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1- Normalização VS Harmonização

NORMALIZAR: criar uma metodologia comum a ser seguida


uniformemente, e que visa a comparabilidade da informação
inter-unidades com mais rigor, a universalidade dos dados recolhidos no
âmbito da contabilidade e a sua compreensibilidade pelos diversos
utilizadores; de modo a igualar todos os aspetos da função
contabilística. A normalização resulta da necessidade de definir regras
únicas relativamente aos vários aspetos da contabilidade,
nomeadamente regras de mensuração, reconhecido e relativas à
designação, âmbito, movimentação e articulação das contas; e ainda a
concepção de mapas modelo para as DF e a definição de princípios
contabilísticos que devem ser seguidos
Em suma, a normalização visa igualar todos os aspectos da
função técnica contabilística e resulta da necessidade da utilização,
para todas as organizações, de um conjunto de processos/métodos e
regras, os quais devem ser conhecidos e comummente aceites.

HARMONIZAR: consiste num processo que usa o aumento da


comparabilidade das práticas contabilísticas através da fixação de
limites ao seu grau de variação. A harmonização surge da necessidade
da informação ser relevante, fiável, compreensível e, sobretudo,
comparável, visto que se destina diversos utilizadores com interesses ,
muitas vezes, antagônicos. A globalização veio reforçar o papel
importante da harmonização devido à crescente indisponibilidade de
informação credível, neutra, transparente e atempada preparada a partir
de princípios aceitos e conhecidos por todos.

A harmonização difere da normalização contabilística porque a


primeira está relacionada com a comparabilidade das práticas
contabilísticas e a segunda com a elaboração e adoção de normas
contabilísticas.
2- Direitos de Preferência
Para Evitar Que Os Antigos Sócios Fiquem Lesados,em proveito
dos novos sócios, muitas vezes torna-se necessário emitir os novos
títulos por um valor acima do par, isto é, com um prémio de emissão
proporcional às reservas existentes à data do aumento, fazendo com
que os novos Acionistas paguem de uma só vez o equivalente ao que
os antigos acionistas andaram a “pagar” ao longo dos anos, ao abdicar
da sua quota-parte dos lucros nos períodos anteriores (e noutras
valorizações). Ou seja, as novas ações devem ter, pelo menos, um valor
de subscrição igual ao valor contabilístico (= teórico). No Entanto, a
emissão de ações com prémio não impede que os antigos
acionistas possam ficar prejudicados com a redução da sua parte no
capital da sociedade. De facto, basta considerarmos o direito de
participar nos lucros, o direito de participar no património resultante da
liquidação e do direito de voto. Mas estes inconvenientes podem ser
evitados com o direito de preferência dos sócios no aumento de capital.
O CS consagra, expressamente,o direito de preferência dos
sócios em aumentos de capital por entradas em dinheiro. Este confere
aos sócios preferência na subscrição de novas ações relativamente a
quem não é acionista, na proporção da sua subscrição.
Este direito de preferência visa proteger os interesses dos sócios
atuais (antes do aumento de capital), no que respeita à conservação da
sua percentagem de capital social e à exclusão da entrada de estranhos
(novos sócios) na sociedade.
Utiliza-se o direito de preferência na subscrição total aumento do
capital (caso geral).
No caso dos direitos de preferência serem insuficientes para
subscrever determinado aumento de capital existe a possibilidade de
comprar mais direitos ou de vender os direitos detidos.
Quando não se pretende exercer o direito de preferência existe a
possibilidade de venda.
3- Transmissão de Quotas Próprias e de Ações Próprias
As quotas são transmissíveis, nos termos do direito, por cessão,
doação ou sucessão.
As ações são altamente transmissíveis, entre vivos, em qualquer
altura e por qualquer preço, sem necessidade do consentimento da
empresa ou de outros acionistas.

