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Belita Herminio Fernando

ACÇÕES, OBRIGAÇÕES E DIVIDA PUBLICA


(licenciatura em Gestão de Empresas)

Instituto Superior de Transporte, Turismo e Comunicação


Nacala-Porto
2023
ACÇÕES, OBRIGAÇÕES E DIVIDA PUBLICA

Acções

As acções são unidades de propriedade em uma empresa. Quando você compra ações de uma
empresa, você se torna um acionista e possui uma parcela proporcional dos ativos e lucros da
empresa.

Investir em ações pode ser uma forma de fazer seu dinheiro crescer ao longo do tempo, pois
você pode se beneficiar do crescimento da empresa e receber dividendos se a empresa
distribuir parte de seus lucros aos acionistas. No entanto, é importante ressaltar que investir
em ações também envolve riscos, já que o valor das ações pode flutuar devido a vários
fatores, como condições econômicas, desempenho da empresa e eventos do mercado.

É importante ressaltar que investir em ações envolve riscos, e os preços das ações podem ser
voláteis. Antes de investir, é recomendável fazer uma análise cuidadosa das empresas,
considerar seus objetivos de investimento e tolerância ao risco, e, se necessário, buscar
orientação financeira de profissionais qualificados.

As ações são definidas juridicamente como títulos representativos de frações do capital social
de uma sociedade anônima (S.A.). Elas conferem direitos e obrigações aos seus detentores,
que são chamados de acionistas.

A definição jurídica das ações

Pode variar ligeiramente de acordo com a legislação de cada país, mas geralmente envolve os
seguintes elementos:

1. Representação do capital social: As ações representam partes do capital social de uma


empresa. Cada ação corresponde a uma fração do capital da empresa e confere
direitos proporcionais aos acionistas, como o direito a voto e o direito a participar dos
lucros da empresa.

2. Direitos e obrigações: As ações conferem direitos e obrigações aos acionistas. Isso


inclui o direito a voto nas assembleias de acionistas, o direito a receber dividendos, o
direito de participar de decisões importantes da empresa, bem como a obrigação de
cumprir com as regras e regulamentos estabelecidos.

3. Transferibilidade: As ações são normalmente transferíveis, o que significa que os


acionistas podem comprar e vender suas ações para outros investidores. A
transferência de ações geralmente está sujeita a requisitos legais, como notificação à
empresa ou à autoridade reguladora e, em alguns casos, aprovação prévia.

4. Tipos de ações: Pode haver diferentes tipos de ações, como ações ordinárias e ações
preferenciais. As ações ordinárias geralmente conferem direito a voto e participação
nos lucros da empresa, enquanto as ações preferenciais podem ter preferências no
recebimento de dividendos ou em outras áreas específicas, mas podem não ter direito
a voto.

Esses são alguns dos elementos básicos da definição jurídica das ações. É importante
consultar a legislação e regulamentação específicas do país em questão para obter uma
definição completa e precisa das ações de acordo com o sistema jurídico aplicável.

Tipos de rendimento das acções

As ações podem oferecer diferentes tipos de rendimentos aos investidores. Aqui estão alguns
dos principais tipos de rendimento que os investidores podem obter ao investir em ações:

1. Dividendos: Muitas empresas distribuem parte de seus lucros aos acionistas na forma
de dividendos.

2. Valorização do capital: Os investidores podem obter rendimentos por meio do


aumento do valor das ações que possuem

3. Juros sobre capital próprio: Em alguns países, as empresas podem distribuir juros
sobre capital próprio (JCP) aos acionistas.

4. Direitos de subscrição: Em certas circunstâncias, as empresas podem emitir direitos


de subscrição aos acionistas existentes.

5. É importante ressaltar que os rendimentos das ações não são garantidos e podem
variar de acordo com o desempenho da empresa, as condições econômicas e outros
fatores.

Remuneração dos títulos

É importante ressaltar que a remuneração dos títulos de ações pode variar significativamente
de acordo com a empresa e o mercado em que ela opera. Cada empresa tem sua própria
política de dividendos e o retorno dos investidores em ações está sujeito a riscos e incertezas.
É aconselhável considerar diversos fatores, como o perfil de risco, os objetivos de
investimento e a diversificação do portfólio, ao avaliar a remuneração potencial dos títulos de
ações.

Reembolso no vencimento das acções

Ao adquirir ações de uma empresa, os investidores se tornam proprietários de uma parte do


negócio e, portanto, estão expostos aos riscos e benefícios do desempenho da empresa. Os
retornos dos investidores em ações geralmente ocorrem por meio de dividendos, como
mencionado anteriormente, ou da venda das ações a um preço superior ao preço de compra,
aproveitando a valorização do preço das ações.

Fiscalidade das acções

A fiscalidade das ações pode variar de acordo com o país e a legislação tributária vigente.
Abaixo estão algumas considerações gerais sobre a fiscalidade das ações:

1. Imposto sobre ganhos de capital: Em muitos países, os ganhos obtidos com a venda
de ações podem ser sujeitos a imposto sobre ganhos de capital.

