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Reestruturação de Empresas
Spin-offs
Spin-off é um termo em inglês utilizado para descrever uma nova empresa que surge de outra
organização, mas que permanece possuída e administrada por seus geradores.
Já a spin-out é uma empresa que surge de outra organização, comumente na área tecnológica, mas
seu gerador não permanece como dono majoritário e, portanto, não exerce controle gerencial.
Joint Ventures
Joint-Ventures (JVs) são operações em que duas empresas do mesmo ramo de atividade ou de
ramos de atividades complementares, pertencentes a diferentes grupos econômicos, se reúnem
para a exploração conjunta de uma atividade ou um empreendimento, por prazo determinado
ou indeterminado.
Não existe uma forma jurídica específica para a formação de uma joint-venture
no Brasil. Em verdade, as partes interessadas utilizam-se dos vários instrumentos
jurídicos existentes para formalizar sua união.
Outra forma extremamente comum de joint-venture é a formação de uma nova sociedade, limitada
ou S/A, em que as partes da JV compartilham o controle.
Um excelente exemplo desta modalidade foi a Autolatina, JV que reuniu Volkswagen e Ford do Brasil
entre os anos de 1987 e 1995.
Trata-se, normalmente, de uma sociedade limitada cujo objeto social consiste na exploração de um
empreendimento específico.
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As SPEs são muito utilizadas para a realização de operações que envolvem a captação
de recursos no mercado financeiro, pois servem como um eficiente instrumento de
controle de riscos, já que as obrigações dos sócios não se misturam com os ativos
da operação financiada.
Também no mercado imobiliário, pelas mesmas razões, as SPEs são amplamente difundidas.
Desinvestimento
Investidores podem desinvestir (exit) através da venda, ao maior preço possível, da sua participação
na empresa.
Este é claramente um dos fatores críticos para todo e qualquer investidor de risco, pois o seu
retorno é, geralmente, obtido na forma de ganhos de capital obtidos na venda da sua participação
na empresa.
Fusões e Incorporações
Fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar uma nova sociedade,
que lhes sucede em todos os direitos e obrigações; havendo assim sucessão societária (a nova
empresa é a sucessora e as fusionadas são as sucedidas).
Sociedade X
+ = Sociedade Z
Sociedade Y
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O patrimônio dessa nova sociedade é composto pela soma dos patrimônios das empresas fusionadas.
Seu capital é integralizado com os ativos recebidos das sociedades fusionadas e suas quotas
são subscritas pelos sócios das fusionadas, nos mesmos valores de suas participações
naquelas empresas.
A incorporação (a seguir) é a operação que produz efeitos muito similares no que se refere à reunião
dos ativos de duas empresas e não conta com o grande aspecto negativo da fusão que é a extinção
de todas as entidades envolvidas.
Aquisição
É a operação pela qual uma sociedade é absorvida por outra, que lhe sucede em todos os direitos
e obrigações.
Incorporadora
= Incorporadora
Incorporada
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A única mudança que se opera na incorporadora é que agora seus ativos incluem aqueles que até
então pertenciam à incorporada, com o consequente aumento de capital.
No exemplo acima, com a incorporação, Y perde o controle que detinha até então para X, que se
mantém controlador de A. Naturalmente, a operação somente poderia ser realizada com a expressa
concordância de Y, pois a incorporação dependeria de aprovação de ¾ do capital social de B.
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Se, por exemplo, a empresa participa em 90% no capital da empresa B e a empresa B apura lucros no
exercício no valor de R$ 1.000,00, a empresa A reconhece uma receita (de equivalência patrimonial)
no valor de R$ 900,00.
Os bônus ou outros papéis emitidos para as Leveraged Buyouts são comumente considerados como
papéis non investment grade, devido aos riscos significativos envolvidos.
Esta estratégia normalmente passa por criar um veículo (empresa) com relativamente pouco capital
que procede à compra da empresa alvo endividando-se pelo montante da compra.
Em seguida, após a aquisição, o veículo e a empresa alvo são fundidos numa só empresa.
É comum o uso de 30% equity (ações) e 70% dívida, mas na prática esta distribuição pode chegar até
próxima de 0% equity e 100% dívida.
Empresas de todos os tamanhos e setores têm sido alvo de transações de Leveraged Buyout.
Entretanto, por causa da importância da dívida e da capacidade da firma adquirida para fazer os
pagamentos do empréstimo regularmente, até o término da operação, algumas características da
firma-alvo potencial buscam candidatas a Leverage Buyout mais atrativas, incluindo:
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― Potencial para uma nova gestão operacional ou outros improvisos, para a firma impulsionar
o fluxo de caixa.
Cisões
Cisão é a operação jurídica pela qual uma sociedade transfere parcelas do seu patrimônio para
uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou previamente existentes, extinguindo-se a
sociedade cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se
parcial a cisão.
Sociedade X
Sociedade X
= +
Parcela Cindida
Sociedade Y
Na cisão, a sucessão societária existe, mas de forma limitada, na proporção dos ativos e
passivos transferidos.
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Também é comum utilizar as cisões para transferir ativos a outras empresas do mesmo grupo
econômico e para receber investimento de terceiros numa única atividade (que é aquela em que o
terceiro manifestou seu interesse).
A cisão com versão da parcela cindida para empresa pré-existente é modalidade comumente utilizada
para a alienação de controle societário sobre parte das atividades de uma empresa.
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― A empresa “A”, com patrimônio líquido (valor total dos ativos, descontado
o valor total dos passivos) de R$ 1.000.000,00 explora duas atividades, a
fabricação de software de gestão empresarial e a prestação de serviços de
suporte técnico aos usuários de seu software.
Naturalmente, a operação dependeria de aprovação pela assembleia geral – caso a empresa cindida
fosse S/A – ou por sócios representando ¾ do capital social – caso a cindida fosse limitada.