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O dividendo é sua parte no lucro da empresa. Sempre que uma empresa tem lucros, ela
reserva parte desse resultado para distribuir aos seus acionistas. No Brasil, as empresas
são obrigadas a um pagamento mínimo de dividendos de 25% do lucro.
O retorno gerado com dividendos pode ser expresso pelo dividend yield de uma ação e
ele é igual ao dividendo pago dividido pelo preço da ação. No Brasil, o dividend yield
médio das empresas mais negociadas (aquelas que compõem a carteira do Ibovespa)
tem aumentado nos últimos anos. Além dos dividendos as empresas também pagam
juros sobre capital próprio, que é uma outra forma de distribuir lucro aos acionistas das
empresas. A diferença é que esse pagamento é tratado como despesa no resultado da
empresa, enquanto o dividendo não.
O pagamento de dividendos e de juros sobre capital próprio representam uma fonte
adicional de remuneração proporcionada pelo mercado de ações.
Há empresas brasileiras de excelente qualidade que pagam dividendos regularmente.
Essas empresas são vistas, inclusive, como uma boa alternativa de investimento para
resguardar o capital em momentos de crise, porque tendem a oscilar menos que as
outras em momentos de queda da bolsa. Além disso, mesmo que por um lado o preço de
suas ações perca valor durante as crises financeiras, por outro o pagamento de
dividendos proporciona um fluxo de caixa para os acionistas.
A Tabela de dividend yield apresenta as empresas com os maiores retornos com
dividendos e juros sobre capital próprio nos últimos cinco anos.
Dividend yield
Dividend yield é o rendimento gerado ao proprietário de uma ação com o pagamento de
dividendo. Neste caso, entende-se dividendo como sendo a somatória dos pagamentos
de dividendos e de juros sobre capital próprio.
O dividend yield é o dividendo pago por ação de uma empresa, dividido pelo preço da
ação. Quanto maior o dividend yield, maior está sendo o resultado da empresa, ou
melhor, está sendo sua política de distribuição de lucros.
Mas atenção: como o dividend yield é o resultado de uma fração, é preciso cuidado na
hora de avaliar esse indicador. Como o preço da ação está no denominador, o dividend
yield pode parecer alto se a cotação (preço da ação) do papel for muito baixa. O que na
realidade pode estar refletindo é algum tipo de problema com a empresa e não uma boa
política de pagamento de dividendos.
O dividend yield pode ser calculado de duas formas:
OBS.: O rendimento sobre uma ação é composto por dividendos e juros sobre capital
próprio.
Juros
Os juros exercem grande influência na escolha entre investimentos de renda fixa e renda
variável, caso das ações.
O investidor está sempre procurando uma aplicação que garanta maior retorno. Nesta
busca, ele pondera a questão do risco. Então, suponha que os títulos públicos do
governo federal, que têm risco reduzido, estejam pagando juros de 10% ao ano.
Naturalmente, o investidor vai preferir ganhar 10% em títulos públicos do que colocar
numa ação com perspectiva de ganho menor. Quando o juro sobe, por exemplo, para
15% ao ano, o investidor deixa de lado mais opções de ações, que teriam rendimento
abaixo deste nível, pois vai preferir ganhar mais e com menor risco.
Então, quando o juro sobe, as aplicações de renda fixa ficam mais atraentes como
perspectiva de investimento. É apenas uma questão de o investidor escolher entre
alternativas que projetam um rendimento maior ou menor, dado um nível de risco. Esta
questão do risco é muito importante, porque o título de renda fixa garante um
rendimento com menor risco que as ações. Então, pode ser até que uma ação esteja com
perspectivas de ganhos iguais aos títulos de renda fixa, mas o nível de risco é maior.
Novamente, o investidor vai preferir o mesmo rendimento com menor nível de risco,
ficando com a renda fixa.
3) Contratos de financiamento
Os contratos de financiamento, principalmente quando envolvem longo prazo, podem
restringir a capacidade da empresa em pagar dividendos, uma vez que esses contratos,
visando proteger o credor, podem apresentar cláusulas restringindo a distribuição de
dividendos.
5) Taxa de expansão
A expansão de uma empresa pode ser financiada com uma combinação qualquer de
recursos de terceiros, emissões de novas ações e retenção de lucros. Empresas em
expansão acelerada deveriam pagar menos dividendos do que aquelas empresas em
crescimento normal, crescimento igual à zero, ou mesmo, declínio.
7) Controle acionário
Uma alta distribuição de dividendos hoje pode provocar a necessidade da emissão de
novas ações em um futuro próximo e dependendo da defasagem de tempo entre a
distribuição de dividendos e a chamada para aumento de capital, os proprietários
principais poderão não dispor de recursos para a subscrição das novas ações e por essa
razão, esses proprietários principais devem preferir a retenção de lucros como fonte
alternativa de financiamento de novos projetos de investimentos.
8) Necessidade de mudança na estrutura de capital
Algumas empresas devem reter lucros para pagamento de suas obrigações com
terceiros, reduzindo, em princípio, o seu risco financeiro e possivelmente, o seu custo de
capital.
9) Inflação
Um período de inflação faz com que muitas empresas apresentem lucros fictícios e,
portanto uma distribuição austera de dividendos é o mais recomendável.