2. Imposto sobre dividendos: Os dividendos recebidos de ações podem ser tributados


como renda de investimento.

3. Retenção na fonte: Em alguns países, as empresas podem ser obrigadas a reter uma
porcentagem dos dividendos pagos aos acionistas na fonte, para fins de pagamento
antecipado de impostos.

4. Deduções fiscais: Em certas jurisdições, os investidores podem ter direito a deduções


fiscais relacionadas a investimentos em ações.

Obrigações

As obrigações são títulos de dívida emitidos por empresas, governos e outras entidades para
captar recursos financeiros junto a investidores. Ao adquirir uma obrigação, o investidor está
emprestando seu dinheiro ao emissor e, em troca, recebe pagamentos periódicos de juros e o
reembolso do valor principal no vencimento.

Definição jurídica das Obrigações

De forma geral, a definição jurídica de obrigações se refere a um vínculo jurídico que obriga
uma pessoa (devedor) a realizar uma prestação em favor de outra pessoa (credor). Essa
prestação pode ser uma obrigação de fazer (realizar determinada ação), uma obrigação de dar
(transferir a posse de um bem) ou uma obrigação de não fazer (abster-se de realizar uma
determinada ação).

Tipos de rendimento das obrigações

Os tipos de rendimento das obrigações podem variar dependendo dos termos e condições
específicos de cada emissão de obrigações. A seguir estão alguns dos tipos de rendimento
mais comuns relacionados às obrigações:

1. Rendimento de juros: As obrigações geralmente pagam juros periódicos aos


investidores com base na taxa de cupom estabelecida no momento da emissão.

2. Rendimento de cupom zero: Algumas obrigações, conhecidas como obrigações de


cupom zero, não pagam juros periódicos aos investidores.

3. Rendimento de amortização: Em certas obrigações, o rendimento é obtido por meio


do pagamento gradual do valor principal ao longo do tempo.

4. Rendimento de resgate: No vencimento da obrigação, o rendimento é obtido por meio


do pagamento do valor principal aos investidores.

É importante destacar que os rendimentos das obrigações podem variar com base nas taxas de
juros do mercado, na classificação de risco do emissor e em outros fatores. Os investidores
devem considerar cuidadosamente os termos e condições de cada emissão de obrigações para
entender os possíveis rendimentos associados.

Remuneração dos títulos das obrigações

A remuneração dos títulos de obrigações é geralmente expressa como uma taxa de juros
anual, que representa a porcentagem do valor nominal da obrigação que será paga aos
investidores como juros ao longo do período de vida da obrigação.

É importante ressaltar que as características de remuneração das obrigações podem variar de


acordo com os termos e condições específicos de cada emissão. Os investidores devem
analisar cuidadosamente a documentação associada à emissão das obrigações para entender
as condições de remuneração antes de investir.

Reembolso no vencimento das obrigações

O reembolso no vencimento das obrigações refere-se ao pagamento do valor principal da


obrigação aos investidores quando a obrigação atinge sua data de vencimento. No
vencimento, o emissor da obrigação é obrigado a reembolsar o valor nominal da obrigação
aos investidores.

Quando uma obrigação é emitida, o valor principal é estabelecido e representado pelo valor
nominal da obrigação. Esse valor é o montante que o emissor se compromete a pagar aos
investidores no final do prazo da obrigação.

Fiscalidade das obrigações

1. Imposto sobre juros: Os juros recebidos das obrigações geralmente são considerados
como rendimentos tributáveis. Os investidores podem ser obrigados a declarar esses
rendimentos em suas declarações de imposto de renda e pagar impostos sobre eles. A
taxa de imposto aplicável pode variar de acordo com a legislação fiscal e a situação
fiscal de cada investidor.

2. Imposto sobre ganhos de capital: Se os investidores comprarem obrigações a um


preço inferior ao valor nominal e as venderem por um preço superior, podem ser
gerados ganhos de capital. Esses ganhos de capital podem estar sujeitos a imposto
sobre ganhos de capital, dependendo das leis fiscais do país e das circunstâncias do
investidor.

3. Imposto retido na fonte: Em alguns casos, os pagamentos de juros das obrigações


podem estar sujeitos a retenção na fonte, onde uma parte dos juros é retida pelo
emissor da obrigação e repassada ao governo como pagamento antecipado de
impostos. Os investidores podem ter direito a solicitar um crédito ou reembolso desse
imposto retido na fonte ao fazer suas declarações de imposto de renda.

4. Deduções fiscais: Em algumas jurisdições, os investidores podem ter direito a


deduções fiscais relacionadas às obrigações, como despesas relacionadas à compra ou
venda de obrigações, ou perdas de investimento em obrigações.

Divida Pública

A dívida surge e aumenta sempre que o governo gasta mais do que arrecada. Assim, quando
os impostos e demais receitas não são suficientes para cobrir as despesas, o governo é
financiado por seus credores (pessoas físicas, empresas, bancos etc), dando origem à dívida
pública.

