez ............................................................................................................................ 9

Controle acionário ............................................................................................................ 9

Risco ................................................................................................................................. 9

Conclusão ....................................................................................................................... 10

Referências bibliográficas .............................................................................................. 11


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Introdução

O gerenciamento financeiro de uma empresa é fundamental para sua saúde e


crescimento sustentável. Nesse contexto, três conceitos-chave desempenham um papel
crucial: aumento e redução de capital, política de dividendos e leasing. O aumento de
capital é uma estratégia que permite à empresa obter recursos financeiros adicionais,
enquanto a redução de capital pode ser necessária para ajustar a estrutura de
financiamento. A política de dividendos envolve decisões sobre como distribuir lucros
aos acionistas, afetando diretamente o retorno dos investidores. Além disso, o leasing é
uma forma de financiamento que impacta o balanço patrimonial e a capacidade de
investimento da empresa. Este artigo explora esses conceitos e seus desdobramentos nas
finanças corporativas.

Objetivo Geral

Analisar e compreender as estratégias financeiras relacionadas ao aumento e redução de


capital, política de dividendos e leasing, e como essas estratégias impactam a gestão
financeira e o valor das empresas.

Objetivos Específicos:

 Examinar como o aumento de capital social afeta a estrutura de financiamento


de uma empresa;
 Identificar os fatores que influenciam a política de dividendos das empresas;
 Descrever como as empresas utilizam contratos de leasing para adquirir ativos e
como isso afeta o balanço patrimonial.

Metodologia

O trabalho foi feito com base nos procedimentos da pesquisa bibliográfica. De acordo
com Gil (2002, p.44) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. As abordagens
apresentadas no desenvolvimento deste estudo foram extraídas em diferentes referências
bibliográficas.
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Aumento e redução de capital, política de dividendos e Leasing

Aumento e Redução de Capital, Política de Dividendos e Leasing são conceitos


financeiros e estratégicos que as empresas podem adotar para gerenciar suas finanças,
tomar decisões sobre distribuição de lucros e financiar suas operações.

Capital social

Refere-se ao montante de recursos financeiros ou bens que os acionistas ou sócios de


uma empresa contribuem para iniciar ou investir em um negócio. Esse capital é
essencial para financiar as operações iniciais da empresa e, geralmente, é representado
por ações ou quotas, dependendo do tipo de entidade legal adotada para a empresa.

A definição exata do capital social, bem como os requisitos legais para sua formação e
manutenção, podem variar de acordo com o tipo de empresa e a legislação específica de
Moçambique. No entanto, de maneira geral, o capital social representa a propriedade
inicial da empresa e pode ser usado para cobrir despesas iniciais, investir em ativos e
fornecer segurança aos credores.

Na concepção de Paulo de Tarso Domingues, na linha da anterior proposta de Coutinho


de Abreu2, o capital social é o elemento do pacto que se consubstancia numa cifra
tendencialmente estável, representativa da soma dos valores nominais das participações
sociais que não correspondam a entradas em serviços, necessariamente expressa em
euros e que deve ser inscrita no 2.º membro do balanço.

Aumento de capital social

Nem sempre o valor do capital social se revela adequado à satisfação das necessidades
de financiamento do objecto social.

Como tal, incumbe aos órgãos de gestão (conselho de administração nas sociedades
anónimas – doravante designadas por S.A. E gerência nas sociedades por quotas daqui
em diante denominadas S.Q.), segundo os padrões do interesse societário, a missão de
ponderar acerca do ratio mais eficiente para financiar a actividade desenvolvida.
Surgem duas alternativas: optar somente pelos capitais próprios (entradas dos sócios)
como meio para proporcionar os recursos requeridos, ou, por outro lado, preferir a
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cumulação entre a constituição obrigatória do capital social e a disponibilização de


capital alheio, decorrente de empréstimos contraídos (com a consequente remuneração).

Todavia, não raro, a sociedade já constituída pode carecer de capitais próprios para
prosseguir adequadamente a sua actividade e evitar uma situação economicamente
incomportável, ou até mesmo a insolvência. Por outro lado, pode também suceder que
esta, dispondo de meios suficientes para realizar a actividade, se propõe a incorporá-los
no seu capital, conferindo-lhes estabilidade. O aumento da dimensão da sociedade é,
igualmente, outro factor que pode desencadear a necessidade de financiamento.