4- Requisitos para a aquisição de AP


Uma sociedade não pode adquirir e deter AP representativas de
mais de 10% do capital social.
Como contrapartida da aquisição de AP, uma entidade só pode
entregar bens que possam ser distribuídos aos sócios, iguais pelo
menos ao dobro do valor a pagar por elas.
A sociedade só pode adquirir AP totalmente liberadas
A aquisição de AP implica a suspensão dos direitos dessas, a
indisponibilização da reserva e a menção no relatório de gestão.
Vantagens da Aq de AP: Não deixar cair a cotação das ações,
cobrar dívidas a acionistas /sócios, fazer aplicações em fundos com
menor risco; melhorar o rácio earning per share, evitar a entrada de
novos sócios; premiar os trabalhadores.
A detenção de ações não altera o nº de ações do capital (ações
emitidas), apenas reduzem as ações em circulação.
Juridicamente,fazem parte do capital social pelo que podem ser
transacionadas em qualquer altura, salvo as restrições legais.
Economicamente, são contração (decréscimo) do capital da entidade
Nas suas transações, os ganhos ou eventuais perdas não são
reconhecidos em resultados mas sim em variações do capital próprio
(diretamente em reservas) pelo que não afetam o desempenho da
empresa no período
5- Modalidades das modificações de capital
Aumento de capital
- Por novas entradas
- por via de aumento dos ativos(Emissão de novas ações ou
elevação do VN das ações)
- por conversão de passivos
- incorporação de reservas
- Reintegração de capital
- Redução do capital
- Redução do VN das participações
- Reagrupamento das participações
- Extinção de participaçõe

6 - Prestações suplementares e suprimentos


Nas sociedades por quotas, o contrato da sociedade pode
estipular que poderão ser exigidas aos sócios prestações
suplementares de capital com vista a suprir a insuficiência do capital.
As prestações suplementares têm sempre dinheiro por objecto e
não vencem juros. Constituem um capital adicional, distinto do capital
nominal.O seu reembolso depende da integridade do capital social.
O contrato de suprimento é contrato pelo qual o sócio empresta
(com carácter de permanência) à sociedade dinheiro, ou outra coisa
fungível, ficando aquela obrigada a restituir outro tanto do mesmo
género ou qualidade. Os suprimentos têm prazo de reembolso superior
a um ano. A obrigação de efetuar suprimentos pode ser estipulada no
contrato de sociedade ou constituída por deliberação dos sócios votada
por aqueles que a assumem.
As principais diferenças a evidenciar entre as PS e os suprimentos
é que as primeiras constituem o CP da entidade, exclusivamente sob a
forma de dinheiro, dependem da deliberação dos sócios e não vencem
juros. Já os segundos integram o passivo da entidade, sob a forma de
dinheiro ou outra coisa fungível, podendo não depender das
deliberações dos sócios e podem vencer juros.
O reembolso das PS, ao contrário dos suprimentos, depende da
integridade de Capital.
Quanto à contabilização, a entrega de PS credita a conta 53 e os
suprimentos debitam a conta 25 FO.
7- Diga o que entende por reintegração do capital
A atividade que as empresas desenvolvem é sujeita a risco; tanto
podem obter lucros como averbar prejuízos.
Se os prejuízos se repetem e prolongam,os capitais próprios vão
diminuindo e podem passar a ser inferiores ao capital social;
Se a avaliação que os Acionistas fizerem do futuro previsível da
sociedade é que os prejuízos dos últimos dois ou três anos são
meramente conjunturais, e de que a empresa continua a merecer o seu
apoio, uma medida a tomar poderá ser a reintegração do capital.
A reintegração do capital é a reposição do capital próprio (com
capitais mínimos) quando este se encontra inferior ao capital social, em
consequência de prejuízos continuados.
Pode ser realizada pelos sócios por incorporação de novos bens
ou pela desistência de créditos que os sócios tenham sobre a
sociedade.
Em qualquer dos casos não preconiza uma alteração do contrato
de sociedade (o capital social continua a ser o mesmo), estando apenas
em causa um simples aumento do património líquido, que não tem
expressão naquele contrato.
A reintegração do capital próprio constitui uma alternativa à
dissolução da sociedade.
Para concretizar a reintegração, os sócios fazem entradas para
cobertura dos prejuízos acumulados (observe-se que os sócios não
podem ser obrigados a participar na reintegração do capital).
Uma das vantagens da reintegração é o facto de o capital social
permanecer inalterado, visto que se atua sobre Capital Próprio através
de entradas ou “outras medidas”para cobertura de prejuízos
acumulados.
8- Redução de Capital
A redução do capital consiste em substituir o montante do capital
que consta no contrato de sociedade por outro inferior, traduzindo-se no
balanço por uma diminuição de capital social nominal, que pode ou não
implicar uma redução do CP
Pode ser deliberada a redução de capital para cobrir prejuizos,
para corrigir excessos de capital, para extinguir obrigações de entrada e
outras.