Tipos de rendimento da divida pública


1. Juros: A forma mais comum de rendimento da dívida pública é o pagamento de juros.
Os governos emitem títulos de dívida pública, como títulos do governo, que pagam
juros aos detentores desses títulos. Os juros são calculados com base na taxa de
cupom estabelecida no momento da emissão e são pagos regularmente, geralmente a
cada seis meses. Os investidores recebem esses pagamentos de juros como uma forma
de rendimento periódico.

2. Valorização de mercado: Além dos juros pagos regularmente, os títulos de dívida


pública também podem apresentar valorização de mercado. Isso ocorre quando a
demanda por esses títulos aumenta, levando a um aumento no preço de mercado. Se
um investidor comprar títulos de dívida pública a um preço inferior ao valor nominal
e posteriormente vendê-los por um preço mais alto, haverá uma valorização de
mercado que gera um ganho para o investidor.

3. Reembolso do valor principal: No vencimento dos títulos de dívida pública, o governo


reembolsa o valor principal aos investidores. Isso significa que, além dos pagamentos
regulares de juros, os investidores também recebem de volta o valor inicialmente
investido quando os títulos atingem sua data de vencimento. Esse reembolso do valor
principal é uma forma de rendimento final para os investidores.

É importante notar que os rendimentos da dívida pública podem variar dependendo das taxas
de juros, da política monetária do governo, das condições econômicas e de outros fatores.
Além disso, a valorização de mercado dos títulos de dívida pública está sujeita a flutuações e
pode ser influenciada por fatores como as perspectivas econômicas e a confiança dos
investidores.

Remuneração dos títulos da divida pública

A remuneração dos títulos da dívida pública ocorre principalmente através do pagamento de


juros aos investidores. Os títulos da dívida pública, como os títulos do governo, são emitidos
com uma taxa de juros estabelecida no momento da emissão. Os investidores que compram
esses títulos emprestam dinheiro ao governo e recebem juros como forma de remuneração.

Fiscalidade da divida pública

1. Imposto sobre juros: Os juros recebidos dos títulos da dívida pública geralmente são
considerados como rendimentos tributáveis. Os investidores podem ser obrigados a
declarar esses rendimentos em suas declarações de imposto de renda e pagar impostos
sobre eles. A taxa de imposto aplicável pode variar de acordo com a legislação fiscal e
a situação fiscal de cada investidor.

2. Imposto sobre ganhos de capital: Se os investidores comprarem títulos da dívida


pública a um preço inferior ao valor nominal e os venderem por um preço superior,
podem ser gerados ganhos de capital. Esses ganhos de capital podem estar sujeitos a
imposto sobre ganhos de capital, dependendo das leis fiscais do país e das
circunstâncias do investidor.

3. Imposto retido na fonte: Em alguns casos, os pagamentos de juros dos títulos da


dívida pública podem estar sujeitos a retenção na fonte, onde uma parte dos juros é
retida pelo governo e repassada como pagamento antecipado de impostos. Os
investidores podem ter direito a solicitar um crédito ou reembolso desse imposto
retido na fonte ao fazer suas declarações de imposto de renda.

4. Deduções fiscais: Alguns governos podem oferecer deduções fiscais relacionadas à


dívida pública, como permitir que os investidores deduzam os juros pagos sobre os
títulos da dívida pública de sua renda tributável.

É importante ressaltar que as leis fiscais podem variar entre países e estão sujeitas a
alterações. Recomenda-se que os investidores consultem um profissional de impostos ou
contador especializado para obter informações atualizadas e orientações específicas sobre a
fiscalidade da dívida pública com base em sua situação pessoal e na legislação tributária do
seu país.

Diferença entre acções, obrigações e divida publica

As ações, obrigações e dívida pública são instrumentos financeiros que representam


diferentes formas de investimento e captação de recursos para empresas e governos. Aqui
estão as principais diferenças entre eles:

Ações: As ações representam a propriedade parcial de uma empresa. Quando uma pessoa
compra ações de uma empresa, ela se torna um acionista e possui uma parte proporcional da
empresa. Os acionistas têm direito a participar nos lucros da empresa (por meio de
dividendos) e a tomar decisões nas assembleias gerais de acionistas. As ações são negociadas
em bolsas de valores e seus preços podem variar com base na oferta e demanda do mercado.
Obrigações: As obrigações, também conhecidas como títulos de dívida, são instrumentos de
empréstimo em que uma entidade emite um título de dívida para captar recursos junto a
investidores. Ao comprar uma obrigação, o investidor está emprestando dinheiro à entidade
emissora (que pode ser uma empresa, governo ou entidade governamental) em troca de juros
e do reembolso do valor principal no vencimento. As obrigações têm um prazo definido e
pagam juros periódicos aos investidores.

Dívida pública: A dívida pública refere-se ao montante de dinheiro que um governo deve a
credores, tanto nacionais quanto estrangeiros. É uma forma de financiamento utilizada pelos
governos para cobrir déficits orçamentários, financiar projetos e programas públicos, ou
refinanciar dívidas existentes. A dívida pública pode ser emitida na forma de títulos, como
títulos do governo, obrigações do tesouro ou letras do tesouro. Os investidores em títulos da
dívida pública emprestam dinheiro ao governo em troca de juros e do reembolso do valor
principal no vencimento.

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