Subscrição parcial do aumento – consequências

Nas sociedades anônimas, o problema da subscrição incompleta demanda exame, já


que, como antes informado, o sistema jurídico brasileiro apenas admite a subscrição
completa. Nas sociedades limitadas, por outro lado, esse problema não chega a existir,
uma vez que o ato de aumento de capital é único e consuma-se com o registro da
alteração do contrato social perante a Junta Comercial. Assim, os sócios já terão
cuidado previamente de negociar o montante do aumento em função das possibilidades
e intenções de cada sócio.

Aumento de capital sem novos recursos

Da mesma forma que é possível à sociedade ampliar seu patrimônio através do ingresso
de novos recursos, integralizados pelos sócios, e que irão alterar o montante total
contabilizado como patrimônio líquido, é permitido também efetuar a conversão de
lucros ou reservas em capital social. Nesse caso, a sociedade apenas realiza, mediante o
procedimento formal adequado, a mudança do regime aplicável a esses seus recursos.

Trata-se, em outras palavras, de submeter esses valores, sujeitos a outros limites legais,
e podendo eventualmente ser restituídos aos acionistas, como retorno de seus
investimentos, às limitações impostas à conta de capital social. Esse aumento, como
qualquer outro realizado mediante o ingresso de novos recursos, importará na
submissão deste montante ao princípio da intangibilidade, o qual, conforme
mencionado, impõe que estes valores não possam ser utilizados no pagamento aos
sócios. Os recursos do capital social somente poderão ser restituídos aos investidores no
caso da dissolução da sociedade, e em caso de redução de capital.
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Redução do capital social

Como já mencionado, o capital social, conquanto intangível, pode ser modificado a


qualquer tempo, a critério dos acionistas ou quotistas. Nesse sentido, a hipótese de
aumento de capital, como visto, é amplamente admitida e, salvo a observância das
formalidades legais e estatutárias, não encontra restrições em nosso ordenamento
jurídico.

Ao contrário, tendo em vista esta mesma intangibilidade, que impõe a proibição da


restituição aos sócios dos valores correspondentes ao capital social, procura-se manter
essa cifra íntegra, sobretudo no que se refere a sua diminuição. Por essa razão, a
hipótese da redução do capital social encontra óbices bem mais severos na legislação.
Isso porque a restituição desses recursos aos sócios implica em redução do património
social, resultando em potencial prejuízo de credores, que dependem daquele para obter
seus créditos, ou da própria sociedade, que pode ficar descapitalizada.

Política de Dividendos

Segundo Al-Malkawi, Rafferty e Pillai (2010), a política de dividendos tem envolvido


os gestores desde o surgimento da corporação comercial moderna e, de maneira
surpreendente, continua sendo uma das questões mais contestadas em finanças. Desde a
metade do último século, o estudo da política de dividendos vem tomando a atenção de
escolas financeiras pela tentativa de solucionar diversas questões relativas ao assunto e
formular teorias e modelos para explicar o comportamento dos dividendos corporativos.
Allen, Bernardo e Welch (2000, p. 1, tradução nossa) resumem o consenso atual quando
concluem: “Apesar de uma série de teorias terem sido propostas na literatura para
explicar a sua presença difundida, os dividendos continuam sendo um dos enigmas mais
espinhosos em finanças corporativas”.

Teoria da Relevância dos Dividendos

A discussão da relevância da política dos dividendos para valoração de uma empresa é


considerada a mais antiga das abordagens, discutida com maior ênfase a partir da
década de 1950, com Lintner (1956), seguido pelos estudos de Gordon e Shapiro
(1956), Gordon (1959; 1963), Lintner (1962) e Watts (1973). Essa discussão é proposta
em um mercado de incertezas e informações imperfeitas, em que o investidor prefere os
dividendos a perspectivas incertas de lucros por ganhos de capital. Assim, o aumento do
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pagamento dos dividendos poderia ser associado ao aumento do valor da empresa, já


que reduziria a incerteza sobre o fluxo de caixa futuro.

Teoria da Irrelevância dos Dividendos

Contrapondo a relevância dos investimentos e a Teoria do Pássaro na Mão, Miller e


Modigliani (1961) argumentaram que o valor da empresa não dependia da política de
dividendos ou de financiamentos adotados, mas, tão somente, das oportunidades de
investimentos que gerariam valor de fato. Assim, para os acionistas, seria indiferente
receber os dividendos ou ter os seus rendimentos reinvestidos, já que os ganhos futuros
corrigidos seriam equivalentes ao valor presente dos dividendos.