9 - Aumento de capital por conversão de passivos


O aumento de capital por conversão de passivos reduz o passivo
da entidade por contrapartida do aumento do capital próprio. É utilizado
como uma medida de saneamento financeiro, em que os credores
passam a ser sócios. O rácio de autonomia financeira (CP/A) altera-se
favoravelmente, o que permite à empresa financiar-se mais facilmente.
10 - A revalorização aumenta a liquidez?
A revalorização é o processo pelo qual se ajusta o valor dos ativos
escriturado na Balanço ao seu justo valor menos qualquer subsequente
DA e quaisquer PI. Este modelo só pode ser utilizado quando o JV é
mensurado fiavelmente e só se deve revalorizar quando as diferenças
são materiais.
As revalorizações devem ser regulares e ocorrem por classes.
Quando se reavalia, o ajustamento implica o aumento ou a redução do
valor do bem: se houver aumento, este constitui um excedente de
revalorização e se houver redução estamos em presença de uma PI.
O ER vem inscrito no capital próprio e aumenta o seu valor.
A Liquidez da empresa é determinada dividindo o Ativo Pelo
Passivo correntes. Como vimos, a revalorização implica a variação do
valor dos ativos pelo que a liquidez da empresa também vai variar. Caso
a revalorização implique um ER a liquidez aumenta pelo aumento do
ativo (débito da conta 43), se estivermos perante uma PI a liquidez
diminui pelo aumento do passivo( pelo débito da conta 655)
11- Compare os AFT com as Prop Inv quanto à sua mensuração
subsequente e fazendo uma avaliação do seu impacto na DRN
Os AFT, assim como as PI são mensurados inicialmente pelo seu
custo.
O custo de uma PI não é aumentado por Custos de arranque,
Perdas operacionais incorridas antes de a PI ter atingido o nível de
ocupação prevista; Quantidades anormais de material, mão-de-obra ou
outros recursos consumidos na construção ou desenvolvimento (ao
contrário dos AFT, em que os custos de arranque são capitalizados,
porque se classificam como custos diretamente atribuíveis).
Quanto à mensuração subsequente, os AFT podem ser
mensurados pelo modelo do custo (pelo seu custo menos quaisquer PI
e DA:Entre os métodos de depreciação previstos encontram-se o
método da linha reta, do saldo decrescente e das unidades de
produção) e pelo modelo de revalorização (pelo seu justo valor, quando
este for mensurável fiavelmente)
Assim como as PI, cuja mensuração pode ser feita pelo MC ou
pelo justo valor (apenas quando este for mensurável fiavelmente)
A revalorização deve, em ambos os casos, aplicar se a toda a classe
Um ganho ou uma perda proveniente de uma alteração no justo
valor de Propriedades de Investimento deve ser incluída no resultado
líquido do período em que ocorra utilizando para esse efeito as
seguintes contas: 663 e 773. Neste modelo não há lugar ao
reconhecimento de depreciações e de perdas por imparidade, pois o
valor adequado a inscrever em sede de Balanço, teoricamente, está
assegurado.
12 - Método de Revalorização do AFT
Os AFT são mensurados inicialmente pelo seu custo mais os custos
diretamente atribuíveis. Subsequentemente, as entidades podem optar entre
dois modelos (NCRF 7 § 29): Modelo do Custo; Modelo de Revalorização.
A opção pelo modelo de mensuração é efetuada por classe de AFT e implica
significativos efeitos nas DF. Esses efeitos são resumidamente, para o MC: Capitais
Próprios Subavaliados e Menores encargos com depreciações; e para o MJV:
Capitais Próprios mais próximos do seu valor real e Encargos com depreciações
mais elevados.
No MC Os ativos permanecerão no Balanço pelo seu custo inicial
menos qualquer subsequente DA e quaisquer perdas por imparidade (NCRF 7
§30). No Modelo de Revalorização Os ativos permanecerão no Balanço pelo
seu JV menos qualquer subsequente DA e quaisquer PI.
O modelo de reval. só pode ser utilizado quando o JV é mensurado
fiavelmente e só se deve revalorizar quando as diferenças são materiais. As
revalorizações devem ser efetuadas regularmente para assegurar que o valor
expresso no Balanço não difira materialmente daquele que seria determinado
pelo uso do justo valor à data dessa demonstração financeira (NCRF 7 § 35)
A revalorização pode ser feita de duas formas diferentes.
Método 1: a DA é reexpressa proporcionalmente com a alteração
na QE do ativo de forma a que o seu VLC (= QE) seja igual ao seu JV
após a revalorização.
Neste método, observa-se a atualização dos valores de aquisição
e das DA: a conta do AFT é debitada e a conta das DA é creditada por
contrapartida, em ambos os casos, da conta de ER. Este método é
usado muitas vezes quando um ativo é revalorizado (através de
revalorizações legais ou livres) pela aplicação de um índice ao seu
custo de reposição depreciado; ou
Método 2: Eliminar o saldo da DA com o valor bruto do ativo e de
seguida o VLC é reexpresso para a quantia revalorizada do ativo (JV)
[atualização do valor líquido do ativo].
Assim, neste caso, a conta das DA é debitada pelo seu saldo por
contrapartida da conta do AFT e, esta depois é debitada por
contrapartida da conta de excedentes de revalorização pela diferença
entre o valor líquido atual e o custo de reposição amortizado. O AFT
passa a estar registado pelo custo de reposição líquido encontrado, o
qual será depreciado até ao final da sua vida útil então estimada. Este é
o processo muitas vezes usado nas reavaliações livres para edifícios,
com base no seu valor de mercado.
13 - Refira-se à mensuração inicial e subsequente das
propriedades de investimento conforme definido na NCRF 11.
Fundamente a sua resposta.
As propriedades de investimento devem ser inicialmente
mensuradas pelo seu custo, que não é aumentado por Custos de
arranque, Perdas operacionais incorridas antes de a PI ter atingido o
nível de ocupação prevista nem Quantidades anormais de material,
mão-de-obra ou outros recursos consumidos na construção ou
desenvolvimento.
Subsequentemente, a entidade poderá optar por um dos dois
modelos de valorimetria das propriedades de investimento:
Modelo do Custo; ou Modelo do Justo Valor.
De notar que a mesma opção terá de ser aplicada a todas as
propriedades de investimento.
No Modelo do Custo o imóvel é valorizado pelo seu custo
deduzido das depreciações acumuladas e de eventuais perdas por
imparidade acumuladas;
No modelo do Justo valor e imóvel é valorizado pelo seu justo
valor (Não se deduzem os custos de transação por venda). Um ganho
ou uma perda proveniente de uma alteração no justo valor de
Propriedades de Investimento deve ser incluída no resultado líquido do
período em que ocorra utilizando para esse efeito as contas 773 e 663.
Neste modelo não há lugar ao reconhecimento de depreciações e de
perdas por imparidade, pois o valor adequado a inscrever em sede de
Balanço, teoricamente, está assegurado.
14 - Erro materialmente relevante
Erros De Períodos Anteriores(definição) são omissões, e
declarações incorretas, nas demonstrações financeiras da entidade de
um ou mais períodos anteriores decorrentes da falta de uso, ou uso
incorreto, de informação fiável que: estava disponível quando as
demonstrações financeiras desses períodos foram autorizadas para
emissão; e poderia razoavelmente esperar-se que tivesse sido obtida e
tomada em consideração na preparação e apresentação dessas
demonstrações financeiras
Como as DF contém um erro material, apesar de não ser
intencional, não está em conformidade com a NCRF.
Consideram-se Materiais as omissões ou declarações incorretas
de itens são materiais se puderem, individual ou coletivamente,
influenciar as decisões económicas dos utentes, tomadas com base nas
demonstrações financeiras.
Uma entidade deve corrigir os erros materiais de períodos
anteriores retrospetivamente (conta 56 Resultados Transitados) no
primeiro conjunto de demonstrações financeiras autorizadas para
emissão após a sua descoberta:
Se o erro ocorreu num período comparativo apresentado:
reexpressão das quantias comparativas para o(s) período(s) anterior(es)
apresentado(s) em que tenha ocorrido o erro, como se o erro nunca
tivesse existido; ou
Se o erro ocorreu num período anterior que não é apresentado:
reexpressão dos saldos de abertura dos ativos, passivos e capital
próprio para o período anterior mais antigo apresentado, como se o erro
nunca tivesse existido
15 - PI
Propriedade de Investimento é a propriedade detida (pelo titular
ou pelo locatário numa locação financeira) para obter rendas ou para a
valorização do capital ou para ambas as finalidades.
É um exemplo de Propriedades de Investimento(NCRF11§8),
entre outros, terrenos detidos para uso futuro ainda não determinado.
Estamos em presença de uma Propriedade de Investimento
quando o imóvel, só por si, gera Fluxos de Caixa altamente
independentes dos outros ativos detidos por uma empresa
Uma contingência é uma condição ou situação, cujo resultado final,
ganho ou perda, será apenas confirmado na ocorrência ou não
ocorrência, de um ou mais acontecimentos futuros incertos, não
totalmente sob o controlo da entidade.