Miller e Modigliani (1961) argumentaram que independentemente de como a empresa


distribuiria suas receitas, esse valor seria determinado pela sua capacidade básica de
ganhos e suas decisões de investimento. Ou seja, investidores calculavam o valor das
empresas baseados no valor capitalizado de ganhos futuros e isso não seria afetado pelo
pagamento de dividendos ou pela forma como as empresas estabeleceriam sua política
de dividendos. Também afirmaram que, para um investidor, todas as políticas de
dividendos seriam efetivamente as mesmas, desde que estes pudessem criar uma carteira
que correspondesse às suas preferências.

Fatores Relacionados ao Pagamento de Dividendos

Os fatores que influenciam o pagamento, também chamados fatores determinantes de


política de dividendos ou fatores determinantes de pagamento, podem ser indicadores
que caracterizam a política de pagamento de dividendos das empresas. Um número
diverso de indicadores pode ser encontrado nos estudos que versam sobre o assunto.
Conforme levantamento em estudos anteriores, esses fatores referem-se à rentabilidade,
endividamento, liquidez, controle de propriedade, tamanho, risco, ciclo de vida, setor
económico, governança corporativa, oportunidade de crescimento/investimento,
aspectos de mercado, disponibilidade de caixa, efeito clientela, variação dos lucros e
tributação.

Rentabilidade

Tem uma relação positiva com os dividendos – as empresas com alta rentabilidade
estariam dispostas a pagar altos dividendos (AL-NAJJAR, 2009). Empresas rentáveis
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pagam mais dividendos para enviar boas notícias sobre seu desempenho financeiro
(BATTACHARYA, 1979; HO, 2003; AIVAZIAN et al., 2003).

Alavancagem

Quanto mais alavancada a empresa, maiores os desembolsos para pagamento de juros e


amortização e, assim, menor o dividendo pago.
Por outro ponto de vista, empresas mais endividadas têm maiores benefícios tributários
do que empresas com menos dívidas, já que as despesas com juros reduzem a base de
cálculo do imposto de renda, possibilitando maior pagamento dos dividendos
(HEINEBERG; PROCIANOY, 2003).

Liquidez

Justificada pelo fluxo de caixa livre. Empresas com maior disponibilidade de caixa
pagam maiores dividendos do que empresas com caixa insuficiente (HO, 2003).

Controle acionário

Empresas com controle acionário concentrado em poucos investidores têm a propensão


de pagar menores dividendos e favorecer os acionistas majoritários (AL-NAJJAR,
2009; SILVEIRA; BELLATO, 2006).

Risco

Relacionado com a estabilidade dos lucros, empresas com ganhos estáveis podem
prever seus ganhos futuros com maior acurácia, e assim poderão ter maior payout, com
menor probabilidade de reduzi-los no futuro (CHANG; RHEE, 2001).
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Conclusão

Em um ambiente empresarial dinâmico e desafiador, a tomada de decisões financeiras


acertadas é essencial para garantir o sucesso a longo prazo de uma empresa. Neste
artigo, exploramos três conceitos-chave: aumento e redução de capital, política de
dividendos e leasing. O aumento de capital pode ser uma fonte importante de
financiamento para o crescimento, enquanto a redução de capital exige cuidadosa
consideração das implicações financeiras e legais. A política de dividendos influencia
diretamente o retorno dos acionistas e deve ser alinhada com os objetivos da empresa e
as condições de mercado. Além disso, o leasing é uma ferramenta de financiamento que
pode afetar significativamente a posição financeira da empresa e suas decisões de
investimento. Compreender esses conceitos e suas interações é fundamental para a
gestão financeira eficaz e para a criação de valor para os acionistas e stakeholders.
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Referências bibliográficas

DOMINGUES, P. DE TARSO, “Do capital social – noção, princípios e funções”,


BFDUC, Stvdia Ivridica, 33, 2.ª edição, Coimbra Editora, 2004

DOMINGUES, P. DE TARSO, Variações sobre o capital social, Almedina Coimbra,


2009;

GALÁN LÓPEZ, C., «El aumento de capital por compensación de créditos», in


Derecho Mercantil de la Comunidad Económica Europea, Madrid, 1991, pp. 433-464.

Gil, A. C., (2008) Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, 6a Edição, São Paulo,
Editora Atlas S.A

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