Provisão: passivo de tempestividade (data de liquidação) ou


quantia (valor) incerta. 67x a 29x ; 29x a763x / (6881)
juros : 6918 a 298
Uma provisão é reconhecida no balanço quando:
1. A empresa tem uma obrigação presentes resultante de um evento
passado
2. É provável que ocorra uma saída de recursos incorporando
benefícios económicos para satisfazer a obrigação
3. É possível estimar o seu valor de modo fiável

Passivo contingente: Obrigação possível que provenha de


acontecimentos passados, cuja ocorrência (ou não) só se confirmará no
futuro OU obrigação provável mas não quantificável com fiabilidade /
uma saída de recursos não é expectável. Devem ser divulgados no
anexo.

Ativo contingente: é um ativo possível resultante de eventos passados


cuja existência só será confirmada pela ocorrência ou falta de
ocorrência de um ou mais acontecimentos futuros incertos que não são
totalmente controlados pela empresa. Devem ser divulgados no anexo.
Relatório de Gestão:
O Relatório de Gestão, não sendo propriamente um documento
contabilístico, apoia-se na contabilidade e o seu conteúdo congrega
informação relevante para a apreciação da situação da empresa, da
respetiva evolução e do modo como está a ser gerida
É uma DF de elaboração obrigatória a ser elaborado e assinado
pelo órgão de administração (gerência) e submetido aos órgãos
competentes da sociedade; devendo conter (art.o 66o, no 1), pelo
menos (em geral) uma exposição fiel e clara: da evolução dos negócios,
do desempenho, da posição da sociedade, bem como uma descrição
dos principais riscos e incertezas com que a mesma se defronta.
Ou seja, este documento relata a gestão do período económico a
que respeita e deve incluir uma retrospetiva das operações
empresariais, uma referência aos acontecimentos relevantes após o
fecho de contas e uma visão prospetiva da empresa.
E ainda, o relatório de gestão deve incluir outros aspetos que não
estritamente legais, como a envolvente macroeconómica e a situação
do setor em que a empresa se insere, entre outros.
Esta DF deve atender à dimensão da empresa: o RG de uma
grande SA e de uma pequena SQ têm estruturas diferentes

Resultado Integral : representa quantia total de rendimentos e


gastos, incluindo ganhos e perdas, gerada pelas atividades da entidade
durante esse período quer esses itens de rendimentos e de gastos
sejam reconhecidos nos resultados ou diretamente como alterações no
capital próprio (NCRF 1 § 40)
Conceito: Resultado que resulta da agregação direta do RLP com
todas as variações ocorridas em capitais próprios não diretamente
relacionadas com os detentores de capital, agindo enquanto tal. (NCRF
1§ 41)o
O RI integra o RLP e alterações diretamente reconhecidas no CP,
como sejam alterações das políticas contabilísticas, diferenças de
conversão de DF, realização do ER de AFT e AIl, ER e respectivas
variações; ajustamentos por impostos diferidos ou outras alterações
reconhecidas no CP.
Acontecimentos após a data do balanço
Uma empresa não deve ajustar as quantias reconhecidas nas
suas demonstrações financeiras para refletir os acontecimentos após a
data do balanço que não dão lugar a ajustamentos (NCRF 24 § 8).
(NCRF 24 § 3 e 4) Acontecimentos após a data do balanço são
aqueles acontecimentos: favoráveis mas também desfavoráveis, que
ocorram entre a data do balanço e a data em que as demonstrações
financeiras forem autorizadas para emissão, pelo órgão de Gestão.
Podem ser identificados dois tipos de acontecimentos: aqueles
que proporcionem prova de condições que existiam à data do balanço
(acontecimentos após a data do balanço que dão lugar a ajustamentos )
; e aqueles que sejam indicativos de condições que surgiram após a
data do balanço (acontecimentos após a data do balanço que não dão
lugar a ajustamentos).
No caso de Acontecimentos após a Data do Balanço que dão
lugar a Ajustamentos, Uma empresa deve ajustar as quantias
reconhecidas nas suas demonstrações financeiras para refletir os
acontecimentos após a data do balanço que dão lugar a ajustamentos
(NCRF 24 § 5), ou seja, corrigir as DF como se fossem reconhecidas à
data da sua elaboração
Sempre que acontecimentos após a data do balanço que não dão
lugar a ajustamentos forem de tal importância que a não divulgação
afetaria a capacidade dos utentes das demonstrações financeiras de
fazer avaliações e tomar decisões apropriadas, uma empresa deve
divulgar a informação sobre:
(a) a natureza do acontecimento; e
(b) uma estimativa do efeito financeiro, ou uma declaração de que
tal estimativa não pode ser feita
O capital social da sociedade não deve ser inferior à importância
necessária para reembolsar os promotores das despesas efetuadas,
adquirir ou construir os instrumentos de trabalho e ocorrer as restantes
despesas necessárias ao funcionamento da empresa, até que a
primeira série de produtos seja vendida.

Assim, para garantir a integridade do capital o CSC nos art.o 32o


e 33o declara que não podem ser distribuídos aos sócios:
● bens sociais quando o capital próprio, incluindo o resultado líquido
do exercício, for ou ficar inferior à soma do capital social e das
reservas que a lei ou o contrato de sociedade não permitem
distribuir;
● lucros do período que sejam necessários para cobrir prejuízos
transitados ou (re)constituir reservas impostas pela lei ou pelo
contrato de sociedade;
● lucros do período enquanto as despesas de constituição,
investigação e de desenvolvimento não estiverem completamente
amortizadas, exceto se o montante das reservas livres e dos
resultados transitados for pelo menos igual ao dessas despesas
não amortizadas.
● Os rendimentos e outras variações patrimoniais positivas
reconhecidos em consequência da utilização do MEP, apenas
relevam para poderem ser distribuídos aos sócios quando sejam
realizados
Art 33º
Não podem ser distribuídos lucros necessários para
1. Cobrir prejuízos transitados
Formar/reconstitui reservas legais/estatutárias
2. enquanto as despesas de constituição e I&D não estiverem
completamente amortizadas, exceto se RLivres + RT ≥ Despesas
não amortizadas

Art 295º
Pelo menos 5% dos lucros destinam-se à constituição da reserva
legal
No caso de reintegração da RLegal, esta tem de ficar a
representar 20% do CS

Art 294º
Não pode deixar de ser distribuído aos sócios metade do lucro
distribuível

Art 32º
1. Para a distribuição ser lícita, é necessário:
CP ≥ CS + Reservas legais e equiparadas (não distribuíveis)
RLegais, PE
Antes e depois da distribuição.

2. O ER só pode ser distribuído quando realizado

Distribuição máx = Lucro distribuível + RLivres + OVCP


Art 218º (SQ) 1.É obrigatória a constituição de uma reserva legal
2. Não inferior a 2.500€

Art 21º 1.Todo o sócio tem direito a quinhoar nos lucros

Art 22º Os sócios participam nos lucros e nas perdas


proporcionalmente à sua participação no capital

Art 296º Nas SA, as RLegais só podem servir para cobrir prejuízos que
não possam ser cobertos por outras reservas ou para incorporar no
capital social

Art 297º Dividendos antecipados ≥ ½ Reservas distribuíveis

Art 35º Se CP ≤ ½ CS, convocar imediatamente AG e deliberar entre


redução do capital, realizar entregas para reforçar o capital ou dissolver
a sociedade

Art 95º A redução só pode ser deliberada se o CP final > 1,20 CS final

Art 324º
Enquanto as ações pertenceram à sociedade devem
a) considerar-se suspensos todos os direitos inerentes às ações,
exceto o de o seu titular receber novas ações no caso de aumento
de capital por incorporação de reservas
b) Tornar-se indisponível uma reserva de montante igual aqueles por
que elas estejam contabilizadas

O resultado da alienação de AP não interfere diretamente no resultado,


pelo que é reconhecido diretamente no CP pela conta 599.
Revalorização
1. Pelo poder aquisitivo da moeda (no enunciado diz coef. at.)
2. Com base no JV
a. Custo de Reposição Depreciado (calcular coef. esp. dep.)
Equipamentos
b. Valor corrente de mercado (anular DA)
Terrenos e Edificios

Reintegração de Capital
1. 268 a 56
2. 12 a 268

Alienação de AP com perda


1. 12 VAq a 522 a 521 VN
2. 599 a 522 (valor da perda VAQ - Alienação)
3. 551 a 5521

Na aquisição de AP indisponibilizo reserva = VAq

Redução do capital
1. 51(13) a56

Aumento de capital por incorporação de reservas


1. 54,55,56 a 5113
Se tiver ações próprias: 521 a 599
H: Pela atribuição de AP à sociedade decorrente de um aumento de CS
por integração de reservas

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